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pas ° os en ~— —a ee Ba ol ae: le Ne NU open N.168-Novembro-1946 WL flectrica Portuguesa ‘tu | | | Rua Duque de Loulé, 240— Porto | ! | | Telef. 2828 -2829- 2830--Est. 90 DELEGACAO 8. Anténio Maria Cardoso, 13,2.'-Lisboa Telefones 27232-27233" Est. 365 E DAS CENTREIS DO FREIXO E OA CACHOFARRA \ Unigo Eléctrica Portuguesa distribu fe vende clectricidade no distritos de VIANA DO CASTELO, BRAGA, PORTO, AVEIKO, COIMBRA, VISLU LEIRIA'e de SETUBAL, pelamaisex- tensa rede de alta ¢ensin em Portugal | Fabricado pelos mais modernos pro- cessos @ preferido para todos os tra- balhos de responsabilidade. Sacos de papel ou de juta com 50 Kg. am i ELECTRICIDNDE D0 LiINoOSO ( | | Barricss de 180 Ke. | | | fimais "de 1200 kms), levande forea fotriz ds FABRICAS ¢ luz a CIDA. DES, VILAS, ALDEIAS e LUGARES s Cc ib COMPENHIA GERAL DE CAL E CIMERTO RUA DO GCOMERCIO, 56, 3° LISBOA i s | sect de | || Pabricss eferece as matores vant geve non su tnlas \ Consular aU, E. Py e consumir a sua energin | ] é proveitoso negécio Cimento < 23, >< 107. >< 0,10 = 92.000 contos © que a uma taxa média de juro de 0,04 corresponderia ao rendimento de um capi- tal de 2.800.000 contos. Niio valerd a pena rever © assunto? Lisboa, Setembro 1946, INSTITUTO PARA A ALTA CULTURA CENTRO DE ESTUDOS DE ENGENHARIA CIVIL INSTITUTO SUPERIOR TECNICO Liseoa PUBLICAGAO N.° 4 Estudo experimental do campo de tensédes pela rotura duma camada aderente PELO ENG.» civit (IS. 1.) JULIO FERRY E. S. BORGES Asiatente do. 8.1. cD. 624,048:599.914 Ao apresentar este estudo quero agradecer ao Sr. Eng. Manuel Rocha, que dirige o Centro de Estudos de Engenharia Civil, os preciosos. conselhos ¢ ensinamentos com que sempre me acompanhou durante a execurdo dos ensaios e na revisiio da presente publicagio. PLANO 0 — Ixrropvgio 1 — Onservagio pas LiNnas DE LODERS 2 — Fracturs no Verniz ANTES DE SE TER ATINGIDO A CEDENCIA 8 — Ippxrmreagio pas uuxnas pe FRAC~ 0 — Introdugao. ‘A preocupagiio dum engenheiro ao pro- jectar uma estrutura é dar-lhe dimensdes ¢ escolher materiais de forma ne aquela possa resistir, sem se romper € mesmo som sofrer deformagdes exageradas, hs solicita- Bes @ que vai estar sujeita, Como eritério de edleulo contra a rotura ‘usa-se habitualmente o de nfo deverem ser excedidos determinados valores das tensdes, chamados de seguranga e que sio arbitra- 4—Tentea 5 — Apuicagio somre ovrros MarERIAIS 6 —Siowicano pA DENSIDADE DE FEN- Das 7 — Apuicagio so ESTUDO DA RoTURA 8 — ConciusdEs dos em face das tensdes de rotura ou de cedéncia dos materiais utilizados. No estado actual da engenharia conten- tamo-nos pois com a determinagiio das ten- sdes que se vRo desenvolver nas pecas quando da aplicagio de forgas ou desloca- mentos, para comparé-las depois com as iais tensdes de seguranga. Para fazer aquela determinagio pode- mos recorrer & Resisténcia dos Mate- riais, & Teoria da Elasticidade, ou ainda a métodos experimentais utilfzando (*) Trabalho eubsidiado pelo Instituto para a Alta Cultura TECNICA 7 ensaios em tamanho natural ou sobre mo- delos. Estes métodos experimentais de estudo do campo de tensdes recorrem por seu turno hv medigio de deformagées (para o que se empregam extens6metros, medidores de mo- mentos, deflectémetros, ete.), & utilizagio de efeitos fotoelisticos, a analogias (com um campo eléctrico ou com uma membrana uniformemente tendida ¢ de contornos im- postos, etc.}, ou ainda a outros efeitos de aplicagio menos corrente. © método que a seguir se apresenta para o estudo experimental do campo de tensdes baseia-se na rotura duma camada aderente a0 elemento que se quer estudar. A primeira idein de estudar a deforma gio dum sélido mediante 0 seu recobri. mento com uma camada Aderente foi-nos dada por vagas noticias de ensaios realiza- dos na Alemanha. 86 depois de comegados (08 nossos ensaios encontrimos nas revistas V. D. I. (18 de Junho de 1932, pig. 601) e Génie Civil 24 de Fevereiro de 1934, pig. 180 e 13 de Outubro de 1934, pag. 828) trabalhos sobre este assunto. No primeizo apresentavam-se alguns resultados mas nfo se dava indicagao alguma quanto A técnica seguida, 0 método era empregado no estudo de drgios de maquinas e consti- tufa um segredo da fabrica Maybach. Os iiltimos referiom-se prineipalmente a reco- brimentos sobre madeira. 1—Observacao das linhas de Liiders. A primeira questo que nos pareceu fécil de resolver recorrendo is camadas aderen- tes foi a observagio das cedéncias. Como se sabe, ao atingir no ago de cons- trugio uma tensio da ordem dos 30 kg/mm? © diagrama tensdes-deformagies apresenta um ponto anguloso © (fig. 1), a que sechama ponto de cedéncia, Até essa altura o com- portamento do material pode considerar-se como perfeitamente elistico. Atingido esse ponto, dto-se escorregamen- tos segundo certos planos, cujos tragos na superficie da peca silo as chamadas linhas de Litders. Estas linhas 86 sio visiveis desde que a pega esieja bem polida, Pretendiamos evidenciar estas linhas ECNICA 8 sem ser neoessério proceder i operagto morosa de polimento. Tensto de tracgdo no ago do Kf & ” | 2] —| 7) Alongamento % 0 7 20 30 Diagrams tensteeSafornaies no a0 Com este fim aplicdmos sobre barretas de ensaio virios recobrimentos de diferentes vernizes,e mesmo doutros materiais, tais como aguadas de eal, cimento, colddi grude, ete. Fig. 2 Linhas de Landers (Récabrimento de verni) Aplicadas forgas As pegas de ago assim reeobertas, desde que o verniz estivesse sufigientemente seco, as linhas de Litders evidenciavam-se com toda a nitidez (fig. 2). Fizeram-se também ensaios sobre pegas de lato, alumfnio e bronze, aplicando o mesmo revestimento de verniz. Ao contré- rio do que suoedia para o ago, o vernia frac~ turava-se quando o alongamento da pega atingia determinados limites mas sem evi- denciar linhas de escorregamento. ‘A simples pintura das barretas de ago, com uma aguada de cal mostrou-se também eficaz para evidenciar os escorregamentos, constituindo um processo expedito e econé- mico (fig. 8)- Fig. 8 Livhas de Liiders (Recobrimento de eal) Note-se que, para o ensaio de estruturas este simples resultado apresenta jé grandes vantagens. De facto, no ensaio de pecas de aco interessa evidenciar as zonas em que aparecem cedéncins ¢ nid é expodito estar fa polir toda uma estrutura para esse fim. Uma simples pintura de cal ou verniz pe mite evidenciar durante o ensaio todas as cedéncins i superftc 2—Fractura do verniz antes de se ter atin gido a codéncia. Procurdmos depois obter um revestimento que fracturasse. antes de se ter atingido a cedéncia no ago. ‘As condigdes a que este revestimento tinha de satisfazer eram um alongamento de rotura muito pequeno e suficiente aderéncia A pega a engaiar. ‘Nenhum dos revestimentos anteriormente empregados por nds satisfazia a estas con- digdes. O alongamento necessério para que © verniz, sem ter sofrido qualquer tra- tamento, fracturasse, era muito superior ao correspondente ao ponto de cedéneia do ago. Recorreu-se entito a tratamento em estiita de camadas de vernis aplicadas sobre pegas de ago, Estudou-se a influéneia da tempe- ratura da estufa e do tempo de secagem do verniz sobre as propriedades da camada. Verificou-se que para o verniz copal, desde que fosse mantido algumas horas na estufa (pelo menos duas) i temperatura de 120°, ao dar-se o arrefecimento da pega, a camada. de verniz fendia em todas as direogde: Imediatamente surgiu a ideia de orientar estas fendas pela aplicagio oportuna da carga. As fendas eram originadas por um campo uniforme de tensdes de traceao que se criava quando do arrefecimento. A sobre- posigdo de determinado estado de tensdes a este campo, antes do aparecimento de fen- das, devia ter certamente como consequén- cin a orientag&o destas segundo determina das direcgies. Engaiaram-se barretas de ago recobertas de verniz ¢ tratadas na estufa pela forma Fig. 4 Barrota sumetida a uma compressio, que se indica mais pormenorizadamente adiante. TECNICA 9 Submeteram-se a csforgos de tracglo ¢ verificou-se que as fendas apareciam, de facto, orientadas e com a direegao normal & forga aplicada, Nos ensaios de eompressio, também realizados com estas barretas, veri ficou se que as fendas apareciam com uma orientagiio paralela ida forga aplicada (fig. 4). 3 —Ideniificago das linhas de fractura com as isostéticas. Em face destes resultados surgiu-nos a jdeia de que estas linhas de fractura do verniz eoincidiriam com as isostitiens. Ensaiaram-se equilibrios elisticos para os quais as isostiticas ja tinham sido obtidas or outros meios ¢ compararam-se com elas as Tinhas de fractura do verniz. Assim se fez para uma viga submetida a flexito composta (fg. 6) para outra submetida it llexto simples e ainda para uma viga curta destinada & li- Fig. 5 Viga curta, Isstitieas obtidas por ensaio fotoclistieo. gagiio das oabegas de duas estacas (figs. 5, 7 © 8), equilfbrios nos quais as isostéticas foram determinadas por meio de ensaios fotoclisticos também. realizados no labora- tério do Centro de Estudos de Engenharia Civil. TECNICA 10 A coineidéncia entre as linhas de fractura ¢ as isostitieas foi perfeita. Submeteram-se ainda barretas cilindricas a esforgos de torso ¢ de torsio mais flexio, obtendo-se no primeiro cago linhas de frac- tura inclinadas @ 45° em relagio a0 eixo da pega, e no segundo com as orientagdes previstas pela Teoria da Elasticidade para fs isostticas. A Teoria da Blasticidade permite tam- bém resolver 0 problema de um disco car- regado por duas forgas actuando segundo um didmetro. As isostiticas sfio neste caso duas familias ortogonais de cirounferéneias, Hste equilibrio foi também ensaiado pelo método das camadas aderentes, sendo os resultados apresentados nas figs. , 10, 11 e 12. As linhas obtidas aproximam-se muito de circunferéneias, De facto para um disco com 14 om de difmetro, o desvio entre as cur- vas dadas pela teoria as obtidas pelo mé- todo das camadas aderentes em ponto algum exeedeu 1 mm, o que corresponde a varia- Ges de inelinagZo muitissimo pequenas. Nas figs. 9, 10 e 11, apresentam-se as sucessivas fases do aparecimento das Tinhas. Em todos os ensaios realizados, mesmo em zonas de grandes compressdes, nunca esta coincidéncia foi desmentida, As condi- goes de perpendicularidade aos contornos das pegas e de ortogonalidade entre as duas familias de linhas também se verificaram sempre. Note-se que as fendas do vernia 86 ficam perfeitamente orientadas desde que qual- quer das tensdes principais no ago, quer seja de tracgio quer de compressio, exceda cerca de 8 kg/mm®, valor, no entanto, bas- tante baixo em face das tenstes corrente- mente desenvolvidas. Ein face do exposto podemos coneluir que as linhas de fractura se podem identificar com as isostitioas, o que ¢ um resultado importantissimo em face dos poucos meios que temos