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FERNANDEZ AC ET AL.

Artigo Original

RESPOSTAS
METABÓLICAS E CARDIORRESPIRATÓRIAS AO EXERCÍCIO
MÁXIMO E SUBMÁXIMO EM MENINAS EUTRÓFICAS E COM DESNUTRIÇÃO PREGRESSA
*A.C. FERNANDEZ; I.P. CINTRA; A.L. SAWAYA; M. FISBERG; A.C. DA SILVA
Departamento de Pediatria e Neurofisiologia e Fisiologia Endócrina - Universidade Federal de São Paulo;
Departamento de Nutrição - Universidade Federal de Ouro Preto-MG

RESUMO – Objetivo: verificar se a desnutrição pregressa, diferenças entre o grupo de meninas eutróficas (E) e o grupo de
além de causar déficit na estatura de meninas também poderia meninas com desnutrição pregressa (D) para nenhuma das variá-
estar causando uma limitação funcional à capacidade de veis analisadas: VO2max l/min., VO2max ml/min/kg, VEmax , R, FCmax,
realização de exercício máximo e submáximo em bicicleta %FCmax prev e Watts max. Teste de esforço submáximo: foram
ergométrica. observadas diferenças entre os grupos para as seguintes variáveis:
CASUÍSTICA. 24 meninas, 12 eutróficas de idade (média ± DP) VO2 l/min LA, % VO2max , FC LA, % FCmax LA, VE LA, % VEmax LA.
9,13 ± 0,79 anos; peso 27,64 ± 3,64 kg; e altura 131,31 ± 6,04 cm; Não foram encontradas diferenças entre os grupos para: VO2 ml/
e 12 com desnutrição pregressa; idade 9,75 ± 1,10 anos; peso min/kg LA e Watts LA.
25,16 ± 2,33 kg; e altura 125,06 ± 3,90 cm. CONCLUSÃO. O restabelecimento da relação peso para estatura
METODOLOGIA. Avaliação clínica e teste ergoespirométrico em em meninas com desnutrição pregressa, considerado como crité-
bicicleta ergométrica, a partir do qual foram obtidas as variáveis rio de eutrofia, é válido também para indicar ausência de limita-
metabólicas e cardiorrespiratórias analisadas. Protocolo de teste: ção funcional da capacidade de realização de exercício.
2 minutos iniciais a 25 watts, seguidos de incrementos de 15 watts
a cada 2 minutos, até a exaustão. UNITERMOS: Exercício. Consumo de oxigênio. Meninas. Desnutrição
RESULTADOS. Testes de esforço máximo: não foram observadas pregressa. Eutrofia.

INTRODUÇÃO dias atuais. Os dados da pesquisa nacional atrasam o crescimento reduzindo o desen-
desenvolvida pelo INAN e pelo IBGE, em volvimento ósseo e retardando a puberda-
Um dos problemas mais característicos Março de 1990, indicam que 31% das cri- de (Meredith & Dwyer, 1991).
relacionados à nutrição é a desnutrição, anças brasileiras menores de cinco anos A adaptação à baixa ingestão de nutrien-
pois a privação dos nutrientes essenciais apresentam algum tipo de desnutrição, sen- tes, condições sanitárias deficientes, e/ou
nos primeiros anos de vida pode levar à do que 5% sofrem de desnutrição modera- doenças da infância, são freqüentemente
diminuição da velocidade do crescimento e da ou grave. O Sudeste, embora não apre- caracterizadas por um menor potencial de
do desenvolvimento, causando um tipo de sente o maior índice de prevalência de crescimento, tornando os indivíduos me-
desnutrição conhecida por proteico-ca- desnutrição, concentra o segundo contin- nores do que a sua determinação genética
lórica. Este tipo é a mais comum e está gente de desnutridos. (Greulich, 1958; Satynarayana et al., 1986).
associada a elevadas taxas de morbidade e Nos países em desenvolvimento o re- Um estudo realizado em favelas de São
mortalidade (Chaves, 1985) . tardo no crescimento, provocado pela des- Paulo mostrou elevada correlação entre a
O Brasil apresenta um grande contin- nutrição, pode afetar até 50% das crianças obesidade nos adolescentes e a desnutrição
gente de desnutridos, embora tenha evolu- menores de cinco anos (Avelar et al., pregressa (Sawaya et al., 1995). A obesida-
ído favoravelmente da década de 70 para os 1991). No Brasil, segundo pesquisa realiza- de e o sobrepeso associados com a desnu-
da em 1989 (PNSN, 1989), a prevalência trição pregressa, foram encontrados em
*Correspondência: de déficit de estatura/idade em crianças pré- 8,7% dos meninos e 7,5% das meninas,
R. Pedro de Toledo, 980 - conj. 51 - Vila Clementino - Cep: 04039-002
São Paulo/SP - Brasil - Tel.: (11) 5575-3875
escolares foi de 15,4%. Durante a infância enquanto que em crianças com estatura
E-mail: anacf@osite.com.br a desnutrição crônica, e algumas doenças, normal para idade 3,7% daqueles e 4,7%
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EXERCÍCIO EM MENINAS EUTRÓFICAS E DESNUTRIDAS

