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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

POLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA


ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSSTRIAL E METALÚRGICA DE VOLTA
REDONDA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS

Apostila
Auxiliar de
Equações
Diferenciais
Ordinárias

ISAMARA LANDIM NUNES ARAUJO


2016
Sumário
1. Equações Diferenciais de Primeira Ordem ........................................................................... 3
1.1. Equações Lineares ............................................................................................................. 3
1.2. Equações Separáveis ......................................................................................................... 4
1.3. Equação de Bernoulli ........................................................................................................ 5
1.4. Equação de Ricatti............................................................................................................. 6
1.5. Equação Homogênea ......................................................................................................... 9
1.6. Equação Exata ................................................................................................................. 10
1.7. Equação não exata ........................................................................................................... 12
2. Equações de Segunda Ordem com Coeficientes Constantes............................................... 14
2.1. EDO Homogênea ............................................................................................................ 14
2.2. EDO não homogênea ...................................................................................................... 16
2.2.1. Método dos coeficientes indeterminados .................................................................... 16
2.2.2. Redução de Ordem ...................................................................................................... 20
2.2.3. Método de Variação de Parâmetros............................................................................. 21
3. Frações Parciais ................................................................................................................... 23
4. A Transformada de Laplace ................................................................................................ 25
4.1. Solução de Problemas de Valores Iniciais ...................................................................... 27
4.2. Laplace e Laplace Inversa de uma Função Degrau ......................................................... 29
4.3. Equações Diferenciais sob a Ação de Funções Descontínuas ......................................... 30
4.4. Função Delta de Dirac ..................................................................................................... 31
4.5. Derivadas de Transformada ............................................................................................ 32
4.6. Convolução ..................................................................................................................... 33
4.7. Transformada de uma Função Periódica ......................................................................... 34
5. Sistemas de Equações Lineares de Primeira Ordem ........................................................... 35
5.1. Sistemas Lineares Homogêneos ...................................................................................... 35
5.1.1. Autovalores Distintos .................................................................................................. 35
5.1.2. Autovalores Complexos .............................................................................................. 36
5.1.3. Autovalores Repetidos ................................................................................................ 38
5.2. Sistemas Lineares Não Homogêneos .............................................................................. 41
6. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 44
1. Equações Diferenciais de Primeira Ordem

1.1. Equações Lineares


Em geral escrevemos a equação linear na seguinte forma-padrão, sendo que nesse caso
x é a variável independente e y é a variável dependente:

+ ( ) = ( )

Note que y e sua derivada são obrigatoriamente lineares, mas não necessariamente p(x)
e g(x) devem ser lineares, podendo as mesmas ser funções não lineares. Para resolver
EDO’s lineares é usado o método do fator integrante, descrito abaixo.
Método do Fator Integrante
+ ( ) = ( ) (1)

Multiplicando (1) por ( )


( ) + ( ) ( ) = ( ) ( )

Procuramos ( ), tal que:


(2)
( ) + ( ) ( ) = [ ( ) ]

Derivando o produto:
(3)
[ ( ) ( )] = + ( )

Substituindo (3) em (2):

( ) + ( ) ( ) = + ( )

= ( ) ( )

Pode-se escrever a equação acima na seguinte forma:

= ( )

Integrando em ambos os lados:

= ( )

ln | | = ( )

( )= ( ) (4)
De posse do fator integrante, pode-se substituí-lo na equação (5)
(5)
( )= ( )

Integrando ambos os lados:

[ ( ) ]= ( ) ( )

1
( )= ( ) ( )

Exemplo:
cos( ) − 2
=

Colocando a EDO na forma-padrão, tem-se:


2 cos ( )

+ =
²

=
= | |

= ²
cos ( )
( )= ²
²

( ) = cos ( )

( )= cos( )

² = ( )+
( )+
=
²

1.2. Equações Separáveis


A equação é dita separável se puder ser escrita na forma diferencial
( ) = ( ) (6)

Para resolver a EDO basta integrar ambos os lados da equação (6).


Exemplo:
=1+ + ²+ ²
=1+ + (1 + )
= (1 + )(1 + )

= (1 + )
1+ ²
Note que a EDO esta na forma diferencial da equação (6).

= (1 + )
1+ ²
²
( )= + +
2
²
( )− − =
2

1.3. Equação de Bernoulli


A EDO do tipo Bernoulli se parece muito com a linear, se diferenciando somente pelo
termo . Então, temos a seguinte forma padrão da Bernoulli
+ ( ) = ( ) (7)
Onde ≠ 0, ≠ 1.
Dividindo a equação (7) por
1 1
+ ( ) = ( )

(8)
+ ( ) = ( )
Fazendo
( )= (9)

Derivando a equação (9) em relação à x

= (1 − )

1 (10)
=
(1 − )

Substituindo (9) e (10) na equação (8), tem-se:


1
+ ( ) = ( )
(1 − )
Note que a EDO agora é linear, colocando-a então na sua forma padrão
+ (1 − ) ( ) = ( )(1 − ) (11)

Resolva a EDO acima pelo método do fator integrante já descrito.