ao nosso dispor para a obtengéo expedita destas linhas. Blas por si sé podem dar jé indicagdes preciosas quanto 4 distribuigio das gran- dezas das tensbes. De facto, como se sabe, Fro.6 Viga submetida & floxdo. Fras. 708 Fra. 9 Fre. 10 Fro, t1 Fases sucessivas do aparecimento das linhas de fractura na camada de verniz (disco carregado por 2 forgas ‘actuando segundo um didmetro). Fro, 12 Pormenor’do mesmo disco (2. familia de isostaticas). Fre. 18 Viga em consola (12 familia de isostéticas). Pio, 1 Viga om consola (2 familia de isostiticas), Fro. 15 Ligagdo rebitada. § 0s pontos de inflexto duma familia de isos- titicas correspondem a uma estacionaridade no valor das tenses na famflia normal. Estudando a curvatura das duas familias num ponto conhece-se qual o sentido de variagio das tensdes ao atravessar esse ponto. Uma isosttiea pode ser considerada como o funicular dos acréscimos das tensdes que so normais a essa isostitica, Para as obras de betio armado, o conhe- cimento das isostatieas permite dispor racio- nalmente as armaduras, pois elas devem seguir as isostiticas ao longo das quais se verificam tracgdes. ‘Apresenta-se um exemplo de aplicagio ao estudo duma viga em degraus para a qual surgiram diividas quanto & orientagio a dar is armaduras. Trata-se duma viga em congola para um baleio. Esta viga podia ser armada com vardes horizontais, caleula- dos para resistir As tracgdes devidas & fle- xo, e com vardes verticais, destinados a absorverem osesforgos transversos, ou s6 com vardes inolinados, desprezando os degraus, comose se tratasse duma viga de seegio cons- tantemente varidvel. Pelas figs. 13 e 14 pode- se ver a direcgiio seguida pelas isostaticas ¢ coneluir que as armaduras inclinadas dis- pensam completamente as horizontais. 4—Técnica As pogas de ago macio sfio limadas, mur gadas e acabadas it lixa, de forma a obter-se uuma superficie bem lisa. Depois de pintadas com uma camada de verniz copal, de espes- sura o mais uniforme possivel, sfo intro- duzidas numa estufa e mantidas a uma tem- peraturs de 115° a 120°, durante cerea de duas horas. Apés o arrefecimento, sio de novo pinta- dag e submetidas a aquecimento nas mesmas condigdes. O verniz toma uma cor castanha clara, Retiradas as pegas da estufa deixam-se arrefecer lentamente. Quando a sua tempe- ratura esté jé proxima da ambiente ¢ antes de terem aparecido as fondas préprias do verniz, que se dariam em todas as direegdes, aplica-se o sistema de forgas. © vernix fende entio segundo curvas privilegiadas que, como vimos, coincidem com as isostiticas. Fende mesmo nas regides em que as duas tensdes principais sto de compressio e em que hé, além disso, enourtamento nos dois sen- tidos, como sucede junto do ponto de aplicn- gio da carga, numa viga submetida & flexdo. ‘A direcgao das linhas de fractura & sem- pre paralela & da tensio menor. De facto, quando num ponto as duas tensdes princi- pais so de tracgio, as fendas sfio paralelas A menor tens&io de tracgio; quando uma tensio é de tracglo ea outra de compressio, so paralelas & tensio de compressito, & quando ambas as tensdes so de compressio, as fendas aparecem orientadas segundo a maior tensio de compressio. Obtida a primeira familia de isostéticas, para se conseguir a segunda recorremos a0 artificio deserito a seguir. O mesmo sistema de forgas com que se obteve a primeira familia 6 aplicado quando © verniz esté ainda muito fluido, portanto com a pega ainda muito quente (logo queesta sai da estnfa), ¢ 6 retirado quando se atinge a temperatura ambiente, Isto equivale a ter aplicado forgas com sentido contrério as aplicadas para obter a primeira familia. Como, quando se faz a inversio de todas as forgasaplicadas a um sélido, as tensdes, em to- dos os pontos, mudam simplesmente de sinal, as linhas de fractura do verniz obtidas por este proceso hiflo-de necesshriamente coin- cidir com as isostiticns da segunda familia. Obtem-se assim com toda a simplicidade as duas familias de isostéticas. Foram ensaiadas outras téonieas de reves- timento, tais como pintura & pistola, espa Thamento de resina com uma superficie metilica aquecida, aplieagto directa da verina fundente, ete., mas nenhuma semos- trou tio eficiente como a pintura com verniz ¢ posterior tratamento na estufa, Obtidas as linhas de fractura, torna-se necessirio fazer a sun reprodugio grifica, © pantégrafo constitu’ um método moroso, e 2 fotografia torna-se dificil por as linhas s6 serem bem visiveis para certas orientagdes da Inz ineidente. Muito recentemente tentimos utilizar um método electrogrifico para avivar as linhas TECNICA W de fractura. A pega, depois de ter o verniz, fendido, é recoberta com um papel de filtro embebido em sulfocianeto de aménio sobre fo qnal se assenta uma placa metilica, que funciona como eitodo, sendo a pega onde se qnerem caracterizar as fendas ligada a uma pilha de 6 V. Depois de passar a corrente durante algum tempo, as fendas aparecem escurecidas devido & deposigho de sais de ferro. Eston tentando ainda reproduzir as linhas directamente sobre papel sensibilizado com um sal insolivel e interealado no eirenito junto ao verniz, 5 — Aplicasio sobre outros materiais O método das camadas aderentes foi apli- cado ainda com sucesso a outros materiais, tais como o vidro, a madeira, 0 bronze, 0 Inti, ete. A técnica deserita para a obtengio da camada de verniz obriga ao aquecimento da peca a uma temperatura de 120°, 0 que niio permite que o método seja aplicado a um material com ponto de fusio inferior a esta temperatura, ‘Também desde que o material seja poroso, niio se forma uma camada continua de ver- niz eo método nao é aplicivel. Hstio neste caso o betitio e 0 gesso. Para resolver esta tiltima dificuldade tive- mos que impermeabilizar convenientemente a superficie, o que s6 foi conseguido com a interposigo duma folha de papel metilico. Esta folha é colada & superficie da pega fa esindar e depois recoberta com verniz, seguindo a técnica indieada, A sua espes- sura muito pequena nfo perturba a distri- buigho de tensdes a estudar. ‘Pemos esperanga de que apés aperfei goada convenientemente a técnica de reves- tir com resina fundente a pega a ensaiar, possamos ainda eliminar o inconveniente de introdugio na estufa. 6—Significado da densidade de fendes Soja no niimero de fendas interseptadas por ui segmento de pequeno comprimento J TECNICA 12 (fig. 16) normal A direeglo das fendas na vizinhanga do ponto P. cociente d: . Para medir esta densidade usamos um microsodpio de pequena amplingao, com 0 qnal focamos 6 ponto onde se deseja medir a densidade de fendas ¢ contamos depois © niimero de fendas que aparecem no campo do microseépio. Verificdmos que, dentro de determinados limites de permanéncia na estufa, uma barreta vérias vezes ensaiada com as mesmas forgas apresenta igual den- sidade de fendas. Esta cirounstincia levou- -nos a estudar a variagho desta densidade em funglio das tensbes. Verificdmos que, nos casos de estados sim- ples de tensfio e desde que no fossem ultra- passados determinados limites para a tensto z no ago da ordem dos 15a 20 kg/mm’, a densidade de fendas 6 proporcional & tensiio: a a+b Esta recta intercepta o eixo dos dd num ponto de ordenada 6, o que, por generali- zagio, faz corresponder a uma tensio nula uma determinada densidade 5. Esta linearidade verificou-se tanto para engaios de trnecho como de compressio, com ‘um erro pequeno desde que se tratasse duma mesma camada de vernia A dificuldade que até hoje ainda nio con- segui vencer foi manter constantes os cocficientes a e bqnando mudava de camada de verniz, Vérias barretas ensaiadas nas mesmas condigdes apresentavam todas elas esta proporcionalidade, mas com valores de ae b diferentes. Admitimos, como causa principal desta inconstancia dos valores de a e 6, a impos- sibilidade de dar sempre a mesma espessura As camadas de verniz. Nenhum dos métodos de espalhamento atrés indicados foi eficiente para atingir este fim. Para os estados duplos de tensfio era mais delicado 0 estabelecimento desta relagio atendendo a que nfo podemos, em virtude desta dificuldade, mudar de pega. Empregamos uma barreta cilindriea que era submetida em sncessivos ensaios a deter- minado estado de tensfio; tracgio ou com- pressio simples, (o13£ 0 2. —0) 0 ainda tor- silo (o4=—2,). O pequeno niimero de pon- tos obtidos no permitin estabelecer a forma da_fungio da). Note-se que 0 estado de tenstio do verniz no é proporeional ao estado de tensio no ago, pois a contracedo da camada de verniz, em virtude do arrefecimento, origina uma tracgio uniforme eujo valor desconhecemos, ‘Além disso, tem também influéncia o facto de niio serem ignais os coeficientes de Pois- son do verniz ¢ do ago. ‘Adoptemos as seguintes designagdes: 21 @ 22 ~ tonsdes principais no aco aq! © a4 ~> tenstes prineipais no ponto correspon: dente do verniz # ep! —coelicientes de Poisson do ago e do E ¢ E' + médulos de elasticidade do ago ¢ do verniz 1 © ¢2 ~ defurmagies prineipais. Em virtude da aderéneia da camada, as deformagdes prineipais sto iguais no ago e no verniz e portanto fa ey ~ poz (oe—wa4) » (—peate'—e) G—p B aller @ eal - male Como se vé, a tensiio na camada aderente 86 seri proporcional 4 tensiio correspon dente na base desde que os coeficientes de Poisson dos dois materiais sejam iguais. Gonhecidos estes coeficientes de Poisson ¢ os médulos de elasticidade, é possfvel cal- cular as tenses na camada aderente a partir do conhecimento das tensdes na base. 7—Apl 0 facto que acnbamos de apontar fez su gir a ideia de utilizar as camadas aderentes nfo jd para estudar 0 campo de tensdes no material recoberto, mas para estudar a pr’ pria rotura do material de recobrimento, Este método parece ser especialmente potente para o estudo das direegdes dos planos de rotura. Sejam o1, 22 © 23 (o1», isto 6, que o coeficiente de Poisson do ma- terial da base seja superior av do recobri- mento, 8 —Conclusdes © emprego do método apresentado para 1 estudo do campo das tensdes, devido & sua grande simplicidade, generalizar-se-4, sem dhivida, nos ensaios sobre modelos. Como vimos, ele pode ser aplicado sobre quase todos os materiais. Sociedades Reunidas de Fabricacdes Metélicas, Ld.” CONSTRUCOES METALICAS Uma das 2 comportas do_seymontos fabricadas para a Sociedade. Portuguesa, Neyret-Beylier & Piccard-Pietet, Ld, e destinada ao descarrogador de choias da barragom de Santa Luzia, de Companhia Hléctrica das Betras FABRICAS DA VENDA NOVA Rua Vice-Almirante Jo&o Antonio de Azevedo Coutinho AMADORA Telefone: VENDA NOVA 48 BAAN . =—— | FoGa0 8 g- ay NSO HA MAS Oe | COZINHEIRAS A va Too Lalytamtul = A sua utilisagio no estudo de elementos de construgdo tais como vigas, placas, abb- bodas, membranas, etc., poderd trazer enor- mes vantagens. Q mesmo se diz para o estudo de orgios de méquinas. Na fig. 15 apresenta-se uma ligagio