daquelas apresentaram obesidade. Nos adulto serem influenciadas pela criança afe- São Paulo7, na faixa etária dos 9 aos 11 anos,
adolescentes a obesidade foi identificada tada. Foi observado que adultos com dife- residentes em favelas da cidade de São Paulo.
em 35% das meninas com baixa estatura rentes níveis de nutrição mostraram uma Doze meninas com peso e estatura normais
para a idade, enquanto que nas com estatu- redução progressiva no consumo máximo - valores na faixa de 90 a 110% dos valores
ra normal para idade (segundo NCHS ) a de O2, de acordo com a severidade da referência específico para a idade - e estatura/
prevalência de obesidade só foi identificada desnutrição, relacionada com diferenças na idade com 95% de adequação (NCHS,
em 13%. De acordo com os dados apre- massa magra (Spurr et al., 1983). 1973), outras 12 com peso para estatura
sentados, parece que as meninas são mais Em um estudo realizado com crianças normal (90 - 110% dos valores de referência
afetadas pela obesidade quando compara- de classe socioeconômica baixa, no interior - NCHS), mas com os critérios para serem
das aos meninos. de São Paulo, com deficiências de nutrição, classificadas para desnutrição pregressa, defi-
De acordo com Sawaya; Amigo & observou-se que estas crianças apresenta- nida como abaixo de 95% de estatura espe-
Sigulem (1989) as crianças com desnutrição vam atrasos no desenvolvimento e pior rada para a idade, de acordo com o critério
pregressa, sem déficit de peso para a idade, performance física do que crianças eutró- de Watelow (Waterlow, 1976, 1977).
são consideradas eutróficas. Em estudo ficas da mesma região, provavelmente devi- Todas as crianças foram submetidas à
mais recente com crianças com desnutrição do a um quadro de desnutrição vigente uma avaliação clínica, e somente foram in-
pregressa, observou-se que estas apresen- (Desai et al., 1981). cluídas aquelas que não apresentaram algu-
tavam valores mais baixos para a taxa de Não foi possível encontrar na literatura ma patologia prévia e nem contra indicação
metabolismo de repouso, expressos por dados a respeito de exercício em crianças para atividade física intensa. O consenti-
calorias por dia, e valores mais altos quando com desnutrição pregressa. Uma vez que mento para a participação no estudo foi
expressos por quilograma de peso cor- está comprovado que este tipo de desnutri- obtido dos pais ou responsáveis pelas crian-
póreo, e massa magra quando comparadas ção causa déficit em relação à estatura, ças, que foram informados de todos os
a crianças eutróficas, alteração tipicamente torna-se importante verificar se houve tam- procedimentos, tendo liberdade para inter-
descrita para as desnutridas (Grilo, 1996). bém prejuízo no que diz respeito à capaci- romper a participação em qualquer mo-
A desnutrição causa diminuição da massa dade normal para a realização de exercícios mento da pesquisa.
muscular e pode influenciar o VO2máx (Spurr & estimada pelo VO2max e limiar anaeróbio, e Este estudo foi aprovado pela Comissão
Reina, 1990; Armstrong & Wesman, 1994). se, ao alcançar uma relação peso/estatura de Ética Médica da Universidade Federal de
Quando o consumo de oxigênio é expresso esperada, a criança passa a apresentar tam- São Paulo - Escola Paulista de Medicina
em termos de massa corporal magra, a dife- bém respostas fisiológicas ao exercício se- (UNIFESP - EPM).
rença entre desnutridos e eutróficos é drasti- melhantes às crianças eutróficas. Avaliação antropométrica do crescimento:
camente reduzida e, em alguns casos, ocorre O objetivo deste estudo foi comparar as Peso: O peso corporal foi obtido atra-
uma inversão. Indivíduos desnutridos podem respostas metabólicas e cardiorrespirató- vés de balança eletrônica, marca Kratos,
apresentar valores significativamente mais rias ao exercício máximo e submáximo de com capacidade máxima para 150 kg e
elevados do que os eutróficos, provavelmen- meninas eutróficas e com desnutrição pre- subdividida em 50g (Grilo, 1996).
te associados a uma menor contribuição de gressa e verificar se o déficit de estatura, Estatura: A estatura foi verificada com
gordura para o peso do músculo do desnutri- resultado da desnutrição pregressa, causa fita métrica (Microtoise - Stanley - Mabo
do (Spurr & Reina, 1990; Armstrong & algum tipo de influência ou de prejuízo na Ltd), um instrumento simples, com exten-
Wesman, 1994). capacidade funcional da realização do teste são de 2,00 m, dividida em centímetros e
Segundo estudos realizados em corta- de esforço máximo ou submáximo. subdividida em milímetros, com visor de
dores de cana, em 1983, existe uma relação plástico e esquadro acoplado a uma das
entre estado nutricional e produtividade, METODOLOGIAS extremidades (Grilo, 1996).
levando à especulação sobre os efeitos que
a desnutrição crônica teria, durante a infân- Casuística: TESTE ERGOESPIROMÉTRICO
cia, no desenvolvimento do consumo máxi- A amostra foi constituída de 24 crianças
mo de oxigênio (VO2máx), o principal índice do sexo feminino pré-púberes, pois meninas O teste incremental de esforço máximo
de aptidão cardiorrespiratória, bem como apresentam uma maior prevalência para a foi realizado em cicloergômetro compatível
no possível prognóstico das capacidades do obesidade, segundo estudo realizado em com a altura das crianças. O início da ativida-
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de foi com 25 watts, com o primeiro au-


