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Conceção Intermodal de
Campanhã
A. B
Índice
Projeto
1.
Projeto
Projeto Arquitectura
2.
Projecto Paísagismo
3.
Design, Sinalética e
Acessibilidade
Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
B. C. D.
Especialidades Estimativa Orçamental Quadro de áreas
1.
Mobilidade
2.
Fundações e
estruturas
3.
Rede de Abastecimento de Água,
Rede de Drenagem de Águas
Residuais e Rede de Drenagem
de Águas Pluviais
4.
Instalações Mecânicas
de Desenfumagem
5.
Luminotecnia
6.
Segurança
Concurso de conceção Projeto
Terminal Intermodal de Campanhã
A.
Projeto
1.
Projeto Arquitectura
2.
Projecto Paísagismo
3.
Design, Sinalética e
Acessibilidade
Concurso de conceção Projeto
Terminal Intermodal de Campanhã A.
1.
Projeto de Arquitetura
A. Território
O território encontrado caracteriza-
Implantação
A implantação resume-se a duas linhas,
1. se por uma dispersão caótica em
que os diversos elementos urbanos,
dispostas no terreno, no limite da zona
edificável, junto à estação. Estas linhas
paisagísticos e infraestruturais se paralelas à linha férrea, estabelecem
fragmentam de modo desordenado e um fecho claro para o desenvolvimento
sem relação lógica ou visível. longitudinal da estrutura da estação
O terreno disponível para a construção e colmatam a anacronia morfológica
do Terminal Intermodal de Campanhã existente. O seu traçado compromete o
(TIC), é uma mancha expectante e uma território e constitui um primeiro gesto
metáfora física da degradação urbana de unificação das partes dispersas.
e do abandono social da zona Leste A primeira e mais longa linha, na sua
da Cidade. Golpeada pelo traçado da longitudinalidade, introduz uma ordem
VCI, e fortemente caracterizada pela subtil que simultaneamente ordena
presença dos carris da via férrea, o local e liberta as pré-existências, lidando
caracteriza-se pela descontinuidade num único movimento com todos
da cidade loteada, a descompensação os momentos fragilizados do sitio,
dos quarteirões, a impossibilidade unindo-os. O seu paralelismo genérico
pedonal do sitio, a aridez paisagística, e simultâneo à estação e ao tecido
e a ausência de escala reconhecível urbano constitui uma regra geométrica
e palpável. O terreno esvai-se numa que torna contínua a anterior
dispersão morfológica e topográfica, fragmentação.
sem funções nem relações clarificadas, Este objecto, homogéneo e linear,
tornando-se num local imperceptível e tem ainda um remate. Uma segunda
quase inabitável. Funcionalmente difícil linha mais pequena, que se torce
e viáriamente complicado. direcionando-se para a Quinta do Mitra,
Abruptamente interrompida a introduzindo sentido de composição
continuidade urbana, existe uma e flexibilidade a toda a estrutura. Este
emergência operativa. O programa corte e movimento torna a implantação
do TIC constitui um argumento e maleável e flexível, sem perder a
uma oportunidade para num único clareza, ganha maior capacidade de
momento urbanístico, paísagistico adaptação na articulação dos distintos
Projeto
N
Figura 1 – Planta de implantação
planta de implantação
A
A. Cota + 58,00
A cota + 58,00 metros é por razões de
1. ordem estritamente pragmáticas o
nível eleito para a resolução de toda a
rede viária e estacionária das diversas
componentes funcionais e mecânicas
do terminal.
É simultaneamente a cota da via de
acesso ao Terminal, muito próxima da
cota dos túneis de acesso aos cais de
embarque da estação de caminhos de
ferro situada a +60,00 metros.
A eleição desta cota permite
desenvolver todas as funcionalidades
viárias do terminal num único plano
horizontal, retirando toda a possível
entropia e dispensável complexidade
dos movimentos viários, cicláveis e
pedonais.
As circulações são paralelas, contínuas
e amplas.
N
Figura 2 – Planta piso 0
Projeto
planta do piso 0
perfil geral
1 5 20
Programa
A distribuição programática assenta na
ideia elementar da Simplicidade.
Dada a complexidade funcional, a
nível distributivo, orgânico, mecânico
e infraestrutural dos diversos
componentes programáticos, a
proposta “lineariza” o programa,
modulando-o numa trama regrada
e sequencial, estendida sobe a área
de implantação e compactada numa
matriz perceptível na estrutura e
consequentemente na linguagem
arquitectónica.
Como referido, na cota +58,00
estabelecem-se todas as zonas
de movimento mecânico e
estacionamento de viaturas: parque de
automóveis, Terminal de autocarros,
estacionamento de bicicletas, acessos
pedonais aos cais de embarque da
estação, etc. Um grande e fluido
espaço coberto, mas aberto para o
exterior nos seus diversos limites,
tornando-se simultaneamente abrigado
e controlado, arejado e iluminado.
Num segundo nível, funcionado
como a “cota de soleira” da Estação,
distribuem-se sobre a área do terminal,
numa sequência modulada, os
pequenos programas de apoio, numa
relação directa com todo o Parque
Natural que oculta a presença física do
complexo no território. Este programa
estabelece também uma relação visual
ampla sobre o Terminal, iluminando-o
através da sua transparência e
estabelecendo uma continuidade
funcional. Esta sequencia de lojas,
gabinetes, infraestruturas de apoio,
lança um percurso em galeria que liga
os dois extremos de acesso à estação
e aos pontos de cais de embarque. Um
percurso contínuo, simultaneamente
funcional, distributivo e lúdico.
Sobre esta galeria coberta, estabelece-
se na sua “espessura” uma conduta
horizontal que permite conduzir
e distribuir todas as necessidades
infraestruturais do complexo e do equipamentos de apoio ao terminal
Figura 4 – Organigrama
de funções
A. Dissimulação
Dada a escala da intervenção e o seu
1. impacto dimensional no território,
aliada à pretensão de criar um ambiente
topográficamente naturalizado, na
transição entre a infraestrutura e
o tecido urbano, utilizaram-se as
diferenças altimétricas para resolver o
programa.
