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✓ ONG - em regra não devem licitar, ao não ser que tenham recebido repasse de
verba publica.
✓ Sigilo das propostas - Os participantes das propostas não podem tomar
conhecimento antes da abertura.
✓ Julgamento objetivo - Significa que o julgamento das propostas deve ser feito
com critérios objetivos.
Os critérios objetivos são: menor preço (pois não envolve subjetivismo), melhor
técnica (serviços predominantemente intelectuais), preço e técnica serviços
predominantemente intelectuais, maior lance (só pode ser utilizado na modalidade
leilão).
Hipóteses de inexigibilidade.
✓ Caso de produtor único - A lei exige um certificado dizendo que é produtor
único.
✓ Contratação de serviço técnico de natureza (art. 13) singular com profissional
de notória especialização.
✓ Contratação de artista reconhecido pela critica especializada ou opinião
publica.
✓ Quanto ao objeto do contrato - Ex. XII, a dispensa e contrata com alguém até
a escolha do vencedor. É uma dispensa temporária.
✓ Quanto a pessoa contratada - Ex. XIII que prioriza a instituição em que o preso
trabalha. Ou o XX que prioriza portadores de deficiência física.
❖ Concorrência.
Contratações de alto valor/vulto, para obras de engenharia acima de 1milhão e meio, e
outros serviços acima de 600 mil reais.
Pareceria publico privada, concessão de serviço público e alienação de bem imóvel.
❖ Tomada de preços.
Para contratações de valor mediano, obras e serviços até 1 milhão e meio e outros
serviços até 650 mil reais.
É condição em princípio que para participar tenha certificado de registro cadastral,
porém quem não tem o cadastraremos prévio pode participar se tiver toda
documentação até 3 dias antes do início do procedimento.
❖ Convite.
Contratações de pequeno valor obras e serviços de engenharia até 150 mil reais, e
compras e outros serviços até 80 mil reais. Não terá edital, só carta convite. A adm.
que irá convidar os participantes, sendo regra no mínimo 3 participantes. Quem não
foi convidado pode participar com condição de que seja cadastrado, precisa mostrar o
interesse em participar até 24h antes do início do procedimento.
❖ Concurso.
Quando se escolhe um trabalho técnico, artístico ou cientifico em que se atribui ao
vencedor um prêmio ou uma remuneração.
❖ Leilão.
É para alienação de bens móveis - inservível à adm., legalmente apreendidos, bem
móvel penhorável (empenhado - dado em penhor).
Bens imóveis são alienados pela concorrência *, as vezes um bem imóvel pode ser
alienado por leilão art. 19 da 8666/93, adm. recebe o imóvel como dação em
pagamento, recebe o bem mediante processo judicial.
Procedimento da concorrência.
● Fase interna.
Fase pela qual os participantes não participam, escolhem quem vai participar da
licitação, planejar as planilhas de orçamento. É uma fase preparatória.
● Fase externa.
✓ Edital.
Inicia-se com a publicação do edital, como regra no diário oficia pela lei basta uma
única publicação.
O prazo de antecedência a ser publicado é de 30 dias, quando envolve técnica vai para
45 dias. Esse prazo favorece para qualquer cidadão fazer impugnação com relação ao
edital.
✓ Habilitação.
É a fase em que a comissão abre os envelopes contendo as documentações dos
participantes.
✓ Julgamento de classificação das propostas.
Fase em que a comissão da licitação abre os envelopes contendo a proposta dos
habilitados julga-os e classifica-os conforme os critérios estabelecidos no edital. Aquele
classificado em primeiro lugar é considerado o vencedor.
✓ Homologação.
É a fase em que a autoridade competente aprova o procedimento licitatório.
✓ Adjudicação.
É a fase pela qual a autoridade competente entrega ao vencedor o objeto do contrato.
Procedimento do Pregão.
● Fase interna.
Fase em que a adm. elabora o edital, escolher o pregoeiro etc.
● Fase externa.
✓ Edital
Publicado com prazo mínimo de 8 dias úteis, será publicado como regra do Diário
Oficial, também poderá ser impugnado.
✓ Julgamento e classificação.
Primeiro julga-se e escolhe um vencedor, depois analisa a documentação. O
julgamento é feito da seguinte forma, todos apresentam sua proposta escrita, abre-se
todas as propostas, A B C D E, A apresenta o menor preço, B C D apresentam um preço
até 10% mais caro do que A e D apresenta até 20% do valor de A, só participarão dos
lances verbais o A B C D, ai começa-se os lances orais. No caso de não haver três na
situação de valor até 10% maior que um, manda-se os três com menor lance para os
lances verbais.
✓ Habilitação.
Fase em que se abre a documentação do vencedor do leilão.
✓ Adjudicação.
Entrega-se o objeto do contrato ao vencedor.
✓ Homologação.
Fase em que a autoridade competente aprova o procedimento.
Recursos administrativos.
Como regra tem o prazo de 5 dias úteis para entrar, com exceção da modalidade
convite que terá 2 dias úteis.
No pregão manifesta a intenção no ato e apresenta razoes recursais 3 dias depois.
Habilitação e julgamento terá efeito suspensivo os recursos.
Características.
● Supremacia da adm.
● Contratos de adesão.
São contratos que não podem ser modificados e já são impostas para o adm., com
exceção da clausula econômico-financeiro que são a principal garantia do contratado
(art. 58 p. 1º).
● Contratos personalíssimos ou " intuito personae".
A pessoa do contratado é importante para adm. tanto que ela foi contratada no
processo licitatório. O contratado pode contratar um subcontratado quando o edital
permitir.
● Formais ou formalismo.
São contratos em regra escritos, com exceção do art. 60 p. único que ê uma compra de
pequeno valor (4 mil reais pagos a vista).
● Dependem de licitação.
● Mutabilidade ou mutáveis.
São contratos mutáveis ou sujeitos a mutabilidade, logo são alterados inclusive
durante sua execução. Precisa em todas as mutações ter equilíbrio financeiro do
contrato.
● Presença de clausulas exorbitantes.
Só impõe benefícios a uma das partes. São clausulas que expressam a supremacia da
adm. nos contratos administrativos e que são consideradas clausulas que estão fora da
orbita do direito privado.
São elas: exigência de garantia pela adm. (56, p.1), alteração unilateral do contrato
pela adm., rescisão unilateral do contrato pela adm., fiscalização do objeto do contrato
pela adm., aplicação de penalidades ao contratado, ocupação temporária (58).
Esse tipo de risco não interessa à ADM, pois o mesmo são riscos imprevisíveis.
Obs.: Existe críticas na doutrina pois nesse caso funciona de outra forma. O artigo 79, §
2° da Lei 8666/93. Se a rescisão se der por caso fortuito e por força maior caberá a
ADM ressarcir eventuais perdas dos contratados. A doutrina crítica por a mesma dizer
que ambos casos são excludentes de responsabilidade.
✓ Fato do Príncipe: É um ato normativo expedido por uma autoridade que não é
parte no contrato administrativo sendo dirigida a toda a coletividade, mas, que
reflete indiretamente no equilíbrio financeiro do contrato em execução.
Obs.: A falta de pagamento por parte da ADM, quando cabe a mesma pagar, o
contratado pode alegar “exceptio non adimpleti contractus”? Da exceção de contrato
não cumprido (artigo 476 do CC).
Ex.: Prazo em que ADM deveria fazer de uma desapropriação para que o contratante
possa seguir com o contrato.
Ex.: Contratação pela ADM de uma obra, autorizado pela autoridade competente em
um terreno arenoso e de repente encontra-se uma parte rochosa. É um fator
imprevisível e inevitável que está causando uma onerosidade e deve ser revisto. Essa
cláusula é a “rebus sic stantibus”, ou seja, às coisas permaneceram as mesmas quando
no momento da contratação, caso mude de forma extraordinária, o contrato, fica
suscetível de revisão e não de anulação de contrato.
● Anulação.
Para haver a anulação é preciso uma ilegalidade, a adm. e o judiciário podem anular
inclusive a adm. pode anular de oficio.
● Rescisão.
✓ De pleno direito.
Ele se extingue sozinho, por exemplo, com o vencimento do prazo, caso fortuito e
força maior ou falência da contratada.
