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Segundo Bellan (2005,p.20) “a andragogia é a ciência que estuda como os adultos aprendem”.
A autora relata que foi o educador alemão Alexander Kapp em 1833, quem primeiro usou esta
nomenclatura.
A Andragogia foi definida por Malcolm Knowles como a arte e ciência de ajudar o adulto a
aprender, em oposição à Pedagogia, que cuida do ensino de crianças. Os conceitos de Knowles
foram amplamente discutidos, prevalecendo, hoje, a posição de que os dois campos não são
mutuamente excludentes. Segundo eles, Knowles chegou a indicar que os dois conceitos
formariam um continuum, indo da educação centrada no professor à educação centrada no
aprendedor. (WALL e TELLES, 2004).
Andragogia (do grego: andros - adulto e gogos - educar) procura compreender o adulto. Os
adultos devido às experiências que passam durante a vida e o conhecimento que vem da
realidade, buscam desafios e soluções que façam diferença em suas vidas.Eles aprendem melhor
quando o assunto faz relação com sua vida diária. O aluno adulto, diferencia-se dos demais, na
consciência de que precisa do conhecimento, que este lhe faz falta.
De acordo com Gomes, Pezzi e Bárcia (2006), os princípios da Andragogia e as teorias que
sinalizam uma pedagogia voltada para o aluno, estão trazendo maiores contribuições no
trabalho com adultos.
Nesse sentido, Knowles (1977) citado Gomes, Pezzi e Bárcia (2006, p. 3) diz que "a teoria da
aprendizagem de adultos apresenta um desafio para os conceitos estáticos da inteligência, para
as limitações padronizadas da educação convencional...".
Ao começar a vida universitária, os alunos esperam uma nova realidade educacional. Mas essa
realidade nem sempre acontece. Educandos que chegam à Universidade (...) se deparam com
o mero continuísmo da educação fundamental e média: programas pré-organizados em
períodos e disciplinas, conteúdos selecionados e estabelecidos unilateralmente pelos
professores ou pela instituição; são forçados a se ajustarem a essa estrutura rígida, a ocupar o
espaço de uma carteira que lhe é destinada como objetos da ação educacional da instituição.
Devem fazer silêncio, prestar atenção à “performance” dos professores e memorizar os
conteúdos com o objetivo de responder perguntas nos testes de avaliação. Se tiverem dúvidas
(e coragem), poderão dirigir perguntas ao alto do púlpito docente, é claro, com o máximo de
propriedade para não serem ridicularizados por professores ou colegas de classe.
A partir do que se entende por ser adulto, Oliveira (1998) passa a refletir sobre as conjecturas
que devem direcionar a relação entre educador, escola, métodos didáticos e educando adulto,
elaborando 14 princípios que oferecem um referencial objetivo para um bom relacionamento
educacional, apresentados a seguir:
•Princípio 1 - O adulto é dotado de consciência crítica e consciência ingênua. Sua postura pró-
ativa ou reativa tem direta relação com seu tipo de consciência predominante.
•Princípio 2 - Compartilhar experiências é fundamental para o adulto, tanto para reforçar suas
crenças, como para influenciar as atitudes dos outros.
•Princípio 4 - A negociação com o adulto sobre seu interesse em participar de uma atividade
de aprendizagem é chave para sua motivação.
•Princípio 6 - O adulto é o agente de sua aprendizagem e, por isso, é ele quem deve decidir
sobre o que aprender.
•Princípio 12 - Quem tem capacidade de ensinar o adulto é apenas Deus, que conhece o
íntimo da pessoa e suas reais necessidades. Portanto, se você não é Deus, não se atreva a
desempenhar esse papel!
•Princípio 13 - O professor tradicional prejudica o desenvolvimento do adulto, pois o coloca
num plano inferior de dependência, reforçando, com isso, seu indesejável comportamento
reativo próprio da fase infantil.
Toda experiência adquirida pelos adultos em sua vivencia lhes dá condições para que possa
tomar decisões.
Todo aprendizado na vida adulta é direcionada para seu interesse. O adulto decide o que quer
aprender. Ele tem necessidade de conhecimento, mas um conhecimento que seja pratico em
sua vida diária. Ficar em uma sala de aula, onde deve ficar horas estudando até alcançar um
objetivo não é interessante para o adulto.
Experiência: a experiência acumulada pelos adultos oferece uma excelente base para o
aprendizado de novos conceitos e novas habilidades.
Prontidão para a Aprendizagem: o adulto tem maior interesse em aprender aquilo que está
relacionado com situações reais de sua vida.
Motivação para Aprender: os adultos são mais afetados pelas motivações internas que pelas
motivações externas. Vale lembrar que as motivações externas estão ligadas seja ao desejo
seja de obter prêmios ou compensações seja ao desejo de evitar punições; motivações
internas estão ligadas aos valores e objetivos pessoais de cada um.
Fonte : http://andragogiaonline.blogspot.com.br/