Resulta um edifício oculto no terreno,
sinalizado por espessuras construídas
acima das cotas de soleira e grandes
aberturas nos seus limites verticais e
horizontais.
Esta dissimulação da aparência
dimensional do edifício é a essência da
proposta e não resulta de uma artificial
manipulação topográfica e formal, mas
ao contrário do “encaixe” optimizado
e compactado das áreas do programa
nas diferenças de cotas existentes no
terreno.
Projeto Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
1 5 20
Figura 6 – Planta piso 0
N
A. Assim as grandes naves que abrigam os
veículos, tem grandes aberturas para
1. o exterior nos seus topos, (vãos de 50
metros na saída Norte e 12 metros no
estacionamento, 12 metros na entrada
Leste) que introduzem uma forte
iluminação e arejamento natural dos
espaços. Estes são complementados
pela abertura circular com um diâmetro
de 20 metros, que verte sobre a rotunda
que distribui o transito no terminal,
uma luz zenital intensa e permite a
transversalidade da ventilação.
Projeto Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
iluminação natural
ventilação natural
Figura 7 – Esquema
iluminação e ventilação
natural
No nível superior, os pequenos
espaços funcionais complementares
são directamente iluminados pela
galeria de nível com o Parque e a
sua transparência complementa a
iluminação do espaço de terminal de
autocarros e camionetas, através do
efeito “mezanninne”.
1.
Terminal Intermodal de Campanhã A.
+64.50
Figura 11 – Corte BB’
Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
1 5 20
Comodidade & sustentabilidade No Verão torna-se quente e o As comuns construções em alpendre O Terminal é um espaço Acresce ainda a sua facilidade de A sustentabilidade da solução é óbvia,
Toda a organização funcional e aquecimento torna-se mais agressivo para este tipo de funcionalidades, que continuamente coberto, mas aberto e percurso e permanência, situando- ao abrigar toda a construção, protegida
espacial, proposta para a organização com a humidade que se mantém assim não resolvem o desconforto térmico, iluminado para o exterior, permeável se toda a área de articulação viária por uma considerável camada de
do Terminal e a sua relação e como os usuais ventos fortes. nem a protecção ao vento e à chuva e permanentemente ventilado numa única cota, numa plataforma terra vegetal, retirando a longo prazo
articulação com os acessos à Estação Os percursos longos que batida, nem permitem percursos transversal e verticalmente. É uma compatibilizada com os túneis de qualquer tipo de manutenção aos
de Campanhã e as suas diversas inevitavelmente tem que se percorrer contínuos abrigados, além de serem construção atmosfericamente aberta acesso aos cais de embarque da elementos construtivos e estruturais. O
componentes (cais de embarque, dada a dimensão e escala do complexo urbana e paisagisticamente mais ao exterior, (sem caixilharias, nem Estação e nivelada com a rua de acesso sistema eleito, dispensa a necessidade
estação, metro) tem como base o e da sua articulação com os diversas invasivas, tem vindo a ser substituídas sistemas de ventilação mecânica) mas ao complexo. Peões, automóveis, de climatização, pois atribui uma inércia
conforto absoluto dos seus utentes. componentes funcionais, assim como em infraestruturas similares em diversas continuamente abrigada, provocando bicicletas e autocarros, partilham o térmica muito alta à construção, que
O Porto é no seu longo Inverno uma a possibilidade de esperas mais cidades da Europa, por espaços semi- uma sensação de interioridade e mesmo espaço dimensionado de estabiliza a atmosfera de todo o espaço
cidade chuvosa, com muito vento e demoradas, agravam as condições de exteriores de cobertura continua, possibilitando uma comodidade modo a não conflituar a autonomia de funcional, equilibrado pela permanente
temperaturas relativamente baixas uso deste tipo de infraestruturas. (muitas vezes semi ou totalmente de excelência no seu uso, nos seus cada percurso e meio, mas de modo a iluminação e ventilação natural que a
que se tornam mais difícieis com enterradas), tornando o seu uso de um percursos pedonais e nos locais de muito facilmente ser efectuada a troca escala das suas aberturas permite.
os permanentes elevados níveis de conforto imbatível, tendo servido de espera. de meio de locomoção (de carro para
humidade do ar. referência à presente proposta. comboio, de bicicleta para comboio,
de autocarro para comboio, etc. ).
Figura 12 – perspectiva Figura 13 – perspectiva
da galeria de acesso do pátio no acesso ao
aos equipamentos e terminal / kiss and ride
serviços de apoio ao
terminal
A. Parque natural* O Parque natural proposto constitui Acústica
Figura 14 – perspectiva
do jardim para a
Estabiliza a morfologia do terreno, o elemento físico que estabelece a galeria de acesso Do lado Poente, o muro contínuo que
1. naturaliza a atmosfera do local
e concretiza a transição entre a
relação entre as partes a agregar através
do projecto: A estação de Campanhã,
aos equipamentos e
serviços de apoio ao
caracteriza a intervenção estabelece
uma cortina acústica, que absorve o
terminal
infraestrutura e o tecido urbano o Terminal, a rede viária, o tecido ruido do caminho de ferro, separando
convencional. A ideia de “construir” urbano, os fragmentos construídos e a carga sonora dessa infraestrutura em
um Parque urbano é consequente da infraestruturais. Um manto verde que relação à cidade.
implantação topográfica da solução se espalha sobre o terreno, adaptado
arquitectónica. Ao remeter toda a à circunstância topográfica existente, Tecido urbano
mobilidade para a cota inferior da área disciplinando as suas diferenças O tecido urbano a Nascente da área
de intervenção, sobra a acentuada morfológicas, homogeneizando o seu de intervenção, constitui uma área
diferença de cotas entre este nível e a declive e agregando as construções. urbana mais histórica, caracterizada
cota da Estação de Campanhã. Esta pela típica malha Portuense, de lotes
estratégia de implantação altimétrica, habitacionais, edifícios de maior escala
permite tratar todo o volume entre (equipamentos e edifícios industriais)
o espaço construído à cota baixa e e construções informais. A sua situação
a plataforma do caminho de ferro. de desagregação e desvinculação
Na análise morfológica do território com a matriz infraestrutural da Estação
e na sua avaliação paisagística, a Poente da área de intervenção,
verifica-se o enorme lapso de espaço agravado pela invasão do traçado
verde existente no sitio e na sua rodoviário pesado, obriga a que
envolvente próxima. A introdução a construção do Terminal seja um
de um Parque natural urbano como argumento para a sua reparação e
um dos pilares estruturantes da consolidação com a continuidade da
proposta, constitui uma aposta na cidade.
