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ANDRESSA TOMBESI
DANIELE SCHNEIDER
GUSTAVO SOARES
JAINE PEREIRA
NATALIA ASSAD
BALNEÁRIO CAMBORIÚ
2017
ANDRESSA TOMBESI
DANIELE SCHNEIDER
GUSTAVO SOARES
JAINE PEREIRA
NATALIA ASSAD
BALNEÁRIO CAMBORIÚ
2017
1. Introdução
Poços de correlação são geralmente indicados pela geologia para ser tomados
como comparação a outro a ser perfurado no mesmo campo, área ou bacia, por ser
provável que possua estrutura geológica similar. Suas operações, resultados, análises
de amostras de calha e perfis são utilizados para avaliação do poço seguinte.
Desta forma, tem-se a informação de que a área conta com sísmica 3D, o que
permite o conhecimento dos topos e bases das principais camadas, assim como a
indicação de zonas de pressões de poros anormais e a profundidade em que se
encontra o reservatório.
O que significa a frase “As camadas estão pouco inclinadas não indicando
mergulho que altere a direção da broca”?
Existem fatores que tendem a alterar a direção da broca, dentre os quais estão
a dureza das formações a serem atravessadas, a inclinação e a direção das camadas de
rocha. Dizer que as camadas estão pouco inclinadas e sem mergulho, significa que o
ângulo formado entre a camada rochosa e a superfície horizontal é pequeno, ou seja, a
broca não sofrerá desvios muito significativos ao atravesá- las.
A pressão de poros pode ser estimada através da relação entre o perfil sônico
de tempo de trânsito e a porosidade das formações. A velocidade do som varia
segundo o meio em que suas ondas se propagam, sendo maior nos sólidos do que nos
líquidos e gases. Quanto maior a velocidade de propagação, menor o tempo de
trânsito. Então, ao considerar duas rochas semelhantes, aquela que contiver maior
porosidade (fluidos em seu interior) apresentará um tempo de trânsito maior do que a
menos porosa.
Dessa forma, consegue-se por meio de uma seção sísmica, após uma devida
interpretação, identificar comportamentos característicos das zonas SWF. Com isso,
após detectada a possibilidade de zonas SWF, deverá ser desenvolvido no projeto de
poço um método que permita chegar no reservatório sem que a coluna passe por essas
áreas de risco.
3. Trajetória
O poço tipo horizontal é caracterizado por possuir seção vertical finalizada por
kickoff point (KOP), uma seção de ganho de ângulo (buildup) e por fim um trecho
denominado Lth com intuito de atingir o objetivo, conforme demonstrado na figura 1.
X (m) Y (m)
Sonda 7485774,67 348899,29
Objetivo 7486192,00 348263,56
Sabe-se da geologia que as camadas moles e médias são preferíveis para ganhar
ângulo, e, em poços tipo II, o KOP, que é o início da seção de ganho de ângulo
(buildup), se encontra em pequenas profundidades. Conforme os dados obtidos na
seção 2, temos como camadas moles a argila e o arenito em uma profundidade de até
800 metros.
3.2 Afastamento:
O afastamento Da, é definido como sendo a distância entre a coordenada da
sonda e o objetivo, isto é, a distância horizontal. É dado pela equação:
√ 2
D a= ( x 0−x s ) + ( y 0− y s )
2
(1)
D a=760,47 m
Para calcular o azimute (A), de acordo com a projeção horizontal deste poço,
usam-se as seguintes equações:
∆ Y Y s−Y o
tan x= =
∆ X X o−X s
(2)
Y s−Y o
x ¿ tan−1 ( )
X o− X s
=56,72°
Logo,
Rumo = x = 56,72o
180 ° K 180° 15
R 1= = =859,44 m
π BUR π 1°
180° 20
R 2= =1145,92 m
π 1°
Vale ressaltar que não se deseja o drop off na formação dura (basalto) e, para
que isso seja evitado considera-se que o final do trecho de drop off (Vfdo)
aconteça em 2400 m de profundidade, região em que se encontra arenito com
característica mais mole.
θ=26,65°
K x θ 15 x 26,65 °
LBU = = =399,75 m
BUR 1°
26,65 °
1−cos (¿)
¿
D1=R 1 ¿
π
LDO = R 2 ( α 1−α 2 )
180 °
(4)
π
LDO = R 2 ( 26,65° −0 ° )=533,00 m
180 °
Lslant =1220,50 m
V IDO =1886,34 m
4. Profundidade medida:
5. Ângulo lead:
2153,25 x 1,5
Ângulo lead= =8,07 °
200 x 2
(2700 x 0,975) = 410 + 859,44 sen (26,65o) + 1220,50 cos (26,65o) + 1145,92 sen
(26,65o) +H
2632,5 ≈ 2632,8
7. Projeções
Figura 3 – Projeção vertical do poço com medidas do KOP, buildup, raios de curvatura, trecho
em slant e drop off.
