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1ª edição
Desenvolvimento de conteúdo, mediação pedagógica e design gráfico
Equipe Técnico-Pedagógica do Instituto Monitor
1ª Edição - Fevereiro/2017
I.C.E. Monitor
Sumário
Apresentação.................................................................................................................................. 7
Lição 3 - Empresas
Introdução.................................................................................................................................. 37
1. Conceito de Empresa....................................................................................................... 37
2. Classificação das Empresas......................................................................................... 38
2.1 Segundo o Porte da Empresa........................................................................... 38
2.2 Tipos de Empresas................................................................................................. 40
2.2.1 Sociedade em Nome Coletivo............................................................... 40
2.2.2 Sociedade em Comandita Simples................................................... 40
2.2.3 Sociedade Limitada – LTDA. ................................................................ 41
3
2.2.4 Sociedade em Comandita por Ações ............................................. 42
2.2.5 Sociedade Anônima – S/A ..................................................................... 42
2.2.6 EIRELI................................................................................................................. 42
Exercícios Propostos............................................................................................................ 44
Lição 7 - Empreendedorismo
Introdução.................................................................................................................................. 69
1. Conceito de Empreendedorismo.............................................................................. 69
2. Perfil do Empreendedor................................................................................................ 70
2.1 Características de um Empreendedor........................................................ 71
3. Desenvolvimento de um Plano de Negócios.................................................... 71
Exercícios Propostos............................................................................................................ 73
4
Lição 8 - Dinâmica Empresarial - Sistema Adaptativo
Introdução.................................................................................................................................. 75
1. Conceito.................................................................................................................................... 75
2. Fatores da Dinâmica Empresarial........................................................................... 75
2.1 Fatores Controláveis.............................................................................................. 75
2.2 Fatores Incontroláveis......................................................................................... 76
2.3 Responsabilidades da Empresa...................................................................... 76
Exercícios Propostos............................................................................................................ 77
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Lição 13 - Higiene e Segurança no Trabalho
Introdução.................................................................................................................................. 98
1. Higiene no Trabalho......................................................................................................... 98
2. Segurança do Trabalho.................................................................................................. 99
2.1 Equipamento de Proteção Individual – EPI ........................................... 99
2.2 Acidentes de Trabalho no Brasil.................................................................... 100
Exercícios Propostos............................................................................................................ 101
Encerramento................................................................................................................................. 103
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Apresentação
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Lição 1 - Breve Histórico do Pensamento
Administrativo
1. A História da Administração
A história da Administração iniciou-se num tempo muito remoto, mais preci-
samente no ano 5.000 a.C., na Suméria, quando os antigos sumerianos procu-
ravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando,
assim, a arte de administrar. Depois no Egito, Ptolomeu dimensionou um sis-
tema econômico planejado que não poderia ser operacionalizado sem uma
administração pública sistemática e organizada.
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Apontam-se, ainda, outras raízes históricas. As instituições otomanas (Esta-
do turco que existiu entre 1299 e 1922), pela forma como eram administra-
dos seus grandes feudos. Os prelados (autoridade eclesiástica) católicos, já
na Idade Média, destacando-se como administradores natos. A Alemanha e
a Áustria, de 1550 a 1700, através do aparecimento de um grupo de professo-
res e administradores públicos, chamados de “fiscalistas” ou “cameralistas”.
Os mercantilistas ou fisiocratas1 franceses valorizavam a riqueza física e o Es-
tado, pois ao lado das reformas fiscais recomendavam uma administração
sistemática, especialmente no setor público.
2. Revolução Industrial
O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna admi-
nistração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século
XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e
profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, foi chamada de Revolu-
ção Industrial.
1. Fisiocracia
(do grego “Governo da Natureza”) é uma teoria econômica desenvolvida por um grupo
de economistas franceses do século XVIII, que acreditavam que a riqueza das nações era
derivada unicamente do valor de “terras agrícolas” ou do “desenvolvimento da terra” e que
produtos agrícolas deveriam ter preços elevados.
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tarefas que são executadas de maneira repetitiva e monótona e finalmente, a
administração científica, faz uso da exploração dos funcionários em prol dos
interesses particulares das empresas.
Saiba Mais
Primeiro de maio foi a data escolhida na maioria dos países industrializados para
comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em
uma manifestação operária por melhores condições de trabalho, iniciada no dia 1º de maio
de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com
as forças policiais.
Em consequência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios. Quatro
deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão,
desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-
feira de setembro.
3. Administração Científica
Em 1911, Taylor publicou o livro considerado como a “bíblia” dos organiza-
dores do trabalho: Princípios da Administração Científica, que se tornou um
best-seller no mundo inteiro. Reconhece-se hoje que as propostas pioneiras
de Taylor deflagraram uma “febre” de racionalização, que prepararam o ter-
reno para o advento do TQC (Total Quality Control), ocorrido ao longo do pós-
-guerra.
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Paralelamente aos estudos de Taylor, Henri Fayol, que era francês, defendia
princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta ad-
ministração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos
europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar
a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos.
O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes
contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princí-
pios. Fayol relacionou 14 (quatorze) princípios básicos que podem ser estuda-
dos de forma complementar aos de Taylor. São eles:
1.Divisão do trabalho
2.Autoridade e responsabilidade
3.Disciplina
4.Unidade de comando
5.Unidade de direção
6.Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais.
7.Remuneração do pessoal
8.Centralização
9.Cadeia escalar
10.Ordem
11.Equidade
12.Estabilidade do pessoal
13.Iniciativa
14.Espírito de equipe
Saiba Mais
A experiência de Hawthorne foi realizada em 1927, pelo
Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos
(National Research Council), em uma fábrica da Western
Electric Company, situada em Chicago, no bairro de
Hawthorne, e sua finalidade era determinar a relação
entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos
operários medida através da produção. A experiência foi
coordenada por Elton Mayo e colaboradores, e estendeu-
se à fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade do
pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho
Figura 2 – Hawthorne/1925.
sobre a produtividade do pessoal.
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Dica de Cinema
Para entender como era o processo de produção repetitivo e desgastante na produção,
no qual gerava perdas e doenças ao trabalho, assista a “Tempos Modernos”, de 1936,
com Charlie Chaplin. O filme relata a evolução e a importância do capital humano na
linha de produção.
A teoria de Max Weber teve grande importância em sua época e assim per-
manece até os dias atuais, tendo em vista o seu pioneirismo. Várias pesqui-
sas posteriores reportam-se à Teoria da Burocracia de Max Weber ou para
apoiar-se nela, ou ainda para criticá-la. Importante salientar também que a
teoria da burocracia de Max Weber tem alguns traços mais ligados à sociolo-
gia do que a administração em si.
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já atuavam na Administração Pública e para os egressos daquelas escolas,
bem como defender a sociedade de pessoas inabilitadas e na maioria des-
preparadas.
Saiba Mais
O nome “Administração Científica” se deve ao esforço de se aplicarem métodos científicos
aos problemas da Administração. Taylor ficou conhecido por ter sido o primeiro a fazer
isso de forma sistemática. Não é à toa, portanto, que é chamado de “o pai da Administração
Científica”.
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disposição dos departamentos e das suas inter-relações estruturais. Daí a
ênfase na estrutura e no funcionamento da organização.
Saiba Mais
Na filosofia, entende-se por empirismo como uma teoria do conhecimento em que
o conhecimento vem apenas, ou principalmente, a partir da experiência sensorial,
enfatizando o papel da experiência e da evidência, experiência sensorial, especialmente, na
formação de ideias, sobre a noção de ideias inatas ou tradições.
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O objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organi-
zações. Segundo a Administração Científica, essa eficiência era alcançada por
meio da racionalização do trabalho do operário e na somatória das eficiên-
cias individuais. Tratava-se de uma microabordagem ao nível individual de
cada operário em relação à tarefa em uma visão analítica e detalhista.
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sua Teoria de Administração no livro Administration lndustrielle et Générale,
publicado em 1916, que o elevou à condição de um dos maiores colaboradores
da teoria administrativa.