Tabela 1 - Número (N), idade (anos), peso (kg) e altura (cm) de meninas eutróficas
mento de carga de 10 watts, seguidos de
(Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
aumentos de 15 watts a cada 2 minutos até
à exaustão, ou o alcance de um ou mais N Idade Peso Altura
critérios de obtenção do VO2máx (ACSM, I 12 9,13 ± 0,79 27,64 ±3,64 131,31 ±6,04
II 12 9,75 ±1,10 25,16± 2,33 125,06 ±3,90
1994).
z = -1,674 t = 1,966 t = 2,972 *
Durante o teste foram obtidas variáveis
metabólicas e cardiorrespiratórias através p ns ns 0,05
de um sistema metabólico computado-
rizado.
As variáveis respiratórias e metabólicas
foram obtidas pelo método de calorimetria Tabela 2 - Peso esperado para a idade (P E) e a relação peso para a estatura (P/E) de
indireta respiratória, por meio de um siste- meninas eutróficas (Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
ma metabólico (Vista XT metabolic sistem, PE P/E
EUA) computadorizado (Intel 486, DX2, I 27,98 ± 3,90 101,09 ±9,49
66mhz). II 24,22 ± 2,08 105,37 ±8,59
A monitorização, aquisição e registro da
freqüência cardíaca foi feita através de um
freqüencímetro polar VANTAGE XL, a cada
Tabela 3 - Estatura esperada para a idade (E/E) e a relação estatura para a idade (E/I) de
5 segundos, durante todo o teste. Para meninas eutróficas (Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
definição dos valores da freqüência cardíaca
do limiar anaeróbio foi utilizada a média dos E/E E/I
I 134,98 ± 5,03 97,36 ±5,06
quatro valores da freqüência cardíaca cor-
II 140,63 ± 6,80 89,08 ±3,95
respondente ao tempo do limiar anaeróbio.
Para a definição da freqüência cardíaca má-
xima foi utilizado o valor máximo registrado
pelo aparelho. Tabela 4 - Consumo máximo de oxigênio dividido por quilogramas de peso corporal
(VO2maxmL/min/kg) medido em litros por minuto (VO2maxL/min) e para meninas
LIMIAR ANAERÓBIO eutróficas (Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
VO2maxL/min VO2maxmL/min/kg
Foi determinado pelo aumento no VO2
I 1,11 ± 0,25 40,23 ± 6,98
e VE/VO2, sem, no entanto, haver aumento II 1,02 ± 0,19 40,53 ± 6,32
na relação VE/VCO2, e as trocas gasosas z = -0,69 z = 0,00
respiratórias apresentarem um valor de 1
p ns ns
ou maior que este (Zeballos & Weisman,
1994).
Métodos estatísticos:
Tabela 5 - Ventilação máxima (VEmax) medida em litros por minuto e Quociente de
Para a análise dos resultados foram apli- trocas ventilatórias (R) durante teste de esforço máximo de meninas eutróficas (Grupo I)
cados os seguintes testes: e com desnutrição pregressa (Grupo II).
1. Teste t de student para a análise de
VEmax R
variáveis independentes (Sokal, 1969), para I 40,61 ± 8,79 1,13 ± 0,07
comparar o peso e a estatura entre as II 38,25 ± 8,95 1,13 ± 0,05
crianças eutróficas (Grupo I) e as crianças z = -0,577 z = -0,115
com desnutrição pregressa (Grupo II). p ns ns
2. Teste de Mann-Whitney (Siegel, 1975)
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EXERCÍCIO EM MENINAS EUTRÓFICAS E DESNUTRIDAS