Para se achar a solução da EDO y(x), basta substituir o resultado encontrado na EDO
acima na equação (9) e assim fazendo alguns cálculos é possível achar a solução da
EDO.
Exemplo:
1
+ =
²
1 1
+ =

1
( )= ( )=

= −2
Substituindo na equação (11):
3 3
+ =

Resolvendo pelo método do fator integrante:

=
= | |

= ³

( )=3

( )= 3 ²

= +
=1+
Pela equação (9) temos que:
=

= 1+

1.4. Equação de Ricatti


Seja a EDO na forma
(12)
= ( )+ ( ) + ( ) ²
Sabendo que
= + ( ) (13)

Onde é uma solução particular da EDO, ou seja:


(14)
= ( )+ ( ) + ( )

Deriva-se a equação (13) em relação à x


(15)
= +

Substitui-se (13) e (15) na equação (12)

+ = ( ) + ( )[ + ] + ( )[ + ]

+ = + + + ( +2 + )

+ = + + ²+ +2 + ²

Usando (14):

= +2 + ²

A equação acima pode ser escrita na forma:


(16)
−( +2 ) = ²

Note que a equação (16) é do tipo Bernoulli, podemos resolver então esta equação
usando o método já explicado.
Reescrevendo a equação (16), temos:
(17)
−( +2 ) =

Fazendo:
= (18)

=−

(19)
=−

Substituindo (18) e (19) na equação (17):

− −( +2 ) =

(20)
+( +2 ) =−
Note que a equação (20) é do tipo linear, resolva a EDO pelo método já descrito e
calcule o w. De posse da solução de w, substitua a mesma na equação (18) e assim
calcule o valor de u. Por fim, substitua essa solução na equação (13) e calcule
finalmente o valor de y, que é a solução da EDO.
Exemplo:
4 1
=− − +

2
=

Então, temos que:


4
( )=−
²
1
( )=−

( )=1
Substituindo na equação (20):
1 2∙2
+ − + ∙1 = −1

3
+ = −1

Resolvendo pelo método do fator integrante:

=
= | |

= ³

( )=− ³

( )= − ³

=− +
4

=− +
4
Pela equação (18) temos que:
1
=

1
=
−4 +
Pela equação (13):
2 1
= +
−4 +

1.5. Equação Homogênea


Seja a equação na forma:
= ( , ) (21)

A EDO = ( , ) é dita homogênea se ( , ) é homogênea de grau zero, ou seja,


quando temos ( , ) = ( , ).
Para resolver esse tipo de equação podemos fazer a seguinte substituição, lembrando
que o caso a seguir será do tipo ( ).
Fazendo:
= (22)

= + (23)

Substituindo (22) e (23) na equação (21), fazendo algumas operações transformaremos a


EDO em uma equação do tipo separável, onde:
= variável dependente
= variável independente
Resolva a EDO separável e depois substitua o valor de = , de acordo com a equação
(22).
Exemplo:
( ) − (2 + )=0
2 ²+ ²
=

2 ² ²+ ² ²
( , )=

²(2 + )
( , )=
²( )
2 ²+ ²
( , )=

( , )= ( , )
Logo, a EDO é homogênea de grau zero.
2 ²+ ²
=

=
= +
2 ²+ ² ²
+ =
²
²(2 + )
+ =
²
2+ ²
+ =

2+ ²
= −

2+ ²− ²
=

2
=

2
=

2
=

²
= 2 ln| | +
2

²
− 2 ln| | =
2 ²

1.6. Equação Exata


Seja a EDO na forma:
( , ) + ( , ) =0
Derivamos ( , ) em relação à y e teremos , e derivamos ( , ) em relação à x e
teremos .
A equação é dita exata se e somente se = .
Tem duas formas de se resolver a equação exata, as duas terão a mesma solução.
 Primeira forma:
(24)
( , )= ( , ) = ( , ) + ( )
Derivamos a equação (24) em relação à y e substitua abaixo:
= ( , ) (25)

Através da equação (25) calculamos o valor de ( ) e substituímos na equação abaixo:

( , )= ( , ) + ( )=

Onde,
= constante arbitrária
 Segunda forma:
(26)
( , )= ( , ) = ( , ) + ( )

Derivamos a equação (26) em relação à x e substitua abaixo:


= ( , ) (27)

Através da equação (27) calculamos o valor de ( ) e substituímos na equação abaixo:

( , )= ( , ) + ( )=

Onde,
= constante arbitrária
Exemplo:
(2 + )+ ( +2 ) =0
(2 + ) + ( +2 ) =0
(2 + ) +( +2 ) =0
( , )=2 ³+ ²
=2
( , )=( +2 )
=2
= , logo a EDO é exata.

( , )= (2 + )

² ²
( , )= + + ( )
2 2
= ² + ( )
² + ( )= ² +2 ³
( )=2 ³

( )= +
2
² ²
( , )= + + +
2 2 2
² ²
+ + =
2 2 2
+ ² ²+ =

1.7. Equação não exata


Seja a EDO na forma:
( , ) + ( , ) =0 (28)

Onde:

Às vezes podemos calcular um fator integrante, ( ) ou ( ), que quando se multiplica
a equação (28) por esse fator integrante transformamos a equação em exata.
Dedução do fator integrante
Supondo ( ), multiplicamos a equação (28) por ( ):

( ) + =0

Podemos usar o fato de que:

[ ( ) ( , )] = [ ( ) ( , )]

Calculando as derivadas parciais, lembrando que nesse caso depende só de x:


= +
Note que temos uma equação do tipo separável
= −

=

Resolvendo então a equação separável, teremos:

( )=
Nota: Para existir um ( ) o resultado de tem que depender só de x.

Supondo agora um ( )

[ ( ) ( , )] = [ ( ) ( , )]

′ + =

( )=

Nota: Para existir um ( ) o resultado de tem que depender só de y.

De posse do fator integrante, ( )ou ( ), como foi dito anteriormente podemos


transformar a EDO em exata. Transformando-a em exata é só resolve-la pelo método já
apresentado.
Exemplo:
(2 −3 ) + (7 − 3 ) =0
( , )=2 ²−3
=4 −9 ²
( , )= 7−3 ²
= −3 ²
− −3 −4 +9
=
2 ²−3
− 6 ²−4
=
2 ²−3
− −2(2 − 3 )
=
(2 − 3 )
− −2
=

( )=
( )= | |

( )=
( )=
(2 −3 ) + (7 − 3 ) =0
7
(2 − 3 ) + −3 =0

( , )= 2 −3
= −3
7
( , )= −3

= −3
Logo, a EDO agora é exata.