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Lyndall F. Urwick foi um autor que procurou divulgar os pontos de vista dos
autores clássicos de sua época. Quatro princípios de Administração foram
propostos por ele:
a) Princípios da especialização: uma pessoa deve preencher uma só
função o quanto for possível, o que determina uma visão especializada
do trabalho. Este princípio dá origem à organização de linha, de staff
(quadro de funcionários de uma empresa) e funcional. A coordenação das
especializações, segundo Urwick, deve ser efetuada por especialistas de
staff.
b) Princípios de autoridade: deve haver uma linha de autoridade claramente
definida, conhecida e reconhecida por todos, desde o topo da organização
até cada indivíduo da base.
c) Princípio da amplitude administrativa: este princípio salienta que cada
superior não deve ter mais do que certo número de subordinados. O
superior não tem apenas pessoas para supervisionar, mas também e
principalmente as relações entre as pessoas que supervisionar.
d) Princípio da definição: os deveres, autoridade e responsabilidade de
cada cargo e suas relações com os outros cargos devem ser definidos por
escrito e comunicados a todos.
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A teoria do Fordismo era revolucionária para a época, pois, pela primeira vez,
o bem-estar social foi levado em conta para se atingir o sucesso financeiro.
Para poder ganhar mais dinheiro, Ford desenvolveu um sistema onde pagava
melhor os empregados e também onde vendia produtos mais baratos.
Foi nesse cenário que Ford visualizou a sua grande chance de se destacar na
administração de empresas e mudar para sempre o mundo ocidental.
Com alguns dólares no bolso (28.000 dólares, para ser mais exato) e umas
boas ideias na cabeça, Ford, juntamente com mais 11 investidores que acredi-
taram na teoria do Fordismo, fundou a Ford Motor Company, em 1903. Para
demonstrar que carros de alta qualidade tecnológica poderiam ser produzi-
dos a um preço barato (um dos princípios do Fordismo), um protótipo produ-
zido pela Ford Motor Company bateu em 1904 o recorde de velocidade ter-
restre, até então andando 1 milha (aproximadamente 1,6 quilômetros) em 39,4
segundos (quase 140 quilômetros por hora!).
Assim que iniciou as atividades da sua montadora de carros, uma das pri-
meiras medidas de Ford foi pagar cinco dólares por dia aos seus funcionários
(pagar bem aos funcionários era outro princípio básico do Fordismo). Apesar
de parecer pouco para os dias de hoje, na época, os especialistas em adminis-
tração de empresas ficaram assustados: ninguém nunca pagou um salário tão
alto para um operário de fábrica!
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5.2 O Projeto de uma Fábrica, segundo o Fordismo
Segundo a concepção Fordista, a fábrica, antes de mais nada, deve seguir o mo-
delo de administração de empresas vertical. Em outras palavras, tudo deve per-
tencer ao mesmo dono e deve ser controlado de maneira centralizada. Quando
construiu a fábrica da Ford Motor Company, Henry Ford projetou uma fábrica
gigantesca: basicamente entravam as matérias-primas de um lado (borracha,
aço, ferro, madeira, vidro) e saíam carros prontos do outro lado, tudo era fabri-
cado no mesmo local e seguindo uma ordem lógica específica.
Na fábrica fordista não são os operários que têm que ir atrás do trabalho, é o
trabalho que vem até eles. Os funcionários praticamente não precisavam se
mexer, as peças e componentes iam andando sobre esteiras e os funcionários
ficavam parados trabalhando em pequenas funções bem específicas.
Saída de
produtos
Entrada de prontos
matérias
prima
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De modo resumido, a fábrica ideal para o Fordismo tinha as seguintes carac-
terísticas de trabalho e administração de empresas:
• A fábrica deveria ser grande e centralizada, produzindo todos os
componentes necessários para a montagem do produto.
• Os produtos fabricados deveriam ser simples e de fácil fabricação. Assim
poderiam ser fabricados em grande escala e a um preço barato.
• Os funcionários deveriam trabalhar de um modo bem específico, fazendo
apenas uma única função.
• Os funcionários deveriam ganhar bem e ser valorizados para aumentar a
motivação e produzir mais.
O auge do modelo do Fordismo se deu nas décadas de 1950 e 1960. Nessa épo-
ca, diversas outras indústrias copiaram este modelo. A própria General Mo-
tors e a Volkswagen, concorrentes da Ford, cresceram aplicando os conceitos
do Fordismo. No entanto, a rigidez e a lógica do modelo fordista, que eram o
seu ponto forte, foram também o motivo da sua decadência: os consumido-
res já não se contentavam mais com a rigidez dos modelos padronizados dos
modelos de carros Ford.
Saiba Mais
Atualmente, tem-se um novo conceito de administração: o endomarketing, que busca
adaptar estratégias e elementos do marketing tradicional, normalmente utilizado no
meio externo às empresas, para uso no ambiente interno das corporações. É uma área
diretamente ligada à área de comunicação interna, aliando técnicas de marketing a
conceitos de recursos humanos.
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6. Abordagem Humanística da Administração
6.1 Teorias Transitivas da Administração
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A organização técnica e a organização humana, a organização formal e a or-
ganização informal são subsistemas interligados e interdependentes. Qual-
quer modificação em algum deles provoca modificações nos demais. Esses
subsistemas são concebidos como permanecendo num estado de equilíbrio,
no qual uma modificação em alguma parte provoca reação das demais a fim
de restabelecer uma condição de equilíbrio preexistente, anterior àquela mo-
dificação.
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Figura 7 – Pirâmide de Maslow.
Exercícios Propostos
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3. Na Administração Científica, Taylor informa algumas propostas básicas.
São elas:
( ) a) Organização, Especialização, Controle e Remuneração.
( ) b) Padronização, Controle e Remuneração.
( ) c) Planejamento, Organização, Controle e Remuneração.
( ) d) Responsabilidade, Padronização, Capacitação, Controle e Remunera-
ção.
( ) e) Planejamento, Padronização, Especialização, Controle e Remuneração.
5. B
4. C
3. E
2. C
1. A
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Lição 2 - Administração e Organização
Nesta lição você analisará as várias definições possíveis para o termo Admi-
nistração. Compreenderá que, apesar da variedade de conceitos, o funda-
mental está na atuação do homem como agente que planeja, decide, opera,
controla e realiza tantas outras atividades dentro de uma organização, em
busca de uma meta específica. A conceituação de Organização também será
estudada.
1. Conceito de Administração
O conceito de administração representa uma governabilidade, gestão de uma
empresa ou organização de forma que as atividades sejam administradas
com planejamento, organização, direção e controle. Montana e Charnov, em
2003, afirmaram que o ato de administrar é trabalhar com e por intermédio
de outras pessoas na busca de realizar os objetivos da organização, bem como
de seus membros. (Fonte: www.administradores.com.br)
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Para quem
O que produzir? Como
produzir? produzir?
A decisão relativa à
produção da empresa
Saiba Mais
A logística é a área da administração responsável por prover recursos, equipamentos e
informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. A logística é uma
sub-área da Administração, envolvendo diversos recursos da engenharia, economia,
contabilidade, estatística, marketing e tecnologia, do transporte e dos recursos humanos.
Fundamentalmente a logística possui uma visão organizacional, onde esta administra os
recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista movimento na empresa, gerenciando
desde a compra e entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento,
o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando
informações, ou seja, monitorando toda parte de entrega e recebimento de produtos na
empresa.
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, “Logística é a parte
do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo
e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados
e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem
até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes” (Carvalho,
2002, p. 31).
Gestão da cadeia de suprimentos de negócios (em inglês) Supply chain management
(SCM) é o gerenciamento de uma rede interligada de negócios envolvidos na provisão final
de pacotes produto e serviço requeridos por clientes finais (Harland, 1996). A gestão da
cadeia de suprimentos abrange todo o movimento e armazenamento de matéria prima,
trabalho em processo de inventário, e produtos acabados do ponto de origem até o ponto
de consumo (cadeia de suprimentos).
O Conselho de Profissionais da Gestão da Cadeia de Suprimentos (em inglês, Council of
Supply Chain Management Professional - CSCMP) define, em seu glossário, a Gestão da
Cadeia de Suprimentos como “o planejamento e a gestão de todas as atividades associadas
à logística interna e interorganizacional, bem como a coordenação e colaboração
entre todos os parceiros da cadeia, sejam eles fornecedores, prestadores de serviço ou
consumidores”.
