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Atualização 2015
Bons estudos!
Direção Medcel
A medicina evoluiu, sua preparação para residência médica também.
ÍNDICE
m.br
3. Trombocitemia essencial ............................................. 142 QUESTÕES
4. Mielofibrose.................................................................. 144
5. Resumo......................................................................... 146 Cap. 1 - Interpretação do hemograma............................. 207
Cap. 2 - Anemias............................................................... 208
Capítulo 14 - Linfomas . . ........................................................ 147 Cap. 3 - Anemias por deficiência de produção................ 212
1. Introdução..................................................................... 147 Cap. 4 - Anemias pós-hemorrágicas e hiperproliferativas... 218
2. Abordagem do paciente............................................... 147 Cap. 5 - Pancitopenias...................................................... 229
3. Linfoma de Hodgkin...................................................... 149 Cap. 6 - Abordagem inicial da hemostasia e trombose... 230
4. Linfoma não Hodgkin.................................................... 151 Cap. 7 - Distúrbios da hemostasia primária..................... 234
5. Diferenças clínicas......................................................... 158 Cap. 8 - Distúrbios das hemostasias secundária e terciária... 240
6. Resumo......................................................................... 158 Cap. 9 - Trombofilias......................................................... 241
Cap. 10 - Visão geral das neoplasias hematológicas........ 242
Capítulo 15 - Mieloma múltiplo . . ........................................... 159 Cap. 11 - Leucemias agudas............................................. 242
1. Introdução..................................................................... 159 Cap. 12 - Leucemias crônicas........................................... 246
2. Fisiopatologia................................................................ 160 Cap. 13 - Neoplasias mieloproliferativas (não LMC)........ 247
3. Tipos de mieloma......................................................... 163 Cap. 14 - Linfomas............................................................ 248
4. Quadro clínico............................................................... 163 Cap. 15 - Mieloma múltiplo.............................................. 251
5. Exames laboratoriais . .................................................. 163 Cap. 16 - Hemoterapia..................................................... 254
6. Critérios de diagnóstico ............................................... 164 Cap. 17 - Transplante de células-tronco hematopoéticas...... 257
7. Estadiamento e prognóstico ........................................ 165 Outros temas.................................................................... 257
8. Variantes de importância clínica da doença dos
plasmócitos.................................................................. 165
9. Tratamento.................................................................... 166 COMENTÁRIOS
10. Resumo....................................................................... 168
Cap. 1 - Interpretação do hemograma............................. 261
Capítulo 16 - Hemoterapia . . .................................................. 169 Cap. 2 - Anemias............................................................... 262
1. Introdução..................................................................... 169 Cap. 3 - Anemias por deficiência de produção................ 266
2. Indicações de transfusões............................................ 169 Cap. 4 - Anemias pós-hemorrágicas e hiperproliferativas...... 272
3. Autotransfusão............................................................. 172 Cap. 5 - Pancitopenias...................................................... 284
4. Manipulação de hemocomponentes........................... 173 Cap. 6 - Abordagem inicial da hemostasia e trombose... 285
5. Procedimentos especiais.............................................. 173 Cap. 7 - Distúrbios da hemostasia primária..................... 290
6. Reações transfusionais................................................. 175 Cap. 8 - Distúrbios das hemostasias secundária e terciária... 297
7. Resumo......................................................................... 178 Cap. 9 - Trombofilias......................................................... 297
Cap. 10 - Visão geral das neoplasias hematológicas........ 299
Capítulo 17 - Transplante de células-tronco Cap. 11 - Leucemias agudas............................................. 299
hematopoéticas..................................................................... 179 Cap. 12 - Leucemias crônicas........................................... 303
Cap. 13 - Neoplasias mieloproliferativas (não LMC)........ 304
1. Introdução..................................................................... 179
Cap. 14 - Linfomas............................................................ 305
2. Modalidades................................................................. 179
Cap. 15 - Mieloma múltiplo.............................................. 308
3. Fontes de células.......................................................... 179
Cap. 16 - Hemoterapia..................................................... 312
4. Técnicas de coleta......................................................... 180
Cap. 17 - Transplante de células-tronco hematopoéticas... 315
5. Triagem do doador....................................................... 180
Outros temas.................................................................... 315
6. Indicações..................................................................... 181
7. Condicionamento pré-transplante............................... 181
8. Infusão das células progenitoras hematopoéticas....... 182 Referências bibliográficas................................................. 319
9. Complicações pós-TCTH............................................... 182
10. Doadores não aparentados........................................ 186
11. Resumo....................................................................... 186 O capítulo de Neutropenia febril está no livro
de Infectologia vol. 1
Casos clínicos......................................................................... 189
CAPÍTULO 1
HEMATOLOGIA
Interpretação do hemograma
Fernanda Maria Santos / Marcos Laercio Pontes Reis / Fábio Freire José
19
HCM = Hb/E
20
CAPÍTULO 9
HEMATOLOGIA
Trombofilias
Fernanda Maria Santos / Marcos Laercio Pontes Reis / Fábio Freire José
109
fator V de Leiden e da mutação do gene da protrombina, c) Deficiência de proteína C
que compreendem, juntas, 50 a 60% dos casos. As trombo- Doença autossômica dominante que pode apresentar-
filias hereditárias mais associadas a eventos trombóticos, -se sob 3 formas clínicas características, além da Trombose
em ordem decrescente, são homozigose para o fator V de Venosa Profunda (TVP):
Leiden, deficiência de AT e deficiência de proteína C.
