Vous êtes sur la page 1sur 3

Lucas 15; 1-32

A parábola sustenta que, quanto à postura diante de Deus, há basicamente dois


tipos de pessoas: Os irmãos mais novos (nos dias de Jesus, publicanos e pecadores e
os irmãos mais velhos (fariseus e mestres da lei). Esses dois tipos (irmãos mais novos
e irmãos mais velhos) estão retratados na parábola de Lucas 15. Ambos estão
perdidos.

A mensagem desta parábola, ao contrário do que se pensa, está concentrada no


irmão mais velho terminando com um suspense que na verdade dá espaço para que os
próprios fariseus deem uma resposta ao imediato apelo de Jesus feito nesta parábola
quando Jesus antes de tudo foi acusado por eles de receber pecadores e comer com
eles.

E qual é a mensagem desta parábola? “Jesus redefine aqui tudo que pensamos
que sabíamos sobre a ligação com Deus. Ele redefine o pecado, o que significa estar
perdido e o que significa ser salvo”

Pensando na redefinição de pecado, Jesus usa as figuras do filho mais novo e


do filho mais velho como arquétipos de dois caminhos para a busca da felicidade e da
realização. Um prega a ruptura imediata com a tradição, as regras se lançando na via
do autoconhecimento e o outro (o filho mais velho, claro) permanece na sua conduta
aparentemente irrepreensível de submissão à tradição, às regras e aos bons costumes.
Mas o que ambos desejam no fundo do coração é a mesma coisa: O poder. O poder
para usurpar a autoridade do Pai. Querem o lugar de Deus, são auto-salvadores. É
assim, que Jesus está redefinido o pecado.

E, sendo esta a questão, cabe aqui ressaltar que a situação do modelo


designado como filho mais velho é muito mais perigosa, porque ele, durante todo o
processo, permanece cego, obscurecido pelo próprio orgulho, incapaz de enxergar a
sua realidade e, portanto, sem condições de agradar ao pai participando do banquete
da salvação.

Jesus redefine a perdição. Claro que, antes desta parábola só pensaríamos no


filho mais novo como perdido. Mas aqui Jesus nos mostra o filho mais velho, diante da
volta do irmão mais novo e da atitude receptiva do pai, cheio de ira. Este é o primeiro
sinal de que ele também está perdido espiritualmente. Ele esperava que as sua
bondade rendesse frutos. E, também, se via superior aos outros. Ele se submetia
melancolicamente motivado pelo medo e não confiava no amor do pai para com ele
mesmo. É importante salientar que o filho mais velho jamais se entregara a um
relacionamento íntimo como o pai. Os filhos mais velhos são em si uma grande
motivação para a fuga dos irmãos mais novos. Eles enquanto acusam os mais novos
de devassidão precisam ainda mais desesperadamente de um espelho para verem a si
mesmos.
O verdadeiro irmão mais velho. Note que a primeira coisa que ambos os tipos de
pessoas perdidas precisam é de experimentar o amor acolhedor do pai. Na parábola o
pai está indo ao encontro dos seus dois filhos perdidos. Porém, fica totalmente patente
a diferença entre a parábola do filho pródigo e as outras duas, a da ovelha perdida e da
moeda perdida:

Nas duas primeiras, quem perde vai procurar até encontrar o que perdeu.
Porém, na terceira parábola, ninguém vai buscar o filho perdido. Fica evidente para
quem observa esta diferença que o filho mais velho deveria usar o seu dinheiro (ambos
receberam as suas heranças no início da parábola) para buscar pelo irmão mais novo.
E, se o dinheiro da família, uma vez que o filho mais novo perdeu o seu, estava com o
filho mais velho, o perdão gratuito e incondicional para o filho mais novo era à custa
dos recursos do filho mais velho. Mas como o filho mais velho se ira com a situação e
se recusa a festejar com o pai, então ficamos ansiosos por um verdadeiro filho mais
velho: Jesus Cristo é o novo verdadeiro irmão mais velho que deixou os céus para
morrer por nós na cruz.

