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Resumo
Câncer é considerado problema de saúde pública. Na infância, apresenta alta incidência e mortalidade. Entretanto, a cura aumenta
com diagnóstico precoce e tratamentos adequados, realizados por uma equipe multiprofissional. O psicólogo se insere nessa equipe e
na equipe de cuidados paliativos, forma de cuidar oferecida para pacientes que não apresentam respostas a tratamentos curativos. A
proposta desse trabalho é comentar a atuação do psicólogo na assistência à criança com câncer em todas as fases: da prevenção aos
cuidados paliativos. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica baseada em: artigos científicos das bases Scielo Brasil e Biblioteca Virtual
em Saúde; livros que retratam as temáticas: Câncer Infantil, Psico-oncologia, Cuidados Paliativos, Morte e; resgate da legislação. A
análise da pesquisa permitiu considerar que existem muitos artigos sobre câncer infantil, psicologia hospitalar, cuidados paliativos,
morte e luto mas poucos sobre psico-oncologia pediátrica e prática do psicólogo em cuidados paliativos. A prática do psicólogo no
contexto do câncer infantil é focada em apoio, aconselhando e reabilitação; pode ser feita a nível individual ou grupal, através de
escuta qualificada, esclarecimento de dúvidas, mediação entre paciente-família-equipe. O psicólogo pode trabalhar em todas as fases
do câncer infantil, portanto, tornam-se necessários mais estudos e publicações na área da Psicologia.
Abstract
Cancer is considered a public health problem. In childhood, has a high incidence and mortality. However, the cure increases with
early diagnosis and appropriate treatments, performed by a multidisciplinary team. The psychologist is part of this team and the
palliative care team, form of care offered to patients who do not have answers to curative treatments. The purpose of this paper is to
review the role of the psychologist to help the child with cancer at all stages: from prevention to palliative care. This is a literature
search based on: scientific articles bases Scielo Brazil and Virtual Health Library, books that depict the theme: Childhood Cancer,
Psycho-Oncology, Palliative Care, and Death; bailout legislation. The research analysis allowed us to consider that there are many
articles on childhood cancer, health psychology, palliative care, death and mourning but few on psycho-oncology and pediatric
psychologist practicing in palliative care. The practice of psychologists in the context of childhood cancer is focused on support,
counseling and rehabilitation, can be done at individual or group through qualified listening, answering questions, mediating
between patient, family and staff. The psychologist can work in all phases of childhood cancer, therefore, become necessary more
studies and publications in psychology.
clarecer a real situação para os enfermos. enfrentar, para estar apto a responder a
Omitir do paciente fatos dolorosos ou ex- dúvidas e a aliviar a ansiedade.
tremos só provocaria mais desconfiança e
receio, pois, por mais que se tente enganá-
lo, aquele sempre sabe e sente sua saúde e Atuação no tratamento
sua condição se fragilizando. O tratamento do câncer é feito de
O diagnóstico de câncer, segundo forma particular para cada paciente. Ra-
Cardoso (2007), afeta a criança, os pais e ramente dois pacientes com o mesmo tipo
aqueles que estão ao seu redor, passando a de câncer terão o mesmo tratamento, pois
fazer parte da rotina de todos. Assim, com o tratamento varia com o tipo de câncer,
a doença instalada, é comum que ocorra com o histórico de saúde da criança, com o
um desajuste familiar e até mesmo troca de estado e com a extensão da doença (Valle,
papéis e funções dentro da família. O apoio 2010).
psicológico aos membros da família é extre- O câncer, como doença crônica,
mamente necessário. Como destacou Cam- pode requerer longos períodos de interna-
pos (1995), é imprescindível que se estimu- ção, com procedimentos invasivos e dolo-
lem os familiares a perguntar, não apenas rosos, exames e tratamentos prolongados,
ao psicólogo, mas também ao restante da mudanças na rotina, na alimentação e na
equipe, sobre a doença, sobre a evolução e realização de atividades. Dependendo da
sobre o tratamento. Valle (2010) afirma que idade, a criança sente necessidade de saber
conhecer os procedimentos, a doença e os o que está acontecendo, mas, às vezes, os
efeitos colaterais da doença e do tratamen- adultos não sabem como tratar do assunto
to ajuda a diminuir a ansiedade e o medo. e, em muitas vezes, as crianças não sabem
Com relação à família, o psicólogo como perguntar.