✓ Unilateral
Acontece quando a adm. resolve rescindir o contrato e não precisa da anuência do
contratado, pode ser por interesse público (precisa indenizar o contratado) ou por
inadimplemento (não precisa ser indenizado).
✓ Amigável ou distrato.
Ambas as partes resolvem por fim ao contrato.
✓ Judicial.
Rescisão decretada pelo juiz numa ação obrigatoriamente proposta pelo contratado e
facultativamente pela adm.
❖ Voluntário.
Bens privados, o proprietário entende que seu bem tem o valor histórico e ele mesmo
requerer tombamento, se a adm entender esse valor ela cede a inscrição no livro do
tombo.
❖ Compulsório.
Bens privados, a adm. entende que o bem tem um valor importante e ela inicia o
procedimento. Notifica o proprietário que tem um prazo de 15 dias para apresentar
impugnação depois ira para o órgão competente e depois haverá a inscrição no livro
do tombo.
● Pressupostos da desapropriação.
✓ É necessária uma necessidade publica.
✓ É necessário para adm. e para sociedade.
✓ Utilidade pública.
Conveniente a sociedade e a adm. Ex. Desapropriação por zona (ocorre quando o
poder publico desapropria uma área maior do que a necessária para realização da obra
pública e após a sua valorização imobiliária ele revende essa área a terceiros para
obtenção de lucros
✓ Interesse social.
Objeto da desapropriação.
Procedimento da desapropriação.
● Fase declaratória.
Expede-se um ato declaratório que geralmente é um decreto regulamentar, porém
pode ser também uma lei. Esse decreto geral algumas consequências abaixo
mencionados:
➢ Submete o bem à força expropriatória do Estado.
➢ Concede ao Poder Público direito de penetrar.
➢ Fixa o estado do bem falante futura indenização.
➢ Início da contagem do prazo de caducidade.
O prazo de caducidade é de 5 anos no casos necessidade/utilidade. No caso de
interesse social 02 anos. O prazo de 5 anos pode ser prorrogado por mais 5.
Fase executória.
Amigável - fase de acordo ou não de um valor.
Judicial - no caso de não haver acordo entra ação judicial. O juiz vai emitir após a inicial
(que ira pedir a tutela antecipada) uma emissão provisória na posse e com isso a Adm
vai depositar o valor venal (muito abaixo do mercado). A primeira coisa que se discute
na contestação é o valor, depois vicio processual.
Decreto 3365/41 – 20.
Desapropriação indireta.
Ocorre quando o poder público pratica atos de apossamento do bem sem observar o
procedimento legal da desapropriação. Ele comete um 'esbulho possessório'. A ação
de reintegração de posse é que vai te auxiliar caso isso ocorra, caso acabe permitindo
que o poder publico se apropria precisa de uma ação de indenização por
desapropriação indireta.
Súmula Nº 119 - A ação de desapropriação indireta prescreve em vinte anos.
Retrocessão.
É o direito de preferência concedido ao exproprietario do bem quando houver na
desapropriação a chamada tredestinação. A tredestinação é o desvio de finalidade que
ocorre na desapropriação, porém se atingir interesse publico é não gera retrocessão.
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, não tiver o destino para que se desapropriasse, ou não for utilizada
em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo
preço atual da coisa.
A jurisprudência oscila, porém é provável que se tenha apenas perdas e danos e não
ter a posse de volta.
Controle dos atos administrativos.
Controle em que o legislativo faz tanto de legalidade como de mérito dos atos
administrativos. Portanto, as hipóteses de controle deverão decorrer da própria
Constituição Federal. O controle político mais importante que o legislativo faz é a
CPI (artigo 58, § 3°) – Investigação de fato determinado.
Controle de contas por parte do poder legislativo com à ajuda do Tribunal de Contas
da União.
o O TCU não integra nenhum poder e julga as contas dos três poderes.
o Considerado um órgão auxiliar do poder legislativo, mas, não integra qualquer
um dos poderes sendo um órgão autônomo.
o O TCU é integrado por 9 ministros (equiparados aos ministros do STJ).
o Três dos 9 ministros são escolhidos pelo presidente mediante aprovação do
Senado e o restante pelo congresso nacional.
o Mais de 35 menos de 65 anos;
o Experiência de mais de 10 anos de exercício ligado a área fiscal, econômica.
❖ 3° função: artigo 71, inciso III: O tribunal de contas aprecia todos os atos
de admissão de pessoal na administração direta e indireta;
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.
Ou seja, a pessoa jurídico de direito publico interno é: União, estados, municípios e DF
+ adm. indireta com prestação de serviço público.
Se empresas públicas, ou sociedades de economia mista exercer serviços públicos seus
bens que tem esse destino são considerados públicos. Quando prestam atividade
econômica os bens são considerados privados.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive
os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado.
Espécies de bens públicos.
❖ Bens de uso comum do povo.
Inciso I.
❖ Bens de uso especial.
Inciso II.
❖ Bens dominicais.
Inciso III. São considerados bens desafetados, pois não possui nenhuma finalidade
pública específica.
Os dois primeiros são chamados de bens afetados, afetação processo pelo qual um
bem recebe uma destinação pública, em regra isso é feito por Lei.
● Inalienabilidade relativa.
Em regra não podem ser alienadas, só os desafetados (bem dominical) pode ser
alienado. Para ser alienado é necessário a licitação, seja concorrência seja leilão.
● Impenhorabilidade.
A penhora é uma garantia processual, pois, ocorre dentro de um processo de
execução. O processo de execução contra o poder público é o precatório.
● Insuscetíveis de oneração.
Os bens públicos não podem receber ônus reais incididos a eles. Por meio de hipoteca,
uso fruto etc.
● Imprescritibilidade.
Eles são imprescritíveis por que eles não são passíveis de usucapião. Art. 183, p. 3 e
191 p.u. da CF.
● Espécies:
❖ Bens de uso comum do povo: são bens destinados ao uso de todos, ex.: praça,
rua.
❖ Bens de uso especial: é um bem destinado ao uso da administração. Ex.:
prédio, delegacia.
❖ Bens dominicais: Bens públicos considerados bens desafetados, ou seja, bem
sem finalidade, assim, não passou por um processo de afetação. Os únicos que
poderão ser alienados por não serem afetados.
● Atributos.
● Afetação e desafetação:
❖ Afetação: Processo pelo qual um determinado bem recebe uma destinação
pública, em regra o bem se constitui como bem de destinação pública.
❖ Desafetação: Quando por lei, desconsidera-se a finalidade de determinados
bens.
● Tipos de Bens:
Improbidade Administrativa.
● Probidade e Moralidade:
Obs.: Segundo o artigo 85 da CF diz que será crime de responsabilidade por parte do
Presidente da República, em seu inciso V prevê como crime de improbidade. No caso
da prática de um crime de responsabilidade por parte do Presidente. Há uma
divergência na doutrina
Como regra é apurada através de uma ação civil pública (MP, DP, União, Estados,
Municípios, DF, Autarquias etc.)
● Sanções:
➢ Perda da Função:
➢ Suspensão de Direitos Políticos:
➢ Ressarcimento ao Erário:
➢ Indisponibilidade de bem:
Obs.: Poderá acontecer à prática dos três artigos, nesse caso, será fixada as sanções
levando em conta a gravidade da conduta, extensão do prejuízo. Aplicando-se a mais
grave.
Processo Administrativo.
● Processo ou Procedimento:
O processo é um conjunto de atos tendentes a atender um fim, enquanto o
procedimento é a maneira pelo qual o processo tramita, se exterioriza.
● Conceito:
Processo Administrativo é um conjunto de atos coordenados tendentes a
solução de uma controvérsia na esfera administrativa ou a preparação da
tomada de uma decisão.
● Princípios que regem o Processo Administrativo:
❖ Princípio do Contraditório e Ampla Defesa (artigo 5°, inciso LV): Ambos são
garantias de qualquer processo. Trata-se da autodefesa, constituição de provas,
constituição de advogado, arrolar testemunhas, perícia etc.
● Conceito:
Toda pessoa física que presta serviços a ADM, ainda que transitoriamente, com
ou sem vínculo, com ou sem remuneração paga pelos cofres públicos.
● Categorias.
❖ Agentes políticos: são aqueles investidos através de eleição ou eleitos e regidos
por normas constitucionais. Presidente, governadores, prefeitos, deputados
senadores vereadores. Os nomeados pelos chefe do poder executivo.