rebitada que se ensaiou por este método, Empregamo-lo também a uma biela dum motor Diesel que submetemos a esforgos estiticos e dinamicos. Quando do ensaio com esforgos dinimicos e rapidamente varid- veis, com a biela montada no préprio motor, as linhas de fractura do verniz aparecem também perfeitamente orientadas. Porém, ara casos como este, #6 ser possivel tirar conelusdes depois de ensaios sistemAticos acerca da influéncia dos esforgos varidveis na rotura duma camada aderente, ensaios estes que ainda nfo temos possibilidade de realizar. TECNICA 15 MEDICAO DA GRAVIDADE EM GEOFISICA peo ENG.» CARLOS GONCALVES ‘A Geofisica é o estudo por métodos fisicos do planeta onde vivemos. Como ciénein apli- cada, consiste na prospeccio da estrutura geoldgica das formagdes profundas da Terra fon da existéncia de jazigos minerais pela medig&o, & superficie, de grandezas fisicas naturais, das quais slo mais evidentes as que constituem 0s campos gravitacional ¢ magnético, dois grandes fenémenos naturais de origem desconhecida. £ carecteriznda por um processo indireeto de investigagao. Qualquer trabalho tem de realizar-se em dois espagos distintos ; no primeiro, trata-se de medir a grandeza fisica natural, precisar os mimeros e verificd-los se for possivel, no segundo, urge efectuar a interpretagio geo- Jégica dos resultados obtidos. ‘Dentre as grandezas fisicas naturais, a forga da gravidade tem sido das mais pro- veitosas, apesar da sua medigao delicada, Os resultados podem apresentar-se sob forma de eurvas reunindo pontos de igual anomalia ou de igual valor da gravidade. Profundamente ligada ao problema da isos- tasia depende ainda do peso especifico das formagées subjacentes ¢ do local onde se faz sentir a sua acgio, cirounstincias estas que vaio influir na correegio final dos valores obtidos. Foi Newton quem primeiro traduziu os seus efeitos numa formula matemstica (') () E a conhesid lai de Newton dos fins do séeulo xv que din: a forga atractiva F entre daas massas my em Tirectamente proporcional a tea produto ¢ inversamente roporeional ao quaidrado da distineia r quo as separa ek 1 & a constante de proporeionalidade que tem 0 valor x = 6,604,108 0,008. 10 gr em seg * TECNICA 16 Aasisante do 1.8.1. cp, 622.4922 Provou matemiticamente que uma esfera de randes dimensdes exerce uma acco atrac- fiva além da sua superficie, como se toda a massa estivesse concentrada no centro e estenden a teoria gravitacional a todo o Universo tentando explicar os grandes fend- menos naturais. Os prinefpios de Newton ainda hoje sio utilizados em todos os méto- dos de prospeogio geofisica, nao se entrando em linha de conta com a pequena correcgio de Einstein. método mais antigo e em determinadas cirounstincias ainda hoje insubstituivel de medir a acelerago da gravidade baseia-se no facto do valor de g condicionar o tempo de duragio das oscilagdes de pequena am- plitude de um péndulo sem atritos e de com- primento conhecido. Como é irrealizivel um péndulo nestas condigdes, as determinacdes efectuadas por este processo eram muito imprecisas até que em 1817 H. Kater con- cobeu 0 péndulo reversivel, ideia que conti- nua fandamental na construgio dos péndulos mais recentes de Sterneck, Mendenhall-Fis- cher e Meiness, Os péndulos sto principal- mente utilizdveis no transporte do valor g a grandes distincias ¢ nas determinagdes & superficie dos mares. ‘Até 0 ano de 1936 0 valor de Potsdam era tomado como 0 mais preciso valor abso- Tuto da gravidade e durante anos os valores numiricamente igual 4 forga atractiva entre duss massas iguais do 1 gr situadas & distancia de 1 em. O valor desta constante foi determinado pela primeira vez oom a balanga ‘le torsio de Cavendish. No sistema C, G. 8. @ valor de F para a forga da pravidads vein expresso em gales que é a unidade do Aaceleraeo produzida pela forga de 1 dine, Nas aplica- Bes correntes usa-se uma wnidade mill veres menor, © anita. os 8 ae m es sta age ula de da gravidade noutras estagdes espalhadas pelo mundo inteiro eram referidasa Potsdam. Parece que este valor esté muito alto como pode ver-se pela comparagio com outros, em especial, Teddington e Washington, lor de 4) Daten Patio {mine dean de (wit es [sees ate Potsdam... | 981,2 4 | - [- Viena -.... + 980,802 | 981,283 |4 9 Paris.. | 980,970 | 991,300 |+ 26 Roma ...es.s++++) 980,848 | 981,270 |—4 Madrid -...+-++.,] 979,977 | 981,270 |—4 Pidaa | — | 981,260 |— ts Teddington | 981,181 | 981,261 |—13 Washington | 980,080 | 981,254 | 20 Lisbon «see.r+ee+] 980,088) | = As varingdes do valor de g podem ainda medir-se pelo emprego da balanga de torsio. Em contraste com os péndulos, os gra- vimetros utilizam um método estitico de comparagio da forga da gravidade com uma forga elistica. Constituem o motivo especial deste artigo. © péndulo, a balanga de torsio eo gra- vimetro, so aparelhos estruturalmente dife- rentes consistindo todavia na polimorfizagio da mesma ideia pois servem todos para medir as variagdes do valor de g. Nao sio totalmente substituiveis, mas o emprego da balanga de’ torso esti sendo restringido pelo uso, cada vez maior, do gravimetro de manipulagio mais répida, com maiores possibilidades de transporte, menor sujeigio ao relevo topografico e uma preciso que excode a da balanga de torsto, Foi o astrénomo inglés Sir John Hershel quem primeiro idealizon a construgio de um gravimetro, em 1833, simplesmente constituido por uma massa suspensa de uma mola presa a um ponto fixo. Sob a acgio da gravidade, esta distendia-se de um com- primento proporeional & intensidade da forga da gravidade, Em cada estagio deve- ria desmontar-se 0 sistema apés a leitura € montar-se de novo na estagio seguinte, Este sistema, de constragio aparente- mente légica, era priticamente inutilizdvel sob esta forma simplista, visto que a mon- tagem, desmontagem ¢ leitura grosseirissima haviam necesshriamente de introduzir erros enormes que absorviam as variagdes @ me- dir, $6 a variagio da temperatura do meio Fig. 1 ambiente podia originar distensdes da mola, muito superiores ’s provocadas pela varia glo da gravidade, De facto, se a tempera tura de regime de um gravimetro moderno com precisio superior 0,1 mgl variasse de °C dava origem a um erro de 200 ou 300 mgl. Hershel levantou pela primeira vea 0 pro- blema da construgo de um gravimetro onde posteriormente se gastaram muitas energias chegando a institufr-se um prémio para quem o resolveste, primeiro gra- vimetro susceptivel de aplicagio pritica TECNICA 7 s6 naseen nos primeiros anos deste séoulo mas a concepgio primitiva manteve-se de tal modo que ainda hoje é comum em todos estes aparelhos o emprego de uma mola de metal ou de quartzo como érgio sensivel ’ gravidade, As grandes dificuldades de construgio que foi necessério vencer com- plicaram muito a ideia primitiva, como pode ver-se pela Fig. 1, que mostra em estagdo um gravimetro portdtil dos mais modernos 6 precisos. Deve notar-se na foto: grafia o gravimetro prdpriamente dito, tri e condutor de ligagto As baterias de 6 V. Na Fig. 2 aparece-nos de novo o mesmo gravimetro em estagio junto do automével onde era transportado, Dentre as dificuldades que foi necessirio vencer na construgio dos gravimetros mo- dernos, com a preciso de 1 para 10.000,000 na medigao do valor de g, a primeira foi sem diivida a medigio rigorosa das peque- nas deslocagdes da mola, de cerca de 10 mm— depois de assegurar uma tem- peratura de regime constante em virtude do auxilio de um termostato eléctrico, um sistema estavel e um perfodo de oxcilagio TECNICA, 18 proprio dos drgios de medida diferente do devido aos movimentos microsismicos do solo, além de material suficientemente elés- tico para a mola. Uma das solugdes consistiu em empregar os gravimetros ditos astiticos. A astasia consiste na transformagio, por meio de articulagdes elisticas ou de cutelo, do mo- vimento longitudinal num movimento an- galar e na colocagio do ponto de aplicagio da mola sobre 0 centro de gravidade do sistema oscilante. © prinefpio de funcionamento do meca- nismo de medida mais moderno destes pequenos deslocamentos da mola 6 0 se- guinte: 0 movimento translacional da mola @ solidrio com o de um diafragma em vir- tude do qual se permite a passagem de mais ou menos luz proveniente de uma Vampada, Iuz que vai impressionar uma célula fotoeléctrica. As varingdes de inten- sidade Tuminosa vio evidenciar-se num galvanémetro eujo ponteiro se desloca pro- poreionalmente i distengio sofrida pela mola, O emprego de processos -épticos de medida ¢ dificil em virtude dos movimentos microsismicos terrestres. E evidente que devido h sua grande precisio o campo de medida do galvandmetro ¢ muito restrito, de modo que existe em eonjunto um pro- cesso de etectuar previamente um ajusta- mento grosseiro. Hit virios métodos de trabalhar no campo com o gravimetro, dependentes da exten- sio do trabalho e da preciso que deseja obter-se. Para determinar a variagiio do valor da ravidade entre dois pontos A e 2 esta- cionamos em cada um dos pontos obtendo-se, respectivamente, dois valores a ¢ b. A dife- renga a-b é a varingio indicada pelo apare- Tho todavia, por razdes que veremos adiante, fazemos mais duas observagdes a! e U. A ordem porquesto feitas ns leituras é aa’ a!B). Constroi-se um griifico como o da Fig. 3 obtendo-se dois segmentos de recta aa! ¢ BU). ‘A média dos comprimentos das ordenadas compreendidas entre 6 ¢ al ¢ entre a! ¢ bb) & a variagdo sofrida pelo valor de g. Foi este 0 método que seguimos por razdes de trabalho que ndo exporemos neste lugar. Supondo que se eliminam os enganos e dada a amplitude dos erros possiveis de observagio temos ainda a considerar as seguintes causas de erro, diseriminadas por ordem da sua importincia E impossivel eliminar as 3 primeiras causas de erro, mas a 4.” consegue elimi- har-se € as restantes parece no terem im- portincia sensivel no aparelho utilizado. ‘Temos desta forma erros que seriam siste- ve _ | a . 2 | 2 | in — fo 3 | | 0 | 5 | { ° | | Sm ko Fig. 3 1—sueessiva distengio elisticn das molas; 2—influéneia da temperatura exterior sobre a temperatura de regime ; —choques © vibragdes sotridos’ pelo aparelho durante o transporte; 4—variagio do azimute magnétieo; 5 —variagio da presto atmostériei 6 —humidade. miiticos se conhecessemos exactamente a forma porque actuam sobre o funciona- mento do gravimetro, mas como tal se nfo 4, aceitamos que os erros cometidos obede- com 2 lei de Gauss, isto 6, sfio eros aciden- tais aos quais vem juntar-se os pequenos erros de observagio. E esta, de resto, a ver- dadeira diferenca entre os erros sistemiticos € 08 erros acidentais. TECNICA 19 Podemos informar-nos da precistio dos resultados obtidos por dois processos dis- tintos. © primeiro consiste em fazer varias observagdes na mesma estagio. Nos inter- valos entre as observagées poderfamos ape- na Fig. 4 mareando em abeissas os tempos fem que foram efectuadas as observagdes eo valor destas em ordenadas. Unindo os virios pontos assim obtidos temos uma curva de variagao que nés substituimos por segmentos de recta em virtude de nfo conhe- Erre maximo ~ 0/52 mgd Zoro provdrel « 0068 791 GRAVIDADE (miligales) nas transportar 0 gravimetro ao longo de dois ou trés quilmetros e estacionar denovo na mesma estacio, isto é, simular as condi- ¢Bes de trabalho no campo, mas isto equi- yalia a eliminar em parte a 1.