para comparar as crianças dos grupos I e II


para as demais variáveis estudadas. Tabela 6 - Freqüência cardíaca máxima (FCmax) e porcentagem da freqüência cardíaca
máxima prevista (% FCmax prev) medidas em batimentos por minuto de meninas
Foi fixado o α em 0,05 ou 5% (α ≤ 0,05) o
eutróficas (Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
nível de rejeição da hipótese de nulidade,
assinalando-se com um asterisco os valores FCmax % FCmax prev
significativos. I 195,33 ± 9,13 92,87 ± 4,33
II 193,85 ±11,18 92,80 ± 4,87
RESULTADOS z = -0,202 z = -0,548

Antropometria das meninas eutróficas e p ns ns


com denutrição pregressa.
Os resultados de idade, peso e estatura
das meninas eutróficas e com desnutrição
pregressa estão apresentados na tabela 1 Tabela 7 - Carga máxima de trabalho (Watts max) expressa em watts de meninas
como média±desvio padrão: eutróficas (Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
Não houve diferença estatisticamente
Watts max
significativa para idade e peso entre os dois
I 90,00 ± 20,56
grupos, porém para o quesito altura aconte-
II 91,25 ± 11,33
ceu o oposto, uma vez que os grupos foram
z = -0,663
selecionados com nível de corte altura/ida-
de de 95%, o que caracteriza a desnutrição p ns
pregressa (Waterlow,1977).
Os resultados de peso esperados para a
estatura e relação peso para a estatura das
meninas eutróficas e com desnutrição pre- Tabela 8 - Consumo de oxigênio, no limiar anaeróbio ventilatório (LAV), dividido por
gressa estão apresentados na tabela 2 como quilogramas de peso corporal (VO2mL/min/kg LAV), medido em litros por minuto
média±desvio padrão. Os resultados de (VO2L/min LAV) e porcentagem do consumo máximo de oxigênio (%VO2max) para
estatura esperados para a idade e a relação meninas eutróficas (Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
estatura para a idade estão apresentados na VO2mL/min/kg LAV VO2L/min LAV %VO2max
tabela 3 como média±desvio padrão: I 28,06 ± 4,87 0,77± 0,14 70,07 ± 7,52
Os valores de peso para a estatura e II 24,81 ± 5,31 0,62 ± 0,13 61,21 ±9,83
desta para a idade estão de acordo com os z = -0,443 z = -2,424 * z = -2,309 *
níveis de corte descritos na metodologia.
p ns 0,05 0,05
Resultados do teste de esforço máximo
Os valores de consumo máximo de
oxigênio no teste de esforço máximo para
Tabela 9 - Freqüência cardíaca no limiar anaeróbio ventilatório (FC
meninas eutróficas e com desnutrição pre-
LAV) e porcentagem da freqüência cardíaca máxima no limiar anaeróbio
gressa estão apresentados na tabela 4 como
ventilatório (%FCmax LAV) medidas em batimentos por minuto de
média±desvio padrão:
meninas eutróficas (Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
Não houve diferença significativa entre
os grupos para os valores de consumo má- FC LAV %FCmax LAV
ximo de oxigênio, tanto em litros por minu- I 166,58 ± 14,25 85,31 ± 6,41
to quanto dividido por quilograma de peso II 146,33 ±17,40 75,50 ± 7,73
corporal. z = -2,915 * z = -2,771 *
Os valores máximos de ventilação e do p 0,01 0,01
quociente das trocas respiratórias durante o
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teste de esforço máximo estão apresenta-