❖ Servidores Públicos:
Cargo: É uma unidade de competência criada por lei, cujo regime jurídico é legal.
Emprego: É uma unidade de competência criada por lei, cujo regime jurídico
celetista CLT.
Função: É uma unidade de competência criada por lei, cujo a qual não corresponde
cargo nem emprego. Hoje temos a figura de apenas duas funções – Servidor
temporário; Função de confiança (envolve chefia, direção, direção, são de livre
nomeação e livre exoneração – A função de confiança deverá ser um servidor de
carreira).
Obs.: Não há o que confiar com o cargo em comissão, pois este, mesmo que sendo
muito parecido a função de confiança este não a necessidade de ser um servidor de
carreira.
Exoneração e Demissão:
Estadual.
Contexto democrático.
● Poder executivo.
● Poder legislativo.
❖ Função típica: legislar (legiferante) e fiscalizar com auxilio do congresso
nacional e tribunais de contas (TCU, TCE, TCDF e TCM somente RJ e SP).
❖ Função atípica: administrativa, auto-organização do poder. Julgar (judicante)
julgamento interno.
● Poder Judiciário.
A função típica é exercida com o auxilio das funções atípicas. Estas são instrumentais
para que cada um dos poderes desenvolva bem a função para a qual foi criada.
Poder Executivo.
Presidente da República.
❖ Impedimento - temporário.
❖ Vacância - vaga definitiva: o ocupante do cargo deverá tomar providencias
exigidas pela CF eleições diretas ou individuais.
Nível federal: na impossibilidade de o presidente e o vice permanecerem no cargo
assumira, nesta ordem: pres. Da câmara dos deputados federais, pres. Do Senado
federal e o pres. Do STF.
Nível estadual: na impossibilidade de permanência do governador e vice governador
(tanto estados quanto DF) quem assume: pres. Da assembleia legislativa (E) presidente
da câmara legislativa (DF), presidente do tribunal de justiça (E e DF).
Eleições.
❖ Diretas: Se houver vacância do cargo do Presidente e respectivo Vice, nos dois
primeiros anos do mandato, deverão ser organizadas diretas no prazo de 90
dias.
Quem as organiza, é aquele que, na ordem sucessória ocupa o cargo:
Presidente da Câmara dos Deputados Federal, e na sequência, se houver
impossibilidade deste, o Presidente do Senado e o Presidente do STF.
❖ Indiretas: Vagas Abertas (Presidente e Vice) nos dois últimos anos do mandato
(a partir do início do 3° ano). Neste caso, serão realizadas eleições indiretas, no
prazo de 30 dias, pelo congresso nacional.
❖ Diretas: 90 dias
❖ Indiretas: 30 dias
Crime de Responsabilidade.
Rol exemplificativo.
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as
normas de processo e julgamento.
Obs.: Todos os atos do chefe do poder executivo que violem a constituição federal e os
exemplificativamente previstos no artigo 85 comete crime passível de “impeachment”.
IMPEACHMENT.
● Processo político bifásico
❖ Da Câmara.
❖ Do Senado Federal:
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por
dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito
anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais
cabíveis.
Obs.: Perda do cargo e inabilitação para o exercício de função pública por 8 anos. Se
entende por função pública a inelegibilidade relativa; cargo de confiança; cargo por
concurso.
Mandato.
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
Promulgação é o ato pelo qual a lei “inova” ou ingressa na ordem jurídica, por ser
considerada “perfeita”.
Comissões.
● Quanto à duração:
❖ Comissões fixas ou permanentes:
Com temática (ratione materiae), que são responsáveis por matérias concernentes ao
desenvolvimento do país para assuntos econômicos; educação, cultura, orçamento,
meio ambiente, igualdade racial, saúde etc.
Importante comissão fixa: Político, pois é exercício pelas casas legislativas e preventivo
porque impedirá que uma determinada lei entre no ordenamento jurídico passando
por controle de constitucionalidade de lei e ato normativo. Controle de
compatibilidade vertical, em razão da supremacia constitucional, material e, ou, formal
com a Constituição federal (concepção jurídico-positivo de Kelsen).
Por essa razão, esse controle é político por ser realizado pelo poder legislativo e é
preventivo por ser realizado durante a elaboração do projeto de Lei.
❖ Comissão de Ética:
Artigo 55
❖ Comissão Temporária:
● Generalidades:
Lei Complementar e Lei Ordinária: Ambas são elaboradas pelo poder legislativo
Medida Provisória (artigo 68) e Lei delegada (artigo 62): são espécies elaboradas
pelo Presidente da República no exercício de função atípica com participação do
congresso nacional.
Não havendo “complementar” ao lado da lei, esta será interpretada como lei
ordinária. Campo material ou Lei que expressamente tem a matéria reservada pela
Constituição. Tem como objeto matéria expressamente destinada a ser vinculada
por Lei Complementar. Por essa razão, o termo complementar está expresso junto
à palavra Lei. Caso seja aprovada uma Lei sendo que a mesma deveria ser aprovada
por lei complementar estaremos diante de uma incompatibilidade formal (ADIN).
● Lei Ordinária:
❖ Lei Delegada:
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
Limites Materiais.
Trata-se dos assuntos que não podem ser objeto por lei delegada elencados nos
incisos do artigo 68 da CF.
❖ Medida Provisória:
Obs.: Segundo o STF, deve-se haver motivação do emprego desses pressupostos, para
que possa o Tribunal aferir a relação de pertinência. O Congresso Nacional deverá
converter em lei a medida provisória no sentido formal para que a mesma siga
surtindo efeito. O prazo da Medida Provisória é de 60 dias prorrogáveis por mais 60
dias, sendo que a medida provisória deverá ser analisar até o 45° dia pelas comissões
para não haver trancamento da pauta os demais projetos de lei ficam paralisados
(artigo 62, § 6°).
● Processo:
● Vedações Materiais:
Direito Penal
O que é elementar? São circunstancias que agravam a pena, quando não constituem
ou qualificam o crime. É a circunstancia que constitui o tipo sem qual o torna atípica ou
a desclassifica.
Preceitos Primários - conduta + elementares + circunstancias.
Preceitos Secundários - pena + vetor de dosimetria.
Os tipos penais variam.
Revisão continuação.
Dignidade sexual.
● Estupro.
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1º - Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18
(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º - Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
● Assédio Sexual.
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício
de emprego, cargo ou função.
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Parágrafo único. VETADO.
§ 2º - A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
Objeto tutelado: liberdade sexual.
● Estupro de vulnerável.
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1º - Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 2º - (VETADO).
§ 3º - Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º - Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual
alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem necessário
discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
§ 2o Incorre nas mesmas penas
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de
14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas
no caput deste artigo.
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de
localização e de funcionamento do estabelecimento
● Incêndio
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
II - se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Incêndio culposo
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
● Rufianismo
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou
fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
● Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao
preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos
ou com o ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
❖ Objeto tutelado: o bom andamento da adm. Pública; o Estado.
❖ Sujeito ativo: funcionário público.
❖ Ação penal: pública incondicionada
❖ Sujeito passivo: o Estado primariamente e o particular prejudicado
secundariamente.
❖ Tipo objetivo: retardar ou deixar de praticar.
❖ Tentativa: só na conduta comissiva.
❖ Tipo subjetivo: dolo especifico – satisfação e interesse pessoal.
● Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar,
omitir ou retardar ato de ofício:
Pena - reclusão, de 1 (um) ano a 8 (oito) anos, e mPena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
❖ Objeto tutelado: a moralidade da Administração pública.
❖ Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive funcionário público.
❖ Ação penal: pública incondicionada
❖ Sujeito passivo: o Estado.
❖ Tipo objetivo: oferecer, prometer, praticar.
❖ Tentativa: crime formal, não cabe tentativa, salvo quando escrita e enviada e o
destinatário não recebe.
❖ Tipo subjetivo: o dolo específico.
● Contrabando ou descaminho
Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o
pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de
mercadoria:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.§ 1º incorre na mesma pena quem pratica:a) navegação
de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;b) fato assimilado em lei especial a
contrabando ou descaminho.
§ 2º A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em
transporte§ 1º - Incorre na mesma pena quem:
a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou descaminho;
c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência
estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que
sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação
fraudulenta por parte de outrem;
d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de
documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de
comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em
residências
§ 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em
transporte aéreo.