* causa de erro e portanto, a obter uma sensibilidade que poderia ser fictfein de maneira que es- tudémos a preciso do aparelho dentro das verdadeiras condigdes de trabalho no campo. Constroi-se um griifico como se indica TECNICA 20 cermos a configuragio geométrica dessa curva, Dentre os varios pontos onde se fize- yam observagdes repetidas escolheram-se a0 ‘neaso of da Fig, 4 e destes escolbem-se a estagio 194 que apresenta resultados mais ajustados da recta que tune os pontos extre- mos. © maximo afastamento tem o valor 0,162 mgl. 0 erro quadréfico médio ¢ tem o valor 0,099 mgl e portanto devemos contar com 38a a0 ea ais re Jor lor om ‘tum erro provavel += 0,67 >< 0,099 ,066 mgl em cada observacio. Este erro provivel pode ser, é claro, positive ou negativo. Atendendo & maneira como che- gimos a este resultado trata-se de um valor em excesso. Note-se todavia que as condi- des de trabalho nfo satisfazem em absoluto aos requisitos exigidos pela teoria dos erros que ji de si é uma teoria de valores pro- vaveis— visto que as observagdes nao sito por exemplo, todas efectuadas sob as mes- mas condigdes exteriores. Apesar de tudo, 08 resultados obtidos harmonizam-se com fa confianga que depositimos na precisio das observagdes e podemos certificarmo-nos de que o gravimetro nos dé uma_preci- sio de 0,1 mgl, quere dizer, de 1 para 10,000,000 na meiligio do valor de g. Um ontro processo de estudar a precisiio dos valores obtidos consiste em Ievantar um cirouito fechado e verificar qual 0 erro de Tro de feck $0,117 —0,193 $0,178 fecho. Os exemplos indicados no quadro junto, antes de qualquer correegéo ou dis- tribuig&o de erros, mostram-nos n&o s6 a alta precisiio do instrumento mas ainda que © erro de fecho é independente do desenvol- vimento do cireuito ('), Na amplitude deste erro de fecho © na sua independéncia da distancia percorrida o gravimetro leva van- tagem & balanga da torsio, ‘Os resultados fornecidos pelo aparelho silo transformados em unidades de acelera- gio de gravidade, sofrem as correcgdes pla- netéria, de altitude e devida s formagdes subjacentes © em seguida traga-se o mapa gravimétrico desejado donde parte 0 tra- balho de interpretacio geoldgica. Em resumo, o gravimetro mede directa- mente variagdes de aceleragio da gravidade com uma precisfio superior a 0,1 mgl, per- mite o Ievantamento gravimétrico de gran- des Greas com minticia ¢ de wna maneira relativamente ripida e ¢ pouco afectado pelas irregularidades do terreno. Outubro de 1946. ()) Noutro local, trataremos com mais pormenor da preciso dos valores obtidos, onde todo o assunto deste artigo sera exposto mais clara © concretamente. TECNICA ay | Linha de carga de poliddios, com ligagado por resisténcia, em ampli icadores A por ARMANDO PEREIRA DOS REIS MIRANDA Justificagdo: Uma das questées do se- gundo exame pritico de Telecomunicagbes gnscitou-me o problema enunciado, de modo {que me propus conoretizar as minhas pri- meiras impressdes sobre o asstinto. Posteriormente verifiquei que 0 resultado prineipal ja & conhecido(')- Pareceu-me, porém, que uma justificagko cireunstanciada desta construgho nfo dei- Sarin de ter interesse e por isto resolvi publicar o presente artigo. ‘Os racioeinios sero apresentados, pela sequéneia por que s@ foram desenrolando para dar ao trabalho maior eoeréncia. Seguindo uma orientagio jé adoptada, partirei das equagdes de prinefpio para frifieos, por aplicagio numérica, © pro- curarei extrair destes as conclusdes. ‘As notagdes usadas so, dum modo geral, ‘as americanas (R. C. A.), usuais entre nbs, nko me dispensando, porém, de indicar os significados dos simbolos usados. Introdugéo Para o caso, normalmente sem valor pré- tico, de uma montagem do tipo da fig. 1, @ @ Vejase: Terman — Radio Engineer, Handbeck (99!8), pas BT, inhos 2, 3,468, o i. 1B da pas. 378 @) Hee a prineples of Ratio Piginering, (1990), pig. 187 eg, 02. seams Raat tlectriciti General. ‘Tome I (1985) pig. 110, §6 ‘Brainerd — High Prequoney Terhaiques (1912), (§ 8-4), paz 12, fe. 8-87. “Tat = Radio Engineering (1937), pigs 17T € fig. 163 ¥en Principles of Electron Tubes (1941), ps. 9 fg. ld), o pig, 11 — Quadro (1) § G8) shler — Reich —Wooiralt — Ultra — fg. 8T 0 sogguintes 1) RL tom, nolivroosgnifendo de Ry neste trabalho, TECNICA 22 linha de carga pendente do poliddio, e « sua inclinagto & dada por: (Oo Curso de Engen ia Eactrlinis) i . D, 624 396.68 uma recta (fig. 2) inde- Fig.2 em que: 1, < tenstio (continua) da fonte de alimen- tagio. 8 tensio aos terminais do poliddio. i 6 2A 6.468 de- 06 ay nen- R, fy =tensto varidvel desenvolvida na resisténcia de carga. esisténcia de carga (resisténcia do cirenito de placa). i,=I,+i,—corrente que passa no po- liddio, orrente continua que passa no po- liddio, na auséncia de sinal aplicado. jorrente varidvel, devida ao sinal aplicado, que se sobrepde a I. I, Desprezam-se a queda de tensiio na resis- téncia eatédica e as fngas de corrente varii- vel por capacidades inter-clectrédieas em paralelo com Z,. A inclinagio da recta de carga & dedu- zida imediatamente da equagio =P — Ruins. que se pode eserever eo =Eu—Ri h— Rt ip ou ainda ey = BeBe ip em que E, = tensto (continua) aos terminais do poliédio, na auséneia de sinal apli- cado. Interessa deixar desde j4 bem expressos os sinais das diversas grandezas: a) as correntes sio contadas positiva- mente no sentido normal de J,; d) ¢ & positive quando i, é negativo inversamente porque o ponto de potencial continuo + Z,, ¢ de potencial alterno nulo (impedineia da fonte de alimentagio ou reactincia do condensador de desconjuga- gio baixa). Problema principal Para o caso vulgar da montagem da fig. 3, utilizada na ligagio de amplificado- res, parte da corrente 4, vai passar pela resisténcia 2, colocada, para a compo- nente aliernada de #,, em paralelo com 2, enquanto que a componente de corrente continua passa, sempre, 86 por By. Pig. 8 Em vista disto torna-se évidente que as variagdes de tensito aos terminais do poli dio so menores, para a mesma corrente iy no poliédio,.o que equivale a dizer que a linha de carga vem mais inclinada, Procuremos 0 valor de uma resistencia R,, tal que, colocada no lugar de &, na montagem da fig. 1, produza, em cada ins- tante, o mesmo efeito das resisténcias R, € R, na montagem da fig. 3. ‘A impedineia, que a malha da direita (fig. 8) oferece 2 corvente variével ¢,, &: Ty Ry R+k, fazendo os desprezos atrés indicados © os das quedas de tensio nos condensadores de Dloqueio de desconjugacio 4 massa. Deste modo, a tensio varidvel utilinivel no andar seguinte, e, , dada por i) Bu @ ep = ip Ry em que i, = corrente variiivel na resistén- cia de grelha 2. Ora a tensiio aos terminais do poliddio &: ev Ew — Rite Rp ips © ou seja y= Ba RL et pig) 9 TECNICA 23 De (5) tira-se que By — = RL T+ Rp ip ou ainda Procuremos dar a esta expressio a forma Fee = Be Get ip=RL I O Vem entio para Rl, o valor qne satisfnz 2 R, \ Ried + ip) = Re (Is + B- z dy + ip) = BL (Io + egy) on seja Ry Fagamos os cdlculos de Re Pare varios L We . valores comuns dese para os diversos valores de “#-de modo a obter com rigor as Jinhas de carga para as virias condigies. (Ver quadro adeante). {© raciocinio usado é vélido ¢ a compara gko das expressies (6) © (7) 6 legitima por- que, atondendo aque a comparagio se faz em cada instante, temos: a) By, constante. 3) @, igual nos dois casos. 6) ¢, (= tensto de grelha) igual nos dois ‘casos. a) J, igual nos dois casos. «) i, igual nos dois casos.em face debe). 4) é, igual nos doiscasosem faceded) ee). Verifica-se desde ja, a partir de (9), que o valor de Ri, equivalente na Fig, 1 4 ma- Jha da montagem da Fig. 3 varia de ins- tante para instante. (© tragado das linhas de carga pode fazer-se & partir do quadro, como segue: ‘1? Tracar, a partir de Z,,, uma recta de 1 inelinagao tal que ty *=— TECNICA 24 9.0 Procurar, a partir da tensiio (conti nua) de negativagto da grelha, na auséneis de sinal aplicado, o ponto de frneionamento Q, (neste caso arbitrado). '3 Procurar, para o valor adoptado de & | as interseogdes das rectas, tragadas a tL partir de By, com inclinagdes tais que od eine com as Tinhas de ordenadas 7? correspon- dentes. has do carga K | wet, . + any Fig 40) ‘Ao comegar 0 tragado do grafico reparei que os diversos pontos se alinhavam obsti- © wom de Bu fiom ty de i wis para By = co E a pare rbsti- QUADRO DE VALORES 0,182 0,838 0,408, 0072 0,666 0,75 0,824 0,89 0,948 | on ot 0,777 0,84 0,887 0,934 0,97 | | 1,09 | | 1,106 | 1,120 | 1,182 | | i144 | 1,166 | 1,167 1,315 ss | 1,206 | 1,364 ross | 1,286 | 148 4 | } oo 4ar 1,863 | 5 | } 45 1,883 1,818 10 | | tot 14a | 1, 8BL 20 0.05 | 1,617 1466 | 1,873 © 0 2 1,666 15 | 44 TECNICA 25 | \ | | nadamente e acabei por verifioar que na realidade se tratava de linhas rectas per- feitas. ‘Tragadas as rectas para Be. igual a 1, L 1,5, 2 © 2.5, concluf que as podia tragar, desde logo, para qe igual a Qe aco. tL Em face disto, suspeitel ¢ verifiquei que as inclinagdes das vérias rectas eram tais que tga Havia um pequeno pormenor a esclare- cor: mesmo para uma corrente i, nula a tensdio aos terminais do poliddio era sempre inferior a Ey, desde que R, ‘Na verdade, para este caso, vem co! n= + ip =O donde h=—ip se (19) Notemos porém que a corrente em Ry é inet ip — ie we Substituindo (10) em (11) temos final- mente Isto é: Nos instantes om que i, é nulo passa na resistincia Ry, @ corrente precisa para 0 amo de Tt, © podemos considerar, de certo modo, que a fonte de tensio continua se descarrega através de R,. ‘std portanto justifieado porque, mesmo para corrente nulla no poliédio, a tensio nao atinge a tensio de alimentagio. © catdlogo de poliddios da R. C. A. esti, primeira visia, errado no que respeita a Tinhas de carga. ‘A solufio aparentemente adoptada pela R. C. A. é porém vilida para amplifieado- yes em classe Be C porque, para estes casos, o ponto de fancionamento, na ausén~ cia de sinal, tem as coordenadas (Fy, ). Comparagio das montagens ‘Vamos agora, para um exemplo, verificar as diferengas que apresentam as duas mon- TECNICA 26 tagons (Figs. 1 ¢ 3) ¢ ainda comparé-las com a solugio aparente da R. C. A. Como se vé, aos trés casos citados corres- pondem sucessivamente as Figs. 5, 6¢ 7. these oe bs Fig. 8 Na Fig. 5 tudo se apresenta bem claro: as partes tracejadas horizontalmente