Outra definição é fornecido pelo Dicionário da Sociedade Americana de Controle
de Inventário e Produção (em inglês, “American Production And Inventory Control
Society” - APICS) quando define SCM como “design, planejamento, execução, controle,
e monitoramento das atividades da cadeia de suprimentos com o objetivo de criar valor
líquido, construção de uma infra-estrutura competitiva, alavancagem logística mundial,
sincronizar a oferta e a procura e avaliação do desempenho global.”
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O ambiente de negócios se coloca como parte de um sistema dinâmico e complexo, de
forma que nunca foi e nunca será um ambiente estático (Matias, 2008). A maneira como
o gerenciamento das atividades é desenvolvido nas empresas depende das características
do macroambiente na qual a mesma se insere, sendo que este se apresenta sempre em
constante mudança, sejam estas de ordem social, econômica, política, tecnológica etc., ou
uma combinação destas.
Ainda segundo Matias (2008) o cenário econômico atual apresenta-se como um
ambiente competitivo, derivado de um ambiente de negócios dinâmico e instável baseado
em: mercados globais, fronteiras muito tênues, demandas variável e restrita, custos
financeiros e materiais altos, previsões pouco confiáveis, ciclo de vida de produtos mais
curtos, inovações tecnológicas constantes, incertezas econômicas, dentre outras variáveis.
O mesmo autor afirma ainda que a capacidade das empresas de se adaptarem e de se
manterem em equilíbrio com o macroambiente no qual estão inseridas, se apresenta como
vantagem competitiva perante as concorrentes, e é forma das mesmas se perpetuarem.
Dessa forma, Kurien e Quershi (2011) colocam a construção, e gestão, da cadeia de
suprimentos como passo indispensável para se obter vantagem competitiva na velocidade
exigida pela economia atual.
Para Christopher (2005), a vantagem competitiva também é encontrada na capacidade de
uma organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente (vantagem em
valor) e/ou na capacidade de operar a baixo custo e, portanto, com lucro maior (vantagem
em produtividade).
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Para isso, mais do que um executor, o administrador precisa fazer uma aná-
lise e um diagnóstico das diversas situações, focando nos objetivos traçados
para a empresa. É ele quem resolve os problemas e maneja os recursos para
realizar os planos da organização.
Ao que se sabe, o mundo dos negócios não é feito somente de grandes corpo-
rações, mas também de pequenas e médias empresas, que geram emprego,
renda, imposto e desenvolvimento para os mercados regionais. Nesse aspec-
to, o administrador tem um papel fundamental, pois ele é o principal res-
ponsável por organizar recursos e pessoas, essências para o desenvolvimento
contínuo das organizações.
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física, marketing e pessoal. Sem esses instrumentos funcionando em perfeita
sintonia, as empresas entram em declínio e podem sucumbir diante do mer-
cado competitivo em que as empresas enfrentam nos dias atuais.
É preciso cuidar dos negócios em sua totalidade, ter uma visão sistêmica fo-
cada nas partes e não no único, é preciso pensar no todo de maneira inte-
grada, orientada para gestão participativa: somar é necessário, multiplicar é
oferecer resultados ampliados.
Para Pesquisar
No século atual, alguns autores são considerados “pais da Administração”, tais como Peter
Drucker, pai da administração moderna. Pesquise sobre esses autores, pois suas teorias
irão agregar informações importantes sobre o modelo atual de administração.
Saiba Mais
Peter Drucker afirmava que a empresa que conseguir vender o produto/serviço certo,
para o cliente certo, com a distribuição adequada, por um preço adequado e no momento
oportuno, verá seus esforços de venda reduzirem-se a quase zero, ou seja, a venda
tornar-se-á automática em função de a demanda ter sido corretamente equacionada e
trabalhada.
Presidente honorário da Drucker Foundation e professor de ciências sociais da Claremont
Graduate na Califórnia, EUA, escreveu muitos artigos e mais de 30 livros. O pensador
produziu ao longo de sua carreira uma mistura única de rigor intelectual, popularização,
praticidade e profundo conhecimento das tendências cruciais, como definiu Robert Heller,
fundador e editor de uma das maiores revistas de negócios inglesas, a Management Today.
Pode-se afirmar que não há management theory (teoria da administração) que não parta
da obra de Drucker. Entre seus livros mais recentes figuram Desafios Gerenciais para o
Século XXI, Administrando em Tempos de Grandes Mudanças e Sociedade Pós-Capitalista,
todos publicados pela editora Pioneira, atualmente Thomson.
“A administração é um processo operacional composto por funções como: Planejamento,
organização, direção e controle.” _ Peter F. Drucker
“O planejamento não diz respeito às decisões futuras, mas às implicações futuras de
decisões presentes”
Dez anos depois de publicar Administrando para o Futuro (1992), e cinco depois de
Administração em Tempos de Grandes Mudanças, em seu livro, Management in the Next
Society (2002), Peter Drucker explorou as tarefas imprescindíveis da alta gerência nas
primeiras décadas do século XXI.
Ele partiu de uma minuciosa descrição do cenário de negócios mais provável, determinado
pela análise das tendências atuais mais marcantes e de suas consequências mais lógicas, à
luz de circunstâncias históricas esclarecedoras por suas semelhanças com as atuais.
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“Já acreditei numa nova economia”, dizia o mais reconhecido dos teóricos da
administração. Drucker explicou que isso ocorreu em 1929, quando era estagiário nos
escritórios europeus de uma grande empresa de Wall Street. Seu chefe, um economista
europeu, estava convencido de que o boom de Wall Street duraria para sempre, e o havia
demonstrado de forma “conclusiva” em um livro seu. Dois dias depois da publicação,
ocorreu o crash da bolsa.
Setenta anos mais tarde, em meados dos anos 90, Drucker voltaria a ouvir falar de um
boom perpétuo do mercado acionário, dessa vez impulsionado pela nova economia. “Senti
que já havia estado ali”, escreveu em Management in the Next Society, elaborado quase em
sua totalidade antes dos atentados de 11 de setembro de 2001 (exceto dois capítulos).
Considerado por muitos o maior guru do management de todos os tempos, Peter Drucker
escreveu esse novo livro: Managing in the Next Society, lançado inicialmente no Japão,
chegando em 2003 ao Brasil. De suas principais idéias – uma das mais surpreendentes é a
previsão de que aumentará a mobilidade social, a partir do acesso à educação formal.
Outra característica importante será a existência de duas forças de trabalho distintas à
disposição dos empregadores: a das pessoas de menos e a de mais de 50 anos de idade. As
empresas deverão remunerá-las também de modos diferentes: as primeiras necessitarão
de renda constante e emprego estável; as segundas poderão cuidar dos trabalhos
temporários.
Peter Drucker iniciou com o conceito de “(re)privatizações”, que significa a privatização
dos serviços públicos, como forma de reduzir a burocracia. O seu segundo conceito pode
ser a “gestão por objetivos”, ou seja, é um tipo de gestão caracterizada como um método
de planejamento e avaliação, baseado em fatores quantitativos. Já o terceiro conceito é a
“descentralização das empresas” que ele podia explicar como sendo a divisão de trabalho.
2. Conceito de Organização
É importante destacar a diferença entre Organização e Estrutura Organi-
zacional. A primeira é a união de pessoas, ideias, ideologias, e recursos para
atingir objetivos. A segunda trata da forma como essa organização será racio-
nalizada, seus métodos e estruturação para agir.
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Meireles (2003) divide este artefato complexo em cinco questões básicas:
A Organização pode ser definida segundo sua capacidade de ser mais ou me-
nos flexível. Organizações menos flexíveis tendem ao estilo de organização
burocrática. Já as Organizações mais flexíveis tendem ao estilo de organiza-
ção adhocrática1. Os conceitos de Burocracia e Adhocracia foram desenvolvi-
dos respectivamente por Max Weber e Alvin Toffler.
Empresa do 2º tipo, isto é, empresa um pouco mais complexa, tanto no que diz
respeito à tecnologia utilizada quanto no que se refere ao cenário de produ-
ção, não tão programável, de ambiente de certa complexidade, com ênfase no
indivíduo, procurando motivá-lo no trabalho, portanto organiza;
1. Adhocrática
Adhocrática ou adhocracia é um sistema temporário variável e adaptativo, organizado em
torno de problemas a serem resolvidos por grupo de pessoas com habilidade e profissões
diversas e complementares.