❖ Objeto tutelado: a administração pública
❖ Sujeito ativo: qualquer pessoa.
❖ Ação penal: pública incondicionada.
❖ Sujeito passivo: o Estado.
❖ Tipo objetivo: importar ou exportar.
❖ Tentativa: possível.
❖ Tipo subjetivo: dolo.
Processo Civil II
Processo e procedimento.
Tipos de processo.
Temos três tipos de processo; do conhecimento, de execução e cautelar, essa
tipificação leva em conta o conteúdo da prestação jurisdicional planejada.
❖ Processo de conhecimento.
A parte busca uma sentença de mérito voltada ao reconhecimento de um direito aja a
vista a existência de um conflito de interesses. Temos então a cognição da causa pelo
juiz e a declaração do direito material aplicável ao caso concreto, o juiz ira conhecer
das alegações das partes e das provas produzidas proferindo uma sentença para
compor a lide. A sentença desse tipo processual sempre terá uma carga declaratória.
O processo de conhecimento apresenta uma subclassificação tento em vista a
natureza do provimento pretendido pelo autor. Pode ser meramente declaratória,
condenatória ou constitutiva.
❖ Meramente declaratório.
O objetivo é remover a incerteza reinante acerca da existência ou inexistência de uma
relação jurídica ou ainda quanto a autenticidade ou falsidade de um documento (art.4
CPC). A simples declaração judicial já esgota a finalidade da ação, normalmente não
será necessária a execução do julgado, exemplos: ação declaratória de nulidade de
negocio jurídico por incapacidade absoluta do contratante, ação de investigação de
paternidade, usucapião.
❖ Processo condenatório.
Temos a declaração de direito material aplicável mais a aplicação de uma sanção, ou
seja, a imposição do cumprimento de uma obrigação de fazer, não fazer, entregar
coisa ou pagar quantia certa. A sentença condenatório corresponde ao título executivo
podendo instaurar-se a fase de execução ou de cumprimento de sentença nos próprios
autos caso a obrigação não seja cumprida voluntariamente pelo devedor. Exemplo:
ação de cobrança, indenização, obrigação de fazer etc.
❖ Processo Constitutivo.
Temos a declaração de D. Material aplicável mais uma inovação especifica no mundo
jurídico a sentença constitutiva presta-se a criar, modificar ou extinguir um estado de
pessoa ou uma relação jurídica, essa sentença não comporta execução ulterior. Ex:
ação de divórcio de rescisão de contrato anulação de negócio jurídico por vicio de
consentimento etc.
Art. 4o O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência ou da inexistência de relação jurídica
II - da autenticidade ou falsidade de documento.
Parágrafo único. É admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
❖ Processo de Execução.
❖ Processo Cautelar.
Visa garantir a efetividade de um provimento satisfativo a ser obtido em outro
processo, o requerente objetiva então uma proteção emergencial e provisória de bens
jurídicos envolvidos em um litígio enquanto se aguarda a tutela definitiva a ser obtida
no processo principal que pode ser de conhecimento ou de execução. Busca-se
portanto assegurar a eficiência e utilidade do processo principal.
Trata-se de um processo acessório voltado a obter uma tutela de garantia de caráter
preventivo. Na sentença do processo cautelar o juiz normalmente concede ou nega a
tutela preventiva mas se o juiz pronunciar a prescrição ou a decadência teremos
sentença de mérito a impedir a tramitação da ação principal (art. 810 cpc).
No cpc vigente temos a previsão de medidas cautelares típicas ou nominadas ver art.
813 a 889 do cpc, mas o juiz pode conceder outras medidas com base no seu poder
geral de cautela. Ver art. 796 a 812 cpc. No processo cautelar temos o procedimento
comum cautelar e procedimentos específicos.
Art. 810. O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, nem influi no julgamento
desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de prescrição do
direito do autor.
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer,
entregar coisa ou pagar quantia; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em
juízo; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
IV – a sentença arbitral; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; (Incluído pela Lei nº 11.232,
de 2005)
VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Lei nº 11.232,
de 2005)
VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos
sucessores a título singular ou universal. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de
citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº
11.232, de 2005)
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; (Redação dada pela Lei nº
8.953, de 13.12.1994)
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular
assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério
Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores;(Redação dada pela Lei nº 8.953, de
13.12.1994)
III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de
vida; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos
acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas,
emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de
2006).
VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; (Redação dada pela
Lei nº 11.382, de 2006).
VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executivas.
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor
de promover-lhe a execução.
§ 2o Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os títulos
executivos extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, há de
satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como
o lugar de cumprimento da obrigação.
Art. 566. Podem promover a execução forçada:
I - o credor a quem a lei confere título executivo
II - o Ministério Público, nos casos prescritos em lei.
Classificação dos procedimentos.
Art. 323 - Findo o prazo para a resposta do réu, o escrivão fará a conclusão dos autos.
O juiz, no prazo de 10 (dez) dias, determinará, conforme o caso, as providências
preliminares, que constam das seções deste Capítulo.
Art. 320 - A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente:
Obs.: Quando o réu é revel, citado por edital, com hora certa ou se encontra preso,
também não incide o efeito da revelia do artigo 319 do CPC, portanto, o juiz deverá
nomear um curador especial para este réu que poderá contestar o pedido por negativa
geral (artigos 9°, inciso II e 302 parágrafo único do CPC). Essa contestação do curador
especial por negativa geral faz com que o autor continue com o ônus de provar o fato
constitutivo do seu direito, isso porque afasta o efeito da revelia do artigo 319 do CPC.
Quando o juiz profere desde logo a sentença de mérito incide o artigo 269, inciso I do
CPC.
Essa audiência não é obrigatória (VER: p. 3° do artigo 331 do CPC), ela visa à
tentativa de conciliação e se esta não for obtida, o juiz passa a proferir a
decisão saneadora, no próprio termo ou posteriormente no prazo legal
lançando-a nos autos. Nessa decisão saneadora o juiz resolve as questões
processuais pendentes, fixa os pontos controvertidos e organiza a instrução, ou
seja, delibera sobre as provas as serem produzida. Nessa audiência não há lugar
para produção de provas, prestando-se apenas a tentativa de conciliação e ao
saneamento do feito.
Se for necessária prova pericial o juiz nomeará o perito e fixará prazos para
entrega do laudo, sendo que, no rito ordinário as partes poderão em 5 dias
indicar assistente técnico e formular quesitos (VER: Artigo 421 do CPC), não
sendo necessário a prova técnica mas apenas prova oral o juiz designa desde
logo a audiência de instrução e julgamento. Com a decisão saneadora
encerra-se essa fase intermediaria abrindo-se então a fase instrutório do
procedimento. Cabe recurso de agravo contra essa decisão no prazo de 10 dias.
Obs.: O representante do Ministério Público quando atua como fiscal da lei (artigo 82
do CPC) pode requerer a produção de provas, devendo, ainda, manifestar-se em
alegações finais. Quando há necessidade de produção de prova pericial e de prova oral
a audiência de instrução e julgamento só é designada após a conclusão dos trabalhos
periciais.
➢ Prova Documental: Normalmente a prova documental deve ser apresentada
pelas partes na fase postulatória (artigos 283 e 396 do CPC), mas na fase
instrutória a prova documental pode ser complementada, podendo o juiz
requisitar documentos à repartições públicas e a outros órgãos (artigo 399 do
CPC).
❖ Fase decisória.
A sentença pode ser proferida na audiência, após as razões finais das partes, ou no
prazo de 10 dias (artigo 456 do CPC), sendo que este é um prazo impróprio, pois é
conferido ao juiz e não se submete à preclusão.
● Generalidades:
Dentro do processo de conhecimento, o Código regula o procedimento comum
e os procedimentos especiais, embora estes estejam colocados em ‘livro’ à
parte. O comum, por sua vez, isto é, aquele que se aplica às causas para as
quais não se prevê rito especial, divide-se em ordinário e sumário. As causas
sujeito ao procedimento sumário são:
❖ Todas as causas cujo valor não exceder 60 vezes o valor do salário mínimo,
respeitando a previsão do procedimento especial;
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo;
II - nas causas, qualquer que seja o valor:
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo
ressalvados os casos de processo de execução;
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em
legislação especial;
g) que versem sobre revogação de doação;
h) nos demais casos previstos em lei.