( , )= (2 − 3 )

( , )= −3 + ( )
= −3 + ( )
7
−3 + ( )= −3

7
( )=

7
( )=

7
( )=− +

7
( , )= −3 − +

7
−3 − =

2. Equações de Segunda Ordem com Coeficientes Constantes

2.1. EDO Homogênea


+ + =0 (29)

Onde , e são constantes reais.


Sabendo que a solução da equação é do tipo:
=
Temos então:
′=
′′ = ²
Substituindo então na equação (29):
² + + =0
( + + )=0
Logo, temos o polinômio característico a seguir:
+ + =0

− ± ²−4
=
2
Temos então três casos diferentes de acordo com os valores de r calculados.
I. Duas raízes reais distintas ≠ , ou seja, ² − 4 >0
= +
II. Duas raízes complexas conjugadas, ou seja, ² − 4 < 0.

= ±

= cos( )+ sen ( )

III. Raiz dupla = = , ou seja, ² − 4 =0


= +

Exemplos:
1. +6 −7 =0
+6 −7=0
−6 ± √36 + 28
=
2
=7
= −1
= +

2. +4 +4 ² =0
²+4 +4 ²=0
−4 ± 16 ² − 16 ²
=
2
, = −2
= +

3. +4 +5 =0
+4 +5=0
−4 ± √16 − 20
=
2
= −2 ±
= cos +
2.2. EDO não homogênea
+ + = ( )
Para se resolver uma equação de segunda ordem não homogênea é necessário seguir os
seguintes passos:
Passo 1: resolver a equação homogênea como já foi descrito, .
Passo 2: achar uma solução particular da equação não homogênea, .
Passo 3: calcular a solução geral da equação não homogênea, = + .
Passo 4: resolver o PVI, se necessário.
Para se realizar o passo 2 pode-se utilizar o método dos coeficientes indeterminados ou
variação de parâmetros, que serão descritos a seguir.

2.2.1. Método dos coeficientes indeterminados


O método dos coeficientes indeterminados requer uma hipótese inicial sobre a forma da
solução particular, essa hipótese será baseada na parte não homogênea ( ) . A
hipótese inicial será composta de coeficientes desconhecidos, para se calcular esses
coeficientes derivamos a hipótese inicial e substituímos na EDO e assim montamos um
sistema de equações para se calcular os coeficientes da solução particular.
Segue algumas hipóteses iniciais para se calcular a solução particular:
( )

( + + ⋯+ ) ( + )
( + + ⋯+ ) ( + + ⋯+ )∙ ( )
∙ ( ) +( + + ⋯+ )
∙ ( )
( + + ⋯+ ) ( + + ⋯+ )∙ ( )
∙ ( ) +( + + ⋯+ )
∙ ( )
+ + ⋯+ + + ⋯+
( + + ⋯+ )∙ ( + + ⋯+ )∙ ∙ ( )
∙ ( ) + ( + + ⋯+ )
∙ ∙ ( )
( + + ⋯+ )∙ ( + + ⋯+ )∙ ∙ ( )
∙ ( ) +( + + ⋯+ )
∙ ∙ ( )

Para se resumir, se o termo não homogêneo ( ) for uma função exponencial, suponha
que é proporcional a essa mesma função exponencial; se ( ) for igual a ( )
ou cos ( ), suponha que é uma combinação linear de ( ) e cos ( ); se ( )
for um polinômio, suponha que é um polinômio de mesmo grau. O mesmo princípio
se estende ao caso que ( ) é um produto de quaisquer dois ou três desses tipos de
funções.
Para se finalizar a hipótese inicial devemos verificar em que caso se encaixa:
I. Se α não é raiz do polinômio característico
=
II. Se α é raiz simples do polinômio característico
=
III. Se α é raiz dupla do polinômio característico
= ²

OBS: para casos de senos e cossenos o valor de é:


= ±
E para EDO’s de segunda ordem esse caso o α é raiz simples ou não é raiz.
Segue alguns exemplos para hipóteses iniciais:
( )
1. 1(qualquer constante)
2. 5 +7 +
3. 3 ²−2 ²+ +
4. ³− +1 ³+ ²+ +
5. (4 ) (4 ) + (4 )
6. cos (4 ) (4 ) + (4 )
7.
8. (9 − 2) + ) (
9. ² ( + + )
10. (4 ) (4 ) + (4 )
11. 5 ² (4 ) ( + + ) 4 +( + + ) 4
12. cos (4 ) ( + ) 4 +( + ) 4

Exemplos:
1. −2 + = +4
+2 +1=0
−2 ± √4 − 4
=
2
, =1
= +
−2 + =
∝= 1, raiz dupla do polinômio.
= ² ( + )
= + ²

=3 + +2 + ²
=6 +3 ² +3 ² + +2 +2 +2 + ²
= +6 ² +6 + ² +4 +2
+6 ² +6 + ² +4 +2
−2 3 + +2 + + + ²=
6 +2 =
6 =
1
=
6
2 =0
=0
³
=
6
−2 + =4
∝= 0, não é raiz do polinômio característico.
=
= =0
=4
=4
( )= + +
³
( )= + + +4
6
2. +3 =2 + (3 )
+3 =0
−3 ± √9
=
2
=0
= −3
= +