deve oferecer suporte emocional para que Dessa forma, a criança e o adoles-
esta possa enfrentar a situação da melhor cente que apresentam câncer deixam, tem-
forma possível. A partir da confirmação do porariamente, de realizar suas atividades
diagnóstico, os temores da família se con- cotidianas, como ir à escola, brincar e con-
cretizam, e ela passa a sofrer profundas al- viver com os amigos e familiares, passando
terações. Os familiares do paciente passam a conviver com a limitação da rotina hospi-
por um momento de incerteza, de angústia talar e ambulatorial, entrando em contato
diante da possibilidade da morte. O grupo com novos espaços, com novas pessoas e
terapêutico com familiares é muito indica- com novas situações, que passam a fazer
do para que estes coloquem suas emoções parte do seu cotidiano.
em palavras e compartilhem sentimentos e
vivências com outros que estão passando Visto que, em alguns casos, os pa-
pela mesma situação. Atendimentos indi- cientes, bem como seus familiares, não
viduais são indicados para familiares que questionam os médicos sobre a doença, o
estão em momento de maior dor ou que de- psicólogo pode atuar no esclarecimento de
dúvidas dos pacientes sobre a enfermidade
monstram uma dificuldade de aceitação.
ou servir de mediador com os médicos. Ofe-
Com relação ao paciente, o psicó- recer atendimento no leito, quando preciso
logo deve buscar conhecer a criança que for, acompanhar as angústias e tentar, de
adoeceu e também a vida do paciente an- alguma forma, através da escuta qualifica-
tes do adoecimento. Para que o diálogo se da, identificar demandas para atendimento
torne mais claro, o psicólogo precisa ter psicológico são algumas atividades que o
conhecimento sobre o tipo de câncer que a psicólogo pode realizar no acompanhamen-
criança tem e sobre o tratamento que vai to de crianças com câncer.
Torres (1999), a comunicação sobre a mor- e as fantasias, sobre a doença, sobre a mor-
te deve ser aberta e honesta, respeitando a te do outro e sobre a sua. (Valle, 2010).
capacidade emocional e intelectual do pa-
ciente.
4. Atendimento aos familiares
O desejo da equipe é claramente o
de proteger a criança e diminuir seu sofri- É necessário que, desde o início, seja
mento. Entretanto, explicações como “vi- identificado o membro familiar mais próxi-
rou uma estrelinha”, “foi morar com pa- mo, a quem chamamos de cuidador. Essa
pai do céu” para explicar a morte causam identificação é necessária para que a equi-
mais confusão e dificultam o processo de pe de saúde possa ter uma comunicação
aceitação da morte. O que se observa fre- eficiente e capaz de planejar intervenções
quentemente é que a criança compreende, que possam ser eficazes. Normalmente, o
de certa forma, a morte. Essa compreensão cuidador é alguém da família e na maioria
pode surgir através da fala, de desenhos, das vezes são mulheres.
de gestos e de comparações com outros pa- Ter um paciente com uma doença
cientes. Assim, não se deve omitir nem en- grave ou em cuidados paliativos dentro de
ganar a criança como forma de defendê-la casa implica modificações na infraestrutu-
do sofrimento, pois o fato de ser enganada e ra, bem como na dinâmica familiar como
submetida à ignorância cria uma dor muito um todo. Os desafios são constantes, e
maior, que poderá ser manifestada através existem consequências físicas e psicológi-
de sintomas. É difícil falar com crianças so- cas consideráveis para a família (Ferreira,
bre a morte, mas devemos contribuir para 2008). O medo da morte do outro é enor-
a desmistificação e para a diminuição da me. A equipe deve apoiar paciente e família,
negação e do pavor que a morte provoca, possibilitando espaço para minimização
contribuindo, portanto, para que as crian- dos medos e das ansiedades.