dos na tabela 5 com valores expressos Tabela 10 - Ventilação no limiar anaeróbio ventilatório (VE LAV) medida em litros por
minuto e porcentagem da ventilação máxima no limiar anaeróbio ventilatório medida
como média±desvio padrão. em litros por minuto (%VEmax LAV) de meninas eutróficas (Grupo I) e com desnutrição
Não houve diferença estatisticamente pregressa (Grupo II).
significativa entre os grupos para os valores
de ventilação máxima e quociente respira- VE LAV % VEmax LAV
tório. I 24,18 ± 5,81 59,64 ± 8,45
A tabela 6 apresenta os valores de fre- II 17,69 ± 4,30 46,95 ± 10,59
qüência cardíaca máxima obtida durante o z = -2,713 * z = -2,655 *
teste de esforço e a sua porcentagem pre- p 0,01 0,01
vista em valores expressos como média
±desvio padrão:
Os grupos I e II não apresentaram dife-
renças significativas para os valores de fre- Tabela 11 - Carga de trabalho no limiar anaeróbio ventilatório (Watts LAV) expressa em
qüência cardíaca máxima e para a sua por- watts de meninas eutróficas (Grupo I) e com desnutrição pregressa (Grupo II).
centagem esperada durante o teste de es-
forço. Watts LAV
A tabela 7 apresenta os valores de carga I 51,25 ± 17,47
máxima de trabalho alcançada durante o II 45,00 ± 9,77
teste de esforço de meninas eutróficas e z = -0,663
com desnutrição pregressa expressa em p ns
média±desvio padrão.
Não houve diferenças entre os dois
grupos para os valores de carga máxima sua porcentagem no limiar anaeróbio ven- vio ± padrão.
atingida durante o teste de esforço. tilatório com os valores expressos como O grupo I, formado por meninas eu-
média±desvio padrão. tróficas, não apresentou valores de carga de
Resultados submáximos do teste de esforço
As meninas eutróficas apresentaram mai- trabalho diferentes do grupo II, meninas
Os valores de consumo de oxigênio no ores valores para a freqüência cardíaca no com desnutrição pregressa.
limiar anaeróbio e da porcentagem do con- limiar anaeróbio ventilatório e para a porcen-
sumo máximo de oxigênio de meninas tagem da freqüência cardíaca máxima utiliza- DISCUSSÃO
eutróficas e com desnutrição pregressa es- da no limiar anaeróbio ventilatório.
tão apresentados na tabela 8 e os valores Os valores da ventilação no limiar anae- Segundo os dados das tabelas 1, 2 e 3,
estão expressos como média±desvio pa- róbioventilatórioedaporcentagemdaventila- as crianças do presente estudo estão dentro
drão. çãomáximanolimiaranaeróbioventilatório dos padrões para serem classificas nos dois
Não houve diferença estatística signifi- duranteotestedeesforçomáximoestãoapre- grupos descritos na metodologia, um deno-
cativa entre os dois grupos para os valores sentadosnatabela10comvaloresexpressos minado de eutróficas e o outro, de grupo
de consumo de oxigênio dividido por quilo- comomédia±desviopadrão. com desnutrição pregressa.
grama de peso corporal no limiar anaeróbio As meninas eutróficas apresentaram Quando o grupo das eutróficas é com-
ventilatório. As meninas eutróficas apresen- maiores valores para a ventilação no limiar parado aos dados nacionais apresentados
taram maiores valores para o consumo de anaeróbio ventilatório e para a porcenta- por França, Matsudo, França (1993) perce-
oxigênio em litros no limiar anaeróbio ven- gem da ventilação máxima utilizada no limiar be-se que os dados sobre estatura e peso
tilatório e para a porcentagem do VO2max anaeróbio ventilatório. são coincidentes, entretanto o grupo das
utilizada no limiar anaeróbio ventilatório. A tabela 11 apresenta os valores de desnutridas pregressas apresenta menor
A tabela 9 apresenta os valores de fre- carga de trabalho no limiar anaeróbio ven- valor para a estatura, enquanto os valores
qüência cardíaca obtida no limiar anaeróbio tilatório de meninas eutróficas e com des- de peso são coerentes com os descritos no
ventilatório durante o teste de esforço e a nutrição pregressa expressa em média des- citado estudo. Esta diferença na estatura é a