repre- by Fig. 6) () Nas Gg. 6 0 7 mostram-se as onfenadas correspon- dontes a ibgg, para Hy= eo para determinar a escala ‘las Aguas. eccrocnesnemaeei eae 5 rentam as variagdes de e,, portanto ¢,; as partes tracejadas verticalmente representam as variagées de i,, ¢ portanto i,. Para a Fig. 6 & necessivio’ dispensar maior atengio porque eu preferi separar i, nas suas parcelas i que passa por 2, ¢ 4, que passa por Nesta figura, das partes tracejadas, 56 aquela com tracejado horizontal mais aper- tado esti directamente referida a i, (saa est dividida pela reeta de carga em duas partes que esto entre si como R, para R,. A Fig. 7 é diffcil de anotar e nfo tem, tedricamente, qualquer significado on justi- ficagiio. Resta agora mostrar ¢ analisar como as trés construgées se apresentam sobre uma rede de caracteristieas, do triddio do duplo- -diddio-triédio 6.8 Q7, por exemplo (R. GC. A. Receiving Tube Manual (1940) Pag. 144), A Fig. 8 contém as trés_construgdes atrés indicadas para.as tenséies E,,, = 400 V e Fy, = 260 V, para R,=02 M2 e R,=0,4Mo (Re 7) e para E,=—2,5 BL ¢ B= —1,5 respectivamente. We [aa] 4a Fig. ‘Todas as outras estio referidas a ¢, (ou 6, Ver equagio (2!)), As faixas com tra- cejados argos Srepenon dio, na vertical, i, isto é a corrente varlivel que passa por 2,; na horizontal, — Ry i, isto 6, 0 complemento de o, para -- R, é,, ou seja ainda, a queda do tenstio adicional (algrbricamente), que se dd em R,, devida a resisténcia Note-se que, para a mesma resisténcia de carga R,, © para R,=2R,,a tensto de safda dada pelo poliédio vem reduzida de 33-°/,, para a mesma variagdo de i, ! Pode especificar-se ainda, embora seja evidente, que a tensio R, I,—=E,,—H, ig= Fig. 8 Desprezando a resisténcia R,, (constru- gio para a montagem da Fig, 1) obtém-se, além de uma maior amplifieagio uma me- Thor qualidade de amplifieagio (menos dis- torgo para negativagdes clevadas), e, além disso, a amplitude do sinal de entrada pode ser maior. Adoptando a terceira construgio tem-se a ilusfio de que as possibilidades do polid- dio sio muito superiores as reais, salvo no que respeita i dissipagio de energia que vem aumentada indevidamente. 0 catilogo de poliddios da R. C. A. esti correcto, embora, A primeira vista nio parega em face das figuras das pigs. 189 Td, conjugadas com os. dedos indicados para os poliddios correspondentes. Juntando porém a afirmagio da pig. 14 (linhas 1, 2¢ 8) com a nota (1) da pag. 203 (primeira no topo da pagina) verifica-se que TECNICA a7 os valores indicados como tensdo de plata silo: Byes Ey + ToRp jsto 6, a voltagem méxima instantinea, ¢ ndo a tensio da fonte de alimentagio Buss que se calcularé a partir da tensio H; de negativagio ¢ da resisténcia R,, uma ver conhecidas as caracteristions do poliddio. Compare-te este procedimento com 0 adoptado pelo Prof, Terman no local eitado ao prineipio do trabalho. Conclusdes fundamentais ‘A Tinha dé earga em poliddios, eom liga do por resisténcia, em amplificadores: 1.2 — E uma linka recta. 2° — Passa pelo ponto de funciona- mento do poliddio na ausincia de sinal aplicado. 3° — Tom wma inclinagao tal que Goo J Rp em que R, 6 a rosisténcia equivalente ao parafclo da resistencia de carga, Mz, com TECNICA 28 a resisténcia de fuga da grelha do poliddio do andar seguinte R,. ‘Destas trés conclusées fandamentais, que determinam a recta de carga, podemos con- cluir ainda que a reeta de carga: ‘4.0 —Dopende de Bi, @ By» 5°—Depende do ponto de funciona- mento, isto 6: de By,» da negativagao (con- Yinua} da grelha (E,), das caractertsticas do poliédio (e novamente de Ri). G0 "Nao depende do sinal aplicado (nem das suas consequéncias)- Como jé atrés ficou dito consideram-se os condensadores de bloqueio ¢ de descon- Fogagio i massa suficientemente grandes arn oferccerem reactincia despreuivel passngem das correntes variéveis.e as capa- Bidades inter-electrédicas suficientemente pequenas para que as fugas de corrente Premade -sejam igualmente desprenivels. ‘Julgo ter coneretizado o assunto que me propus resolver, eselarecendo um ponto vrevdo ou obsouro em varios tratades (’) (9 ba Kscasla del Téonico Bloctricista XIV (1948), pig 213, 1. Grovakoswski— Les Lampes 9 Plasieurs Bisatrodes et Leure Aplications (1927), pag: 177 8, RRR CIMENTOS DE BAIXO CALOR DE HIDRATACAO © p. 6015 No «Didrio do Governo», II série, de 10 de Outubro tiltimo, foi publicado 0 relatirio da comisséo de estudo nomeada, por portaria de 20 de Fevereiro do corrente ano, para estudar e fixar as caracteristicas a exigir na recepedo dos cimentos especiais de baixo calor de hidratarao. ‘Esse relatério é acompanhado do caderno de encargos que aguela comissao propie que seja desde ja adoptado, embora com cardcler provisirio. A entrada em franco desenvolvimento das obras de aproveitamento hidroeléctrico dos nossos rios confere a estes dois documentos, o relatério € 0 caderno de encargos, um interesse que justifica a sua transcrigdo nas paginas da «Téenicav. Sr. Ministro das Obras Pablicas ¢ Comu- nicagdes. — Exceléncia. — Por portaria de 20 de Fevereiro de 1946, publicada no Diério do Governo, 2.* série, de 28 do mesmo més, dignowse V. Ex." nomear esta comissiio para proceder ao estudo € fixagio das caracterfsticas a exigir na recepelio dos cimentos de baixo calor de hidrntagao. ‘A produgiio de tipos de eimento especial- mente adaptiveis & construgio de grandes barragens macigas tem em vista atenuar um dos inconvenientes do emprego do betio para constituir tais estruturas, o qual con- siste na tendéncia que as grandes massas desse material apresentam para fender, quando se vio contraindo & medida que perdem o calor desenvolvido pela hidrata- gio do cimento. ‘A grande rapidez de eolocagio do betio, tornada possfvel pelos modernos métodos construtivos, nio permite que o calor de hidratagio se v4 dissipando \ medida que é produzido, e por isso as grandes massas de betiio aquecem fortemente durante o ondu- recimento. ‘A maxima temperatura atingida depende, evidentemente, da temperatura de colocagio do betiio, verificando-se, na pritica, que esta pode ter uma infloéneia muito maior sobre f& ulterior queda de temperatura e conse- quente contracgio do que quaisquer altera- gdes que se possam efectuar nas caracteris- ticas do cimento relativas 4 produgio de calor (vide Special Cements for Mass Con- crete, Bureau of Reclamation, U. 8. A., 1936, p. 8). Para redusir a queda de temperatura e a consequente contracgio nas estruturas maci- ‘gas de betio tém-se recomendado os seguin- tes métodos: 1) Emprego de cimentos especiais cuja hidratagHo produza menos calor que a dos cimentos normais: 2) Arrefecimeto artificial, comegado logo a seguir & colocagio do betito, o qual niio 86 reduz a elevagio de temperatura, mas também permite injectar as juntas de contracgio dentro de um prazo mais curto 5 8) Colocagao de betiio durante o tempo frio e a temperaturas tais que 0 aqueci- mento do macigo se cleve pouco acima da temperatura média da localidade; 4) Arrefecimento prévio dos eompo- nentes do bet&o, para reduir a sua tem- peratura de colocaco; 5) Limitagio do andamento da beto~ nagem, de modo que o calor produzido pela hidratagio do cimento se possa esca- par para a atmosfera; 6) Redug&o do teor em cimento na parte interna do macigo de betio (vide Concrete Manual, Bureau of Reclamation, U.S. A, 1989, p. 39). TECNICA 29 Em diversas barragens construidas nos Estados Unidos da América tém sido empre~ gndas combinagies dalguns dos aludidos Inétodos, conjugando-se, umas vezes, 08 dois primeiros ¢ o quinto e, outras vezes, 0 tereeiro, quinto e sexto, Adoptou-se esta filtima combinagio na barragem de Bonne- ville, constraida no rio Colimbia. 0’ arrefecimento artificial do betfio por meio de cireulagio de agua fria através de um sistema de tubos nele embebidos 6 0 meio mais eficaz de reduzir 0 aquecimento do betio, para um dado andamento do tra- Dalho de betonagem, quando se empreguem cimentos de baixo calor de presa, pois que nestes cimentos a producto de calor se faz relativamente devagar. Os cimentos normais produzem o ealor de hidratagio com muito Inaior rapidez, tornando inaplicdvel o arre- fecimento artificial. Por outro lado, 0 emprego de cimentos especinis, s6 por si, 6 um meio pouco efieaz de evitar a formagio de fendas, pelo menos nas barragens de dimensdes muito grandes, como algumas das eonstrufdas na América. ‘A utilizagio destes cimentos exige, por con- seguinte, para tais barragens 0 arrefeei- mento attificial, enjo maior inconveniente é fo seu custo, embora no muito elevado. “HIé ainda outros factores que influem na contracgio do betio e consequentemente na formacio de fendas, tais como os méto- dos construtivos, as caracteristicas térmicas dos aglomerados, as propriedades eldsticas @ plisticas do betio, ete. (vide Revista da ‘Ordem dos Engenheiros, Maio de 1946, Cimentos de baixo calor de hidratagao, pelo engenheiro Joss Osério da Rocha e Melo). (O problema da formagio de fendas durante o arrefecimento de grandes massas de betiio assume especial acuidade quando se empre- gam métodos conducentes a wma grande Fapiden de exeongho, como sucede nos Esta- dos Unidos da América. Por isso é este 0 pais onde o assunto tem sido estudado mais Ineticulosa e profandamente e onde primeiro se reconheceu @ conveniéneia de modificar ‘a composigio do cimento portland, a fim de diminuir a temperatura méxima ating ida durante a sua hidratagio. TECNICA ‘30 ‘Admite-sehoje praticamente que o cimento portland é constituido por quatro compo- hentes principais, calouladas mediante as percentagens dos diversos éxidos que 0 oons- titnem, Esses componentes sito os seguintes Silicato triedleico, Si On, 3 OCa; Silicato biesleico, Si Ox 2 OCa; ‘Maminato tricileico, Aly Os, 8 OCas ‘Alumino-ferrato tetracileico, Al, 0s, Fe; Ox, 4 OCa Os silicatos triedleigo ¢ bicdleico sfo, por assim dizer, 08 elementos nobres do eimento, porque deles provém a maior parte da sua resisténcia mecfinica. Q primeiro ¢ 0 que mais contribui para a resisténcia inicial, O silicato bieéleico contribui poueo para a yesisténcia até aos vinte e oito dias, mas ¢ 0 que a faz progredir mais passado esse perfodo, O aluminato trieileico contribui para a resistencia em aprecidvel grau até fos vinte ¢ oito dias, mas o seu efeito dimi- ani ow torna-se negativo ao fim de um ow dois anos. O efeito do alumino-ferrato tetracdleico sobre a resisténcia ¢ pequeno. 