ças a encarem como parte natural da vida
Com relação ao câncer infantil e ao
e procurem meios de enfrentamento da si-
hospital, conforme o Estatuto da Criança e
tuação.
do Adolescente (Brasil, 1990), está garanti-
Segundo Valle (2010), muitos pais do o direito de um acompanhante que faça
optam em não contar sobre a morte para os companhia à criança na internação. Na
filhos, porque não querem ou porque não maioria dos casos, são as mães que acom-
sabem como fazê-lo. Escondem sua tris- panham as crianças. Isso exige uma reor-
teza demonstrando uma falsa alegria que, ganização de seu papel social em casa, que
na maioria das vezes: “a criança percebe a passa a ser ocupado pelo pai ou por um
realidade camuflada e entra num jogo de filho/filha mais velho. As mães passam a
mentiras, sente-se desconfiada, envolvi- viver a realidade de mães de crianças com
da num estado de confusão, desolamento, câncer (Moreira; Angelo, 2008).
desesperança, passando também a fingir.
Os níveis de estresse de pais e mães
Tudo isto, pode favorecer o desencadea-
nessa condição são parecidos. Entretanto,
mento de algumas reações na criança e nos
a mãe, como principal cuidadora da crian-
familiares, aumentando consideravelmente
ça, vive uma intensa vulnerabilidade psí-
a dor e o sofrimento deste processo.” (Valle,
quica, que se refere às angústias de todo o
2010, p. 185).
processo de adoecimento, desde o diagnós-
No que se refere ao seu trabalho, o tico, passando pelo tratamento até a reso-
psicólogo pode atuar no apoio à família e lução. É importante que a equipe observe
também no atendimento ao paciente, possi- as reações da mãe e fique atenta para fazer
bilitando espaço para falar sobre os medos intervenções no sentido de tornar mais fácil
a hospitalização, garantindo que a mãe te- saios e percebendo como a família lida emo-
nha um diálogo aberto, que esclareça suas cionalmente com a nova situação. A famí-
dúvidas e que se sinta acolhida. lia pode se despedir através de palavras, de
gestos, de pedidos de perdão e de promessas
A relação entre os pais sofre diver-
a cumprir. Pode também rezar, chamar pa-
sos abalos. A doença do filho é colocada em
dres e religiosos para a última benção, reali-
primeiro lugar, e a vida de casal fica em
zar últimos desejos e acompanhar o familiar
segundo plano. Muitas vezes, o pai fica ex-
até o momento de sua morte.
cluído das decisões e da rotina do hospital.
Com isso, problemas podem surgir ou pro- A realização dos cuidados paliativos
blemas antigos podem emergir, ocasionan- em domicílio é uma das práticas recentes
do mais problemas de relacionamento e até que estão inseridas em hospitais com pro-
mesmo separações. postas de humanização em saúde. Nesses
contextos, o paciente permanece em seu
Segundo Cardoso (2007), os irmãos
ambiente, pode, dentro do possível, preser-
de crianças com câncer sofrem muito com
var parte de sua autonomia e tem maior
a doença. Sentem falta do irmão hospita-
possibilidade de convívio com seus familia-
lizado e veem a atenção dos pais voltada
res e amigos. O psicólogo pode realizar visi-
para este. Isso pode ocasionar problemas
tas domiciliares ao paciente.
nos relacionamentos dos filhos. Assim,
quando possível, os irmãos devem ser aten- Com relação a decisão de falar para
didos pelo psicólogo. A forma de abordá-los a criança, a família pode optar por não fa-
irá variar de acordo com a idade e com o lar nada sobre a possibilidade de morte. A
que eles sabem do tratamento e do diag- equipe pode incentivá-la a falar, mas deve
nóstico do irmão. Nesse aspecto, os pais respeitar essa vontade da família, que pode
devem ser estimulados a conversar com os pensar que o paciente não está preparado,
outros filhos sobre o estado do filho com que vai sofrer muito mais se souber e que,
câncer, para que haja uma maior abertura se souber, vai perder as esperanças.