Parágrafo único - Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado
e à capacidade das pessoas.
Obs.: No artigo 275, II temos causas submetidas ao rito sumário, qualquer que seja o
seu valor, sendo que algumas leis especiais também estabelecem a adoção do rito
sumário para outras causas, como exemplo: ações relativas a acidentes do trabalho
(Lei nº 8.213/91), ações de adjudicação compulsória de imóveis vendidos a prestações
(Decreto-lei 58/37) e ação de usucapião especial (Lei nº 6.969/91). Como diz o
parágrafo único, o rito sumário não pode ser adotado nas ações relativas ao estado e à
capacidade das pessoas (estado civil ou de filiação), como exemplo, nas ações de
divórcio, de investigação de paternidade, destituição do poder familiar, interdição,
anulação de casamento, etc.
Diz o artigo 276 do CPC que o autor exporá os fatos e os fundamentos jurídicos,
formulará o pedido e indicará as provas, oferecendo desde logo o rol de
testemunhas e documentos. Se requerer perícia, formulará, no mesmo ato, os
quesitos e indicará, também, na inicial, o assistente técnico sob pena de preclusão.
Se desejar o depoimento pessoal do réu, deverá o autor requerê-lo, também na
inicial.
Ao despachar a inicial, o juiz não apenas defere a citação do réu, mas desde logo,
no próprio despacho liminar, designará audiência de conciliação, a ser realizada no
prazo máximo de 30 dias. No mesmo despacho incluirá a ordem de
comparecimento das partes para a tentativa de conciliação, comparecimento esse
que pode ser pessoal ou por meio de preposto com poderes para transigir1 (artigo
277, § 3°).
➢ Citação:
1
solução negocial para o litígio (artigo 277, caput, e 278). O réu, quando da citação,
deve ser advertido que o não comparecimento ao ato sem justo motivo induz à
presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor (art. 277, §2º).
Art. 277 - O juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de trinta
dias, citando-se o réu com a antecedência mínima de dez dias e sob a advertência
prevista no § 2º deste artigo, determinando o comparecimento das partes. Sendo ré a
Fazenda Pública, os prazos contar-se-ão em dobro.
Revelia.
Em algumas situações o réu é revel mas não esta presente o efeito da revelia previsto
no art. 319 do cpc, esse efeito da revelia não se verifica nas hipóteses do art. 320 do
CPC.
Quando o réu é revel mas foi citado por edital ou com hora certa ou se encontra preso
também não incide o efeito da revelia do art.319 do Cpc. O juiz devera nomear um
curador especial para esse réu que poderá contestar o pedido por negativa geral (ver
art. 9, II e 302 p. único). Essa contestação do curador especial por negativa geral faz
com que o autor continue com o ônus de provar o fato constitutivo do seu direito, isso
porque afasta o efeito da revelia do art. 319.
Quando o juiz profere desde logo a sentença de mérito incide o art. 269, I do cpc.
Não sendo casado extinção do processo ou de julgamento antecipado da lide teremos
então o saneamento do feito que se da na audiência prevista no art. 331 do cpc ou
fora dela (mediante provimento decisório lançado desde logo nos autos). Essa
audiência não é obrigatória (par. 3 do 331) que visa a tentativa de conciliação e se esta
não for obtida o juiz passa a proferir a decisão saneadora no próprio termo ou
posteriormente no prazo legal lançando-a nos autos. Nessa decisão saneadora o juiz
resolve as questões processuais pendentes, fixa os pontos controvertidos e organiza
instrução, ou seja, delibera sobre as provas a serem produzidas. Nessa audiência não
tem lugar a produção de provas, prestando-se apenas a tentativa de conciliação e ao
saneamento do feito.
Se for necessária prova pericial o juiz nomeia um perito e fixa prazo para entrega do
laudo, no rito ordinário as partes poderão em cinco dias indicar assistentes técnicos e
formular quesitos (421), não sendo necessária prova técnica mas apenas prova oral o
juiz designa desde logo a audiência de instrução e julgamento. Com a decisão
saneadora encerra-se essa fase intermediária abrindo-se então a fase instrutória do
procedimento, cabe recurso de agravo contra essa decisão no prazo de 10 dias.
Obs.: se as partes não comparecerem nessa audiência de conciliação há alguma
consequência?
Não há consequência processual para o juízo comum para o não comparecimento das
partes e seus advogados na audiência previa do art. 331 cpc, apenas fica prejudicada a
tentativa de conciliação.
Fase instrutória ou probatória.
Proferida a decisão saneadora abre-se a fase instrutória, nesta podemos ter a
produção de prova pericial, oral e até complementação da prova documental, a prova
oral concentra-se normalmente na audiência de instrução e julgamento (444 a 457) a
prova oral pode consistir em esclarecimentos do perito judicial e dos assistentes
técnicos na audiência, depoimento pessoal das partes e na inquirição de testemunhas.
Há uma ordem estabelecia para coleta da prova oral (452), encerada a instrução temos
os debates orais, ou seja, as alegações finais apresentadas pelos advogados das partes
(454). Os debates orais podem ser substituídos por alegações finais escritas
(memoriais).
Rito sumario.
Caracterizada a revelia o juiz profere desde logo a sentença se estiver presente o efeito
previsto do art. 319. Se o réu revel foi citado por edital ou com hora certa ou se
encontra preso o juiz deve nomear curador especial (art. 9, II). Normalmente será
necessária a designação de uma nova audiência para que o curador especial apresente
a contestação. A contestação desse curador ainda que por negativa geral afasta o
efeito da revelia do art. 319, o autor continua então o ônus de provar o fato
constitutivo de seu direito.
Não sendo obtida a conciliação em audiência o réu pode apresentar sua resposta por
escrito ou oralmente (art. 278), no rito sumario pode oferecer exceção e contestação,
oferecida a exceção o processo fica suspenso até a solução do incidente.
O réu com a contestação deve arrolar as suas testemunhas e se for necessária
perícia deve também desde logo apresentar quesitos e indicar assistente técnico (art.
278, caput). O réu também pode apresentar impugnação ao valor da causa (art.261), a
resposta deve ser apresentada necessariamente por advogado.
O rito sumario é desnecessária a reconvenção pois o réu pode formular um pedido e,
seu favor na própria contestação (pedido contraposto) desde que fundado nos
mesmos fatos referidos na inicial (art. 278, p.1) ex. Em uma ação recorrente de danos
causados em acidente de transito (ação indenizatória) o autor aponta a culpa do réu
pleiteando a sua condenação, o réu na contestação pede a rejeição da pretensão do
autor e postula ainda a condenação deste a reparar os prejuízos que suportou.
O juiz deve decidir na própria audiência a impugnação ao valor da causa ou
controvérsia sobre a natureza da demanda, identificada a inadequação do rito sumario
determinará a conversão ao rito correto (art. 277, p.4). Há também a hipótese de
conversão prevista no p. 5 do art. 277. Apresentada a resposta pelo réu o juiz verifica
se é caso de extinção do processo (art. 329) ou de julgamento antecipado da lide (art.
330), não sendo caso de extinção ou de julgamento antecipado o juiz organiza então a
instrução diante da necessidade de dilação probatória. Sendo necessária a perícia o
juiz nomeia o perito judicial e fixa prazo para entrega do laudo, se for pertinente
apenas a prova oral o juiz já designa a audiência de instrução e julgamento.
Na audiência previa do rito sumario não temos a produção de prova, a audiência de
instrução de julgamento observa o disposto nos arts. 444 a 457 do cpc. (arts.280 e
281). O rito sumario convive com a possibilidade do autor se dirigir ao JEC para deduzir
a sua pretensão.
Execução.
De sentencia, de título judicial e extrajudicial.
No processo de Execução autônomo o executado é citado para cumprir a obrigação.
No processo cautelar o requerido é citado para contestar o pedido em 5 Dias.
Petição Inicial.
O fato de o juiz receber a petição inicial não afasta a possibilidade de indefinida
posteriormente de oficio ou mediante provocação do réu isso porque a aptidão da PI é
requisito essencial para outorga para prestação jurisdicional.
O juiz ao indeferir a PI profere uma sentença terminativa, exigindo o processo sem
julgamento do mérito (267, I). Cabe recurso de apelação no prazo de 15 dias.