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Empresa do 3º tipo, isto é, empresa de tecnologia de ponta, às vezes nova, de
ambiente de alta incerteza, turbulento, de alta interdependência entre suas
diversificadas áreas, com ênfase grupal, buscando a mobilização da força de
trabalho, induzindo a uma abordagem adhocrática e contingencial, com es-
truturas predominantemente temporárias. (CURY, 2003, p. 131).
O Mundo hoje requer organizações mais complexas, pois elas devem acom-
panhar a sua alta complexidade e volatilidade, porém as empresas devem
procurar a melhor maneira de se organizar e que lhe trará os melhores resul-
tados, seja ela do 1º, 2º ou 3º tipo.
Cada momento foi imprescindível para que se aprender com as falhas histó-
ricas e procurar os acertos, aprimorando através do tempo e desenvolvendo
diferentes formas de se realizar a arte e ciência de administrar.
3. Tipos de Organizações
Existem três tipos tradicionais básicos de estrutura organizacional: a organi-
zação linear, a organização funcional e a organização linha-staff.
Gerência
Geral
Gerência de Gerência de
Serviços Industrial
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Organização Funcional: este tipo de organização reflete a especialização das
funções, que é um dos princípios de Frederick Winslow Taylor (pai da Admi-
nistração Científica). Também é um dos princípios de Henry Fayol (fundador
da Teoria Clássica), que diz que, quanto mais especialista for um funcionário
no seu cargo, mais este poderá produzir, dar lucros para a empresa e conse-
quentemente ganhar mais. Cada gerente tem sua equipe de trabalho, e esta
equipe deve obedecer somente ao seu próprio gerente para que não haja fa-
lhas da comunicação e que seja mantida desta forma a ordem na organização.
Organização
Áreas de
Especialização
Produção
Operações Finanças Pessoas Marketing
Diretoria
Geral
Assessoria Assessoria de
juridica planejamento
Departemento de
Departemento de Departemento de
administração e
produção finanças
recursos humanos
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Aspecto Linha Staff
Papel
É quem decide É quem assessora
Principal
É como cuida da É quem dá
Atuação
execução consultoria
Tipo de
• Comando • Recomendação
Atividade
• Ação • Alternativa/opções
• Trabalho campo • Trabalho gabinete
Responsabilidade
• Pela operação • Pelo planejamento
• Pela resultados • Pelas sugestões
Gerente de
Exemplo Gerente de Staff
departamento
Dica de Cinema
Filme: Wall Street (Poder e Cobiça), de 1987.
A trajetória de Gordon Gekko traz subsídios importantes para os estudantes da área
de negócios, sobretudo no que diz respeito aos bastidores obscuros de Wall Street. O
filme mostra os bastidores do mundo dos grandes negócios da década de 1980. Um
ambicioso e jovem corretor da bolsa sonha em conhecer o seu ídolo, Gordon Gekko, um
milionário ganancioso e frio, que ignora os sentimentos quando se trata de negócios.
Para Pesquisar
Pesquise sobre qual década o estudo da Administração ganhou importância no Brasil.
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Exercícios Propostos
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4. As quatro áreas básicas administrativas no papel do administrador são:
( ) a) Vendas, atendimento, finanças e recursos humanos.
( ) b) Marketing, logística, comercial e recursos humanos.
( ) c) Secretaria, vendas, comercial e recursos humanos.
( ) d) Diretoria, atendimento, logística e recursos humanos.
( ) e) Marketing, produção, finanças e recursos humanos.
5. D
4. E
3. B
2. C
1. A
36
Lição 3 - Empresas
1. Conceito de Empresa
Segundo COELHO (2010), empresa, ou atividade empresarial, é uma atividade
econômica exercida profissionalmente pelo empresário por meio da articu-
lação dos fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de
serviços.
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Da mesma forma, entende a professora Elisabete Vido:
É importante, por fim, saber que a empresa não se confunde com as pessoas
que exercem a atividade, ou seja, o empresário individual ou a sociedade em-
presária. Da mesma forma, não se pode confundir a empresa com o estabele-
cimento onde ela é exercida.
Para Crepaldi (1998), uma empresa é uma associação de pessoas para a ex-
ploração de um negócio que produz e/ou oferece bens e serviços, com vistas,
em geral, à obtenção de lucros. Cassarro (1999) coloca que uma empresa é
uma entidade jurídica que tem como obrigação apresentar lucro, e este deve
ser suficiente para permitir sua expansão e o atendimento das necessidades
sociais.
De acordo com Franco (1991), empresa é toda entidade constituída sob qual-
quer forma jurídica para exploração de uma atividade econômica, seja mer-
cantil, industrial, agrícola ou de prestação de serviços. Segundo Rocha (1995),
o processo de organização de uma empresa dá-se em diversas etapas que se
iniciam nas pesquisas dos problemas existentes na empresa, até a implemen-
tação das possíveis soluções encontradas.
38
Tabela 1 – Classificação das empresas segundo seu porte.
R$ 16 milhões
Média empresa Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a
R$ 90 milhões
Média-grande empresa Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a
R$ 300 milhões
Grande empresa Maior que R$ 300 milhões
Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/porte.html
39
está nas mãos de particulares), as públicas (controladas pelo Estado), as mistas
(o capital é partilhado por particulares e pelo Estado) e as empresas de auto-
gestão (o capital é propriedade dos trabalhadores). A gestão de empresas, no
que lhe diz respeito, é uma ciência social que se dedica ao estudo da organi-
zação destas entidades, analisando a forma como são administrados os seus
recursos, processos e os resultados das suas atividades.
40
►►2.2.3 Sociedade Limitada – LTDA.
Sociedade limitada é aquela dedicada à atividade empresarial, composta por
dois ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens para a formação
do capital social. A responsabilidade dos sócios está limitada à sua proporção
no capital da empresa. Cada sócio, porém, tem obrigação com a sua parte do
capital social, podendo ser chamado a integralizar quotas dos sócios que dei-
xaram de integralizá-las.
ME – Microempresa
Na mesma Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, para ser considerada mi-
croempresa ou Empresa de Pequeno Porte, a mesma deve ter faturamento
bruto anual superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.
Empresa individual
41
há contrato social. Esse tipo é ideal para algumas atividades, em particular
no campo de prestação de serviços onde o profissional pode exercer indivi-
dualmente a atividade sem precisar estabelecer uma sociedade limitada com
outra pessoa.
Seu capital está dividido em partes iguais chamadas ações, que podem ser
negociadas em bolsa de valores sem a necessidade de uma escritura pública.
Tais ações podem ser adquiridas pelo público em geral, que desse modo tor-
na-se sócia da empresa, sem com que passe a fazer parte do contrato social,
como no caso das LTDA.
As S/A podem ser de capital aberto ou capital fechado. Sua constituição difere
caso seja aberta ou fechada, sendo sucessiva ou pública para a primeira, e
simultânea ou particular para a segunda.
►►2.2.6 EIRELI
A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é constituída por
uma única pessoa, titular da totalidade do capital social, devidamente inte-
42
gralizado, não inferior a cem vezes o maior salário-mínimo vigente. A EIRELI
será regulada, no que couber, pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas.
O titular não responde com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa, dife-
rentemente do que acontece com o empresário individual, cuja responsabili-
dade pelas dívidas contraídas recai em seu próprio patrimônio pessoal (pes-
soal física). Caso não possua patrimônio suficiente para liquida-las, o titular
torna-se insolvente e se sujeita ao regime falimentar, respondendo por suas
dívidas, exclusivamente, o patrimônio que tiver obtido e defasado ao longo de
sua existência. Existe a possibilidade do dono da EIRELI ter o seu patrimônio
pessoal atingido, seguindo, assim, os termos aplicados à desconsideração da
personalidade jurídica.
A pessoa natural que constituir uma EIRELI poderá figurar somente em uma
única empresa desta modalidade. Ao nome empresarial, de acordo com o art.
980-A, deverá ser adicionada a expressão “EIRELI” após a firma ou a denomi-
nação social da empresa individual de responsabilidade limitada.
