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TRABALHO 01
CARBONO
Diamantina,
Dezembro de 2017
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O Brasil domina grande parte da maior floresta tropical do mundo, e ainda não conseguiu
adotar uma estratégia, em âmbito nacional para lucrar com a proteção dos seus vastos
ecossistemas, utilizando-se de projetos de Redução das Emissões pelo Desmatamento e
Degradação (REDD).
Os REDD são de suma importância para diminuir o aquecimento global, de acordo com o
professor Arild Angelsen economista ambiental e leciona na Universidade Norueguesa de
Ciências da Vida, o REDD é uma ótima ferramenta quando se trata de mudanças climáticas.
Segundo o Banco Mundial, o Brasil tem capacidade de produzir cerca de 58% dos créditos de
carbono globais através do REDD, e ainda sim corre risco de ficar para trás de países
africanos e asiáticos.
Uma das grandes dificuldades em se aplicar programas como os REDD é que no Brasil
existem cerca de 19 legislações diferentes de nível estadual sobre Clima e REDD, e um dos
grandes desafios é tentar harmonizar as novas regras com as leis já existentes, já que dessa
forma os REDD, ainda não são passíveis de crédito pelo sistema da ONU, nem em esquemas
compulsórios de comercialização de créditos para as emissões na Europa e Nova Zelândia.
Atualmente, só o Japão e a Califórnia aceitam créditos do REDD como crédito nos seus
programas de redução de emissões de carbono, e o investimento por enquanto é baixo.
Outra dificuldade em se produzir o crédito de carbono são verbas limitadas, de acordo
com o consultor Marco Antonio Fujihara, da Key Associados, que gere dois fundos de baixo
carbono no Brasil, disse que os recursos financeiros para os poucos projetos de baixo carbono
que já existem são oriundos de doações.
As complexas leis fundiárias do Brasil também dificultam bastante a produção de crédito
de carbono, impondo muitas dificuldades na obtenção de direitos fundiários com duração
prolongada, inibindo muitos investidores, só no ano de 2012 mais de 30 transações desse tipo
foram canceladas pelas autoridades competentes, o que dificulta com que esse mercado gire.
Enquanto não houver clareza política e da forma que o crédito será negociado e produzido no
Brasil, os investidores veem os projetos REDD como de alto risco.
Outra grande dificuldade em se comercializar o crédito de carbono é a complexidade em
estimar a quantidade de carbono que está acima ou abaixo do nível determinado para cada
país. Para isso, foram desenvolvidas diversas fórmulas, em sua grande maioria, complexas,
para conseguir calcular os níveis de emissão.
Algumas correntes defendem a ideia de que o crédito de carbono acaba favorecendo mais
ao mercado do que ao ambiente, existe também a ideia de que os mesmos são certificados que
autorizam aos países desenvolvidos o direito de poluir. No entanto, cada país tem uma cota
máxima de créditos de carbono que pode comprar para cumprir as metas do Protocolo de
Quioto, portanto, o assim chamado "direito de poluir" é limitado.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
ONU BRASIL. Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática. Disponível
em: <https://nacoesunidas.org/cop21/>. Acesso em: 27 de novembro de 2017.
RESENDE, D.; MERLIN, S.; SANTOS, M.T. Sequestro de carbono: Uma experiência
concreta. Palmas: Instituto Ecológica, 2001.