O estudo para a pesquisa de trombofilias hereditárias Tabela 3 - Formas clínicas
mais comuns consiste em pesquisa molecular do fator V de - Tromboflebite superficial recorrente;
Leiden e da mutação do gene da protrombina, dosagem de - Púrpura fulminante neonatal: ocorre em recém-nascidos com
AT, proteína C e proteína S, pesquisa molecular para a muta- deficiência grave, nos primeiros dias de vida, manifestando-se
ção da enzima metilenotetra-hidrofolato-redutase (MTHFr) como tromboses venosa e arterial extensas e rapidamente pro-
– hiper-homocisteinemia. gressivas, culminando com coagulação intravascular dissemi-
Diante de evento trombótico, aqueles que devem ser nada (CIVD) e falência de múltiplos órgãos, caso não seja feita
a reposição do fator deficiente;
investigados para trombofilia hereditária são:
- Necrose cutânea induzida pela varfarina: necrose extensa e
Tabela 2 - Itens de investigação rapidamente progressiva que acontece nos primeiros dias de
- Trombose idiopática; uso da varfarina (habitualmente, altas doses) em pacientes
com deficiência de proteína C, em razão do período transitório
- Trombose em indivíduos menores de 50 anos;
inicial de hipercoagulabilidade, visto que a proteína C é depen-
- História familiar de trombose (em familiares com menos de 50 dente da vitamina K;
anos);
- O diagnóstico é feito pela pesquisa da atividade da proteína C
- Trombose recorrente; sérica.
- Trombose em locais pouco comuns;
- Associação de trombose venosa e arterial; d) Hiper-homocisteinemia congênita
- Tromboflebite migratória; Decorre da mutação gênica da enzima MTHFr, necessá-
- Púrpura fulminante; ria para a formação da metionina, a partir da homocisteí-
- Resistência a heparina. na, na presença de cobalamina e metiltetra-hidrofolato. Na
deficiência dessa enzima, acumula-se a homocisteína, que
a) Fator V de Leiden é lesiva ao endotélio, predispondo a eventos trombóticos
venosos e/ou arteriais. Porém, se observa que a reposição
Trata-se de uma mutação genética que resulta na for-
de vitaminas (B12, B6 e ácido fólico), com o objetivo de di-
mação de fator V mutante, resistente à inativação pela
minuir o nível sérico de homocisteína, não tem benefício na
proteína C. Essa resistência é um dos principais fatores
prevenção secundária de eventos trombóticos.
de risco para TEV, sendo a mutação do fator V de Lei-
den uma das causas. A presença da mutação aumenta B - Trombofilias adquiridas
o risco de doença trombótica em 3 a 10 vezes para he-
terozigotos e em 80 vezes para homozigotos, e é maior - Como principais exemplos de trombofilia adquirida,
quando associado a outros fatores de risco (utilização de têm-se gestação e puerpério, associados ao risco de
contraceptivos orais, gravidez, imobilização após cirur- trombose 6 vezes maior em razão de diversos fatores:
gias, traumatismo ou doenças malignas). Essa mutação diminuição do nível sérico de proteína C, estase san-
também favorece abortos espontâneos, e descreve-se guínea pela compressão uterina, imobilização prolon-
possível correlação com a síndrome microangiopática, gada e obesidade;
conhecida como síndrome HELLP. - Cirurgia e trauma: devido à exposição de grande quan-
Estima-se que, no Brasil, tal gene esteja presente em tidade de fator tecidual por lesão endotelial, imobili-
cerca de 2 a 4% da população, e a detecção é feita por meio dade prolongada e patologia de base. O risco trombó-
da pesquisa da mutação por biologia molecular. tico é bastante aumentado em pacientes submetidos
a procedimento cirúrgico, principalmente cirurgias
b) Deficiência de AT ortopédica, vascular, neurológica e oncológica. Ou-
Doença autossômica dominante, em que ocorre sínte- tros fatores de risco que aumentam ainda mais o risco
se reduzida do inibidor dos fatores IIa, Xa, XIa e IXa. Como trombótico nessa população são idade, evento trom-
a anticoagulação nos pacientes acometidos de trombose bótico prévio, trombofilia hereditária, tempo cirúrgico
é feita inicialmente pela heparina não fracionada, carac- e imobilização prolongada. Os pacientes devem rece-
teristicamente esses indivíduos têm maior dificuldade de ber profilaxia antitrombótica primária no período pós-
alcançar níveis de anticoagulação, visto que a ação dessa -operatório, pois, sem isso, o risco de TVP sintomática
heparina depende da AT. e embolia pulmonar é bastante alto;
O diagnóstico é feito pela dosagem dos níveis da ativi- - Neoplasias malignas: decorrentes da exposição de
dade de AT sérica. fator tecidual em células neoplásicas, levando à for-
110
CASOS CLÍNICOS
HEMATOLOGIA
CASOS CLÍNICOS
co, está em bom estado geral, corada, com petéquias
e equimoses disseminadas, além de fígado e baço
não palpáveis. O hemograma apresentou o seguinte
resultado: hemoglobina = 12g/dL; leucócitos = 7.500/
mm3, de distribuição normal; e contagem de plaquetas
= 5.000/mm3.