Saiba Mais
Você sabia, por exemplo, que apenas 1% das empresas no Brasil cresce pelo menos 20% ao
ano, por três anos seguidos? São as chamadas Scale-ups, que, mesmo sendo pouquíssimas,
têm um impacto gigante na economia, sendo responsáveis por quase 60% dos novos
empregos.
43
Saiba Mais
Sobre o conceito de “sociedade”, trata-se do conjunto de seres que convivem de forma
organizada. A palavra vem do latim “societas”, que significa “associação amistosa com
outros”.
Exercícios Propostos
44
( ) c) As sociedades anônimas possuem capital centralizado nas bolsas de
valores, para um público secreto.
( ) d) A sociedade anônima (S/A) ou empresa jurídica de direito misto, abriga
a maioria dos empreendimentos de médio porte no Brasil e sua regula-
mentação se encontra na lei 6.404/76.
( ) e) São todas as pessoas que nunca serão identificadas, enquanto a empre-
sa existir.
5. A
4. C
3. A
2. E
1. B
45
Lição 4 - Teoria Geral de Sistemas – TGS
Veremos que todo sistema tem um objetivo e uma mecânica que é cíclica,
pois de- pois da obtenção do resultado do sistema em ação, existirá uma
espécie de “retroalimentação” através de novas informações que comporão
a dinâmica dos sistemas. Quando do estudo dos sistemas de uma organiza-
ção, você saberá diferenciar subsistemas mais importantes – subsistemas
principais – de subsistemas complementares e de apoio, nos quais as áreas
funcionais são identificadas como “áreas fim” e “áreas meio”. E, ainda, você
identificará as principais atividades desenvolvidas nestas áreas.
46
Os ensinamentos de Bertalanffy foram:
• Abordagem da questão do todo (sistema).
• Observação das características de um sistema a partir de outro.
• Possiblidade de Aplicação em diversas áreas do conhecimento.
• Criou a expressão “Teoria Geral de Sistemas”.
A Teoria Geral de Sistemas é uma teoria que tem por objetivo melhorar a
compreensão sobre sistemas, podendo ser aplicada, de forma geral, a todo o
tipo de sistemas. É interdisciplinar, pois para a sua compreensão e aplicação
recorre-se a conceitos de Filosofia, Sociologia, Biologia, Psicologia e Adminis-
tração, entre outros.
A teoria da TGS vem sendo aplicada na prática de forma parcial. Contudo, tem
mostrado resultados excepcionais no desenvolvimento de sistemas que vi-
sem a unificação de grupos distintos, porém ligados, dentro de uma empresa.
2. Definição de “sistema”
Sistema é uma entidade que tem a capacidade de manter um certo grau de
organização para o caso de mudanças internas ou externas, composto de um
conjunto de elementos, em interação, segundo determinadas leis, para atin-
gir um objetivo específico.
47
A quantidade de produtos gerados por um sistema deve ser suficiente para o
funcionamento de seus subsistemas de produção, manutenção e adaptação.
Os sistemas que não têm condições de continuadamente atender a essa con-
dição, comprometem sua capacidade de sobrevivência a curto prazo (caso
não atendam às necessidades de produção), a médio prazo (caso não aten-
dam às necessidades de manutenção) ou a longo prazo (caso não atendam às
necessidades de adaptação).
4. Aplicação na Administração
O conceito geral de sistema passou a exercer significativa influência na admi-
nistração, sob a óptica da ciência, favorecendo uma abordagem mais ordena-
da, que representa a organização em sua totalidade com seus recursos e seu
meio ambiente externo e interno.
Teoria do Sistema
48
Figura 3 – Processamento da visão de um sistema.
Saiba Mais
Todos os dias, ouvimos notícias a respeito da batalha entre sistemas operacionais que
envolvem bilhões de dólares. Mas houve um tempo em que nem tudo se resumia a iOS e
Android, ou Windows, Mac OS e Linux. É importante lembrar que os OS são tão antigos
quanto a computação moderna.
Exercícios Propostos
49
3. Assinale a opção que define um sistema em síntese:
( ) a) Um sistema nada mais é que a subtração de duas partes.
( ) b) Um sistema nada mais é que a multiplicação de duas partes.
( ) c) Um sistema é que a junção simples de três partes iguais.
( ) d) Um sistema nada mais é que a soma simples de quatro partes.
( ) e) Um sistema, em síntese, nada mais é que a soma simples de duas partes.
5. E
4. B
3. E
2. A
1. A
50
Lição 5 - Estrutura da Organização
1. Conceito
Pode-se definir estrutura organizacional como um instrumento gerencial
utilizado para atingir os objetivos organizacionais. A estrutura é o resultado
do processo de divisão do trabalho e da definição de meios para coordenar
esse trabalho.
51
2. Sobre Fluxogramas e Organogramas
2.1 Fluxogramas – Conceito
Corte da
Transporte Moagem
cana
Rapadura Embalagem
52
►►2.2.2 Fluxograma de Processo Simples
É basicamente um diagrama de blocos acrescido de um operador de decisão.
Muito útil para indicar uma sequência de funcionamento em processos sim-
ples, que depende de uma condição para executar um tipo de tarefa.
Início
Acordar
Tomar café
Almoçar
SIM NÃO
Cochilar Cansado? Jogar futebol
Passear
Jantar
Dormir
FIM
53
por cada setor. Esse tipo de fluxograma também pode apresentar uma linha
de tempo cronológica, permitindo verificar se existem gargalos no processo.
Fluxograma funcional
Início
Colocar o insumo
na máquina para
produção
Operação
Inicia operação da
máquina e produção
do produto
NÃO
Descarta o produto e
Produto dentro da abre uma ocorrência de
especificação? não conformidade
SIM
Expedição
Embala o produto
Transportadora
Fim
54
►►2.2.4 Fluxograma Vertical
Também conhecido como diagrama de processo, é um fluxograma de forma-
to diferente, composto por colunas verticais onde estão disponíveis simbolo-
gias referentes aos tipos de processo, descrição, e outra informações referen-
tes à operação.
55
►►2.2.5 Fluxograma ANSI
Já um fluxograma padrão ANSI é o mais complexo, completo e mais utilizado
também, conhecido por este nome por seguir o padrão ANSI (American Na-
tional Standards Institute), traduzindo, Instituto Nacional Americano de Padro-
nização, entidade que desenvolveu este padrão de fluxograma vertical que
analisa melhor as interações e detalhes de cada etapa dos processos.
Funcionário
Venda recebe Analista avalia
Início verifica
solicitação solicitação
documentação
Sim
Empréstimo Gera documentação
Fim
aprovado? e libera empréstimo
Não
Superintendente Sim
Excessão Analista
avalia
aprovada? comunica cliente
recomendação Não
Movimento/transporte Armazenamento
Inspeção Conexão1
56
2.3 Organograma
Presidência
Gerência
57
Já o organograma circular, ou radial, é exatamente o contrário, utilizado
quando se quer ressaltar o trabalho em grupo, não há a preocupação em re-
presentar a hierarquia. É o mais usado em instituições modernas ou do tercei-
ro setor, onde o que se quer ressaltar é a importância do trabalho em grupo.
Diretoria
Comercial
Diretoria Diretoria
Presidência
Industrial Administrativa
Vice- Presidência
Quanto ao organograma horizontal, ele também foi criado com base na hie-
rarquia da empresa, mas tem essa característica amenizada pelo fato dessa
relação ser representada horizontalmente, lado a lado, ou seja, o cargo mais
baixo na hierarquia não está numa posição muito abaixo dos outros, o que
poderia representar discriminação.
Coordenação
Diretoria
Comercial
Coordenação
Presidência
Diretoria
Coordenação
Administrativa
58
O organograma funcional é parecido com o organograma vertical, porém
ele representa não as relações hierárquicas, mas as relações funcionais da
organização.
Diretoria de
planejamento e
pesquisa
Serviço de Serviço de
apoio técnico controle
Coord. geral de
Coord. geral de Coord. geral de
planejamento r Coord. geral de
estudos e pesquisa programação de
desenvolvimento e
meio-ambiente
Investimentos projetos
Coordenação de Coordenação
programação de de projetos de
investimentos estruturas
59
Como pudemos observar até agora, a própria criação do organograma exige
um estudo da organização e a definição do que se pretende representar.