renaturalização contemporânea do
território, humanizando o seu ambiente
e suavizando as relações entre as
desagregadas construções e redes
existentes e a colocação territorial da
nova infraestrutura. O Parque introduz
um pulmão verde na área, que absorve
Projeto
*ver paisagismo
Quinta do mitra Sistema viário** O seu traçado permite a fluidez do O seu desenho também é fruto, tal com
O edifício da Quinta do Mitra e a sua Regulariza o limite do tecido urbano, transito em dois sentidos, desde o nó toda a concepção do projecto, de uma
propriedade, estão actualmente numa disciplina a sua construção e articula da Bonjóia até ao acesso ao centro natural adaptação topográfica do seu
situação confrangedora, de isolamento o Terminal, o Parque, a cidade e a da cidade na ligação com a rua do traçado, anulando pendentes abruptas,
e enclave viário, que retira a escala VCI. O traçado proposto a Nascente Freixo, pautado ainda pelo alargamento inclinações excessivas e quebras de
natural ao monumento e o coloca num localiza-se propositadamente generoso, resolvendo o acesso à visibilidade.
enclave acidental e insólito. tangente à malha construída da Fábrica da Ceres e o lançamento de
A implantação de um elemento cidade, que oscila entre a construção artérias para acesso e saída do Terminal.
construído de percurso exterior, na convencional e a construção informal O seu traçado insinua a possibilidade
sua direcção, pretende re-incluir a e consequente diversidade de escalas da criação de uma frente urbana, que
sua presença na morfologia urbana. e posicionamento territorial. Retirando existe por colmatar, ou o limite da
Estendendo o Parque natural, os a actual circulação viária junto à continuidade do Parque, que se pode
percursos pedonais e cicláveis até à estação, liberta-se integralmente o estender para nascente, ocupando as
sua proximidade, reintegra-se esta espaço para a construção do Terminal áreas livres de construção entre a malha
construção de valor histórico, na nova e a autonomia do seu funcionamento e o novo arruamento.
lógica ambiental do sitio, incluindo a e o desenvolvimento livre do Parque
sua volumetria como parte do novo natural que regulariza as relações entre
conjunto edificado. a Estação, o Terminal e o tecido urbano.
A recuperação do seu interior terá que
ser avaliada e projectada em função de
um critério detalhado para o programa
proposta, sendo que é evidente a
flexibilidade e potencial dos seus
espaços internos para variadas funções. **ver mobilidade
Figura 15 –possibilidade
de consolidação da frente
urbana
A. Tipologia & forma
Universal, inteligível e racional.
A compactação do programa de
Terminal e aparcamento automóvel, e
Figura 16 – Álvaro Siza,
Bairro da Malagueira,
Évora, Portugal, 1997
1. Conceptualmente agregado
em obrigações funcionalistas e
sua invisibilidade volumétrica, tornam a
Galeria linear, protagonista absoluto do
programáticas, a tipologia eleita é fruto espaço urbano e paisagístico.
da opção da organização seriada do Tipologia e forma coincidem na
programa. sua aparência modular e na relação
O pórtico estrutural dá continuidade arquitectónica com o contexto urbano,
ao espaço e conforma a sua articulação paisagístico e topográfico.
vertical e horizontal.
A linearidade e simplicidade do
sistema de acessos horizontais e
verticais, atribui forma ao conjunto. A
horizontalidade do percurso pedonal
à cota do Parque e a sua extensão
longitudinal, formaliza um “Aqueduto”
infraestrutural e uma “Pérgola”
percorrivel, referenciada a espaços
urbanos universais, reconhecíveis.
Projeto Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
Figura 17 – Aurelio
Galfetti, Piscinas,
Bellinzona, Suíça, 1967-
1970
A. Estrutura***
Pórtico, Galeria & Loggia
Na cota da galeria, o pórtico produz
uma Loggia contínua, enfatizando o
Figura 18 - perspectiva
do jardim para o pátio
de acesso ao terminal e
Infraestrutura
O Terminal é o conjunto complexo de
1. A trama que serve de base ao desenho
de todo o terminal corresponde a uma
percurso como um espaço publico de
ligação funcional entre as partes do
parque de estacionamento redes viárias e mecânicas, nesta proposta
concebido com uma certa elementaridade
modulação que simultaneamente Terminal e da Estação de Campanhã espacial e uma grande economia de meios
é dimensionada em função da e é o elemento arquitectónico que formais.
optimização do parqueamento dos estabelece a relação física e visual entre No entanto a operação envolvida na sua
veículos e da racionalidade estrutural o espaço construído e o Parque natural. construção envolve a reorganização
de todo o complexo. A aparência dessa O parque é o plinto desta construção infraestrutural do recinto urbano. A galeria
modulação verte-se directamente de inspiração clássica, cuja forma porticada que estabelece as relações físicas
da estrutura para a linguagem coincide com a estrutura, retirando entre o Terminal, a Estação e o Parque
arquitectónica. O pórtico estrutural arbitrariedade à sua percepção e natural à cota alta é uma construção em
caracteriza os espaços interiores do clarificando no seu ritmo contínuo a pórtico cujo entablamento permite a
terminal, ritmando a sua espacialidade estabilidade urbana e paisagística. formalização de uma conduta horizontal
e dinamizando a sua amplitude. Na continua e acessível que disciplina e
área de paragem e estacionamento regula o traçado das redes necessárias ao
de autocarros, a geometria resultante perfeito funcionamento de todo o recinto
do intervalo entre as duas linhas da interior e exterior, quer no momento da
composição geral, cria um espaço sua construção quer nas necessidades
triangular, aberto para a luz natural, futuras, dado o seu dimensionamento e
resultando uma perspectiva acelerada, flexibilidade de manutenção e uso.
que se acentua no ritmo das vigas do
pórtico que estrutura o espaço.