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EXERCÍCIO EM MENINAS EUTRÓFICAS E DESNUTRIDAS

principal característica da desnutrição A maioria dos estudos sobre aptidão mostrando que o VO2max das desnutridas
pregressa. cardiorrespiratória realizados em crianças expresso por kg de peso corporal era maior
Os estudos existentes utilizando a mes- brasileiras utilizaram métodos indiretos que das eutróficas se devia ao fato de que as
ma metodologia ou semelhante a deste (Desai et al., 1981; Anjos & Boileau, 1988; crianças desnutridas apresentavam maior
estudo, medidas indiretas através da análise Duarte & Duarte, 1989), e não apresenta- proporção de massa magra corporal.
de gases expirados, são, na sua maioria, ram valores de consumo de oxigênio obti- Nossos resultados demonstram que
com crianças atletas, crianças que apresen- dos por metodologia semelhante à utilizada meninas com desnutrição pregressa apre-
tam algum tipo de patologia, ou devido a neste estudo. sentam VO2max e respostas cardiorrespira-
circunstâncias pós-operatórias. Poucos são Desai et al. (1981) utilizaram a freqüên- tórias ao exercício máximo similares às das
os estudos com as crianças não-atletas e os cia cardíaca com determinante da capacida- meninas eutróficas. A capacidade máxima
estudos realizados com as desnutridas são de de trabalho físico em testes realizados de realização de trabalho (watts max) du-
ainda mais escassos. com crianças em bicicleta ergométrica. Foi rante o teste de esforço máximo também
Cooper; Weiler-Ravell; Whipp & Was- relatado que crianças de baixo nível socio- não apresentou diferenças entre os grupos.
serman (1984) reportaram valores de econômico (bóias-frias) quando compara- Assim, é provável que a desnutrição nos
VO2max (mL/min/kg) com média de 38±7 das a crianças de classe média de cidades do primeiros anos de vida possa não ter efeito
para meninas não-atletas com idade média interior de São Paulo, apresentaram uma longitudinal se a criança recuperar a relação
de nove anos, enquanto que Armon; menor performance física, relacionando-a peso/estatura esperada, após um aumento
Cooper; Flores; Zanconato & Barstow, com um menor tamanho corporal e uma na ingestão calórica.
(1991) relataram média igual a 43±6 (mL/ menor massa magra, conseqüentes de des- Os valores de consumo de oxigênio no
min/kg), para crianças (meninos e meninas) nutrição nos primeiros anos de vida. Foi limiar anaeróbio encontrados neste estudo
não-atletas com idades entre os 6 e 12 também observado que crianças desnutridas são similares aos descritos por Cooper;
anos. apresentavam valores significativamente mai- Weiler-Ravell; Whipp & Wasserman,
Os valores apresentados por este estu- ores para FC nas mesmas cargas de trabalho (1984), de 23±4 mL/min/kg, e os por
dos são similares com os descritos acima, de crianças eutróficas, o que sugere que Armon; Cooper; Flores; Zanconato &
tanto para as meninas eutróficas (VO2max crianças desnutridas apresentaram menor Barstow, (1991), de 23,6±3,5 mL/min/kg,
mL/min/kg = 40,23±6,98), quanto para as condicionamento físico que controles. estão de acordo com os valores de 23±4
com desnutrição pregressa (VO2max mL/ Anjos & Boileau (1988) utilizaram a in- mL/min/kg previstos para meninas menores
min/kg = 40,53±6,32), e estão de acordo tensidade de esforço necessária para elevar de 13 anos (Cooper & Weiler-Ravell,
com os valores de consumo máximo de a FC até 170 bpm (PWC 170) para determi- 1984).
oxigênio previstos por Cooper & Weiler- nação da aptidão cardiorrespiratória em Neste estudo não foi possível determi-
Ravell (1984) para crianças menores de 13 meninos eutróficos e desnutridos com des- nar diferenças no consumo de oxigênio do
anos (38±7 mL/min/kg). nutrição vigente. Duarte & Duarte (1989) limar anaeróbio, expresso por quilograma
Em um estudo realizado por Rutenfranz et avaliaram a capacidade aeróbia de crianças de peso corporal, entre meninas eutróficas
al. (1981) os valores médios de consumo de eutróficas de 10 a 18 anos com a aplicação e com desnutrição pregressa. Aparente-
oxigênio para meninas norueguesas com idade do teste PWC 170. Entretanto, Reybrouck; mente, a recuperação da relação esperada
média de nove anos, expresso em litros/min, Weymans; Stijns & Van der Hauwaert de peso/estatura é suficiente para o resta-
foi de 1,48±4. Este estudo apresentou valores (1986), não obtiveram bons resultados belecimento da capacidade de trabalho
menores para as eutróficas (1,11±0,25) e com PWC 170 para diferenciar crianças submáximo.
para as meninas com desnutrição pregressa com cardiopatia em relação a um grupo As diferenças encontradas, entre as
(1,02±0,19). Essa diferença pode estar asso- controle sem doença, e concluíram que o meninas com desnutrição pregressa e as
ciada a diferenças étnicas, nutricionais e, tam- limiar anaeróbio ventilatório é um índice eutróficas para os valores de consumo de
bém, a diferenças de composição corporal, mais sensível. oxigênio no limiar anaeróbio ventilatório
uma vez que a altura média das meninas do Barac-Nieto, Spurr, Reina (1984) con- expresso por litros/min e em porcentagem
citado estudo é de 136,1 cm, enquanto que a duziram um estudo, comparando o consu- do VO2max, porcentagem do VEmax no limiar
deste estudo é de 131,31 cm para as eutróficas mo de oxigênio de crianças desnutridas e anaeróbio ventilatório e VE no limiar anae-
e 125,06 para as com desnutrição pregressa. eutróficas, e concluíram que os resultados róbio ventilatório, parecem estar mais rela-