2014 - UNIFESP
2. Um paciente de 5 anos tem diagnóstico de anemia falci-
forme desde os 2 meses de vida e chega ao pronto-socorro
com história de convulsão e hemiparesia do lado direito.
2013 - FMUSP
4. Um menino de 8 anos, previamente hígido, é tra-
zido pela mãe ao pronto-socorro com queixa de apare-
cimento de manchas em todo o corpo há 2 dias. Esteve
resfriado há 1 semana, por 3 dias. Nega febre, vômitos,
sintomas respiratórios atuais ou alterações do hábi-
to intestinal ou urinário, mas relata também que esta
noite acordou com sangramento nasal que demorou a
b) Que exame deve ser solicitado para a confirmação
melhorar, somente cessando com compressas geladas.
diagnóstica?
Antecedente pessoal: vacinação adequada. Anteceden-
te familiar: mãe hipertensa. Sem outros antecedentes
mórbidos relevantes. Ao exame clínico, observa-se es-
colar em bom estado geral, corado, hidratado e afebril,
com peso no percentil 25, altura no percentil 50, PA =
92x64mmHg e pulso = 80bpm. O exame do tórax e do
abdome é normal. Não há adenomegalias palpáveis. A
Figura mostra as manchas observadas em todo o cor-
po, que não desaparecem à vitropressão. O restante do
exame clínico também é normal.
191
QUESTÕES
HEMATOLOGIA
QUESTÕES
dendo o episódio de epistaxe. Foram solicitadas sorologias
para hepatites B e C, anti-HIV, FAN, todos negativos; além de 5. Dentre as patologias citadas, qual é o principal diagnós-
TSH normal. O esfregaço do sangue periférico estava normal. tico diferencial na interpretação do hemograma a seguir?
Confirmou-se a plaquetopenia (24.500) após a contagem ma-
Hemácias (milhões/mm3) 4
nual das plaquetas. Assinale a alternativa correta:
a) trata-se provavelmente de púrpura trombocitopênica Hemoglobina (g/dL) 12,4
imunológica, porém esse diagnóstico é de exclusão, o Hematócrito (em %) 37
que torna necessário o mielograma Vol. glob. média (µ )
3
78
b) a púrpura trombocitopênica trombótica é um diagnósti- Hem. glob. média (µg) 25,9
co alternativo a ser considerado, pela idade da paciente C. H. glob. média (%) 33,3
e pela manifestação hemorrágica
RDW 15,5
c) o tratamento inicial é a transfusão de plaquetas asso-
ciada a pulsoterapia, com metilprednisolona por 3 dias MPV 10,4
consecutivos Leucócitos (mm3) 12.100
d) na ausência de resposta à corticoterapia, pode-se consi- Neutrófilos 7% 847
derar a esplenectomia opção terapêutica Promielócitos 0% 0
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão Metamielócitos 0% 0
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder Mielócitos 0% 0
Bastões 0% 0
2013 - UFPR
Segmentados 7% 847
3. As imunoglobulinas são produtos de células B diferen-
Eosinófilos 2% 242
ciadas e responsáveis pela via humoral da resposta imune.
Sobre elas, é incorreto afirmar que: Basófilos 0% 0
207
COMENTÁRIOS
HEMATOLOGIA
assim a dose deve ser no mínimo duplicada (de 1 unidade de citos, o que não configura desvio à esquerda.
plaquetas por quilo para 2 unidades de plaquetas por quilo). b) Incorreta. Na PTI, existe exclusivamente plaquetopenia,
d) Correta. Finalmente, o tratamento inicial de forma idio- não justificando assim a presença de blastos. c) Incorreta.
pática deve ser corticoterapia de 1ª linha (prednisona, de- Na anemia ferropriva, cursa-se com anemia hipocrômica
xametasona ou pulso com metilprednisolona), e, caso não e microcítica importante (inexistente no hemograma), po-
haja resposta, opta-se pela 2ª linha com esplenectomia, dendo evoluir com plaquetose.
após imunoglobulina intravenosa. d) Correta. O hemograma mostra discreta hipocromia e
Gabarito = D limítrofe microcitose, com RDW normal, uma leucocitose
261