Projeto Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
***ver estrutura
Construção Figura 19 – corte construtivo,
escala 1:25
O sistema construtivo (ver corte
construtivo) segue a concepção
arquitectónica e a sua dependência
linguística do sistema estrutural.
A aparência espacial da estrutura
e da definição do volume e do
espaço confinam a construção à
elementaridade. Os paramentos,
vigas e pilares que caracterizam os
espaços, propõem-se aparentes e sem
acabamento, caracterizando assim
todo o interior do recinto assim como
os paramentos exteriores visíveis.
A zona de lojas e espaços de apoio
ao TIC propõem-se encerradas
com caixilharias correntes de perfis
de alumínio e tectos para inserção
de eventuais equipamentos e
infraestruturas em grelhas de alumínio
moduladas amovíveis. Dado todo os
espaços, embora permanentemente
cobertos, serem na sua essência,
espaços de carácter exterior e de
continuidade com o espaço publico,
o seu tratamento será feito em
continuidade com os arruamentos:
vias e passeios em betuminoso, guias
e contra-guias em granito, degraus em
granito, paredes, vigas e pilares em
betão aparente.
As coberturas são genericamente
ajardinadas e transitáveis, pelo que
serão acabadas com o sistema de
impermeabilização isolamento e
drenagem usual para este tipo de
cobertura.
O sistema construtivo resume-se assim
a uma “pallete” muito restrita de meios
e técnicas.
01 muro de contenção
02 laje de betão
03 enchimento de betão leve
04 argamassa de regularização
05 impregnação com primário betuminoso
06 impermeabilização com tela asfáltica (bi-camada)
07 camada separadora com filtro geo-têxtil
08 isolamento térmico em poliestireno extrudido
09 membrana drenante
10 terra vegetal
11 lajeta de betão pré-fabricado
12 canal de infra-estruturas
13 “trop-lein”
14 isolamento acústico / térmico em lã-de-rocha
15 pavimento em betão acabado de helicóptero
16 fundação em betão
17 argamassa de assentamento
18 guia e contra-guia de granito
19 mistura betuminosa densa
20 pavimento em betuminoso
21 aglomerado de granolometria extensa
22 solo natural
A. Construção
O sistema construtivo (ver corte
Percurso(s)
A concepção do novo Terminal
Função
O terminal é uma peça infraestrutural
1. construtivo) segue a concepção
arquitectónica e a sua dependência
estrutura-se com base na fluidez
e clareza dos diversos percursos
essencialmente funcionalista, com uma
exigência de desempenho extremo,
linguística do sistema estrutural. que o programa deve atender, que não admite falhas no sistema ou
A aparência espacial da estrutura nomeadamente a complementaridade ambiguidades de organização.
e da definição do volume e do entre os diferentes acessos. Valorizando A presente proposta caracteriza-se por
espaço confinam a construção à os acessos pedonais e por ciclovia, uma concepção racionalista na sua
elementaridade. Os paramentos, o desenho da peça arquitectónica, organização espacial e programática.
vigas e pilares que caracterizam os nomeadamente na sua forma e Parte da seriação estrutural, para
espaços, propõem-se aparentes e sem dimensionamento, está estritamente regular o programa e dimensionar
acabamento, caracterizando assim ligado à valorização e facilitação as partes. As exigências viárias, de
todo o interior do recinto assim como da circulação pedonal, tornando-a trajecto, de diferenciação utilitária
os paramentos exteriores visíveis. simultaneamente fácil, visível e lúdica. e de compatibilização funcional e
A zona de lojas e espaços de apoio A permanente relação visual com o mecânica, são resolvidas através de
ao TIC propõem-se encerradas Parque natural, a sua linearidade e uma composição racional e inequívoca
com caixilharias correntes de perfis nivelamento transformam os acessos na distribuição dos espaços e suas
de alumínio e tectos para inserção pedonais num percurso confortável, relações, na clareza e linearidade
de eventuais equipamentos e permanentemente protegido, de dos diferenciados percursos, no
infraestruturas em grelhas de alumínio desfrute visual e amplitude espacial. nivelamento das distancias e acessos. O
moduladas amovíveis. Dado todo os O peão e o ciclista tem em todo o funcionalismo da concepção espacial
espaços, embora permanentemente circuito de ligação entre as partes e o pragmatismo da organização
cobertos, serem na sua essência, da Estação e as funcionalidades programática não invalida a qualidade
espaços de carácter exterior e de do Terminal, caminhos dedicados arquitectónica. A sua clareza distributiva
continuidade com o espaço publico, e exclusivos, autónomos das permite a criação de uma atmosfera
o seu tratamento será feito em circulações mecânicas, correctamente particular no espaço, caracterizado
continuidade com os arruamentos: dimensionados para os fluxos previstos. pelo ritmo da malha estrutural, da
vias e passeios em betuminoso, guias O percurso é a funcionalidade dinâmica do pórtico e da leveza
e contra-guias em granito, degraus em que regula o desenho da peça horizontal do conjunto. O contraste
granito, paredes, vigas e pilares em arquitectónica, dimensionando a sua entre os elementos estruturais que
betão aparente. escala e definindo a sua imagem. regram o espaço e as funções e o
As coberturas são genericamente seu entorno natural, concretizado no
Projeto
Condicionantes
Os fortes constrangimentos
existentes, nomeadamente o enorme
estrangulamento projectado pelas infra-
estruturas ferroviárias e rodoviárias,
juntamente com o Rio Douro, tornam
este local isolado e de difícil acesso. A
criação de um parque verde urbano,
vai permitir que os moradores daquele
núcleo disperso possam usufruir
de um espaço orgânico e vegetal a
uma distância pedonal, aumentando
fortemente a qualidade de vida dos
seus habitantes e utentes.
1 2
Terminal Intermodal de Campanhã
A. Zonas de distribuição
e equipamentos de
3. apoio ao terminal
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
A B C D E F G
Conjunto de família
Projeto
1 2
Sala de Espera
Waiting Room
A. Zona de Embarque
3.
Utilização da escala de
A
Projeto
tipografia adequada
à sua utilização e
propósito.
Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
2
B C
Concurso de conceção Projeto
3.
Terminal Intermodal de Campanhã A.
Zonas de
Estacionamento
1
2
As cores dominantes para
a sinalética são o preto e o
branco. Outras cores podem
ser adicionadadas outras cores
quando o seu uso é justificado
25
26
A. Zona de
Embarque
3.
C
D
B
Projeto Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
Exemplo de marcação de
limites com relevo para
invisuais
1 2
Zonas de Parque
de Bicicletas
1 2
A. Passeio de
atravessamento
Nos casos em que se
considere necessário o
oportuno serão criadas
Nos casos em que se
considere necessário o
oportuno serão criadas
1 2
A. Lexico
Comunicacional
3.
Regular tácteis
Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
ABCD ABCD
abcd abcd
12345 12345
Sinalética Informativa Exemplo de layout
Exemplo em Monitor para sinalética
LCD
Sala de Espera
Saídas / Departures
Chegadas / Arrivals
A 12:37 Famalicão
03 13:05 Guimarães
A 12:37 Aveiro
03 13:05 Coimbra
A 12:37 Bragança
03 13:05 Aveiro
A 12:37 Vigo
03 13:05 Viseu
1.
Mobilidade
2.
Fundações e
estruturas
3.
Rede de Abastecimento de Água,
Rede de Drenagem de Águas
Residuais e Rede de Drenagem
de Águas Pluviais
4.
Instalações Mecânicas
de Desenfumagem
5.
Luminotecnia
6.
Segurança
1.
B. Mobilidade Enquadramento
A solução proposta para o Terminal
Terminal Rodoviário
O Terminal Rodoviário destina-se
Transporte individual em automóvel
Apesar de um dos grandes objetivos
A rotunda terá como principais
funções: organizar/estruturar o
Intermodal de Campanhã – TIC, a ao transporte de passageiros em da atualidade ser desincentivar o uso tráfego de entrada e saída do parque
localizar-se na zona a nascente do feixe autocarro, para serviços urbano, do transporte individual em automóvel, de estacionamento, eliminando
de linhas ferroviárias da estação de interurbano e nacional. Este espaço é necessário não esquecer que essa constrangimentos no cruzamento entre
comboios de Campanhã, permitirá funcionará como o ponto de conexão poderá ser a única opção de muitos veículos; permitir o acesso, de forma
uma interligação eficaz, confortável de todas as redes, sendo que a utilizadores chegarem ao TIC. No segura e confortável, ao kiss & Ride;
e segura entre os diferentes meios articulação com as infraestruturas caso em estudo, dada a proximidade permitir a inversão de marcha dos
de transporte, promovendo assim de transporte já existentes do lado do TIC à VCI (IC23/A20) e à estrada veículos (inclusive veículos pesados,
o conceito de intermodalidade no poente à linha ferroviária (estação de da Circunvalação (N12), estima-se caso seja necessário).
sistema de transportes. comboios, estação de metro ligeiro, que a interligação entre transporte Será também considerado
O TIC proporcionará a possibilidade de praça de táxis e paragens de autocarros privado e transporte público seja estacionamento na via pública, estando
articulação entre todos os serviços de urbanos) será efetuada através das duas elevada. Face ao exposto, a presente previstos os já referidos 31 lugares no
transporte terrestre, nomeadamente: passagens pedonais inferiores à linha. A proposta considera uma solução de arruamento que ligará a Rua Pinheiro
transporte público rodoviário, passagem pedonal inferior sul encontra- estacionamento coberto com sistema de Campanhã ao Nó de Bonjóia.
transporte público ferroviário pesado se em funcionamento e permitirá o Park & Ride, com capacidade para
(CP), transporte público ferroviário acesso às plataformas de comboio 268 viaturas (31 exteriores), estando
ligeiro (Metro do Porto), táxis, e à praça de táxis, enquanto a que a 4 lugares destinados para Pessoas
transporte individual e modos suaves passagen inferior norte, atualmente de Mobilidade Reduzida e 4 lugares
(bicicleta e a pé). inacabada e inativa, permitirá o acesso para pessoas com crianças em idade
É de referir que, na medida em que o às plataformas do metro, ao terminal de colo. Estes lugares especiais
Nó de Bonjóia permite o acesso fácil Douro e Minho e às paragens de serão implantados junto aos acessos
e direto da VCI (IC23/A20) ao TIC e autocarros urbanas. diretos ao Terminal Rodoviário. No
vice-versa, foi efetuada uma ligeira Relativamente ao sistema de parque de estacionamento também
reformulação na geometria viária do funcionamento do terminal rodoviário, está prevista a implementação de
referido nó, com o objetivo de se criar o estudo apresentado propõe que o postos de carregamento para veículos
uma correta interligação entre este acesso a este seja efetuado através elétricos, assim como de alguns lugares
e o TIC, otimizando a circulação de do cruzamento (sentido nascente- reservados para car-sharing. Serão
veículos pesados e a acessibilidade poente) entre a Rua de Bonjóia e o novo também disponibilizados lugares para
rodoviária ao Terminal. aruamento a construir do lado nascente motociclos.
do TIC com ligação ao Nó de Bonjóia. O acesso ao parque de estacionamento
Do lado poente do terminal existirá será efetuado através do cruzamento
Especialidades
Figura 1 – percurso
ciclável
- percurso ciclável
B. Manobrabilidade e Superfícies de
Varrimento dos Veículos
Perfis transversais tipo
O perfil transversal tipo dos
Figura 2 – exemplos
de trajetórias e
respetivas superfícies de
1. No dimensionamento de toda a
infraestrutura rodoviária apresentada,
arruamentos propostos consiste numa
faixa de rodagem com uma largura
varrimento dos veículos
pesados.
Figura 6 - Exemplo
de mapa de esforços
normais nas vigas do
Terminal Rodoviário
3.