Nos últimos anos, tem-se notado uma tendência a mudança nos organogra-
mas das empresas, chamada de “downsizing”, ou “achatamento” do organo-
grama, que significa a reestruturação do processo organizacional da empre-
sa. Esta técnica, que surgiu a partir da década de 1970, promove a redução
dos níveis hierárquicos da empresa com o objetivo de aproximar os níveis da
organização, reduzindo mão de obra e custos e agilizando processos decisó-
rios. Em outras palavras, reduz a verticalização da estrutura organizacional.
Conselho Fiscal
Conselho de Administração
Diretoria Executiva
Presidente
Gabinente da Presidência Jurídico
60
Figura 13 – Organograma do Banco Central do Brasil.
Ponto-chave
Fluxograma: tem como objetivo facilitar o fluxo dos processos, de forma que facilite sua
execução de maneira clara e objetiva.
Organograma: é a representação gráfica que demonstra o processo hierárquico dentro das
organizações. Com isso, é fácil entender a estrutura de cargos dentro de uma empresa.
61
Exercícios Propostos
62
5. Assinale a opção abaixo que diferencia um fluxograma de um organogra-
ma:
( ) a) O fluxograma tem o objetivo de demonstrar os cargos. Já o organogra-
ma representa as formas dos processos e execução.
( ) b) O fluxograma e o organograma não possuem diferença, pois os dois
têm como objetivo facilitar os processos.
( ) c) O fluxograma tem o objetivo de demonstrar a organização de proces-
sos. Já o organograma representa as formas estrutural ou hierárquica
de uma empresa.
( ) d) O fluxograma tem o objetivo de demonstrar a organização de proces-
sos. Já o organograma representa as formas de como organizar os pro-
cessos.
( ) e) O fluxograma é a demonstração dos cargos. O organograma representa
as formas estrutural ou hierárquica de uma empresa quanto à execu-
ção de tarefas.
5. C
4. E
3. A
2. C
1. A
63
Lição 6 - Funções Administrativas
1. Algumas Considerações
Este é um dos temas mais básicos da disciplina de administração: o PODC,
uma sigla que representa os princípios de planejamento, organização, dire-
ção e controle, e as quatro funções administrativas estão divididas entre as
teorias Clássica e Neoclássica.
64
ração, organização e estruturação de um determinado objetivo. É essencial
na tomada de decisões e execução dessas mesmas tarefas. Posteriormente, o
planejamento também, e a confirmação se as decisões tomadas foram acer-
tadas (feedback).
65
Entre os ocupantes deste nível de gestão estão os gerentes, coordenadores,
supervisores, líderes de projetos, dentre outros. Eles têm o objetivo de cuidar
para que as pessoas, os processos e os recursos estejam em ação e alinhados
às decisões estratégicas.
66
Exercícios Propostos
67
4. Sobre estratégia organizacional:
( ) a) É a criação de processos dentro de uma organização, que lhe permitem
reduzir os custos na produção em curto prazo.
( ) b) É a criação, implementação e avaliação de decisões dentro de uma or-
ganização, que lhe permitem atingir os seus objetivos em longo prazo.
( ) c) É a e avaliação de decisões dentro de uma organização, que lhe permi-
tem atingir os seus objetivos em curto prazo.
( ) d) É a implementação de decisões dentro de uma organização, que lhe
permitem atingir os seus objetivos em médio prazo.
( ) e) É a forma que a empresa determina os investimentos e demissões nos
momentos difíceis.
5. E
4. B
3. D
2. C
1. A
68
Lição 7 - Empreendedorismo
Para que uma organização seja construída em bases sólidas, é preciso tor-
nar explícitos os valores, as crenças e as normas que a governam, bem como
o rumo que a direciona, construindo uma cultura empreendedora.
1. Conceito de Empreendedorismo
Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação
complicada. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas vezes
está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos. Empreender
é também agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las em
um negócio lucrativo. O conceito de empreendedorismo foi utilizado inicial-
mente pelo economista Joseph Schumpeter, em 1945.
69
Saiba Mais
A teoria da “destruição criativa” ou “destruição criadora” é um conceito criado pelo
economista austríaco Joseph Schumpeter, em seu livro Capitalismo, Socialismo e
Democracia (1942). Essa teoria descreve o processo de inovação dentro de uma economia
de mercado em que novos produtos destroem empresas velhas e antigos modelos
de negócios. Para Schumpeter, as inovações dos empresários são a força motriz do
crescimento econômico sustentado a longo prazo, apesar de que poderia destruir empresas
bem estabelecidas, reduzindo desta forma o monopólio do poder.
2. Perfil do Empreendedor
Ser empreendedor significa ser motivado pela autorrealização, pelo desejo de
assumir responsabilidades e ser independente. Existem pesquisas no mundo
todo para identificar características em pessoas de sucesso, e a mais básica de
todas é o desejo de realização. Tal desejo que leva as pessoas a acreditarem e
serem apaixonadas pelo que fazem. Os empreendedores estão sempre preo-
cupados em melhorar nas habilidades menos desenvolvidas e se aprimorar
nas mais fortes.
70
2.1 Características de um Empreendedor
71
Depois que o negócio entrar O processo é cíclico. Várias ideias
em operação, o empreendedor são analisadas pelo empreendedor
provavelmente terá novas ideias, antes de se definir quais levam
identificará novas oportunidades a oportunidades com maior
e, assim, precisará desenvolver potencial de retorno econômico.
novos planos de negócios ou Após a análise da oportunidade,
rever o plano de negócios atual 1. pode-se rever o conceito ou a ideia
para capitalizar sobre essas Ideia inicial.
oportunidades.
5.
Gerenciar 2.
o negócio Oportunidade
4. 3.
Qualificar Plano de
e obter negócios
recursos
Dica de Leitura
Livro: “O Empreendedor Viável - Uma Mentoria para Empresas na Era da Cultura
Startup”
Por que algumas empresas falham e outras conseguem ter sucesso? Neste livro, os autores
mostram que há um conjunto de variáveis que definem o sucesso de uma startup. O
principal é a paixão que o empreendedor tem pelo negócio, mas outros fatores como equipe
e mentores também são essenciais.
72
Exercícios Propostos
73
5. Assinale a alternativa referente ao que diferencia um empreendedor de
uma pessoa comum:
( ) a) Não possui diferença, pois ambos são pessoas comuns.
( ) b) É a forma de agir como empresário, agindo sempre de forma racional.
( ) c) É a maneira de como percebe a mudança e lida com as oportunidades,
pois seu pensamento precisa ser igual de uma pessoa comum.
( ) d) A pessoa comum e o empreender agem de forma igual, pois ambos
visam ter uma receita diante de suas atividades empresariais.
( ) e) É a maneira de como percebe a mudança e lida com as oportunidades
tendo iniciativa para gerar um novo negócio, assumindo riscos calcu-
lados, criando sempre valor para a sociedade.
5. E
4. A
3. B
2. D
1. C
74
Lição 8 – Dinâmica Empresarial –
Sistema Adaptativo
Nesta etapa de nossos estudos, você tomará contato com fatores que justi-
ficam a dinamicidade de um empreendimento. Entenderá que fatores de
múltiplas origens (controláveis e incontroláveis) podem interferir na atua-
ção de uma empresa. Partindo desta realidade, compreenderá que cabe aos
gestores da empresa suportar estas influências e adaptar-se às imposições
que aparecem todos os dias.
Esperamos que você absorva este importante conceito, bem como as res-
ponsabilidades que um empreendedor assume ao compor um negócio.
1. Conceito
Toda estrutura organizacional é dinâmica, ou seja, pode mudar a qualquer
momento, pois uma empresa é como um ser vivo: sofre e exerce influências,
estando suscetível a adaptações. Em administração, chama-se Sistema Adap-
tativo à teoria aceita universalmente de que toda e qualquer empresa precisa
adaptar-se aos fatores controláveis e incontroláveis que constantemente in-
terferem nos negócios.
75
todas estas áreas, funcionando como verdadeiros elos que confirmam a in-
terdependência entre setores e departamentos.