+3 =2
∝= 0, raiz simples do polinômio característico.
= ( + + + + )
= + + ³+ ²+
′=5 +4 +3 ²+2 +
= 20 + 12 +6 +2
20 + 12 +6 + 2 + 3(5 +4 +3 +2 + )=2
15 = 2
20 + 12 = 0
12 + 9 = 0
6 +6 =0
2 +3 =0
2
=
15
2
=−
9
8
=
27
8
=−
27
16
=
81
2 2 8 8 16
= − + ³− ²+
5 9 27 27 81
+3 = (3 )
∝= ±3 , não é raiz do polinômio característico.
= (3 ) + (3 )
′ = −3 (3 ) + 3 (3 )
= −9 (3 ) − 9 (3 )
−9 (3 ) − 9 (3 ) + 3[−3 (3 ) + 3 (3 )] = (3 )
−9 + 9 = 0
−9 − 9 = 1
1
= =−
18
1 1
=− (3 ) − (3 )
18 18
2 2 8 8 16 1
( )= + + − + ³− ²+ − (3 )
5 9 27 27 81 18
1
− (3 )
18
2.2.2. Redução de Ordem
( ) + + =0
O método de redução de ordem consiste construir uma segunda solução a partir de uma
solução conhecida. Suponha que ( ) seja uma solução particular da equação.

Para reduzir a ordem da equação, suponhamos uma solução da forma:

= ( ) ( )
Derive essa solução proposta e substitua na EDO de forma a encontrar uma EDO na seguinte
forma:

′+ ( ) ′=0
Se fizermos = ′ e = ′′, então a equação acima será uma equação linear de 1ª ordem.
Use o método do fator integrante e calcule o w. De posse do resultado de w calcule o u através
de:

E finalmente calcule a solução de y

= ( ) ( )
Exemplo:

1) −7 + 16 = 0
=

= ( )
= +4 ³
= ′′ +4 + 12 ² + 4 ³ ′

= ′′ +8 + 12 ²
Substituindo na EDO:

²( ′′ +8 + 12 )−7 ( +4 ) + 16 =0

′′ +8 + 12 −7 − 28 + 16 =0

′′ + ′ =0
+ =0
1
+ =0

=
=
1
+ =0

Resolvendo a EDO acima pelo método do fator integrante:


( )=

( )=
( )=

( )=0

( )= 0

= +
=

= +

2.2.3. Método de Variação de Parâmetros


+ + = ( ) (30)

O método de variação de parâmetros pode ser aplicado para resolver EDO’s de segunda
ordem com coeficientes constantes ou variáveis.
O método consiste em resolver a EDO homogênea associada a (30) ,ou não homogênea,
e a partir dela montamos uma solução particular, e assim montamos um sistema de
modo a achar as incógnitas da solução particular.
= ( )+ ( )
Colocamos funções no lugar das constantes:
= ( ) ( )+ ( ) ( )
Propomos supor que:
′ + ′ =0 (31)

A equação (31) será uma das equações do nosso sistema 2x2. Para se conseguir a
segunda equação é necessário substituir a solução particular e suas devidas derivadas na
equação (30), assim temos que:
′ ′+ ′ ′= ( ) (32)

De posse das equações (31) e (32) basta resolver o sistema e calcular e .


A solução geral da EDO será:
( )= +
Exemplo:
+9 =9 (3 )
+9=0
= ±3
= cos(3 ) + (3 )
= cos(3 ) + (3 )
Através da equação (30):
cos(3 ) + (3 ) = 0
′= ′ cos(3 ) − 3 (3 ) + ′ (3 ) + 3 cos (3 )
′ = −3 (3 ) + 3 cos (3 )
= −3 (3 ) − 9 cos(3 ) + 3 (3 ) − 9 (3 )
−3 (3 ) − 9 cos(3 ) + 3 (3 ) − 9 (3 )
+ 9[ cos(3 ) + (3 )] = 9 (3 )
cos(3 ) − (3 ) = 3 (3 )
Então temos que resolver o seguinte sistema:
cos(3 ) + (3 ) = 0
cos(3 ) − (3 ) = 3 (3 )
Isolando o ′ na primeira equação:
(3 )
=−
cos (3 )
Substituindo na segunda equação:
(3 )
cos(3 ) + (3 ) = 3 (3 )
cos (3 )
′ (3 ) + ′ (3 )
=3 (3 )
(3 )

=3 (3 )
cos (3 )
=3 (3 ) ∙ cos (3 )
Sabendo que:
1
sec =
Temos que:
= 3sec (3 )

= sec(3 )

= ln | sec(3 ) + (3 )|
3sec (3 ) ∙ (3 )
=−
cos (3 )
= −3 sec(3 ) ∙ (3 )

= − sec(3 ) ∙ (3 )

= − sec(3 )
= −sec (3 ) ∙ cos(3 ) + ln | sec(3 ) + (3 )| ∙ (3 )
( )= cos(3 ) + (3 ) − 1 + ln | sec(3 ) + (3 )| ∙ (3 )

3. Frações Parciais
Antes de ser abordada a matéria de transformada de Laplace será apresentado um breve
resumo sobre frações parciais, que será necessário para a resolução de algumas
transformadas de Laplace.
( )
Dada uma função ( ) = ( )

Temos dois casos diferentes:


 Caso I: Decomposição de fator linear
( ) ( )
=
( ) ( − )( − ) … ( − )

Onde podemos realizar a seguinte decomposição:


( )
= + +⋯+
( − )( − ) … ( − ) − − −

Para de calcular os coeficientes ( = 1,2, … , ), primeiramente calculamos o mmc do


lado direito da equação acima, teremos algo parecido com:
( )
+ + ⋯+ =
− − − ( − )( − )…( − )

Utilizamos a seguinte igualdade:


( ) ( )
=
( − )( − ) … ( − ) ( − )( − ) … ( − )
( )= ( )
Onde G(x) será composta pelos coeficientes , monte um sistema de n equações de
forma que se igualam os termos de mesmo grau de P(x) e G(x).
Para casos em que a decomposição não seja linear, a numerador deve ser uma função de
grau n-1 em relação ao denominador (função de grau n).
Exemplos:

1) ( )
1 1
=
( + 3 + 2) ( + 1)( + 2)
1
= + +
( + 1)( + 2) +1 +2
1 ( + 1)( + 2) + ( + 2) + ( + 1)
=
( + 1)( + 2) ( + 1)( + 2)
1 = ( + 3 + 2) + +2 + +
1= ²+3 +2 + +2 + +
( + + ) =0
(3 + 2 + ) = 0
2 =1
1
=
2
= −1
1
=
2
Assim:
1 1/2 1 1/2
= − +
( + 1)( + 2) +1 +2

2) ( )
1 +
= +
( + 1) ²+1
1 ( + 1) + ² +
=
( + 1) ( + 1)
1= + + +
( + ) =0
=0
=1
=1 ; = −1 ; =0

Assim:
1 1
= −
( + 1) ²+1

3) ( )

2 +
= +
( + 2 + 2) +2 +2
2 ( + 2 + 2) + ² +
=
( + 2 + 2) ( + 2 + 2)
2= +2 +2 + +
( + ) ²=0
(2 + ) = 0
2 =2
=1 ; = −1 ; = −2

Assim:
2 1 +2
= −
( + 2 + 2) ( + 1) + 1

 Caso II: Decomposição de fator linear ( − ) de multiplicidade k


Devemos a realizar a decomposição da seguinte forma:
( )
= + +⋯+ + ( )
( )( − ) ( − ) ( − ) ( − )
Para se calcular os coeficientes utilize o mesmo raciocino do caso I.
Exemplo:

1) ( )²
4
= + +
( − 1)² − 1 ( − 1)²
4 ( − 1)² + ( − 1) +
=
( − 1)² ( − 1)²
4= ( −2 + 1) + ² − +
4= ²−2 + + ²− +
( + ) =0
(−2 − + ) = 0
=4
=4 ; = −4 ; =4

Assim:
4 4 4 4
= − +
( − 1)² − 1 ( − 1)²

4. A Transformada de Laplace

Seja f uma função definida por ≥ 0, então a integral

ℒ{ ( )} = ( )
É chamada de transformada de Laplace de f, desde que a integral convirja.
Exemplo:
1) ℒ{ }

ℒ{ }=

ℒ{ }= ( )

= =
( )
= ( )
=
−( − 4)
( ) ( )
ℒ{ }= −
−( − 4) −( − 4)
( ) ( )
ℒ{ }= −
−( − 4) ( − 4)²
( ) ( ) ∞
ℒ{ } = −  −
( − 4) ( − 4)² 0

1
ℒ{ }=
( − 4)²

Segue a tabela de Transformadas de Laplace Elementares


( )=ℒ { ( )} ( ) = ℒ{ ( )}
1. 1 1

2. 1

3. , = inteiro positivo !

4. ( )
²+ ²
5. cos ( )
²+ ²
6. ℎ( )
²− ²
7. cosh ( )
²− ²
8. ( )
( − ) + ²
9. ( ) −
( − ) + ²
10. , = inteiro positivo !
( − )
11. ( )

12. ( ) ( − ) ( )
13. ( ) ( − )
14. ( − )
15. ( ) 1

16. ( − ) ( ) ( ) ( )
17. ( ) ( )− (0) − ⋯ − ( )
(0)
18. (− ) ( ) ( )
( )

4.1. Solução de Problemas de Valores Iniciais


Para se resolver PVI com transformada de Laplace é necessário primeiramente aplicar a
Laplace em todo a EDO, e usamos a seguinte formula para calcular a transformada de
Laplace das derivadas:
ℒ( )= ℒ( ) − (0) − (0) − (0) − ⋯ − (0)
Feito isso, desejamos encontrar a solução da variável dependente neste caso y, então
isolamos o y na equação e assim teremos uma Transformada de Laplace Inversa para
resolver.
Exemplo:
1. − −6 =0 (0) = 1 (0) = −1
ℒ( ) − ℒ( ) − 6ℒ( ) = ℒ(0)
ℒ( ) = ℒ( ) − (0) − (0)
ℒ( ) = ℒ( ) − + 1
ℒ( ) = ℒ( ) − (0)
ℒ( ) = ℒ( ) − 1
ℒ( ) − + 1 − ( ℒ( ) − 1) − 6ℒ( ) = 0
ℒ( ){ − − 6} = − 2
−2
ℒ( ) =
²− −6
−2
=ℒ
²− −6
−2
=ℒ
( + 2)( − 3)
Fazendo frações parciais:
−2
+ =
+2 − 3 ( + 2)( − 3)
( − 3) + ( + 2) −2
=
( + 2)( − 3) ( + 2)( − 3)
−3 + +2 = −2
+ =1
−3 + 2 = −2
4
=
5
1
=
5
4 1
=ℒ 5 +ℒ 5
+2 −3
4 1 1 1
= ℒ + ℒ
5 +2 5 −3
4 1
( )= +
5 5