B. Rede de Abastecimento de Água,
Rede de Drenagem de Águas
O presente capítulo incidirá na
proposta das redes de abastecimento
De referir a eventual necessidade de
dotar o espaço sobre o edifício de rede
A rede predial de drenagem de
águas residuais efetuará a recolha e o
Residuais e Rede de Drenagem de água, redes de drenagem de águas de rega a qual será também abastecida transporte do efluente produzido nos
de Águas Pluviais residuais e drenagem de águas pluviais a partir do ramal domiciliário ou então diferentes aparelhos previstos. Prevê-
do Terminal Intermodal de Campanhã. com recurso a poço. se igualmente que as águas captadas
Projeto das Redes Prediais A intervenção divide-se entre a rede Relativamente à rede de combate com recurso a grelhas, nos parques de
e Infra-Estruturas predial e a rede de infra-estruturas. a incêndios prevê-se a instalação estacionamento, sejam direcionadas
No que diz respeito à rede predial de um sistema de 1ª intervenção, através da rede de águas residuais
prevê-se dotar o edifício proposto das constituído por carreteis, e um de 2ª após tratamento em separador de
três redes necessárias, sendo que, e intervenção com bocas alimentadas hidrocarbonetos.
relativamente à rede de abastecimento através de uma rede seca, com boca A rede será direcionada para uma
de água, todos os aparelhos previstos siamesa na entrada do edifício. O câmara de ramal de ligação, após a qual
serão ligados incluindo bocas de rega sistema de 1ª intervenção terá a será ligada à rede pública de drenagem
ou lavagem da zona de aparcamento, montante um reservatório de água, de águas residuais. Prevê-se que o
quer dos autocarros, quer dos com uma capacidade de 25 m³. funcionamento de toda a rede seja
automóveis, prevendo-se também Este reservatório, em betão armado, gravítico.
uma rede de abastecimento de água ficará enterrado, tendo na câmara de As águas pluviais, recolhidas nas
quente para os balneários. Toda a manobras um sistema de pressurização, diferentes entradas do edifício,
instalação será dotada a montante de o que permitirá colmatar a falta de bem como as águas freáticas, serão
contador, após a sua ligação à rede de pressão e a provável deficiência de recolhidas e transportadas na rede de
abastecimento pública. caudal da rede pública para alimentar drenagem de águas pluviais, a qual será
um sistema deste tipo. ligada à rede pública no exterior do
edifício após passagem por câmara de
ramal de ligação.
Especialidades
Concurso de conceção
Terminal Intermodal de Campanhã
Relativamente às infra-estruturas Também o novo arruamento previsto Será necessário dotar as imediações
previstas destaca-se desde logo a entre a Rua Pinheiro de Campanhã, do edifício de marcos de incêndio,
necessidade de garantir que o novo e a Rua de Bonjóia deverá ser dotado nomeadamente as zonas de acesso.
edifício esteja dotado, nas suas das diferentes infra-estruturas, Assim prevê-se a execução de
proximidades, das três redes aqui eventualmente até a título de desvio marcos na rede pública existente,
descritas, pelo que será eventualmente daquelas que forem afetadas pela eventualmente com a sua expansão
necessário o prolongamento das implantação do novo edifício. Caso para permitir a colocação de marcos
redes existentes de forma a possibilitar seja necessário recorrer a esta última junto ao edifício.
quer o abastecimento de água, quer a solução referida, será igualmente Por último é de referir a existência
drenagem de águas residuais e pluviais. necessário intervir ao longo da Rua de numerosas minas de água, com
Por outro lado será necessário proceder Pinheiro de Campanhã, no troço com origem a Noroeste deste local, algumas
ao desvio e reposição de redes afetadas sentido Poente-Nascente. Prevê-se das quais poderão estar cadastradas,
pela intervenção prevista, o que igualmente o desvio e reposição das pelo que se tentará investigar, quer
possibilitará ao mesmo tempo a infra- redes afetadas pela deslocação do através de registos, quer no próprio
estruturação da nova rede viária. acesso à estação de Campanhã, o qual local, a possível afetação destas infra-
Assim, e entre o nó da Bonjóia e a Rua se prevê demolir e reconstruir mais a estruturas, e prever o seu desvio.
da Bonjóia, no arruamento de acesso Nascente, sensivelmente a meio da Todo o projeto (conceção, materiais
ao nó, o qual prevê-se reimplantar Rua Pinheiro de Campanhã. Na zona a utilizar, etc.) obedecerá as
numa posição mais a Poente, será da fábrica CERES, bem como ao longo Normas e Regulamentos em vigor,
necessário demolir e repor a rede de de grande parte da Rua Pinheiro de nomeadamente as das Águas do Porto,
drenagem de águas pluviais existente. Campanhã, no troço paralelo à Estação S.A., entidade concessionária destas
de Campanhã, prevê-se a necessidade infra-estruturas.
de adaptar as redes existentes às
alterações de perfil dos arruamentos.
4.
B. Instalações Mecânicas
de Desenfumagem
Introdução
O presente Projecto de concurso
1. espaços comercias
Os espaços comerciais serão dotados
2. Garagem
O projecto de arquitectura permite que
refere-se às instalações mecânicas de de ventilação mecânicas e de sistemas a admissão de ar seja totalmente natural
Ventilação, Desenfumagem e Controlo autónomos de expansão directa para permintido uma poupança grande
de CO, destinadas ao Parque de controle ambiente em termos de efectiva quer a nível de investimento
estacionamento . temperatura e renovação de ar . inicial quer a nível de consumo de
A ventilação mecânica dos parques de energia .
estacionamento enterrados destina- No piso do estacionamentos, a entrada
se a manter os níveis de emissão de de ar será feita naturalmente, através
monóxido de carbono dentro dos de entradas de ar criadas para o efeito,
valores regulamentares, bem como com uma área superior a 0.06 m² por
a fazer a desenfumagem em caso de veículo, conforme indicado nas peças
incêndio. desenhadas.
No piso a extracção de ar será feita por
uma instalação de ventilação mecânica
com um caudal de extracção não
inferior a 300 m³/h/veículo, sempre que
o teor de monóxido de carbono exceda
50 ppm, e um caudal de extracção não
inferior 600 m³/h/veículo sempre que o
teor de monóxido de carbono exceda
100 ppm, interessando o piso em toda a
sua extensão.
O comando dos ventiladores será
feito de um modo independente em
cada piso através de uma central de
detecção de monóxido de carbono
e de uma central de detecção de
incêndios (SADI).