76
a possibilidade de gerar riqueza econômica e lucratividade, significa muitas
responsabilidades. Sob uma ótica econômica, interpreta-se a importância das
empresas como geradoras de riqueza e ao mesmo tempo renda, levando-se
em conta o fato de as mesmas produzirem bens ou serviços e realizarem a
remuneração dos fatores produtivos envolvidos (trabalho, capital e recursos
naturais).
Exercícios Propostos
77
4. Quais são os fatores incontroláveis mais comuns:
( ) a) Fatores Administrativos e Fatores Políticos.
( ) b) Fatores Tecnológicos e Fatores Financeiros.
( ) c) Fatores Tecnológicos e Fatores Políticos.
( ) d) Fatores Sociais e Fatores Tecnológicos.
( ) e) Fatores Administrativos e Fatores Sociais.
5. E
4. C
3. C
2. C
1. A
78
Lição 9 – Cultura e Clima
Organizacional
Nesta etapa de nossos estudos, você tomará contato com fatores que justi-
ficam a dinamicidade de um empreendimento. Entenderá que fatores de
múltiplas origens (controláveis e incontroláveis) podem interferir na atua-
ção de uma empresa. Partindo desta realidade, compreenderá que cabe aos
gestores da empresa suportar estas influências e adaptar-se às imposições
que aparecem todos os dias.
Esperamos que você absorva este importante conceito, bem como as res-
ponsabilidades que um empreendedor assume ao compor um negócio.
79
A noção de cultura era objeto de estudo da sociologia há bastante tempo, no
entanto, só a partir dos anos 80, o conceito de cultura organizacional come-
çou a ter mais visibilidade na mídia. Nesta altura, foram feitas abordagens nas
revistas Business Week ou Fortune, e foram publicados livros como a Teoria
Z (da autoria de Ouchi), In Search For Excellence (de Peters e Waterman) e
Corporate Culture (de Deal e Kennedy). Desta forma, a Teoria da Cultura Or-
ganizacional ganhou uma proporção internacional.
De acordo com o autor Arthur F. Carmazzi, existem cinco tipos de cultura or-
ganizacional: cultura da culpa, cultura multidirecional, cultura vive e deixa
viver, cultura que respeita a marca e cultura da liderança enriquecida. A se-
guir, vamos tratar de maneira resumida sobre elas.
Sobre a cultura viva e deixe viver: este tipo de cultura organizacional cultiva
a tolerância, a estagnação mental (não incentiva o crescimento pessoal e pro-
fissional do colaborador) e a pouca criatividade. A maior parte dos profissio-
nais tem pouca visão de futuro e deixou de parte a paixão pelo seu trabalho.
Há um nível mínimo de comunicação e de cooperação e as coisas parecem
funcionar. Contudo, o alarme soa quando todos sentem que pouco podem
aprender na empresa. Os profissionais estabelecem relações pessoais com
alguns dos seus colegas e literalmente evitam os restantes. O nível de com-
promisso balança entre o individual e o compromisso de grupo.
80
possíveis problemas e ativamente pensam em linhas de trabalho futuro. Este
tipo não significa que todos os profissionais se relacionem positivamente com
os gestores responsáveis, mas há um compromisso geral sobre o que está a
ser feito e o que terá de ser feito. Quase todos os profissionais assumem um
compromisso de grupo.
A conclusão é que o Clima Organizacional não pode ser criado pela organi-
zação, no sentido literal de se produzir alguma coisa num determinado mo-
mento, mas é algo que já existe, vivo e atuante, dentro dela, resultante, prin-
81
cipalmente, de fatores internos, das decisões tomadas e da maneira como o
pessoal é administrado pelos seus chefes, e atinge o colaborador, diretamen-
te, no que diz respeito à percepção que ele tem da empresa, induzindo-o a
determinado comportamento.
Isto significa que uma mesma situação existente na organização, num deter-
minado momento, será percebida de maneira diferente pelos diversos gru-
pos de colaboradores. Alguns terão uma percepção positiva, e a considera-
rá uma situação agradável ou motivadora, porque, de alguma maneira, ela
atende as suas aspirações e desejos. Já com outros é a mesma situação: terão
uma percepção negativa porque, de maneira contrária, ela não atende a suas
motivações.
Podemos então afirmar que, além da organização não criar o seu clima or-
ganizacional, teremos, dentro de uma mesma organização, diferentes climas
organizacionais num mesmo momento, causados pelos mesmos aconteci-
mentos, mas, com efeitos diferentes nos diversos públicos internos, causando
sensações positivas para uns e negativas para outros.
Dica de Cinema
Filme: A firma (com Tom Cruise)
Este filme demonstra todo o processo de mudança e criação de uma cultura
organizacional, além de como lidar com a mudança no comportamento organizacional.
Exercícios Propostos
82
2. De acordo com o autor Arthur F. Carmazzi, existem alguns tipos de cultu-
ra organizacional. Assinale a alternativa correta:
( ) a) Cultura da culpa, cultura multidirecional, cultura vive e deixa viver, cul-
tura que respeita a marca e cultura da liderança enriquecida.
( ) b) Cultura da centralizada, cultura multidirecional, cultura vive e deixa
viver.
( ) c) Cultura da culpa, cultura direcional, cultura ética e cultura da liderança
enriquecida.
( ) d) Cultura da autocrata, cultura que respeita a marca e cultura democrata.
( ) e) Cultura da culpa, cultura centralizada, cultura direcional e cultura da
liderança enriquecida.
5. D 4. B 3. E 2. A 1. A
83
Lição 10 – Missão e Objetivos
Exemplo:
Já sobre a questão de objetivo, podemos afirmar que ele significa um fim que
se quer atingir. A razão de uma organização no(s) objetivo(s) que ela persegue
e, para atingi-los, é preciso alocar recursos que possibilitem alcançá-los ou
realizá-los.
84
Exemplo:
“Aumentar o faturamento da organização em 30% até o fim do ano, com base nos
dois anos anteriores, a fim de alcançar a autossustentabilidade financeira.”
Valores são os princípios e crenças que servem como parâmetros para os cri-
térios que definem comportamentos, atitudes e decisões de todas as pessoas.
São importantes para a empresa e devem estar presentes nos funcionários e
nas relações da empresa com os clientes, fornecedores e parceiros.
Dica de Leitura
Livro: “Visão, Valores e Missão Organizacional”, de Glenn R. Tobe.
O propósito deste livro é dar uma compreensão do processo de criação da visão e da
importância dos valores do indivíduo, do grupo e da organização.
Exercícios Propostos
85
( ) c) Missão, visão e valores são funções da direção de uma empresa, são fer-
ramentas determinantes para definir a rentabilidade da empresa.
( ) d) Missão, visão e valores são funções culturais de uma empresa, são fer-
ramentas determinantes para definir aonde a empresa irá chegar dian-
te dos seus concorrentes.
( ) e) Missão, visão e valores são funções sociais de uma empresa, são ferra-
mentas determinantes para definir a imagem da organização diante da
sociedade.
86
5. A importância dos valores dentro de uma empresa são:
( ) a) Para descrever o valor de mercado da empresa, devido aos seus produ-
tos e serviços.
( ) b) Valores são os princípios e crenças dos colaboradores que servem
como parâmetros para os critérios que definem sua funcionalidade.
( ) c) Valores são todas as crenças dos proprietários, que precisam ser segui-
das por cada colaborador.
( ) d) Valores são costumes de cada empresa na execução dos processos.
( ) e) Valores são os princípios e crenças que servem como parâmetros para
os critérios que definem comportamentos, atitudes e decisões de todas
as pessoas.
5. E
4. A
3. E
2. B
1. B
87
Lição 11 – Políticas Organizacionais
Política é a ação pública que revela o grau de habilidade com que alguém
trata as relações humanas. Dentro de uma instituição, seja ela lucrativa ou
não, há a necessidade do estabelecimento de diversas políticas que, de uma
forma ou de outra, estarão vinculadas ao relacionamento humano.
Nosso objetivo aqui é permitir que você conheça e raciocine sobre a ampli-
tude das políticas organizacionais, de acordo com a complexidade de cada
empresa.
