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Noções de Cálculo Vetorial As principais grandezas físicas e a sua classificação como escalar ou vetorial
são:
Prof. Alberto Ricardo Präss
Grandezas Escalares Grandezas Vetoriais
Linguagem e conceitos Grandeza Símbolo Unidade Grandeza Símb Unidade
olo
L
r
Comprimento m Posição x m
Linguagem é um ingrediente essencial do pensamento abstrato. É difícil pensar
Área A m2 Deslocamento ∆rxr m
clara e facilmente sobre conceitos sofisticados e abstratos, numa linguagem que Volume V m3 Velocidade v m/s
não tem palavras apropriadas a tais conceitos. Para exprimir novos conceitos Massa m kg Aceleração ar
r
m/s2
científicos novas palavras são inventadas e adicionadas às línguas. Pressão p Pa Força F N
Um vetor é uma quantidade que tem direção e sentido além de magnitude. Densidade d kg/m3 Momentum
r N.kg/s
Q
r
Tempo t s Impulso Ir N.s
Notação Vetorial Temperatura T K Campo Elétrico E V/m
r
Energia E J Campo Magnético B T
Uma vez que símbolos são os componentes da linguagem matemática, uma parte Potência P W
Corrente Elétrica i A
importante da arte da análise matemática é a técnica de usar uma boa notação. A
Potencial Elétrico V V
notação vetorial tem duas grandes propriedades: Resistência Elétrica R Ω
Resistividade Elétrica ρ Ω.m
1. A formulação de uma lei física em termos de vetores é independente da
escolha dos eixos de coordenadas. A notação vetorial oferece uma linguagem na
qual enunciados têm um conteúdo físico independente do sistema de Igualdade de vetores
coordenadas.
2. A notação vetorial é concisa. Muitas leis físicas têm formas simples e r r
Dois vetores A e B são definidos como sendo iguais se tiverem o mesmo
transparentes, que são pouco aparentes quando estas leis são escritas em termos
módulo, direção e sentido. Um vetor não tem, necessariamente, uma localização,
de um sistema particular de coordenadas.
apesar de que um vetor possa se referir a uma quantidade definida em um ponto.
Dois vetores podem ser comparados, mesmo que meçam quantidades físicas
Algumas das leis mais complicadas, que não podem ser expressas em
definidas, em diferentes pontos do espaço e de tempo.
forma vetorial, podem ser expressas em termos de tensores. Um tensor é uma
generalização de um vetor e inclui um vetor como um caso especial. A análise
Operações com Vetores
vetorial que conhecemos hoje é em grande parte o resultado do trabalho feito no
fim do século XIX por Josiah Willard Gibbs e Oliver Heaviside.
r Vamos estudar agora a maneira de operar com as grandezas físicas vetoriais (ou
A notação vetorial que adotamos é a seguinte: A. com vetores). Já estamos bastante familiarizados em somar ou subtrair
grandezas escalares de uma mesma espécie:
A utilidade e aplicabilidade de vetores em problemas físicos é baseada, em a) assim, a adição de um comprimento de 20 m de tecido com 40 m de outro nos
parte, na geometria Euclidiana. O enunciado de uma lei em termos de vetores fornece cerca de 20 m + 40 m = 60 m;
usualmente acarreta a hipótese de que a geometria de Euclides é válida. Se a b) b) um volume de 5 litros somado com um outro de 10 litros nos fornece um
geometria não for Euclidiana, a adição de dois vetores de uma forma simples e volume resultante de 15 litros;
inequívoca pode não ser possível. Para o espaço curvo existe uma linguagem c) se subtrairmos 4 horas, de um intervalo de tempo de 15 horas, obteremos 15
mais geral, a geometria diferencial métrica, que é a linguagem da Teoria da h – 4 h = 11 h;
Relatividade Geral, domínio da Física no qual a geometria Euclidiana não é mais
válida.
d) já a operação 10 litros + 2 horas não é possível ser efetuada visto tratar-se de A = 4u
r
P
grandezas de espécies diferentes.
A = 4u
r
B = 3u R = 4 2 + 32
r r
1º Caso: dois vetores de mesma direção e sentido.