296 e 285 A normalmente diante do recurso de apelação o juiz não pode exercer o
chamado juízo de retratação ou seja não pode reformar ou anular a sentença
proferida, mas temos duas hipóteses excepcionais em que o juízo de retratação é
admitido diante da apelação do autor (296).
O juiz indefere liminarmente a PI, ou seja, antes de determinar a citação do réu, se o
autor apelar o juiz poderá no prazo der 48 h reformar a sentença e determinar o
prosseguimento da ação. Mantida a sentença o juiz determina a remessa dos autos ao
tribunal para julgamento da apelação. Não a previsão de citação do réu para
responder o recurso (285 A do cpc).
Esse dispositivo permite o julgamento de plano da causa, ou seja,a antes mesmo na
citação do réu , isso e possível quando se trata de demanda repetir em que a questão
de mérito. É unicamente de direitos naquele juízo já foram proferidas anteriormente
outras sentenças de total improcedência da ação, o autor pode apelar dessa sentença
de improcedência no prazo de 15 dias e o juiz pode reforma-la em cinco dias
determinando então o prosseguimento da ação. Mantida a sentença o réu deverá ser
citado para responder o recurso encaminhando-se os autos posteriormente para o
tribunal.
Alterações da PI.
23.09 faltei
Tutela antecipada.
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os
efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca,
se convença da verossimilhança da alegação e:
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação;
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório do réu.
§ 1º - Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as
razões do seu convencimento.
§ 2º - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de
irreversibilidade do provimento antecipado.
§ 3º - A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua
natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4º e 5º, e 461-A.
§ 4º - A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em
decisão fundamentada.
§ 5º - Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final
julgamento.
§ 6º - A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos
pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso.
§ 7º - Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza
cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a
medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado.
Nada mais é do que antecipação da tutela de mérito. É típico do processo de
conhecimento.
Obrigação e contrato.
O contrato é um negócio jurídico, onde pessoas se unem para regular seu interesse, o
negócio jurídico se celebrado por duas ou mais pessoas existira a figura do contrato.
O fundamento do contrato é a manifestação de vontade por força da legislação civil e
do código Civil, tem o poder de criar direitos e obrigações. A manifestação de vontade
pode ser unilateral ou bilateral e ambas geram obrigações.
O contrato nada mais é do que um acordo de vontade exteriorizado de acordo com a
lei com o fim de gerar ou extinguir obrigações.
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da
X
conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo
inicial a seu exclusivo critério.(Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.
Relatividade dos efeitos do contrato.
Esse princípio se aplica em relação a um terceiro.
Primeira corrente - que se tem em vista nessa função social do contrato são os
interesses externos aos contratantes, os dois principais são o meio ambiente e a
concorrência que deve existir.
Nos temos em vista a natureza da obrigação do contrato. Com isso temos contratos
unilaterais, bilaterais ou plurilaterais.
❖ Contrato unilateral - apenas uma pessoa recebe os benefícios do contrato.
❖ Contrato bilateral - ambas as partes recebem beneficio no contrato. Nós
podemos dizer que a causa de um é o cumprimento da obrigação de outro.
❖ Contrato plurilateral - um ex. É o contrato de sociedade; mais de duas pessoas
com iguais obrigações e direitos.
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.
Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste
Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos
após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas
partes determinada forma de execução.
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como
os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
Contratos bilaterais são onerosos sempre, porém existem contratos benéficos que
podem ser bilaterais. O contrato unilateral pode não ser gratuito e sim oneroso, como
por exemplo, o mutuo.
Dentro dos contratos onerosos há a evicção.
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante
do negócio jurídico.
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem
a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi
prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha
a existir.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido
pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse,
em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios
jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis
de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Sub contratos.
Contratos que seriam dependentes, ele está ligado a um contrato que é principal, e se
submete aos mesmos princípios do principal, não pode ir além do que estabelece o
contrato principal. O subcontrato sempre presume o seu principal. Normalmente o
principal e o sub são da mesma natureza.
❖ Integração do contrato.
❖ Negociação Preliminar:
❖ Proposta ou Policitação.
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se
também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação
semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a
resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a
retratação do proponente
Ex.: Se “A”, em Fortaleza, propõe a “B”, de São Paulo, uma determinada compra de
mercadoria, e “B” responde por carta, aceitando, enquanto “A” não tiver o
conhecimento dela, não tiver lido a missiva, o contrato não estará concluído.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é
expedida, exceto:
Pelo Código Civil, artigo 435, o contrato reputar-se-á celebrado no local em que foi
proposto. Pela Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro (LINDB), artigo 9°,
§ 2°, aplicável no direito internacional privado, a obrigação resultante do contrato
considerar-se-á constituída no lugar em que residir o proponente
Interpretação do Contrato.
❖ Teoria da Vontade:
❖ Teoria da Declaração:
Obs.: O juiz não poderá dar aos contratos interpretação ampliativa, devendo
limitar-se, unicamente, aos contornos traçados pelos contratantes, vedada a
interpretação com dados alheios ao seu texto.
❖ Forma Prescrita:
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Obs.: De modo que o fiador só responderá pelo que estiver expresso no instrumento
da fiança e se alguma dúvida houver, deverá ser solucionada em favor dele.
❖ Função Interpretativa:
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do
lugar de sua celebração.
Obs.: Pelo Enunciado n. 409 do CJF, aprovado na V Jornada de Direito Civil: “Os
negócios jurídicos devem ser interpretados não só conforme a boa-fé e os usos do
lugar de sua celebração, mas também de acordo com as práticas habitualmente
adotadas entre as partes”.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Como decorrência do uso comum das palavras, o contrato também elaborado por
pessoas que não sejam profissionais, as palavras deverão ser interpretadas como tal e
vice versa.
Ter presente que o contrato deverá ser observado dentro da boa-fé, da moral.
Artigo 423
Ver 51 do CC
● Introdução:
Obs.: Ver páginas 97 e 98 (exceção do contrato não cumprido; teoria dos riscos; e,
prescrição) – Teoria Geral dos Contratos – Maria Helena Diniz.
Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às
consequências da evicção2 ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com
certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em
contrário.
2
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe
diminuam o valor.
Art. 158. O contrato a título gratuito poderá ser anulado pela ação pauliana,
independentemente de ma-fé, ao passo que, para se anular o contrato oneroso, além
da insolvência do devedor, será mister que esse estado seja conhecido da outra parte
(CC, art. 159).
Obs.: O erro sobre a pessoa será mais grave no contrato benéfico do que oneroso,
salvo nas prestações de serviços materiais e encomendadas de obras artísticas.
Obs.: Será comutativo o contrato a título oneroso e bilateral em que a extensão das
prestações de ambas as partes, conhecida desde o momento da formação do vínculo
contratual, é certa, determinada e definitiva, apresentando uma relativa equivalência
de valores, que, por sua vez, são insuscetíveis de variação durante o implemento do
contrato, embora, algumas vezes, corram riscos relativos à coisa ou à oscilação do seu
valor, o que, contudo, são circunstâncias independentes do contrato.
➢ Emptio rei speratae: Ocorre se álea versar sobre quantidade maior ou menor
da coisa esperada.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a
si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a
todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa
venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o
alienante restituirá o preço recebido.
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais
fixadas neste Código.
❖ Contratos Principais: Os contratos principais são os que existem por si,
exercendo sua função e finalidade independentemente de outro.
Ex.: A fiança é contrato acessório, estabelecido para garantir a locação, que é contrato
principal; logo a fiação não poderá existir sem a locação.
Contrato padronizado: é uma modalidade de contrato de adesão, sendo que uma das
partes formula o contrato e oferece a uma pessoa mais venerável.
Vício Redibitório.
Noção do instituto; Responsabilidade do transmitente; Direitos do evicto; Denunciação
da lide.
● Noção do Instituto:
● Responsabilidade do Transmitente:
A ação redibitório torna desfeito o negócio, ou poderá optar pela ação estimatória
ou “quanti minoris”: ação por meio da qual o comprador poderá pedir a devolução
de uma quantia em função do defeito da coisa.
Poderá ser combinado entre as partes ou através de ação com perícia técnica.
❖ Boa-fé do transmitente:
O prazo para isso é de decadência (artigo 445 do CC). Ação para redução de valor
também é de 30 dias. Entretanto os prazos dos artigo 445
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo
contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e
oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
Obs.: A lei especial do § 2° do artigo 445 não existe, portanto, será usado os usos e
costumes do local.