88
2. Características das Políticas Organizacionais
Por maior que seja o esforço em fixar claramente o conceito de política, em
certas situações práticas tornam-se difíceis o diagnóstico e a solução de um
problema administrativo, se a causa é a falta ou a inadequação de políticas,
justamente pela não identificação de que se trata de uma questão inerente ao
estabelecimento de políticas.
As pessoas não podem trabalhar com eficiência no nível operacional, nem to-
mar uma decisão em harmonia com aquela que o próprio gerente geral teria
tomado, se não conhecerem as políticas de suas próprias áreas.
São manifestações políticas aquilo que a direção quer que a organização faça.
Se o chefe não define o que a empresa deve fazer, não haverá oportunidade
para identificar, nem haverá limites, e as pessoas tomarão muitas direções.
Dica de Cinema
Filme: “Os Anos JK – Uma Trajetória Política”
Este filme traz um retrato da política do Brasil em situações que demonstra a importância
de uma política organizada. Pois fica nítido no filme que o autor quer demonstrar que, se o
Brasil fosse mais organizado, todos viveriam melhor e assim se combateria a corrupção.
Exercícios Propostos
89
2. Sobre o objetivo da política empresarial:
( ) a) Para auxiliar as empresas diante das ações com clientes e fornecedores.
( ) b) Políticas são ações espontâneas na tomada de decisões no sentido dos
objetivos.
( ) c) Políticas são guias de raciocínio para a tomada de decisões repetitivas
no sentido dos objetivos.
( ) d) São ferramentas de apoio na tomada de decisão, diante das crises fi-
nanceiras.
( ) e) Políticas são formas flexíveis de raciocínio para a tomada de decisões
repetitivas.
5. A 4. C 3. E 2. C 1. D
90
Lição 12 – Qualidade Total
Assim, o estudo desta lição é voltado não apenas para o conceito, mas prin-
cipalmente para o funcionamento de alguns instrumentos que possibilitam
a obtenção de níveis de qualidade compatíveis com a necessidade de cada
mercado ou cada empresa em seu segmento.
1. Algumas Considerações
Qualidade é um conceito subjetivo, é o modo de ser, é a propriedade de quali-
ficar os mais diversos serviços, objetos, indivíduos etc. Qualidade está relacio-
nada às percepções de cada indivíduo e diversos fatores como cultura, produ-
to ou serviço prestado. Necessidades e expectativas influenciam diretamente
nesta definição. Qualidade pode ser qualidade de vida das pessoas de um país,
qualidade da água que se bebe ou do ar que se respira, qualidade do serviço
prestado por uma determinada empresa, ou ainda qualidade de um produto
no geral.
91
qualidade, sendo um dos requisitos básicos à implementação bem-sucedida
de um processo de qualidade total.
Quando uma empresa obtém a certificação ISO 9000, significa que está se
organizando para ter um padrão de qualidade do seu processo e, consequen-
temente, de seu produto, em um patamar confiável, o que resulta em garantia
de qualidade para os clientes.
92
1.2 Satisfação do Cliente
93
Em função da complexidade desta técnica, geralmente as empresas que uti-
lizam essa técnica procuram assessoria externa especializada, que também
deve ser cuidadosamente selecionada.
A série ISO 9000 foi adotada no Brasil, palavra por palavra, pela ABNT, com o
nome de NBR 9000.
A ISO 9000 e a ISO 9004 são guias, e a ISO 9001 representa requisitos de Sis-
tema da Qualidade para uso em situações contratuais que exijam a demons-
tração de que a Organização fornecedora é administrada com qualidade.
94
2.4 Sobre o Desenvolvimento das Normas ISO 9000
O certificado tem validade de três anos. Após esse prazo, ele precisa ser re-
novado. Além disso, a cada seis meses, o sistema é auditado para verificar se
ele continua a atender aos requisitos da norma. O certificado poderá não ser
revalidado se a organização deixar de cumprir os requisitos.
Para Refletir
Você já refletiu sobre sua qualidade de vida? Ou sobre qual a importância de ter qualidade
em tudo o que se faz na vida?
95
Exercícios Propostos
96
4. A definição do CRM – Customer Relations Management é:
( ) a) É um sistema que analisa apenas as características financeiras do clien-
te, ou seja, seu poder de compra.
( ) b) É um sistema informatizado para capturar e gerenciar todas as infor-
mações relacionadas com cada cliente, incluindo cadastro, contatos,
histórico de compras, reclamações etc.
( ) c) Serve para verificar a qualidade dos produtos vendidos, diante dos
clientes.
( ) d) É um sistema informatizado para capturar e gerenciar todas as infor-
mações relacionadas ao produto.
( ) e) É um sistema manual que serve para capturar e gerenciar todas as in-
formações relacionadas com cada cliente e dos produtos.
5. E
4. B
3. C
2. C
1. A
97
Lição 13 – Higiene e Segurança
no Trabalho
1. Higiene no Trabalho
A higiene no trabalho relaciona-se com o diagnóstico e a prevenção de doen-
ças ocupacionais, a partir do estudo e controle de duas variáveis: o ser hu-
mano e seus ambientes de trabalho. A estruturação de um bom Programa de
Higiene no Trabalho envolve:
98
Programa informativo destinado a melhorar os hábitos de vida e esclarecer
sobre assuntos de higiene e de saúde. Médicos, engenheiros e/ou técnicos de
segurança do trabalho, enfermeiros e demais especialistas poderão dar infor-
mações no decorrer do trabalho regular.
2. Segurança no Trabalho
Em qualquer tipo de trabalho sempre haverá riscos, que podem ser de vários
tipos e ter vários sentidos, como de acidente no trabalho. A segurança no tra-
balho é a atividade que visa educar, normatizar e criar procedimentos que
levem à eliminação dos riscos de acidentes. Para que tenha o efeito esperado,
deve fazer parte das políticas da empresa, para que se cumpram e se façam
cumprir todas as normas e procedimentos de segurança, saúde e qualidade
de vida, educando com seriedade e respeito para, principalmente, não colo-
car em risco o que é mais sublime no ser humano: a vida.
99
Figura 1 – Exemplos de equipamentos de proteção individual.
Embora o assunto fosse pintado com cores muito sombrias, o quadro esta-
tístico a seguir nos dá uma ideia de que era, de fato, lamentável a situação
que enfrentávamos. Ao mesmo tempo, pudemos esperar por um futuro mais
promissor, que só foi possível pelo esforço conjunto de toda a nação: traba-
lhadores, empresários, técnicos e governo.
Para Refletir
Trabalhadores, empresários e governo, juntos, estão reduzindo os índices de acidente no
país. Mas, precisamos melhorar ainda mais esse quadro, em benefício da sociedade. Que
tipo de colaboração cada um de nós, cidadãos, pode prestar para alcançar esse objetivo,
mais rapidamente?
100
Dica de Leitura
Livro: “Higiene e Segurança do Trabalho”, Ubirajara Aluízio de Oliveira Mattos.
A obra Higiene e Segurança do Trabalho tem como objetivo suprir a ausência de um livro
texto que pudesse ser utilizado na disciplina Higiene e Segurança do Trabalho – HST,
e similares, nos cursos de graduação de Engenharia de Produção das Universidades
Brasileiras.
Exercícios Propostos
101
4. A finalidade dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI é:
( ) a) Opcionais para atividades de riscos, pois nem todas as empresas neces-
sitam ter.
( ) b) São necessários para atividades sem riscos, em todas as empresas que
possuem mais de 50 funcionários.
( ) c) São necessários para atividades passíveis de riscos, também estão devi-
damente catalogados e possuem legislação específica.
( ) d) Proteger a linha de produção para não gerar prejuízos à empresa.
( ) e) São necessários para atividades administrativas apenas, pois as mes-
mas não apresentam riscos.
5. D
4. C
3. E
2. A
1. A
102
Encerramento
A gestão de uma empresa pode ser considerada como o principal fator de su-
cesso do negócio. Ainda que muitos empreendedores tenham a confiança de
que o seu produto ou tamanho de mercado sejam mais importantes, a verda-
de é que apenas esses dois pontos não sustentam o negócio por muito tempo.
103
Referências Bibliográficas
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. São Paulo: Saraiva, 2004.
104
FARIA, José Carlos. Administração Teorias & Aplicações. São Paulo: Pioneira,
2001.
105