Estas centrais colocarão cada ventilador
na posição de desligada, 1ª velocidade
e 2ª velocidade, respectivamente, do
Especialidades
seguinte modo:
Terminal Intermodal de Campanhã
Concurso de conceção
Central de detecção de incêndio Central de detecção de monóxido de • A alimentação eléctrica aos moto-
SADI: carbono: ventiladores deverá ser garantida
• Controlo de fumos deverá ser • O controlo da poluição do ar por independentemente do corte de
realizado por instalações mecânicas excesso de monóxido de carbono energia eléctrica ao edifício; Em caso
accionadas através do SADI, devendo deverá ser realizado por instalações de corte de energia eléctrica os moto
ser garantida a renovação do ar com de ventilação mecânica capazes de ventiladores de desenfumagem não
um caudal de extracção não inferior a promover a renovação de ar em cada serão alimentados por um gerador, mas
600 m³/hora/veículo; piso com um caudal de extracção de sim, por um barramento que manterá
• Os grupos moto-ventiladores de a 300 m³/hora/veículo, sempre que o os ventiladores ligados e que só desliga
extracção deverão funcionar com fumo teor de monóxido de carbono exceda quando cortado pelos bombeiros.
a 400 ºC durante 120 minutos; 50 ppm e um caudal de extracção de • A cablagem de alimentação dos
• As instalações mecânicas 600 m³/hora/veículo, sempre que o moto-ventiladores deverá apresentar
anteriormente referidas deverão teor de monóxido de carbono exceda características adequadas de
permitir também assegurar o 100 ppm, interessando o piso em toda a resistência ao fogo;
controlo da poluição do ar, a nível sua extensão; • As condutas no seu trajecto no interior
de concentração de monóxido de • O accionamento das instalações de do aparcamento deverão garantir
carbono; ventilação mecânica, decorrente de um índice de resistência ao fogo
excesso de monóxido de carbono, adequado;
será realizado automaticamente por • As instalações deverão ser projectadas
activação do sistema automático de de modo que não constituam um factor
detecção de monóxido de carbono, de de propagação de fumos e de fogo
acordo com os critérios de actuação já entre sectores de fogo.
especificados;
• A activação do sistema deverá ser Consumo
também realizada manualmente por O consumo estimado anual de energia
comando situado junto das entradas e para a ventilação é de cerca de 28.000
saídas de veículos, em local acessível kwh/ano.
aos bombeiros, ou na central de
segurança, se existir.
5.
B. Luminotecnia A distribuição, número de pontos de
luz, e tipo de armaduras, obedeceu,
As luminárias propostas e utilizadas
neste estudo são de tecnologia LED,
Os baixos consumos, que garantem a
sustentabilidade (DPI) e os Índices de
para além dos critérios arquitectónicos tem IK10 e IP66, o que traduzirá Iluminância foram conseguidos com
e de circulação de viaturas aos numa quase nula manutenção futura uma disposição das luminárias ao longo
seguintes critérios: e consumos muito reduzidos, já dos estacionamentos, respeitando os
que as mesmas tem as seguintes critérios, acima referenciados e com
- Índices de luminância indicados pela características de sustentabilidade: a utilização de luminárias de baixo
CIE e no cumprimento integral da consumo e de custo de aquisição
Norma 12464-1; Luminárias para Estacionamento de reduzidos.
- Cumprimento dos índices de Automóveis:
Sustentabilidade Energética (RECS, Rendimento Luminoso: 119,6 Lm/W
nomeadamente na verificação dos Potência de ligação específica: 0,83W/
DPI’s e potência Instalada); m2 = 1,10W/m2/100Lx
- Baixa manutenção e consumos,
associados a gestão da iluminação Luminárias para Estacionamento de
natural/artificial. Autocarros:
Rendimento Luminoso: 122,8 Lm/W
O índice de iluminância proposto Potência de ligação específica: 1,32W/
respeita o aconselhado no capítulo m2 = 1,22W/m2/100Lx
5.7.4, respeitante a estacionamento
públicos, da Norma 12464-1,
nomeadamente acima de 75 Lux de
iluminância média.
Para tal, optou-se por uma distribuição
conforme a Figura 1.
Figura 1 – Distribuição
Especialidades
da Iluminância –
Estacionamento de
Autocarros
Terminal Intermodal de Campanhã
Concurso de conceção
No caso do Estacionamento de Esta gestão, de baixo custo de obra, Em resumo, a solução proposta visa, Custos de esploração relativos a Desta forma teremos um custo diário,
Autocarros (Figura 2) e atendendo que permitirá baixar os consumos de com um baixo custo de investimento iliminação e tomadas relativo a estes consumos de (12,57 + 1)
parte do mesmo tem uma fachada, energia e aumentar a longevidade das inicial, tirar o maior partido possível Atendendo a que não há grupo gerador x 12h x 0,18 = 29,31€, o que se traduz
ampla, voltado para o exterior, serão luminárias, diminuindo, igualmente, os da sustentabilidade das soluções e a energia será fornecida em BT, não num custo mensal de 879,34€.
empregues sensores de luminosidade custos de manutenção. propostas, com baixos custos tanto havendo custo de exploração com o
que controlarão as 3 primeiras fiadas energéticos como de manutenção PT e a totalidade dos equipamentos de Nota: A este custo deverá somar-se
de iluminação, independentemente futura, bem como criar uma estética iluminação são com tecnologia LED, os custos relativos aos consumos de
por fiada, de forma a que as mesma só visual agradável, com as luminárias com 50.000h de funcionamento, os AVAC.
liguem quando a iluminação natural suspensas entre vigas, alinhadas por custos de exploração se resumem ao
não for suficiente, ligando em primeiro estas, de forma a não condicionar os consumo de electricidade relativo a
lugar a terceira linha mais longe da percursos dos autocarros. iluminação e a alimentação de caixas
fachada e assim, respectivamente, até de pagamento e escritórios.
que a iluminação natural já não seja
suficiente para garantir os mínimos da Considerando os seguintes factores:
Norma 12464-1. • Que será necessário ligar a iluminação
12h/dia, atendendo as entradas
de iluminação natural, controlo da
iluminação por sensores e horário de
funcionamento;
• O consumo de energia com
iluminação será o seguinte:
Estacionamento – 154 luminárias de
28W;
Terminal – 162 luminárias de 51W;
Total = 12,57kW
• Consumo hora dos equipamentos e
escritórios: 1kWh
• Preço médio de energia 0,18€/kWh;
Figura 2 – Distribuição
da Iluminância –
Estacionamento de
Automóveis
6.