2. −2 +2 = (0) = 0 (0) = 1
ℒ( ) − 2ℒ( ) + 2ℒ( ) = ℒ( )
ℒ( ) = ℒ( ) − (0) − (0)
ℒ( ) = ℒ( ) − 1
ℒ( ) = ℒ( ) − (0)
ℒ( ) = ℒ( )
1
ℒ( ) − 1 − 2 ℒ( ) + 2ℒ( ) =
+1
1
ℒ( )[ − 2 + 2) = +1
+1
1 1
ℒ( ) = +
( + 1)( − 2 + 2) ²−2 +2
1 1
=ℒ +ℒ
( + 1)( − 2 + 2) ²−2 +2
Fazendo frações parciais:
+ 1
+ =
+1 ²−2 +2 ²−2 +2
²−2 +2 + ²+ + + =1
+ =0
−2 + + = 0
2 + =1
1
=
5
1
=−
5
3
=
5
1 −1 3
+ 1
=ℒ 5 +ℒ 5 5 +ℒ
+1 ( − 1) + 1 ( − 1) + 1
1 1 1 −3 1
= ℒ − ℒ +ℒ
5 +1 5 ( − 1) + 1 ( − 1) + 1
1 1 −1−2
= − ℒ +
5 5 ( − 1) + 1
1 1 −1 1 −2
= − ℒ − ℒ +
5 5 ( − 1) + 1 5 ( − 1) + 1
1 1 2 1
= − + ℒ +
5 5 5 ( − 1) + 1
1 1 2
= − + +
5 5 5
1 1 7
( )= − +
5 5 5

4.2. Laplace e Laplace Inversa de uma Função Degrau


Para tratar de maneira efetiva funções com saltos, é útil definir uma função conhecida
como função degrau unitário, ou função Heaviside.
Esta função será denotada por e é definida por
0, <  
( )= ≥0
1, ≥

Exemplos de como montar a função:


0 0≤ <3
3≤ <5
1. ( ) = −2 
2 5≤ <7
1 ≥7
( ) = 0 + {[−2 − 0] } + {[2 − (−2))] + {[1 − 2] }
( ) = −2 + 4 −

1 0 ≤ < 2 
2. ( )= ( )
≥2
( )=1+( ( )
− 1)

Exemplos de Transformada de Laplace:


0 < 2 
1. ( )=
( − 2) ≥2
( ) = ( − 2)²
ℒ{ ( )} = ℒ{( − 2)² }
ℒ{ ( )} = ℒ( )
2
ℒ{ ( )} =
³

2. ( )=( − 3) − ( − 2)
ℒ{ ( )} = ℒ{( − 3) } − ℒ{( − 2) }
ℒ{ ( )} = ℒ{( − 2 − 1) } − ℒ{( − 2 − 1 + 1) }
ℒ{ ( )} = ℒ{( − 1)} − ℒ{( − 3 + 1) }
ℒ{ ( )} = {ℒ( ) − ℒ(1)} − ℒ{( + 1)}
1 1
ℒ{ ( )} = − − {ℒ( ) + ℒ(1)}
1 1 1 1
ℒ{ ( )} = − − +
²

Exemplo de Transformada de Laplace Inversa:


1. ( )=
²

ℒ { ( )} = ℒ
²+ −2
1
ℒ { ( )} = ℒ
²+ −2
Fazendo Frações Parciais:
1
+ =
−1 +2 ²+ −2
+2 + − =1
+ =0
2 − =1
1
=
3
1
=−
3
1 1
3 −3
ℒ { ( )} = ℒ + ℒ
−1 +2
1 1 1 1
ℒ { ( )} = ℒ − ℒ
3 −1 3 +2
1 1
ℒ { ( )} = − ( )
3 3

( )
2. ( )=
²
2( − 1)
ℒ { ( )} = ℒ
²−2 +2
−1
ℒ { ( )} = 2 ℒ
( − 1) + 1
ℒ { ( )} = 2 cos ( − 2)

4.3. Equações Diferenciais sob a Ação de Funções Descontínuas


Segue um exemplo de EDO sob a ação de funções descontínuas afim de ajudar a
resolver futuros exercícios.
Exemplo:
+ = ( )
( )=0 (0) = 1
1 0≤ <3  
( )=
0 ≥3
ℒ( ) + ℒ( ) = ℒ{ ( )}
( )=1−

ℒ( ) + ℒ( ) = ℒ(1) − ℒ( )
1
ℒ( ) − (0) − (0) + ℒ( ) = −
1
ℒ( ) − 1 + ℒ( ) = −

1
ℒ( )[ + 1] = − +1

1 1
ℒ( ) = − +
( + 1) ( + 1) ²+1
1 1
=ℒ −ℒ +ℒ
( + 1) ( + 1) ²+1
1 1
=ℒ − ℒ +
( + 1) ( + 1)

Fazendo frações parciais:


+ 1
+ =
²+1 ( + 1)
( + 1) + ( + ) =1

²+ + + =1
+ =0
=1
=0
= −1
1 − 1 −
=ℒ +ℒ − ℒ − ℒ +
²+1 ²+1

=1−ℒ − + ℒ +
²+1 ²+1
=1− − + cos ( − 3 ) +

4.4. Função Delta de Dirac


A função impulso unitário , que funciona como um impulso de tamanho 1 em t=0 mas
é zero para todos os outros valores de t diferentes de zero. Em outras palavras a
“função’’ é definida como tendo as propriedades
( ) = 0, ≠ 0;

( ) =1

A “função” definida pelas equações acima é um exemplo de algo conhecido como


funções generalizadas, e é chamada de função delta de Dirac. Como ( ) corresponde a
um impulso unitário em t=0, um impulso unitário em um ponto arbitrário = é dado
por ( − ). Das equações acima segue que:
( − ) = 0, ≠ ;
( − ) =1

Exemplo:

+2 +2 = ( − )
(0) = 1 (0) = 0

ℒ( ) + 2ℒ( ) + 2ℒ( ) = ℒ{ ( − )}

ℒ( ) − ( )− (0) + 2[ ℒ( ) − (0)] + 2ℒ( ) =

ℒ( ) − + 2 ℒ( ) − 2 + 2ℒ( ) =

ℒ( )[ + 2 + 2] = + +2
+2
ℒ( ) = +
²+2 +2 ²+2 +2
+2
=ℒ +ℒ
²+2 +2 ²+2 +2
1 +2
= ℒ +ℒ
( + 1) + 1 ( + 1) + 1
+1+1
= ( )
( − )+ℒ
( + 1) + 1
+1 1
= ( )
( − )+ℒ +ℒ
( + 1) + 1 ( + 1) + 1

= ( )
( − )+ +

4.5. Derivadas de Transformada


Para = 1,2,3, …,

ℒ{ ( )} = (−1) ( )

Em que ( ) = ℒ{ ( )}.