Fonte: produção do próprio autor, 2016
Figura 4- Projeção horizontal do poço com rumo, azimute e ângulo lead (ângulo que
compensa o giro natural da broca).
Fonte: produção do próprio autor, 2016.
8. Geopressões
b
106
ρb=a x ( )
∆t
(9)
Onde:
n
σ ov=1,422( ρw D w + ∑ ρbi ∆ Di )
0
(10)
σ ov
Gov = (11)
0,1704 x D
Como o poço é terrestre, não há lâmina d’água (ρ wDw = 0). Sendo assim, ρbi
representa a densidade de cada camada em g/cm³, ∆Di a espessura de cada uma delas
e D a profundidade, em metros. A tabela a seguir indica os valores encontrados para
as tensões e os gradientes de sobrecarga.
Profundidade Densidade
∆D ρb x ∆D x 1,422 σov (psi) Gov (lb/gal)
(m) (g/cm³)
Gradiente de Sobrecarga
16.50 17.00 17.50 18.00 18.50 19.00 19.50
0
500
1000
Profundidade (m)
1500
2000
2500
3000
3500
4000
∆ t2
m=
log
∆ t1 ( )
D2−D 1
(12)
∆ t n=∆t 1 10 m( D−D )
1
(13)
Profundidade Tempos de
(m) trânsito
200 160,87
1800 84,82
84,82
m=
log ( 160,87 ) =−0,000173735
1800−200
∆ t n=∆t 1 10 m( D−D )
1
Logo,
∆ t n=160,87 ×10−0,000173735(D−200)
Gráfico para a determinação da linha de tendência
1.00 10.00 100.00 1000.00
0
500
1000
Profundidade (m)
2500
3000
3500
Δt(µs/ft)
Portanto, para cada ponto de ∆t, encontra-se o respectivo ∆tn, conforme a tabela
abaixo:
2
∆ tn
G p=G ov −( G ov −G n ) ( )
∆ t0
(14)
Δt x fator
Profundidade (m) Δtn (µs/ft) Gov (lb/gal) Gp (lb/gal)
do aluno
200 160,87 160,87 17,04 9,00
400 154,05 148,50 17,14 9,57
600 145,27 137,08 17,25 9,90
800 131,62 126,54 17,42 9,64
1000 119,92 116,81 17,60 9,44
1200 115,05 107,83 17,76 10,06
1400 101,40 99,54 17,95 9,33
1600 93,60 91,89 18,15 9,33
1800 84,82 84,82 18,35 9,00
2000 94,57 78,30 18,47 11,98
2200 97,50 72,28 18,54 13,29
2400 100,42 66,72 18,60 14,36
2600 104,32 61,59 18,63 15,27
2800 100,42 56,85 18,66 15,56
3000 94,58 52,48 18,72 15,73
3200 84,83 48,45 18,80 15,60
3400 75,08 44,72 18,91 15,39
Pf =K x ( Po−P p ) + P p
(15)
Gf =G p + K (G ov −G p )
(16)
Como
Pf
Gf = (17)
D × 0,1704
Então,
Pf =G f x D x 0,1704
(18)
a) Valores de K, Pf e Gf:
Profundidade
Gov (lb/gal) Gp (lb/gal) K Gf (lb/gal) Pf (psi)
(m)
200 17,04 9,00 0,36 11,89 405,12
400 17,14 9,57 0,42 12,74 868,14
600 17,25 9,90 0,46 13,27 1356,44
800 17,42 9,64 0,54 13,83 1885,36
1000 17,60 9,44 0,57 14,09 2400,17
1200 17,76 10,06 0,58 14,52 2969,09
1400 17,95 9,33 0,64 14,84 3540,33
1600 18,15 9,33 0,66 15,14 4129,02
1800 18,35 9,00 0,70 15,55 4767,96
2000 18,47 11,98 0,72 16,65 5672,82
2200 18,54 13,29 0,73 17,12 6416,15
2400 18,60 14,36 0,78 17,66 7221,99
2600 18,63 15,27 0,79 17,92 7937,73
2800 18,66 15,56 0,81 18,07 8622,04
3000 18,72 15,73 0,82 18,18 9294,54
3200 18,80 15,60 0,83 18,26 9954,63
3400 18,91 15,39 0,86 18,42 10670,19
500
1000
Profundidade (m)
1500 Gradiente de
Sôbrecarga
2000 Gradiente de Pôrôs
Gradiente de
Fratura
2500
3000
3500
Gradientes (lb/gal)
A seguir, é possível representar, em amarelo, a janela operacional a partir dos
dados obtidos até o momento.