0 silieato triciileico, quando em elevada percentage no conjunto dos dois silicatos, tem o inconveniente de aumentar o calor de hidratagio. ‘Todavia, 0 maior causador da elevagio de temperatura durante o endurecimento 60 aluminato triedleico, que é o menos desejavel dos veferidos componentes. Em geral, pode afirmar-se que um cimento que contenha ‘uma baixa percentagem de aluminato tricdl- cico desenvolveré maior resisténcin final, produziré menos calor, manifestaré menor tendéneia para a formagio de fendas e resis- tiré melhor & acgio dos sulfatos do que 0 que contiver maiores quantidades desse componente (vide aludido Concrete Manwal, p- 60). Nio 6 possivel, porém, reduzir o alumi- nato triedleieo além de certo limite, porque fas margas com que se fabrica o cimento contém sempre alumina, em maior ou menor quantidade, a qual tem a vantagem, para esse fabrico, de constituir um bom fundente. Mediante uma boa escolha das matérias- -primas pode redusir-se um pouco a percen- cereal to > as a tagem de aluminato tricdleico, mas 0 meio mais empregado para isto é'0 adigio de éxido de ferro, que faz aumentar a pereen- tagem de alumino-ferrato tetracdleico, con ponente que tem pequeno efeito sobre a. resisténcia, servindo apenas para equilibrar a composigho do cimento. No eaderno de encargos que a American Society for Testing Materials publicon em 1941, sob a designacio C 150, dltimamente revista em 1944, estabeleceram-se cinco tipos de cimento portland: ‘Tipo I —Para os usos correntes, quando se nfo exigirem as propriedades espe- ciais dos tipos seguintes ; Tipo —Para utilizar em obras de eto expostas ao ataque moderado de sulfatos ou quando se exija um moderado calor de hidratagio; ‘Tipo ITI —Para as aplicagdes que ne- ‘cessitem de grandes resisténcias ini ciais; Tipo IV—Para empregar quando se queira obter um baixo calor de hidratagio; ‘Tipo V— Para usar quando se procure conseguir uma grande resistencia aos sulfatos, © cimento portland designado por (ov heat (baixo calor) & 0 do tipo 1. 0 cimento portland designado por mode- rate heat (calor moderado), ou modified (modifieado), é 0 do tipo 1. No cimento do tipo lor heat a redugio do calor de hidratagio ¢ obtida diminuindo a percentagem do silicato triedleico, para a qual se estabeleceu o limite maximo de 35 por cento, e a do aluminato tricdleico, reduzida a0 méximo de 7 por cento. Daqui resultou a necessidade de aumentar a per- centagem do silicato biedleico, que nto poder ser inferior a 40 por cento, ¢ a do alumino-ferrato tetraciileico, o que teve como consequéncia um desenvolvimento muito mais lento da resisténcia, Para compensar em parte este inoonve- niente aumentou-se a finura de moagem do cimento. © desenvolvimento lento da resisténcin pode trazer algumas complicacdes para a execugio do betfo a baixas temperaturas com métodos de execucao répidos. Poriisso se criou o tipo modified, ou mode- rate heat, em que @ percentagem dos sili- catos 6 a correspondente ao cimento normal, elevando-se muito ligeivamente (de 7 para 8) a percentagem de aluminato triedleico esta~ belecida para o tipo low heat. Na construgio da barragem Boulder, no rio Colorado, empregou-se com bom éxito © cimento low heat, conjugado com o arre- fecimento artificial, embora durante os meses de inverno tivesse havido necessidade de misturar com o cimento portland normal, na proporgio de 3 do primeiro para 2 do segundo, a fim de evitar um endurecimento demasiado lento. Na construgiio da barragem Mortis, na Califérnia, também se empregou cimento Tow heat. Em ambas estas estruturas a for- magio de fendas foi muito limitada, Os resultados obtidos com o emprego do cimento modified nio tém sido, porém, muito animadores no que respeita A forma- gio de fendas. Além destes tipos de cimento tém-se empregado na construgio de grandes maci- gos de hetiio os cimentos pozolinicos, nomen- damente na construgio da barragem de Bonneville, a que jé se fex referencia, na barragem de Friant, no rio 8. Joaquim (Cali- fornia), ¢ ainda em alguns pilares ¢ macigos de ancoragem das grandes pontes da bain de 8, Francisco (Golden Gate e de S. Fran- cisco a Oakland) ‘Também tém sido empregadas pozolanas na construgio de barragens ne México ena India. Na Itélia, a barragem de Suviana, com cerca de 90 metros de altura, foi cons- trufda com cimento pozolinico. Na Snécia, investigagdes feitas sobre 0 fabrico de pozolanas artificiais levaram a adoptar como matéria-prima o caulino, obtendo-se assim a pozvlana Pansar, que contém cerca de 75 por cento de silica, 12 por cento de alumina e 1 por cento de TECNICA 31 | | éxido férrivo (vide Second Congress on Large Dams, volume 11, p. 181). Para o emprego de cimentos pozoliinioos nos Estados Unidos da América foram publi- cadas, em Setembro de 1938, normas fede- rais, gob a designagao $8-C-208, E preciso nao esquecer que, para atenuar a formagio de fendas na construgao de bar- ragens, nfo basta empregar aglomerantes especiais, entre os quais o mais aconselhado 6 ainda o cimento low heat: hé que executar cuidadosamente o betiio segundo as normas estabelecidas para a construgio de grandes macigos (vide 0 citado Concrete Manual, bem como 0 artigo de Clarence Rawhouser, publicado em Fevereiro de 1945, no Journal of the American Concrete Institute, sob 0 titulo Craking and temperature control of mass conerete). Vé-se que 08 Estados Unidos da América, baseando-se na sua larga experiéncia de exeeugio de betio macigo, obtida na cons- trugfio de numerosas barragens de grandes dimensdes, j estabeleceram normas oficinis para a recepgho dos eimentos destinados a esse género de obras, tanto no que se refere aos cimentos ’do tipo low heat ¢ moderate heat, como em relag&o aos cimentos pozo- lanicos. Esta comissio, logo que tomou posse, procuron promover a aquisigio naquele pals de uma amostra de cimento do tipo low eat, para determinar, no Laboratério de Ensaio ¢ Estudo de Materiais, o sen calor de hidratagio, empregando precisamente 0 mesmo método de ensaio que estava a apli- ear aos cimentos de fabrico nacional, a fim de tornar os resultados compariveis. Tnfelizmente, porém, 0 cimento que foi adquiido na América nio era do tipo lor haat, pois desenvolven, aos sete dias, 98 calo- vias por grama, ou seja mais 25 calorias por grama que um dos cimentos nacionais do tipo portland normal. ‘A comissio fez. realizar também, no alu- dido Laboratério, ensaios de cimentos de fabrico nacional dos tipos low heat e pozo- linieo, pelos quais verificou que esse cimento do tipo low heat satiefez as especificagdes quimicas americanas e que o cimento do tipo pozolinico produziu demasiado calor de TECHICA 32 hidratagio. Por este motivo, o fabricante vai proceder a nova experiéncia, ¢ tudo leva fa erer que se obtenha resultado satisfatério. Como é sabido, a determinagio do calor de hidratagdo pode ser feita pelo método indirecto (medindo o calor de dissolugio) ‘ou por métodos direetos (com o emprego de garrafas thermos ou de calorimetros adia- bitticos). metodo indirecto, que di valores mais elovados do que os métodos directos, & 0 empregado nos Estados Unidos da Amé- rica. Parece a esta comissfio que convém adop- té-lo no nosso Pats, nfo s6 por ser de exe- cugio mais ripida, mas também por facilitar fa comparagio das caracteristicas calorimé- trieas dos cimentos nacionais com as dos cimentos americanos utilizados na constru- glo de barragens, cujos resultados so conhe- cidos. Pelas consideragdes expostas ¢ também devido & cireunstineia de terminar breve- mente 0 prazo de seis meses fixado na por- taria que @ nomeou, esta comissio submete A aprovagio de V. Ex." os adjuntos endernos de encargos para o fornecimento e recepgio de cimentos especiais, atribuindo-lhes wn cardeter provisério, como se tem feito nou- tros paises. ‘Assim, propde que se fixem por enquanto as caraoteristicas de dois tipos de cimentos especiais: cimento portland de baixo calor de hidratagio (tipo /owr hat) ¢ cimento por- tland pozolinico. Os cimentos pozolinicos oferecem possi- bilidades de um custo menos elevado, sio mais resistentes aos sulfatos e ds diguas alea- linas contribuem para impermeabilizar 0 betiio. Todavia, como as propriedades das diversas pozolanas variam com a sua natu- rea e modo de fabrico, torna-se indispen- sivel que o emprego de uma determinada pozolana seja precedido de prolongados ensaios ou de experiéncias concludentes. Lisboa, 24 de Agosto de 1946.— AComis- silo: Afonso Zuzarte de Mendenca— Ant6- nio Maria Fernandes — Pedro Mowra Bras Arsénio Nunes— Amével Jardim Granger — Antonio de Carvalho Xerez. »p- tar ag los rue hee ém ver or ete 08 glo um ou- nis- ni6- Inds ager Caderno de encargos provisério para o for- necimento e recepgao de cimentos especiais CAPITULO I Cimento portland de baixo calor de hidratagao Espectteagdes Artigo 1° Definigdo. —Considera-se ci- mento portland de baixo calor de hidrata- ko 0 produto capaz de satisfazer a todas 3 prescrigdes do presente caderno de encar- 8. eeliet 2° Limites quimicos.—Nto devern ser excedidos os seguintes limites: Perda ao fogo.......... méximo 2,3 Oxido de magnésio (O.Mg). maximo 5,0 Anidrido sulfiirico (8O,).. maximo 2,0 insolivel. ...... méximo 0,75 Oxido férrico (O; Fe,).... miximo 6,5 Silicato tricdleico (Si Os, 3B OCu)....cesseeseee maximo 85 Aluminato triedleico (Al, 05, 3 0Ca) sees maximo 7 Silicato bieileico (Si On, 2 OCa)...-.s0..se0+ minimo 40 § 1." A expressiio dos teores limites sob a forma dos componentes hipotéticos (silicatos € aluminate) nfo significa necessiriamente que os éxidos estejam efectiva ou inteira- mente presentes sob a forma de tais compo- nentes. $2." As percentagens de silieato tricdl- cieo, silicato bicdlcico ¢ aluminato trieél- cico serio calouladas a partir da anélise quimica, da seguinte forma: Silicato tricdleico: (4,07 >< percentagem de 00a) — (7,60 >< >< ‘< > de num is aos ja foi neira teérica, qual o comprimento de onda na regio ultra-violeta de espectro, que mais eficientemente actuaria nas matérias fluores- centes existentes, que podem ser obtides hoje com certa facilidade. Redtagio Sone “sine? Neqir de merce Vibe. 4 Radiagie Sata, ula violel, flsoreseonte invisivel) 2°—De uma meneira inversa quais as substéncias fluorescentes que mais lacilmente seriam activadas por estas radiacdes, 3e—A coordenacéo de ambos, ofim de que fosse obtida uma lampada que pudesse ter aplicacao nos circuitos de luz ja existentes. Estes esforcos foram coroados de éxito e estas lampadas foram pela primeira vez enun- ciadas ao publico em 1938 e até 1939 so bavia lampadas de 15, 20, 30 watts. Porém o seu éxito assegurado principalmente nos Es- tados Unidos levou @ fabricacdéo dos mais variados tipos. ‘A lampada quando apagada é um vulgar tubo de vidro com um electrodo em cada extremidade tendo as paredes internas reves: tidas por uma camede de meterial fluores: cente, No seu interior esta uma gota de mer- curio e uma pequena quentidade de Argon, servindo este para suxilier a passagem de electrées, no momento inicial em que a lampeda se acende e o merciirio se encontra no estado liquido. Poucos segundos depois da lampada acesa o merctrio se evapora tor nando-se ionisado concentrando o maximo da sue energia nas irradiacées invisiveis ultra violetas e nas proximidades de um determi. nado ponto, ponto este conhecido na escala de bidroayada <4 IMPERMEABILIZACAG DE OBRAS REBOCOS, FUNDAGOES, PAREDES, ETC, Substitue wom vantagem de or- dem téenicn e econémiea todos ox impermesbilizadores conhecidos, Em sacos de papel de 50 quilos Pecam instrugdes para o seu emprago Sede: Rua do Cols de Senterém,'64, 1.