Exemplos:

1) ℒ{ ³ }
1
ℒ{ ³ } = (−1)
+2
−1
ℒ{ ³ }=−
² ( + 2)²
2
ℒ{ ³ }=−
( + 2)³
−6
ℒ{ ³ }=−
( + 2)
6  
ℒ{ ³ }= 
( + 2)
4.6. Convolução
Se as funções f e g forem contínuas por partes em [0, ∞), então a convolução de f e g,
denotada por ∗ , é dada pela integral

∗ = ( ) ( − )

∗ = ∗
Exemplo:
( )= e ( )=

= ( − )

( − )

= =
= ( − ) = cos ( − )

( − ) = cos( − ) − cos( − )

= =
= ( − ) =− ( − )

( − ) = cos( − ) − − ( − )+ ( − )

( − ) = cos( − ) +   ( − )− ( − )  

( − ) + ( − ) = cos( − ) +   ( − ) 

1
( − ) = [ cos( − ) +   ( − ) ]
2

1
( − ) = [ cos( − ) +   ( − ) ]  
2
0
1
= ( − − )
2
Teorema de Convolução
Sejam f(t) e g(t) contínuas por partes em [0, ∞) e de ordem exponencial; então,
ℒ{ ∗ } = ℒ{ ( )}ℒ{ ( )} = ( ) ( )
Exemplo:
ℒ{ }
ℒ{ } = ℒ{ }ℒ{ }
1 1
ℒ{ }= ∙
−1 ²+1
1
ℒ{ }=
( − 1)( + 1)
Forma Inversa do Teorema da Convolução
ℒ { ( ) ( )} = ∗
Exemplo:
1

( − 1)( + 4)
1
( )=
−1
1
( )=
+4
1
ℒ = ( )=
−1
1
ℒ = ( )=
+4

∗ = ( )

=  
5
0
1
= −
5 5

4.7. Transformada de uma Função Periódica


Seja f(t) contínua por partes em [0, ∞] e de ordem exponencial. Se f(t) for periódica de
período T, então
1
ℒ{ ( )} = ( )
1−
Exemplo:
, 0 ≤ < 1 
1) ( )=
0, 1≤ <2
=2
1
ℒ{ ( )} = + 0
1−
= =
1
= =−
1 1
ℒ{ ( )} = − +
1−
1 1
ℒ{ ( )} = − −  
1− ²
0
1 − 1
ℒ{ ( )} = − +
1− ² ²

5. Sistemas de Equações Lineares de Primeira Ordem

5.1. Sistemas Lineares Homogêneos


Seja o sistema homogêneo escrito na forma de matriz:
=
Para se resolver esse sistema de EDO’s de primeira ordem são utilizados autovalores e
autovetores. Calcula-se o autovalor a partir da seguinte fórmula:
| − |=0 (33)
Onde os valores r serão nossos autovalores.
Note que teremos três casos diferentes dependendo dos resultados dos autovalores.
I. Autovalores reais distintos
II. Autovalores reais complexos
III. Autovalores reais repetidos
A seguir será explicado como se calcular os autovetores para cada caso.
5.1.1. Autovalores Distintos
Depois de calculado os autovalores através da equação (33), teremos autovalores reais e
distintos. Para cada autovalor será necessário calcular um autovetor. O autovetor pode
ser calculado através da seguinte fórmula:

( − )∙ =0 (34)

Onde será nosso autovetor associado ao autovalor.


Assim, teremos que a solução do sistema será:

= ( )
+ ( )
+⋯+ ( )
+⋯
Exemplo:
3 −2
=
2 −2
Calculando os autovalores através da equação (33):
3− −2
=0
2 −2 −
(3 − )(−2 − ) + 4 = 0
²− −2 = 0
=2
= −1
Calculando o autovetor associado a cada autovalor através da equação (34):
Para = 2, temos:
3−2 −2 0
=
2 −2 − 2 0
1 −2 0
=
2 −4 0
Note que as linhas da matriz são linearmente dependentes, logo só temos uma equação
para resolver o sistema.
−2 =0
=2
Atribuindo um valor para , lembrando que o autovetor não pode ser nulo.
=1
=2
Para = −1, temos:
3+1 −2 0
=
2 −2 + 1 0
4 −2 0
=
2 −1 0
2 − =0
=2
=1
=2
Temos então que a solução geral do sistema é:
2 1
= +
1 2
5.1.2. Autovalores Complexos
Depois de calculado os autovalores através da equação (33), teremos:
= ±
Para calcular os autovetores associados aos autovalores, nesse caso, não é necessário
calcular como nos autovalores reais distintos em que calculamos um autovetor de cada
vez. Ou seja, podemos calcular os autovetores utilizando = + ou = − ,
não é necessário utilizar os dois autovalores.
Escolhido o autovalor que deseja-se utilizar é só calcular o autovetor normalmente,
através da equação (34).

