Comunidade contra as demissões e
ameaça de remoção dos
Ao terminar a greve o governo acenou com
muitas promessas e assinou a criação de uma
comissão para atender as reivindicações do
professorado mineiro. Como ficou evidente,
público e notório estes acenos e assinaturas de
nada valeram e acabamos com cara de
Manoel ou Joaquim da piada – só pode ser
isso - que após uma greve recebem como
“conquista” aumento na carga de trabalho e
corte dos benefícios e ainda voltam felizes
para a casa. BESTIAL Ó PÁ!
Agora verificamos o inicio da caça as bruxas
buscando o governo – aplicando os métodos
do neo coronelismo tucaniano – afastar as
lideranças independentes do professorado
através de demissões e remoções
compulsórias conforme verifica-se em
Vespasiano município da grande Belo
Horizonte. O professor Euler Conrado – líder
do movimento grevista – encontra-se entre as
vitimas dos emplumados coronéis e foi
comunicado de sua remoção compulsória sem
direito de escolher a nova unidade de trabalho
apesar das proibições observadas na
legislação eleitoral. Veja o ilustre leitor que
esta mesma legislação serviu de desculpa –
esfarrapada e endossada por toda imprensa
livre de nossa província – para negar o
aumento salarial este ano e foi aplicada
também para atrasar o reposicionamento na
carreira, mas para prejudicar a classe
mandaram às favas os escrúpulos.
Esta vingança iniciada em Vespasiano
preocupa o professorado mineiro e pode
sinalizar o início de um tempo de trevas.
educadores na escola estadual do
CESEC da Vila Esportiva, em
Vespasiano, Minas Gerais.
Moradores de Vespasiano, na região
Metropolitana de Belo Horizonte,
fizeram uma manifestação na noite desta
quarta-feira (15) em frente a uma escola
no município, contra a demissão e
remanejamento de professores.
De acordo com a professora da escola,
Núbia Araújo, mais de cem pessoas, entre
moradores, professores e alunos de
Vespasiano, além de alunos e
representantes da comunidade de Venda
Nova, estiveram no local protestando
contra a medida.
Segundo outro professor, Ramón
Teixeira, que é um dos demitidos, a
escola estadual Cesec Vila Esportiva
atende alunos de todas as idades em
ensino supletivo fundamental e médio
para mais de 900 pessoas. Cerca de 90%
dos funcionários teriam sido remanejados
ou demitidos, segundo o professor, no dia
8 de setembro.
A maior reclamação dos protestantes,
segundo os professores, é porque as
demissões e remanejamentos
aconteceram justamente em período
eleitoral, quando a legislação proíbe este
tipo de atitude.
Apesar do tumulto provocado pela
manifestação, de acordo com a Polícia
Militar de Vespasiano, o protesto foi
pacífico.
Por causa do horário da manifestação, a
assessoria de comunicação do Governo
do Estado, está tentando uma posição
oficial da Superintendência de Educação,
mas até o momento não deu retorno sobre
as manifestações e denúncias dos
professores.(Jornal o Tempo)