de comunicação e uma maior aceitação de
todo o processo. O profissional da equipe pode passar
por situações difíceis se o paciente solici-
tar informações ou mostrar que já sabe o
5. Quando a morte se aproxima que está acontecendo. O psicólogo, nesses
De acordo com Espíndula e Valle casos, pode realizar intervenções entre a
(2002), a família vive grande estresse emo- família, facilitando o processo de aceitação
cional quando a criança está em fase ter- dos familiares e de comunicação entre fa-
minal e os cuidados psicológicos devem ser mília e paciente.
redobrados. O psicólogo deve atender às neces-
O paciente ou a família podem viver sidades emocionais das pessoas envolvi-
o luto antecipatório. Esse tipo de luto pode das. À medida que permite ao paciente a
tornar mais dolorosa a aceitação da morte livre expressão de sentimentos e questões,
ou pode facilitar o seu entendimento, à me- o psicólogo facilita o processo de aceitação
dida que prevê tempo para aceitar a situ- da morte. A família deve ser apoiada, bem
ação, sendo, em alguns casos, um aspecto como a equipe de saúde.
positivo para o processo de luto. Para Wor-
den (1998, p. 27), a antecipação do anún-
cio de morte pode facilitar o ensaio de novos 6. Quando uma criança morre
papéis familiares. O psicólogo pode ajudar A perda real de uma criança é um
a família oferecendo auxílio para esses en- dos eventos mais estressantes. A sua mor-
te é vista como um absurdo inimaginável. A morte pode também nunca ser acei-
Os pais buscam significado e renovação do ta. Como mostra Bolze e Castoldi (2005): “a
sentido da vida. Eles nunca se restabele- morte de uma criança pequena tende a ser
cem completamente da perda da criança; o profundamente perturbadora para a famí-
que acontece é o ajustamento e a integra- lia inteira. O sofrimento tende a persistir
ção da perda em suas vidas, mas o pesar os por anos a fio, e pode até mesmo se inten-
acompanha por toda a vida. sificar com a passagem do tempo.” (p. 2).
Nesse caso, podemos estar diante de um
Quando a criança morre, a família
luto complicado ou patológico, que ocor-
precisa elaborar o luto. Nesse momento,
re quando a pessoa não se permite passar
faz-se necessário um trabalho de apoio dos pelo luto, causando prejuízos bem maiores
profissionais da equipe de Oncologia Pedi- do que o luto dito “normal”.
átrica com todos os envolvidos, para que
O luto dos pais, conforme Bromberg
estes enfrentem, da forma mais adequada,
(2000), é frequentemente mesclado com
as situações conflitantes.
raiva e culpa. Os pais sentem-se injustiça-
Segundo Bromberg (2000), no caso dos e impotentes diante da morte do filho,
de pais com filhos que tenham diagnóstico podendo ocorrer sérias consequências para
de doença fatal, o enlutamento pode ter iní- a saúde emocional do casamento. A parti-
cio a partir da informação do diagnóstico. cipação da família em ritos funerários e em
Dessa forma, o luto não começa com a mor- visitas ao túmulo podem ajudar a aceitar
te; ele é determinado a partir da qualidade
a morte como uma realidade (Bromberg,
das relações e dos vínculos familiares que
2002).
existiam até então, sendo afetado por con-
dições existentes próximas à morte. Mesmo Para que um acompanhamento pos-
que seja considerado normal, o luto é do- terior à morte seja possível, o psicólogo
loroso e exige grande esforço de adaptação já deve ter tido um contato com a família
individual e familiar (Bromberg, 2000). anteriormente e, de preferência, deve ter
acompanhado o paciente e a família desde
Inicialmente, é impossível, para a
o diagnóstico. É importante que uma as-
família, esquecer - ou tentar esquecer - o sistência da equipe à família enlutada seja
morto. Sob essa perspectiva, Bromberg oferecida, principalmente para os pais e
(2000) mostra que: para os irmãos.