O vício redibitório segundo o CDC poderá ser qualquer um, ou seja, oculto ou
aparente.
A propaganda do produto, caso vincule uma compra e venda, esta deverá respeitar o
que se propõe na mesma.
O CDC no artigo 18 prescreve que toda venda feita implica solidariedade.
● Noção do instituto:
● Responsabilidade do transmitente:
● Direitos do evicto:
● Denunciação da lide:
❖ Requisitos da evicção.
➢ Existência de uma aquisição onerosa;
➢ Perda da coisa; Total ou parcial;
➢ Existência de uma sentença que decrete a perda da coisa (regra) – Como
exceção temos a apreensão da coisa adquirida gerada de pôr pratica de crime.
Contendo dolo ou culpa haverá perdas e danos. Ver – Remissão hipotecária
Anterioridade do título reivindicante (anterior ao negócio jurídico). Por
exceção, no caso da desapropriação o evicto poderá mover ação contra o
evicto para fins de indenização.
Denunciação da Lide ou chamamento à autoria: Artigo 456 do CC; artigo 70 do
CPC
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente
notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como
lhe determinarem as leis do processo.
Efeitos Do Contrato.
Estipulação em Favor de Terceiros e Promessa de Fato de Terceiro.
● Noções Gerais:
❖ Generalidades:
Quanto ao alcance das consequências contratuais, do ponto de vista subjetivo,
ou seja, das pessoas atingidas pelo ato negocial, é preciso lembrar que num
sentido geral:
➢ O contrato, em regra, somente obriga as partes contratantes, não alcançando
terceiros, pois não lhes aproveita nem prejudica;
➢ A obrigação contratual, exceto a personalíssima, é passível de transmissão ativa
e passiva aos sucessores a título universal e particular das partes;
➢ O princípio da relatividade sofre exceções, quando o contrato ultrapassa as
partes que nele intervieram, atingindo terceiros que não o estipularam;
➢ A eficácia do contrato também é relativa ao objeto, pois dele surgem
obrigações de dar, de fazer ou de não fazer.
Obs.: Sucessores universais não são terceiros ao negócio jurídico celebrado, ou seja,
não se trata aqui de exceção ao princípio da relatividade dos efeitos do contrato, mas,
como eles (contratantes) não estipularam a possibilidade de eventual morte, os
sucessores estão submetidos a consequências jurídicas que não provocaram
pessoalmente.
Ex.: É o que ocorre se “A”, tendo um crédito contra “B”, determina que “B” salde a sua
dívida para com “C”, por conta do referido crédito.
● Princípio Geral:
➢ Conceito:
É um contrato estabelecido entre duas pessoas, em que uma (estipulante)
convenciona com outra (promitente) certa vantagem patrimonial em proveito
de terceiro (beneficiário), alheio à formação do vínculo contratual.
➢ Requisitos:
➢ Subjetivo: Exigência da presença de três pessoas – Estipulante e promitente
(que deverão ter capacidade para contratar) e beneficiário (que não precisa ter
aptidão para contratar).
➢ Objetivo: Liceidade, possibilidade de objeto e vantagem patrimonial que
beneficie pessoa alheia à convenção.
➢ Formal: Forma livre, por ser contrato consensual.
➢ Natureza Jurídica:
Trata-se de contrato sui generis, no qual a exigibilidade da prestação passa ao
beneficiário, sem que o estipulante a perca.
❖ Efeitos:
➢ Quanto às Relações entre Estipulante e Promitente:
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e
danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do
promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que,
pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair
sobre os seus bens.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem,
se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
É aquele em que uma parte se reserva o direito de indicar quem adquirirá direitos
ou assumirá obrigações contratuais, dentro de 5 dias da conclusão do contrato (CC,
artigo 467).
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da
conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da
mesma forma que as partes usaram para o contrato.
❖ Considerações Introdutórias:
❖ Direito de Retenção:
❖ Exceptio no adimpleti contractus:
❖ Vício Redibitório:
É aquele em que as partes fazem um contrato e uma delas reserva para si o direito
de indicar uma pessoa que irá assumir a posição de direitos e obrigações ajustadas
entre as partes. Trata-se de uma obrigação de fazer em benefício de terceiro.
Haverá a figura de uma pessoa que irá indicar a pessoa que irá assumir os direitos e
obrigações no contrato. A segunda pessoa (promitente) é aquele que recebe a
estipulação daquele que indica a outra pessoa que irá estar no seu lugar.
Admite-se a possibilidade de indicar futuramente um terceiro que irá suceder, ou
seja, não necessidade de indicar um terceiro no instante do contrato celebrado.
Caso o contrato não venha a ser celebrado por inadimplência poderá o inocente da
relação jurídica executar diretamente uma ação contra o inadimplemento.
As partes devem cumprir tal como nele se contem, não podendo, as partes, exigir mais
ou menos do que tenha sido estipulado.
O contrato é intangível, irretratável e inalterável, apenas será posto fim a determinado
contrato caso os contratantes assim estabeleçam.
Obs.: Tal princípio é mantido no direito atual, mas com atenuações, pois
hodiernamente, para a lei, a doutrina e os tribunais, ante o dirigismo contratual, o
princípio “pacta sunt servanda” não é absoluto (Ex.: Artigos 317, 478, 479 e 480 do CC)
por estar limitado ao princípio do equilíbrio contratual; A teoria da imprevisão, que
deixa de ser norma consuetudinária, passando a ser norma legal, cuja expressão mais
frequente é a cláusula “rebus sic stantibus”, impõe-lhe restrições e dá ao juiz,
excepcionalmente, um poder de revisão por imprevisibilidade (CC, artigo 317) sobre
atos negociais, havendo desigualdade superveniente das obrigações contratadas e
consequente enriquecimento ilícito de um dos contratantes, podendo, ainda, decretar
a resolução do contrato (artigo 479) e a judicial (artigo 317).
Obs.: Quem é o terceiro? É aquele que dele (contrato) não participou e que
verdadeiramente não será atingido pelo contrato, entretanto, se esse terceiro tiver um
vínculo com o contratante ele deixa de ser terceiro estranho e passa a ser sujeito de
direito e obrigações.
Na cessão de contrato fica obrigado haver a anuência por parte do cedido. Na cessão
de débito ou de crédito haverá necessidade de anuência por parte do credor no caso
de transmissão de dívida. Na cessão de crédito poderão ser transmitida sem anuência
por parte do devedor. Na cessão de crédito haverá a necessidade de notificação por
parte do credor ao devedor – Ver 290 do CC.
Ex.: Caso a empresa seja devedora ou credora uma determinada obrigação não será
necessário anuência por parte das mesma. No caso de hipoteca recaem sobre o imóvel
e sua dívida não será afetada por uma futura venda do mesmo; Compra e venda de
apartamento com encargos de condomínio, caso haja à compra do AP haverá a
necessidade de uma declaração de obrigações de pagamento efetuados, caso não
tenha sido pago o condomínio e o contrato tenha celebrado, o novo dono responderá
pelos custos do condomínio.
A primeira guerra mundial foi o ponto de início, com grande escala, sobre a revisão dos
contratos de longa duração com consequência de alterações dos preços. Devido este
problema passaram à adotar a cláusula rebus sic stantus – Falliot (lei de revisão dos
contratos).
No Brasil acreditava-se que o contrato deveria o mesmo ser cumprido, no entanto,
houve grande discussão e assim em 1939 a questão foi parar no STF. Nelson Hungria
discutiu isso em um determinado contrato de prestação com uma empresa da Bélgica.
Obs.: Deverá ser observados os requisitos da cláusula “rebus sic stantus” para a sua
aplicação.
Teoria da Imprevisão.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Extinção do Contrato.
● Causas extintivas:
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
➢ Caso Fortuito e Força Maior. Ocorrendo uma das hipóteses o devedor não fica
obrigado a arcar com os danos decorridos desse dano. Pois a consequência de
ambos ataca o propriamente o devedor. Artigo 393 do CC
● Rescisão:
Parte da doutrina, baseada nos ensinamentos de Besimeu diz ser a rescisão uma
lesão ao contrato. Será objeto de rescisão de um contrato sempre que houver uma
vantagem de um dos contratantes sobre o contrato acarretando a lesão do
contrato.