°— LISBOA Fillal: Rue de Sento Antenio, 190-4, 1°-porto Agentes em todo o Pais IL CENTRAL HIDRO ELECTRICA DE VeRBOIS [Aspocto dos trésailernadores SECHERON de BiE00 KVA apés senbamento dos trabalhes de mantegem CASA CAPUCHO ~ Secc3o Electrotecnica ~ Gobineie nico pera elaboracso de projects todos 28 obras de engenharie elec- nslormeeéo,.linhas Coractoristicas © para todos os fins @ Gem elécirice de medida, comando e protecs pere alia ¢ beixa tensso @ Grupos feos @ Tracg5o elécirics @ Electr Insislegdes [rigorificas © de equécimento elécirico @ Fornos © estulas @ Postos de soldadura & electrodes @ Ascensores @ fics, cabos, tubos @ acessorios @ Aparethagem eléctrics para usos Gomésticos @ Ferramentes eléciricas go. bobinegem de motores e geredor Representante de: Sécheron, Higgs Motors e Therma ‘SEDE: 124, 8 DE S. PAULO, 129, LISBOA / FIIAL: 139, ® MOUSINHO DA SILVEIRA, 143, PORTO ———————————————— HILL DO MUNDO TECNICO Interpretagao da estrufura cristalina da cementite por N, J. Peteh, B, Se,,B. Met, Ph. D. ©. D. 6594 1 ~A estrutura motélica da cementite. ‘A cementite, carbureto de ferro de elevada dureza, € um constituimte fundamental dos agos e dos ferros fundidos brancos. A sua graftzagio eanstitue 0 assunto de maior importaneia da metalurgia dos ferros fundi- dos cinzentos. Historicamente, a constincia aparente ds composigao CFeg levou a considerar-se a cementite como uum composto quimico. O conhecimento das estraturas atgmieas, que se acumulou desde o trabalho fundamental do falecido Sir William Brogg e do seu filho Sir Lawrence Brags, mostrou ser necesséria uma revisio das ideas para com slgumas substincias que, como CisZn se tinha sté entfo considerado serem ‘composios. Acerca da cementite, com um compo: nente nfo-metélico, a opinio tem, contudo, permane ido inalterada. A ‘presente série de artigos tem por fim mostrar que também neste easo se torna neeessé ia uma revisio das ideias, e que o conhecimento da verdadeira natureza da cementite € all para a com preensio do seu comportamento metalitrgico. O traba- Iho deserito representa parte dum programa de inves- tigagfo realizado por conta do British Iron and Steel Industrial Research Council (Concelho Britinico de Investigagio Industrial do Ferro e Ago}. ‘A estrutura atgmica da cementite tem sido objecto dle vatias investigagbes, Surgiram difculdades na loce- lizagio dos atomos de earbono, por causa do seu fraco poder de difraccao para com os raios X. O pro- blema acabou, contudo, por ser resolvido por Lipson € 0 autor (!). Conseguiram-se obler as posicdes dos ftomos de carbono pelo ealeulo, a partir dos dados formecidos pelos rsios X, das densidades electronicas em dois planos ds malha elementar da. cementite. A estrutura esta representada na Fig. x. E complex sendo 0 unico elemento de simplicidade 0 ser, em trande parte, constituida por prismas que tem um tomo de ferro em cada verte e um atomo de car- bono no centro. Todavia, os pormenores das posicbes atémieas nfo sfo, provivelmente, to importantes como a compreensio que a estrutura dé quanto &natu- reza da cementite (}), Realiza-se melhor este facto con- sidcrando, primeiramente, a ligagio atdmica (Lipton and. Petoh Institate, London, 190, No I 12) Beech: Joueaat of ébe tron London 193, Ne Joarnst of the leon and Steet A caracteristica inieial da estratura da cementite que attai a atenglo € 0 facto dela se nio poder manter finieamente com ligagSes ferro-earbono. Cada dtomo de carbono esta rodeado por um prisma de stomos de ferro, ¢ a uniéo destes prismas requere a existén dduma ligagéo ferro-ferro. Qual é 2 natureza dessa ligagdo? A escolha reduz-se A eleetrovalencia, covaleneia e ligagio metilica. Nio existe uma linha de separagéo nitida entre estes trés tipos. Parece muito improvavel a electrovalencia entre tomes idénticas, Cada tomo de ferro tem onze ou doze stomos vizinhos de ferro. Néo se poderia formar Big A parte da estetara da cementite ttuada entre dote pianos de relesto. Os tomes pret sls or de carbone uuma ligagfe covalente para cada um deles. A explica- gio mais razodvel da ligagdo ferro-ferro parece ser que € a metélica. Conpreende-se entio o grande miimero de ‘tomos vizinhos. ‘Quando se considera a ligagdo ferro-carbono a electrovalencia também parece improvavel. F dificil imaginar quais os valores dos valéncias idnicas que os 4tomos poderiam ter. Alem disso, se a distincias ferro: ferro representam a separacto dos ies, nfo seriam de esperar os valores observados, que condizem muito aproximadamente com os encontrados para 0 ferro metilico. A covalencia enfrenta 2 dificuldade dos tomes de carbono terem seis étomos de ferro vizi- hos priticemente equidistantes situados nos vertices TECNICA 39 H dum prisma, a0 passo que 0 carbono tem uma cova- encia. igual @ quatro com uma distribuigio tetaédrica Parece, todavia, que, por vezes, as covaléncias podem ressoat entre um certo mimero de posigées, de modo 4h poder fermar-se uma ligegio com um atmero de ftemos maior do que € usual, Torna-se aparente que pode ser este 0 caso na cementite, Aquela ressonéncia venstitue wma transigio entre a covaléncia e a ligagao metélica, ‘0 coneelto de composi quimico da cementite sugere uma estrutura cuja existencia depende duma Tigagfo electrovalente ou covalente entre os étomos de ferro ¢ o de carbono, A estrutura real nfo se adapta @ testa Tepresentagfo. Embora a disposigzo dos stomos Seja complexa, hi essencialmente uma rede de dtomos Ge ferro tnidos por ligagGes metalicss, com atomos de carbone nos intervalos maiores, Os atomos de carbono fambem se tinem por uma ligagio que tem um certo graude natureza metilice, A estrutura global parece Ser muito mais dominada pela rede metélica do que pela ligagio ferro-earbono. A cementite representa provivelmente uma transigde entre um composto © fima estratara metéliea, mas, no conjunto, € de esperar {que tenba propriedades mais tipicas desta altima, "A antiga ideia da cementite separava-a da ferrite © ‘an austenite. A presente interpretagdo da estrutura Sugere uma semelhanga proxima, Tudo consiste em fedes de ferro com atomos de ferro nos intervalos "A auséncia na cementite dos limites impostos & composigio duma estrutura que contém sbmente lige (gees electrovalentes ou covalentes, combinada com @ JCinelhanga em relacto aestrutura da austenite, lembra {que a composicio pode nfo ser inteiramente constant Teste um assuinto a respeito do qual seria interessante ter provas experimentais. 1A constancia da composigao da cementite, Mostrou-se no primeiro capitulo desta série que = cementite tem mais uma estrutura metilica do que & Gum composto quitico. Isto sugeria a possibilidade da composigdo néo ser exactamente constante. No presente capitulo examina-se esta conclusso de mais perto. "A cementite € normalmente representada pela for- inula CFey, A continuagéo da pratica, impediu, todavia, realizar até que ponte ¢ isto justificado pelas proves experimentais, O exame destas provas mostra que, de facto, se tem obtido na andlise de cementite resultados variando extensamente. A dificuldade reside em conse: guir amostras livres de contaminagio por ferro livre € frafile. Quanto muito tudo o que se pode afirmar € que hid provas da composigho estar na regifo Fe: 1C, mas de modo algum se exelui a possibilidade dum desvio desta razto. ‘© autor tentou (') obter uma prova analitien da pos- sibilidade de variagio de composiggo na cementite (0) Peteh:— Journal af eheIeon and Stel 1944, RE tute, London, Verincou-se que @ dificuldade experimental de sepa ago de cementite pura era demasiadamente grande. Tentowse, em consequéncia, um metodo diferente, Os parimetros da malha da cementite constituem wm factor independente da presenca de grafite ou outras impurezas misturadas meednicamente, mas que deveria ariar quando varia a razio Fe: C. A medida dos para- metros da malha é, por isso, um metodo realizavel de seguir as varlagbes de composiséo. ‘Se a variagdo € possivel, a composicio das cemen tites em equilibrio com a solugfo solida de ferro num aco deve vatiar com a temperatura. Consequentemente, arrefecew-se brascamente uma smostra de aco, depots Ge a manter durante vérias horas a uma determinada temperatura; extraiu-se a cementite , para uma taxa de trabalho 20% mals elevada: 12 R. Ou ainda: ‘Admitir uma tensio limite R- nfo tomando em con sideragio sendo 0 esforco normal (sendo desprezados be momentos seeundérios), € admitir, de facto, ume fenato real de 12 R. A pritiea sancionou ests maneira de operar: as obras reais, trabalhando realmente, jnelsindo tudo, & tensio maxima de x2 R, comportam- wpe efectivamente de uma maneira satisfatoria. ‘Para fear, com cerieza, 20 abrigo desta conclusfo, apesar de bem fundada, os autores restringiram-se ¢ ike adoplar sendo um valor inferior @ 1,2 R como tensio maxima da sua bowstring, calculada pelo seu método exacto, tendo em conta os momentos flectores. estas condigdes, os estudos comparativos 20s quais se tentregeram (08 tiltimos com a colaboragio da Adminis tragdo de Pontes e Calgadas da Belgica) deram 03 se- ‘guintes resultados (eas0 da primeira patente relativa & viga R-M de diagonais descentradas sem tensdes iniciais): flueneia dos momentos secundérios por meio de ten- ‘sbes iniciais exercidas em certas barras. O ponto de partida da nossa idéia era o seguinte ‘a) Nama ponte parabdlica constituida segundo a pritiea corrente, a tensfo maxima real vale 12 R, nfo obstante a adop¢ao de uma taxa limite R. Esta taxa R nio €, com efeito, senfo convencional, pois para di mensionar as barras para esta taxa se deixam de ter QUADRO I Toon viz] Viga bowstring R-M de diagonals des- entradas, sem tenses iniciais caleuladas pelo método exacto © com taxa limite 0,15 em 2 | | ue r | | 17 | dos veios de eadeia seri —_| dos veios de eadein (¢ = 1,2 a1), seré 7 Be=Bi + 1dr | Br= Bi + Olde | r 2 5 98 2 | a=4tos | +08 T baat: | | (em geral para passos grandes 0 va- | or achado 6 muito grande e por isso usa-se s = 10 a 20 mm). | on ate em que ho so expovos on tim 0 Nota @) | nota roda | roda motora roda motora | Se o esforgo Fy é exercido sobre 2 correntes sora Fy = 1—T9) 2 28 do transportador do transportador (para pequenos transportadores p pode ser inferior) s | a capacidade a capacidade (para pequenos trans- | pportadores p pode sor inferiot) fitima | 1019 1018 Nota) | (9 0 mio r pode, ete. (¥) 0 taio r pode considerar-se a | média der; @ re. | Mas | Te= ni + ht cos » (fig. 43) | Como Ir ainda nio esti determinado | | arbitva-se (por exemplo ly = 0,15 m) @ verifiea-so se satisfaz, 5 a =(r£ + 0,1) metros (r% + 0,1) metros P | (neste caso « representa a distancia entre 0 topo de um alcatruz @ a base do seguinte p—7a 16 om (podendo ser inferior para transportadores pequenos) | det, X2eN Pag |2 — Linha Onde se 1¢ Deve ler-se iS) —_ 1019 | 2 “4 _ QE + 65 (~— 05)" _ 3090 v + Tip) +24 Lig cos +65 = aa 3000 v wat] 1 uv Virz 18} 1 6 | ug | 1 sty 1120 | 2 4 por metro linear. por metro linear, ow seja Pr. 1120 | 2 P PB 1120 | 2 83 P Py (peso do veio) dpi BPs 20 | 2 a =0,01D =0,01D, 1120/2 384 BT | 38451 sendo Pi=py + pre py calealado como s0 indiea na pé- ina seguinte. 