das funções diárias, o resgate pelo prazer de que terapêuticas, como quimioterapia,
da vida e o estabelecimento de novos re- radioterapia, cirurgia e transplante de me-
lacionamentos. Reconhecer os padrões de dula óssea, aumentam a necessidade de
um luto normal e os sinais de um pesar cuidados específicos, relativos aos efeitos
intenso e complexo, bem como orientar colaterais que elas provocam. Os cuidados
os que precisam de um acompanhamen- são ainda maiores quando o paciente se
to apropriado quando se tratar de um luto encontra em cuidados paliativos. A atua-
patológico, estão incluídos nesse atendi- ção de uma equipe capacitada possibilita
mento psicológico. um cuidado seguro e humanizado para a
criança e para os seus familiares. Assim,
tornam-se necessárias ações de prevenção
e promoção de saúde e capacitação das
CONSIDERAÇÕES FINAIS equipes.
A atuação na área da Psico-Onco-
logia é mais focada em apoio, aconselha-
A revisão bibliográfica a que se pro- mento e reabilitação, e essas ações podem
pôs este trabalho encontrou mais artigos ser realizadas também a nível individual
sobre o câncer infantil e sobre a psicologia ou grupal. No hospital, o psicólogo pode,
hospitalar. Com relação ao câncer infantil, através de escuta qualificada e diferencia-
os artigos descrevem, caracterizam e tra- da, identificar demandas para atendimento
zem dados epidemiológicos sobre a doença. psicológico, esclarecer dúvidas sobre a do-
Já com relação à psicologia hospitalar, os ença, servir de mediador entre o diálogo da/
artigos descrevem, de forma geral, o sur- com a equipe e oferecer atendimento nos
gimento dessa área no mundo e no Brasil, diversos espaços do hospital. Dessa forma,
sem especificarem, muitas vezes, o traba- o psicólogo pode estar presente na comu-
lho do psicólogo. nicação do diagnóstico, no apoio e enfren-
Foram encontrados poucos artigos tamento do pós-diagnóstico, na preparação
sobre psico-oncologia pediátrica, diferen- para exames e para tratamentos, no pré e
temente do que aconteceu com os artigos pós-operatório e nas explicações sobre pro-
que tratam da morte e do luto. Os traba- tocolos e possíveis efeitos colaterais.
lhos que versam sobre cuidados paliativos Especificamente com os pacientes
também foram encontrados em grande nú- em cuidados paliativos, o psicólogo pode
mero; entretanto, muitos foram descarta- trabalhar a qualidade de vida e a prepara-
dos da pesquisa, porque se referiam mais ção para a morte. Assim, o psicólogo pode
a uma descrição dos cuidados paliativos estar presente no diagnóstico de cuidados
ou aos cuidados paliativos de outros pro-
paliativos, participando das decisões da
fissionais da equipe de saúde, e não aos do
equipe, conversando com a criança e os fa-
psicólogo.
miliares sobre a aproximação da morte e
O diagnóstico de câncer em criança planejando rituais de despedida, apoiando
ou adolescente ainda é um grande desafio, os pais e demais familiares durante todas
já que se trata de uma doença cujos sinais e
as fases. O psicólogo pode também atuar
sintomas podem aparecer na manifestação no momento da morte e do velório e realizar
clínica de outras enfermidades comuns em atendimentos aos familiares após a morte.
pediatria. Com diagnóstico precoce e trata- Como é possível considerar, esse profissio-
mento especializado, as chances de cura da nal pode atuar em todas as fases da doença
doença têm aumentado significativamente. e do tratamento do câncer infantil, desde a
No entanto, é preciso atentar para o fato prevenção até os cuidados paliativos.
1
Psicóloga. Universidade Federal do Ceará. Endereço: Av.
da Universidade 2762, Benfica. – CEP 60020-024. – E-mail:
lucianagurgel@gmail.com
2
Professora Doutora Titular do Departamento de Psicologia da
UFC. Endereço: Av. da Universidade, 2762 – Benfica – CEP:
60020-024 – Fortaleza-CE.