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cionadas com a diferença de estatura exis- também para indicar normalidade da potên- previous % HRmax (E = 92.87 ± 4.33; UN
tente, visto que os maiores valores foram cia aeróbia máxima, limiar anaeróbio, res- = 92.80 ± 4.87), and maximum watts (E =
apresentados pelas eutróficas que possuem posta ventilatória e de freqüência cardíaca 90.00 ± 20.56; UN = 91.25 ± 11.33).
maior estatura que as com desnutrição ao exercício. Analysis of the results obtained in test of
pregressa. submaximal effort, reflected by the intensity
A inexistência de diferenças significativas SUMMARY of effort in the anaerobic threshold (AT),
na carga de trabalho no limiar anaeróbio showed differences between the groups in
indica que as meninas apresentam capacida- Metabolic and cardiovascular res- the following variables: VO2max expressed in
des de realização de trabalho submáximo ponses to maximal and submaximal l/min. (E = 0.77 ± 0.14; UN = 0.62 ±
semelhantes (mesma carga em watts), mas, exercise in eutrophic and stunted girls 0.13), % of VO2max (E = 70.07 ± 7.52; UN
quando se considera o gasto energético OBJECTIVE. The metabolic and cardio- = 61.21 ± 9.83), HR (E = 166.58 ±
representado por litros de O2 consumido, vascular responses of eutrophic girls and 14.25; UN = 146.33 ± 17.40), % HRmax (E
observa-se que as meninas com desnutri- girls who underwent early undernutrition, = 85.31 ±6.41; UN = 75.50 ± 7.73), VE
ção pregressa parecem apresentar melhor were examined during physical exercise, in (E = 24.18 ± 5.81; UN = 17.69 ± 4.30),
economia de movimento, isto é, menor order to verify whether previous under- % VEmax (E = 59.64 ± 8.45; UN = 46.95
consumo de oxigênio para uma mesma nutrition could, in addition to cause a deficit ± 10.59). No differences were found for
intensidade de trabalho. in the children’s height, and limit their VO2max, expressed in l/min/kg (E = 28.06 ±
Fatores relacionados com a composi- functional capability to perform a maximal 4.87; UN = 24.81 ± 5.31) and watts (E =
ção corporal, não analisada no presente and submaximal exercise in an ergometric 51.25 ± 17.47; UN = 45.00 ± 9.77).
estudo, podem ser responsáveis pela me- bicycle. CONCLUSION. The reestablishment of the
lhor economia de movimento observada SUBJECTS. Our sample was composed of ratio weight/height in early undernourished
no grupo formado por meninas com desnu- 24 girls, of which 12 were eutrophic, with girls is also useful to indicate lack of limitation
trição pregressa. 9.13 ± 0.79 years (mean ± s.d.), 27.64 ± of functional capability to perform physical
Os menores valores de freqüência car- 3.64 kg of body weight, and 131.31 ± 6.04 exercises. [Rev Ass Med Bras; 46(4): 312-9]