1121 | 2 13 a rea Qa pe 122] 1 7 fi 1122] 1 1b Ppt pe 5. | bP 1122} 1 19 ferar 1 a1 2.100.000. Kgjem* o ° FhPrndly 2) 2 ” 1500 | , 1128 | 1 10 (1+ es u123| 4 uw (1+) 0,79 =D 1123 | 1 12 (tt ee 1128 | 1 B a+ >< (+8) 1123 | 2 un frodvel fridvel nes}. 2 aceionam acciona ui24| 2 18 8=cDLi Si=sDLy u24| 2 a1 Anilogo 20 Analogos aos Linha 1 | dtima 1129/1 altima Onde se le Anilogo ao plano () fg. 56 Deve ler-se Aniloga 4 plano (!) (fg. 56) (Bg. 58) D Do: ugof a) 2 2 33 . 1] Nota (1) 0,10 R 0,20 m/seg | 0,10 a 0,20 m/seg. 1 7 atendendo que | atendendo a que 2 % 2 “1 1 16 transformadores transportadores 1 2 carregadae carregada ¢ 2 23 | Beranber | Bérangor | TECNICA Revista de Engenharia dos Alunos do Instituto Superior Técnico VOL. XIll Nameros 150 a 167 Novembro de 1945 a Julho de 1946 REDACCAO E ADMINISTRACAO ASSOCIACAO DOS ESTUDANTES DO INSTITUTO SUPERIOR TECNICO Ay. Rovisco Pais, I. S. T. LISBOA TECNICA REVISTA DE ENGENHARIA DOS ALUNOS DO INSTITUTO SUPERIOR TECNICO indice alfabético dos artigos publicados nos n.* 150 a 167 Artigo Acontecimentos notaveis (Deis) « ‘Agua (Dois eriterios economieos ha ele: ‘vapdo da aga. gsc de Bi 95 clear Lib uns polavels (guia de ensaios normal Son Ge andlise quimics das) = «= Aguas potaveis (guia de ensaios normati- ‘vos de anélise-quitaiea das) Aguas potiveis (guia de ensaios normati- Vos de andlice quimica das)». + « Aguas potiveis (guia de ensaios normati- ‘vos de anilise quimiea das) ‘Agua (Sempre o problema da). . =. + Cileulo operacional de Heaviside apl- ado 2 tori geral dos cireitos ele: ee eee eect Cilewlo operacional de. Heaviside ‘pit ea ops fg tepee B trons llewlo operacionsi de Heaviside ‘pli ado. # ora eral dos citeuitos elee- Cento Variacional Lugares geométricos encraizados(Problemas sexes no) cafvio de S"Pedio’ da Covs laguna olay bre as camades de) = Castelo de Bote (Rapport sur Ies'eo tions geologiques. Sum grand: barr devretenue projete su tele Zezere, ) Cidade c 0s seus problemas (8) Cres “anjagiden dente sujios Sltensio de frequencia varigvel Colegas (De mos dadas aos futuros) « - Coloniss. Portuguesa realizada no Insti- tito Superior Tesnico (A exposigdo da construgso nas). « rer Comenitio tt Comentario + eee A Autor Eng. A. M. da Paixfo (1.S.T) -. « Eng. Ant6nio Manuel Vasconcelos Alvare Nobre da Veiga Garela (1-8. 1) Roman Casares Lopez, Ramiro Gue- ‘des de Campos, Carlos Candide Coutinho e ton Vilanta Funga Roman Casares J-opez, Ramiro Gue- ides de Campos, Carlos Candido Coutinho e Beon Villas Fungal Epon GOGdOD a 5 Roman Casares Lopes, Ramiro Gue- ‘des de Campos, Carlos Candido Couninho Leon Vitlanta Fungat- Roman Casares Lopez, Ramiro Gue- des de Campos, Carlos “Candido Coutinho e Leon Villanta Fungai- Eng. Anténio Trigo de Morais (8.7) Cc Eng. M. M. Fernandes Viana (U.P, Eng. M. M. Fernandes Viana (U. P.) Eng. M. M. Fernandes Viana (U. P.) Dr, Mira Fernandes (Prof. LS. :) Eng. Neftali da Costa Fonseca Prof, Maurice Gignoux Atmande P. dos Rels Miranda (Aluno i ipocond Eng Luls Felipe Ranite Cataio @3.0) Eng. “Jalio ‘Correia Guedes WIS. 7) Eng, Horfeio de Moura (U. P,) = Ne 161 161 163 164 166 167 153, 153 154 155 15t 164 Més Janeiro hg, Abril Maio Janko Julho Fevereiro Fevereiro Margo Abril Dezembro Abril Janeiro Janko Margo Dezembro Feverelo Ano Pas. 1946 66 1oi6 por mie &e 16 89 194696 1946 roar 1946 1089 1153 15 a4 1945 315 1915 968 1H 53, 1946 ott 1995 644 1915 Ht Poon 1948 277 1944 120 on 18 1945 269 Antigo Autor Conexdes finitas . « . «+ Dr, Mira Fernandes (Prof. I. S. T.) Correntes ltorais nos portos maritimes (Aacgio das). Eng, Schultze Cromite, plating, "silicatos niqueliferos ¢ silicstos cobalitferos em rochas do dis trite de Braganca (Portugal) Dr. J. M. Cotelo Neiva D Desenho téenico (A projecco axonomé- ‘fica no) Eng. Cassio Aires da Silva. «+ Desenko tecnico (A projeegte axonome ‘rien no) (Rectifeagzo) 930 Elasticidade (Aplicacio de variaveis com. plexas e hiper-complexes a0 estudo Blane de Hidrodinamica e de. + - . Eng. Manuel Pimentel Santos (1. P.) Eagenheiro (Para a defesa do tila de) Eng. Antdo de Almeida Garrett (U.P?) Engenheiros \Problemas da formagto e ‘da actividade dos) Eng. Ricardo Teixeira Duarte (1.8.T.) Engenheiros (Problemss ‘da formacio & tis actividade dos) + Engenciros ‘Problemas ‘da formasto ¢ ‘da actividade dos)... ss + = Engenheiro (Missfo social do). ¢ 22. 2 Engenheiro (Missio social do) Engogo da Leatia de Vi Eng, Ricardo Teixeira Duarte (1.S.T.) Eng, Ricardo Teixeira Duarte (8.7) ‘Sousa Lobo . 4 Sousa Lobo | Castro Cabrita (I. S. 7 Estacas para fundagdes + < ¢ Fernanda Vaseo Costa (IS. T) Estacas para fundagoes « «+ Fernando Vaseo Costa (I. 5. T.) Estacas para fondagoes ©. < Femindo Vaseo Costa (IS. T) Eslacas para fundagses ©. ¢ Fernando Vaseo Costa (I. ST) Estacas para fundagdes 0 << fernando Vaseo Costa (I. S. T:) Estacas para fundaroes Eng, Fernando Vasco Costa (I. S. T:) Este das Insoles Eléciticas em ‘Portugal. - Cisne sis Eng. Antinio Metello de Népotes Eaudante hoje, chefe amanha. .. . . «Eng Mercier Marques Exame de aptidzo (Pontos de): 1 2. 1 ee eee eer Ficheito se eee eee + Jose Maria Seguro (alum ST) 5 Fisica, Teoria e Tecnica | 1 Bog. P.de Brito Aranha (Prof. 1.8.1) Fungbes continuas sobre’ uina supeicle coniea steers ess ess + Dr. Mira Fernandes (Prof. do 1.8.1.) Geologiques générales des projects d'ame- ‘hagements hydro-eleetriques (Conditions) Prof. Maurice Gignoux « H Hidroeléctrico nacional (O problema) « Eee Indastrias (A direcglo técnica das) Eng. F. Barreto e Costa Investigagao.clentificae rmioderna de Universidade Eng, José de Lucena (IS. T,) « Ne 158 167 156 158 151 163 165 165 168 167 154 xe 159 6a 156 136 tbo 16 358 16a 60 Mas Jatho Janeiro Julho Maio Jatho pam Margo Abril Bai “Julho Marco Fevereiro ‘Marco ‘Abril Maio Jute Novembro Fevereiro ‘Malo Maio Dezembro Janeiro Julho Maio Fevereiro Dezembro Ano Pag. 1945 519 1945199 1946 £087 1945 399 1945 367 1945 489 1945137 1915785 1916853 1948 933 1948 995 1946 1077 1915295 1910 737 1916 87 1916 857 194808 1946 168 1946 1105 1945 STE 1918735 115455 1945 437 1945 Oat 1946 689 1945450 1915 9E 1946 766 1945, 625 | | | | | | | | | | | | Laboratorio portitli especialmente para Tigo de mineratogisia, adaptado Be te- hieas da micro analise «+» ; Laboratério.portatil especialmente. para ‘uso de mineralogistas, adaptado a tec~ enieas da micro anélise ws + = + = Lepierre (O Professor Charles)... + + Lepierre — Notas Bibliograficas (Charles) Linhas de influencia de certos efeitos em farcos encastrados (Uma simplificacio fo tragedo das) Mesas oscilantes de preparago de mine: ‘ios (A estratiicagdo das particulas nas) Mesas oscilantes (Tratamento de minerais en pero er ‘i Mesas oseilantes dé preparagao de min‘ los (O movimento das partieulas mine~ aia CCE rere Mundo Teenieo De)" 221 Le Mundo Teenie (Do) 1221S. Mundo Tecnico (Do) =. + 2! Lt Mundo Teenieo (Do) 22 2. Pre Mundo Teenieo (Dol 121s Ss Mundo Téenico (Do) 21. + Mundo Tecnico (Do) | 1. Mundo Tecnico (Do). 2). Mundo Técnico (Do) 2) s+ Obras Pablieas (Fisealizacio das) - Obras Publicas (Fisealizagao das) Obras Publicas (Fisealizagto das) + « Obra Urgentissim: Antigo Panasqueira (Algumas nota sobre o eampo ‘ioneano da) Cre Pedreira dos Penedos ou Galegos (Benfica) (Estudo da). ne Platina no distrito de Braganea (Possibil: ‘dade de ocorrenciay «sss + =» Porto de Luanda yO). 121 Portes Portugueses continentsis e insula- res (O melhoramento dos). . = + « Portes (O Problema da implantagéo das ‘obras de abrigo dos)... a Portos (O problema da implaniagfo das ‘obras de abrigo dos! ese Portos (O problema da implaniagao das ‘obras de abrigo dos) Pre Portos (O problema da implantagao das ‘obras de abriga dos) «= = Pértico simples (Uma aplicagio dum tipo ‘especial de) = 7 ‘ Eng’ Isabel Maria Melegas Gago is me T) Eng?_Isabel Maria Melecas Gago (fen Pee ee Eng’ Hereuiana de Carvalho EST) Eng, Hereulano de Carvalho’ Prof iaSS Er or Eng. Vieira Barbosa (U. P.)- M Eng. Alberto Cerveira (U.P). + + + Eng, Alberto Cerveira (U.P). + « Eng. Alberto Cerveira (U.P)... + Eng. Hordeio de Moura (U-P) + + Eng, Horaelo de Moura (U.P.) 2 <> Eng Horéeio de Moura (U.P) ¢ Fausto Goncalves Fenrigues + P Autor Eng. Alexandre Avelar Barbosa ( Se eee Décio Tadeu ve ee ees oe Dr. J. M.Cotelo Neva = +. Eng. A. de M. Cid Peresteto (LS. Eng, Duarte Abecasis (S.7.) - «+ Eng. Carlos Keus Abecasis (I. S. Eng. Carlos Krus Abecasis (lS. Eng Carlos Krus Abecasis (LS. Eng. Carlos Krus Abecasis (I. S Eng. Edgar Cardoso. + + + 163 364 16r 161 ce 158 x60 x61 x60 159 Margo Abril Janeiro Janeiro Dezembro Novembro Jalna Notembre Desembre ebverire Novembre Beembre ancl Novembro Dezembro Janeiro Navembro Mes Novembro Julho Dezembro Margo Abril Julbo Dezembro Janciro Fevereiro Novembro 1946 789 1916 oat 1948 675, 196 68 roy 82 1315, sto 196754 1946 1083 ron 38 1 137 rig 6rd 113 3: ois Ort 191g 66s 158 TO 1918 Bt 1946754 194420 194496 1913175, Bae Ano Pég. ru 1915556 1915 533, 1139 1955 329 1945, 5st 1945 647 1916 706 1946737 1945595 as igo Preparnefo mecinie de minesos (eis Sade) = Peobabilldade (Um conecito de) << Probabilidade (Um conceit de) - Probabilidage (Um conceito de) <<< + Pratabiidde (Or conecto de} << eputsto por cto = Prospecgto electrics do” sutrsolo ‘pelo indie da revtividade aparente «= Rédio-Sondas Reservatories eirculares de betio ar- mado (Os)s svt nt ens ‘Téeniea, a Economia © 0 Progresso (A) Teoria de_semelhanga ea sua aplicagzo ‘aos ensaios com modelos reduzidos = « LISBOA SONDAGENS GEOLOGICAS CUCU SI BULSLILISTY Coed I CGlsa at.) FUNDAGOES DE TODOS 0 TIPOS OVse aa) BARRAGENS £ PORTOS ce aaa ee eer) SOCIEDADE Andonima BROWN, BOVERI & CIE. BADEN (SUISSA) Representante geral pare Portugal ¢ Colénias: EDOUARD DALPHIN Escritério Técnico: Praga de D. Jodo I, 25, 3.° PORTO || Tel. 2411 Maquinas eléctricas, transformadores, mutadores, aparelhos para alta e baixa tensdo. Montagem completa de centrais termo e hidro- -eléctricas. Electrificacao de fabricas e de caminho de ferro. Locomotivas, e auto-motoras eléctricas e Diesel-eléctricas. Maqui- nas de extraccio. Turbinas a vapor. Geradores de vapor Velox. Maquinas frigorificas. Grupos e transformadores para a soldadura pelo arco. Fornos eléctricos. 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