De posse do autovalor e do autovetor , calcula-se então o .

= ( ± )

Pela identidade de Euler, temos que:


( ± )
= ( ± )

= ( ± )
Realiza-se as operações necessárias e separa-se o vetor z em dois, um z real e um z
imaginário, lembrando que ² = −1.
E temos a solução do sistema:
= + +⋯
Exemplo:
3 −2
=
4 −1
3− −2
=0
4 −1 −
(3 − )(−1 − ) + 8 = 0

−2 +5=0
=1±2
Para =1+2

2−2 −2 0
=
4 −2 − 2 0
Como as linhas são LD pode-se utilizar qualquer uma.

(2 − 2 ) −2 =0
(1 − ) − =0
(1 − ) =
=1
=1−
1
= ( )
1−
1
= ( 2 + 2 )
1−
2 + 2
=
2 + 2 − 2 + 2
2
=
2 + 2
2
=
2 − 2
2 2
= +
2 + 2 2 − 2

5.1.3. Autovalores Repetidos


Depois de calculado os autovalores através da equação (33), teremos:
= =
Existem dois casos para os autovalores repetidos. A seguir será descrito passo a passo de como
se resolver cada um.

 Caso I:

Se r é uma raiz de multiplicidade k e existem k autovetores associados a r que sejam LI.

De posse do autovalor calcula-se os k autovetores através da equação (34), de forma que eles
sejam LI. A solução do sistema será:

= ( )
+ ( )
+ ⋯+ ( )
+⋯
Exemplo:
0 1 1
= 1 0 1
1 1 0
− 1 1
1 − 1 =0
1 1 −
−3 −2=0
Chutando uma primeira raiz, temos que:

= −1
Utilizando Briot Ruffini:
Figura 1: Método Briot Ruffini

Fonte: www.mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/dispositivo-pratico-briotruffini.htm(2016).
Temos que:

− −2 = 0
=2
= −1
Calculando os autovetores associados ao autovalor = −1 de multiplicidade 2:

1 1 1 0
1 1 1 = 0
1 1 1 0
+ + =0
=− −
Atribuindo valores para e :

=0

=1

= −1
Calculando o segundo autovetor de forma que ele seja linearmente independente com o
primeiro:

=1

=0

= −1
Calculando o autovetor associado ao autovalor = 2

−2 1 1 0
1 −2 1 = 0
1 1 −2 0
Escalonando a matriz:

1 −2 1 0
−2 1 1 = 0
1 1 −2 0
+2

1 −2 1 0
0 −3 3 = 0
0 3 −3 0
Note que e são linearmente dependentes.
−2 + =0
− + =0
Temos então que:

=
=2 − =
= = =1
−1 −1 1
= 0 + 1 + 1
1 0 1
 Caso II:

Seja um autovalor de multiplicidade k, temos menos do que k autovetores linearmente


independentes associados a esse autovalor. De posse do autovalor calcula-se a solução do
sistema de acordo com os seguintes passos, a explicação será baseada quando r tem
multiplicidade 2 e uma matriz 2x2:

Passo 1: Calcula-se o vetor através da equação (34)

Passo 2: Calcula-se o vetor através da equação:

( − ) =

Passo 3: Escreve-se o vetor na seguinte forma:

= +

Onde , , e são constantes e = ou = .

Passo 4: Solução geral

= + + +⋯

Exemplo:
3 −4
=
1 −1
3− −4
=0
1 −1
−2 +1=0

, =1

Calculando o autovetor:

2 −4 0
=
1 −2 0
−2 =0
=2
=1
=2
Calculando o :
2 −4 2
=
1 −2 1
−2 =1
=2 +1
2 +1
=

1 2
= +
0 1
2 2 1
= + +
1 1 0

5.2. Sistemas Lineares Não Homogêneos

( )= + ( ) (35)

Para se resolver um sistema não homogêneo deve-se seguir os seguintes passos:


Passo 1: Resolver o sistema homogêneo associado a (35).
Passo 2: Monte a matriz fundamental
Ψ=( … )

Onde =
Passo 3: Calcula-se através da equação
Ψ( ) ∙ ( )= ( )
Passo 4: Calcula-se a solução particular
= Ψ( ) ∙ ( )
Passo 5: Solução geral
( )= +
Exemplo:
2 −1
= +
3 −2
Passo 1:
2− −1
=0
3 −2 −
(2 − )(−2 − ) + 3 = 0
−1=0
=1
= −1
Autovetores:
=1
1 −1 0
=
3 −3 0
=
= =1
= −1
3 −1 0
=
3 −1 0
3 =
=1
=3
1 1
= +
1 3
Passo 2:

Ψ=
3
Passo 3:

=
3 ′
− =0

=
0 2 ′ −
+ =
2 = −

=
2

=
2

=
2
1 1
= ( − )−
2 4

+ =

+ =
2
3
= −
2 2
3
= −
2 2
3
= + +
2 2 2

Passo 4:
3
+ +
= 2 2 2
3 1 1
( − )−
2 4
3
+ −
= 2 4
3 3
+2 −1−
2 4
Passo 5:
1 1 3 1 1 1 1 0
= + + − + −
1 3 2 1 4 3 2 1
6. Referências Bibliográficas

W. E. Boyce e R. C. DiPrima, Equações Diferenciais Elementares e Problemas de


Valores de Contorno, 9a Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

D. G. Zill e M. R. Cullen, Equações Diferenciais Vol. 1, 3a Edição. São Paulo: Pearson


Makron Books, 2001.

Ensino Superior: Método das Frações Parciais. Disponível


em:<www.pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/edo/fracparc.htm>. Acesso
em: 26 set. 2016

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