Art. 607. O contrato de prestação de serviço acaba com a morte de qualquer das partes. Termina,
ainda, pelo escoamento do prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão (resilição) do contrato
mediante aviso prévio, por inadimplemento de qualquer das partes ou pela impossibilidade da
continuação do contrato, motivada por força maior.
● Resilição.
As partes, tendo interesse em determinada situação, celebram um contrato. A
resilição vem a ser um acordo de vontade entre as partes contratantes para
celebrar um novo contrato que anteriormente fora feito, ou seja, o destrato
entre as partes. As partes estabelecem como dispor o destrato, no entanto, a
lei impõe a forma especifica em que a resilição deverá se desenvolver esse
destrato. Excepcionalmente a lei pode fazer uma exigência para a resilição =
Fiança com prazo de 60 dias ao credor, para que o mesmo notifique o devedor
para que haja um novo fiador. Ver também artigo 473
● Resolução.
A resolução se refere ao inadimplemento das partes, ou o contrato foi executado
de maneira deficiente, ou seja, mal executado. Apenas se fala em resolução nos
contratos sinalagmáticos. O contrato aleatório não suporta a resolução por ser um
contrato de risco.
Teoria da imprevisão.
Diferença para a onerosidade excessiva do Código de Defesa do Consumidor; Revisão
judicial do contrato;
TÍTULOS DE CRÉDITO.
PROFESSOR – DR. CARLOS ROSSETO JUNIOR
Título de Credito.
Endosso.
Endosso é a transferência da titularidade de credito, para transferi-lo é só assinar na
frente ou no verso + o nome do beneficiado.
O endosso só produz um efeito que é a transferência da titularidade. Porém na lei dos
cheques produz mais um efeito que é vincular o endossante ao pagamento do título.
No caso do cheque ser endossado a um terceiro e esse cheque estar sem fundo poderá
entrar com processo contra o primeiro e o segundo com titularidade do credito.
Título de credito.
O título pode ter partes em branco ou todo e essas lacunas serem preenchidas na
apresentação.
Princípios.
❖ Cartularidade.
O papel é necessário para adquirir a recompensa, como cheque, sem ele nao há o
valor simbólico.
❖ Literalidade.
Só pode ser exigido o que esta no texto do título de credito, nada a mais nem a menos.
❖ Autonomia.
Os títulos de credito valem por si só independentemente da obrigação que o criou.
Esse principio se subdivide em dois outros dois;
Abstração: o título de credito não guarda nenhuma relação com a obrigação que o
criou, essa regra não é geral, nossos tribunais relativizam a aplicação da abstração, isso
ocorre toda vez que se puder vincular o título à obrigação, ou seja, se estiver previsto
no contrato e uma vinculação do título com a obrigação (ex. Estar falando do título no
contrato e estar no título falando do contrato).
Classificação doutrinaria.
❖ Quanto a forma.
❖ Livre: não há padrões pode ser feito em papel higiênico.
❖ Modelo vinculado: como por exemplo o cheque que precisa seguir um padrão.
❖ Quanto a origem.
❖ Causal: aquele que depende de uma causa para ser emitido, como por exemplo
a duplicata.
❖ Não causal: não precisa de causa para ser emitido.
27/08/13.
Requisitos da parte geral.
❖ Agente capaz.
❖ Objeto licito.
❖ Forma prescrita em lei:
➢ Data emissão
➢ Indicação precisa direitos.
➢ Assinatura.
Endosso.
É um ato cambiário, é a transferência da titularidade de um título de credito
nominativo (é aquele que possui o nome do beneficiário).
O dono do título de credito ao portador é quem o porta, a transferência (se da pela
simples tradição).
O devedor ou o sacado que ira pagar um título de credito não esta obrigado a conferir
a autenticidade do endosso, apenas devera certificar a existência do endosso.
❖ Nominativos.
Aquele com o nome. Só é permitido um endosso.
❖ Portador.
Aquele quem o porta. Não a controle de endossados, simples tradição.
Aval.
Não existe aval parcial, apenas fiança parcial. Na fiança há a possibilidade de se pedir
a exoneração (835), no aval não existe a possibilidade de exoneração. Os herdeiros
respondem por aval estando o título vencido ou vincendo (na medida no patrimônio
recebido). Na fiança os herdeiros respondem pelos débitos até a data do falecimento
(dentro do patrimônio). Ambos precisam do consentimento do outro consorte
(marido/mulher).
Protesto.
Formalizar e tornar pública a mora.
Se você quer ajuizar a ação contra devedor principal (quem assina) o protesto é
facultativo, executado coobrigado é necessário o protesto. Na obrigação cambiaria o
endossante é coobrigado.
Letra de câmbio.
Para que possa ser exigido imediatamente o pagamento (após a negação do aceite)
o tomador deverá protestar o sacador.
● Pagamento:
● Protesto: Para protestar uma letra de cambio por falta de aceite ter-se-á até o
dia seguinte até o vencimento da mesma.
O prazo para protesto por falta de pagamento é o de dois dias úteis seguintes ao
vencimento. No entanto, esse prazo é referente ao coobrigado, ou seja, o devedor
principal segue obrigado ao adimplemento.
Prescrição.
O prazo para propor ação contra o devedor principal o prazo é o de até 3 anos
contados da data do vencimento do título.
● Existem duas cláusulas que podem ser postas na letra de cambio por parte
do sacador:
❖ Sem despesas: significa que o título só poderá ser apresentado para aceite
no dia do seu vencimento (em caso de recusa de aceite não haverá a figura
de vencimento antecipado).
❖ Sem protesto: Significa que o protesto contra os coobrigados passa a ser
facultativo (exigência do tomador).
● Aceite Parcial.
❖ Aceite parcial modificativo: Como exemplo a mudança do aceite futuro.
Aceite parcial limitativo: Refere-se ao valor em que
Obs.: Tem como consequência que o que não foi aceitado ou modificado opera os
efeitos da recusa do aceite.
Nota Promissória.
● Conceito:
Obs.: No mais tudo em que temos na letra de cambio se aplica na nota promissória
Cheque.
Artigo 171 inciso, VI. Interpretação dos tribunais superiores (STJ e STF) – Cheque sem
fundo pós-datado não caracteriza o tipo do inciso VI do artigo 171 do Código Penal,
porque não se trata de uma ordem de pagamento a vista.
● Sacado: Apenas será o sacado se o mesmo for um Banco. O sacado (banco) está
proibido de garantir o pagamento do cheque, portanto, o banco esta proibido
de:
Caso o cheque seja apresentado depois do prazo haverá duas consequências, a saber:
Se o cheque não for pago por culpa do sacado ou pela ocorrência de algum caso
fortuito o sacador ficará desobrigado do pagamento.
Duplica.
Obs.: Caso não se obedeça a essa regra estará se praticando crime de duplicata fria
(172 do CP).
● Recusa.
Na duplicata existe a figura do aceite (diferentemente da letra da cambio), no
entanto, o aceite na duplica é obrigatória. Sendo assim, a recusa do aceite da
duplica somente poderá ser feita por escrito justificada em um dos seguintes
motivos: Avaria; não recebimento das mercadorias; divergência entre preço
prazo ou condições de pagamento; ou, não realização do negócio. E terceiro
vícios na mercadoria ou na prestação de serviços.
● Tipos de Aceite.
❖ Aceite Ordinário: Aceite comum, ou seja, o aceite do produto no mesmo título;
❖ Aceite por Comunicação: é aquele que é feito em qualquer documento
diferente do título, ou seja, o aceite pode ser dado fora do título em qualquer
outro lugar.
❖ Aceite Presumido: Se o comprador recebe uma duplicata á retêm ou á devolve
sem a justificativa da recusa do aceite, presumir-se-á que se aceitou o título.
PROVA
❖ Protesto: Para pegar o devedor principal a regra é que o protesto é facultativo,
para o coobrigado o protesto é obrigatório. O prazo de protesto da duplica é de
30 dias do vencimento.
❖ Execução: A duplicata é um título executivo e a forma que será instruída a
execução dependerá da forma do tipo de aceite.
Se o aceite for por comunicação: deverá ser a comunicação ser protestada; deverá ser
anexada na execução a duplicata, a comunicação devidamente protestada e a nota
fiscal. Perde-se o direito do coobrigado.