díaca e VE, apresentados no limiar anae- cm in height. The 12 early undernourished
róbio ventilatório pelas meninas com des- girls were 9.75 ± 1.1 years old, 25.16 ± KEY-WORDS: Exercise. Oxygen consumption.
nutrição pregressa, parece indicar uma me- 2.33 kg, and 125.06 ± 3.9 cm high. Stunted. Eutrophic girl.
nor sobrecarga nos sistemas cardiovascular MEASUREMENTS. The method included
e respiratória para a realização de trabalho clinical evaluation and ergo-spirometric test AGRADECIMENTOS
submáximo, porém são necessários estu- on an ergometric bicycle, from which all the
Flávio Ascanio Antônio Lauro e Sérgio Garcia
dos complementares para uma comprova- metabolic and cardiac-respiratory variables Stella pela ajuda na realização dos testes e Luciane
ção mais detalhada a respeito da sobrecarga were obtained and analyzed. The test pro- Grillo por trazer os voluntários para a pesquisa.
nos sistemas cardiovascular e respiratório tocol was an initial two minutes period with
durante o exercício em crianças com des- 25 watts, followed by increments of 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
nutrição pregressa. watts every two minutes, until exhaustion.
1. American College Of Sports Medicine (Acsm);
Os dados do presente estudo sugerem RESULTS. Analysis of the results of the test Prova de Esforço e Prescrição de Exercícios;
que as crianças desnutridas pregressas of maximal effort did not reveal significant Livraria e Editora Revinter Ltda; 1994.
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apresentam uma adaptação para produzir differences between eutrophic (E) and early de garotos desnutridos e não desnutridos em
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de atividade física submáxima ou moderada, variables: VO2max expressed in l/min (E = de Ciência e Movimento, 1988; 2: 21-29;
3. Armon, Y.; Cooper, D.m.; Flores, R.; Zan-
quando comparadas a crianças eutróficas. 1.11 ± 0.25; UN = 1.02 ± 0.19); VO2max conato, S.; Barstow, T.J. - Oxygen uptake
De acordo com os resultados deste expressed in ml/min/kg (E = 40.23 ± 6.98; dynamics during high-intensity exercise in chil-
dren and adults. J. Appl. Physiol., 1991;
estudo, o critério de restabelecimento da UN = 40.53 ± 6.32), VEmax (E = 40.61 ± 70:841-8.
relação esperada peso/estatura para consi- 8.79; UN = 38.25 ± 8.95), R (E = 1.13 ± 4. Armstrong, N. & Wesman, J.r. - Assessment
and Interpretation of Aerobic Fitness in
derar crianças com desnutrição pregressa 0.07; UN = 1.13 ± 0.05), HRmax (E = Children and Adolescent; Exerc. Sport. Sci.
como recuperadas parece ser adequado 195.33 ± 9.13; UN = 193.85 ± 11.18), Rev., 1994; 22: 435-76.

318 Rev Ass Med Brasil 2000; 46(4): 312-9


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