Uma redefinição de esperança à luz de Lucas 15. Temos que entender que esta
parábola, levando em consideração o contexto inteiro da Bíblia, nos remete a um tema
recorrente que é o exílio e o retorno para casa trazendo esperança para o mundo todo.

A importância da ideia de casa para nós seres humanos. Vivemos uma nostalgia
que permanece a vida toda, estamos sempre com saudades de uma casa que não
existe mais. E, aqui, toda a humanidade se parece com o filho mais novo da parábola
de Jesus, somos todos exilados, sempre com saudades de casa. O motivo está em
Gênesis 3 que diz claramente que o ser humano foi expulso da sua casa por causa do
pecado. E, desde então, conforme a Bíblia nos ensina temos vagado como exilados
espirituais. Jesus veio para nos salvar do nosso exílio provocado pelo pecado.
Jesus nos veio salvar da Morte. No final da história há um banquete propiciado por
Jesus Cristo. Há muita coerência nisso quando a própria Bíblia se encerra com um
banquete para o novo no final de Apocalipse. A esperança mais profunda que podemos
ter em Jesus é de sermos recebidos, por causa do seu sacrifício, pelo Pai de volta a
nossa casa e ali celebrarmos convidados para o banquete do Senhor.

O banquete do Pai. O banquete celebrando a nossa reconciliação com o pai


também é um tema recorrente: Isaías 25, Mateus 8.11 e aqui no final da parábola. Esta
é a melhor maneira de retratar uma vida pautada pela obra redentora de Jesus. Há
quatro maneiras em que a nossa vida pode ser moldada pela mensagem do evangelho
ou de experimentar esse banquete:

Em primeiro lugar a salvação é experimental. Jesus é Senhor da festa, ele nos


traz a alegria festiva. Se a sua salvação é um banquete, ela deve ser experimentada.
Não adianta apenas acreditar que o mel é doce. O problema é que temos dificuldade
de experimentar esta graça de Deus tanto por excesso de predisposição ao místico
quanto por excesso de racionalidade e de controle. Mas a verdade é que se
desvencilharmos dos excessos do ego e nos debruçarmos em Jesus Cristo teremos
um vislumbre agora daquilo que nos espera no final desta história de salvação, graça e
amor.

Segundo, a salvação é material. A santa ceia, o banquete de Apocalipse 19,


Jesus ressuscitado comendo com os discípulos (Lucas 24.42-43; João 21.9) provam
que este mundo material tem importância para Jesus. O plano de salvação de Jesus
inclui a renovação deste mundo com o fim das doenças, da pobreza, da injustiça, da
violência, do sofrimento e da morte. “O clímax da história não remete a uma forma mais
elevada de consciência desligada do corpo, mas a um banquete”. Por isso, nós que
somos salvos pelo Senhor Jesus largamos de lado o egoísmo do filho mais novo ou o
farisaísmo do filho mais velho para cuidar dos pobres (Mateus 25.34-40). “Os cristãos,
portanto, podem falar sobre a salvação da alma tanto quanto da construção de
sistemas sociais que tenham ruas mais seguras e lares aconchegantes na mesma
frase (E com coerência)”.

Terceiro a Salvação é individual. O banquete é uma refeição, uma refeição


proporciona crescimento pela nutrição. O cristão se alimenta do Evangelho. A Palavra
de Deus deve reorientar a nossa vida não dentro do pressuposto religioso: Eu obedeço
e sou salvo. Mas dentro do princípio do evangelho que é: Eu sou aceito por Deus por
meio de Cristo, portanto eu obedeço. Crer implica naturalmente em transformação de
vida segundo a vontade de Cristo.

Em quarto lugar, a salvação é comunal. Não se come um banquete sozinho. Há


no comer junto uma oferta de amizade e de comunhão. Não é possível viver o
cristianismo sem a comunhão com outros irmãos na fé. E o pão repartido entre nós é o
próprio Jesus, o pão da vida.

Vous aimerez peut-être aussi