R =? R = 16 + 9
r r
R = 25 è R = 5u
r r
A = 4u B = 3u
r r
P Q
A = 4u
r
r r
R = 7u
r Também estaria correto se ao invés de começar com A começássemos com B :
B = 3u
r
P
A = 4u
r
Q
B = 3u A = 4u
r r
P Q
A = 4u Podemos usar a “Regra do Paralelogramo”.
r
*Escolhe-se um ponto qualquer (ponto P).
B = 3u
r
*Coloca-se a origem dos dois vetores nesse ponto.
R = 1u *Completa-se o paralelogramo usando linhas imaginárias.
r
*O vetor resultante tem origem no ponto P e tem a mesma direção da diagonal
que parte de P.
A = 4u
r
P
3º Caso: dois vetores de direções perpendiculares.
R = 5u
r
B = 3u
r
4º Caso: dois vetores com direções oblíquas.
B = 3u Subtração de Vetores
r
r Q
A
A = 4u Seja o vetor Achamamos de vetor oposto − A a um vetor de mesmo
r r r
30º módulo, direção e sentido oposto.
R =?
r r
B P r
A
−A
r
A + ( − B)
r r r r
adição de A com − B , ou seja: D = A − B ⇒ D =
No exemplo em questão temos: r
A r
r r r A
R = 42 + 32 + 2.4.3.cos30º → R = 16 + 9 + 12 3 → R ≅ 6,77u r
B r
− B
r r
Também estaria correto se ao invés de começar com A começássemos com B :
Q
r
R r
A
P 30º
r r
r D −B
B
r r
B − 1. B
r r r r
τ = F • ∆x ⇒ τ = F . ∆x.cos θ
r
Outro exemplo é o cálculo da potência (P) de uma força F quando a velocidade é r
F
(v) :
r r
Fy β
r r r r α x
P = F • v = F.v.cos θ
r
Fx
F .cos α = F . sen β
r r r r r
Fx = 1.Duas forças F1 = 40 N e
F2 = 30 N atuam num corpo conforme a figura.
F .cos β = F .sen α
r
Determinar a força resultante R (módulo, direção e sentido).
r r r
Fy =
OBSERVAÇÕES: r r
F2 F1
Admitimos que a direção de um vetor pode ser definida. Para algumas
finalidades podemos referir a sua direção ao laboratório e para outras às estrelas
fixas ou à Terra.
Nem todas as quantidades que tem intensidade e direção são
necessariamente vetoriais (por exemplo, corrente elétrica). r r
2. Duas forças F1 = 40 N e F2 = 30 N atuam num corpo conforme a figura.
Os valores usados como módulo são apenas para exemplificar. A unidade Determinar a força única que produz o mesmo efeito que as duas juntas.
“u” é arbitrária.
r
F2
Admitimos que a direção de um vetor pode ser definida. Para algumas
finalidades podemos referir a sua direção ao laboratório e para outras às estrelas 60º
fixas ou à Terra.
r
F1
Nem todas as quantidades que tem intensidade e direção são
necessariamente vetoriais (por exemplo, corrente elétrica).
r
F2
r
53º F3
r
F1
puxa o barco com velocidade v 2 = 3,0 m / s rio abaixo. O barco deve cruzar o rio de
r
r r r r
(A) ar + b + cr = d
(B) b − c = d
r
r r r
(C) ar + b = cr
7. O diagrama vetorial mostra, em escala, duas forças atuando num objeto de (D) b + c = dr
r
massa m. (E) a + c = b
r r
18. No esquema ao lado uma bola atinge uma parede com velocidade v1 = 10
m/s e volta com velocidade v2 = 10 m/s. Determinar a variação de velocidade
∆v = v 2 − v 1 , sofrida pela bola nesta interação com a parede.
r r r
16. Uma pessoa desloca-se 200 m para o norte, em seguida 300 m para leste e
finalmente 400 m para o sul. Escolha a escala conveniente e represente os
deslocamentos; determine o deslocamento resultante.
r r
F2 F1
53 o 37 o
x
O