B. Segurança Integrada Segurança Contra Incêndio Segurança Contra Incêndio - Medidas
Passivas
Existirá, ainda, um piso superior onde
se localizarão os compartimentos
• Medidas de protecção dos vãos de
comunicação;
De acordo com o DL220/2008 de 12 destinados a bilheteira, instalações • Características de reacção ao
de Novembro, o presente edifício sanitárias, zonas administrativas e de fogo dos materiais de acabamento
é composto por duas Utilizações- serviços, zonas de espera e cafetaria. interiores, mobiliário e decoração;
Tipo, sendo a zona do terminal Os dois pisos comunicam directamente • Características de resistência
rodoviário classificado como UTVIII com o exterior, a diferentes cotas. e reacção ao fogo das paredes
(Gares de Transportes) e o parque exteriores e coberturas e dos
de estacionamento como UTII No âmbito das medidas passivas, em elementos de obturação dos vão
(Estacionamento). função da altura do edifício, da taxa respectivos;
Com base na proposta de arquitectura de ocupação e da classificação dos • Concepção dos espaços interiores,
apresentada, as categorias de risco riscos presentes em cada local, serão tendo em atenção os riscos presentes
atribuídas às UT são: considerados os aspectos seguintes: em cada local, com vista à definição
• UT-VIII “Gare Transporte” – 2ª • Condições de acesso ao edifício (vias e dimensionamento dos caminhos de
categoria de risco (taxa de ocupação de acesso e pontos de entrada dos evacuação (acessibilidade das saídas,
<1000pessoas); bombeiros); seu número, localização e limitação
• UT-II “Estacionamento” – 2.ª categoria • Resistência ao fogo dos elementos das distâncias a percorrer) de forma a
de risco (área bruta total < 9600m2 e estruturais; garantir a rápida evacuação de todas
número de pisos abaixo do PR ≤1) • Medidas de compartimentação as pessoas que estejam no local;
O terminal rodoviário, será classificado corta-fogo, isolamento e protecção no • Critérios a aplicar no controlo dos
como “Gare de Superfície” uma vez interior do edifício (e de cada sector fumos nos diferentes compartimentos
que não se situa abaixo do Plano de de compartimentação) dos locais corta-fogo, vias de evacuação
Referência, possui uma fachada lateral que apresentem riscos especiais ou protegidas e locais com riscos
(na sua totalidade) em comunicação agravados; especiais.
com o exterior e se encontra ao nível do • Medidas de isolamento de
Plano de Referência. canalizações e condutas;
Especialidades
Terminal Intermodal de Campanhã
Concurso de conceção
1.1 Compartimentação Corta-fogo
Considerando as áreas destinadas
ao parque de estacionamento será
necessário criar dois compartimentos
corta-fogo, conforme esquematizado
na figura 1.
Figura 1 – Compartimentação
do estacionamento automóvel
e Caminhos de Evacuação
– parque estacionamento +
terminal rodoviário
2675 m2 2760 m2
exterior
exterior
exterior
B. 1.2. Caminhos Evacuação
As saídas do parque de estacionamento
No terminal rodoviário as saídas
encontram-se junto aos portões de
6. e do terminal rodoviário foram
pensadas de forma a garantir que as
entrada e de saída do mesmo, e como
saídas alternativas estão previstas
distâncias a serem percorridas pelos escadas, exteriores, que desembocam
ocupantes cumprem as disposições no piso superior – Plataforma superior.
da legislação de segurança em vigor – O acima exposto encontra-se
40m quando existem saídas alternativas esquematizado na fig.1.
– situação verificada em todos os Na plataforma superior – piso 1,
pontos do parque. todos os compartimentos acedem
Para tal foram previstas saídas directas directamente ao exterior, para a
para o exterior na entrada principal do plataforma superior. No esquema da
parque e na zona tardoz do mesmo. fig.2 é possível observar as saídas das
Em cada parede lateral do parque, escadas com origem no piso inferior.
encontram-se duas saídas alternativas.
As localizadas junto aos elevadores
serão efectuadas para o passeio
comum ao terminal rodoviário e as da
parede oposta através de escadas, que
desembocam directamente no exterior.
Figura 2 – Caminhos
Evacuação – Plataforma
superior
Especialidades
exterior
Terminal Intermodal de Campanhã
Concurso de conceção
exterior exterior
Segurança Contra Incêndio - Medidas Segurança Contra Intrusão 1.1. Medidas Passivas 1.2. Medidas Activas – Detecção de 1.3. Sistema de Detecção de
Activas As medidas passivas a adoptar, Intrusão Monóxido de Carbono
Relativamente às medidas activas, em essencialmente do âmbito da As medidas activas, para além de O sistema de Detecção de
função da legislação em vigor, serão arquitectura, terão em atenção os dissuasivas, complementam as Monóxido de Carbono, a aplicar
estabelecidos os critérios de segurança níveis de segurança pretendidos para medidas passivas e terão como no estacionamento e no terminal
a que devem obedecer as instalações o terminal e serão asseguradas pelas objectivo principal detectar (o intruso), rodoviário, será do tipo electrónico
técnicas, os meios alarme e de extinção barreiras arquitectónicas a estabelecer avisar (o vigilante) e alertar (policia ou por semi-condutor, microprocessado,
seguintes: entre o exterior e o interior do edifício empresa de segurança) de qualquer com elevada selectividade perante
• Condições a respeitar pelos e, no interior deste, entre locais de intrusão ou tentativa de intrusão o outros gases, de modo a permitir obter
equipamentos eléctricos de potência acesso livre e os locais de acesso mais precocemente possível. Será resultados altamente fiáveis com o
e locais de instalação respectivos e as restrito. projectada uma Central de Alarmes mínimo de custos.
instalações eléctricas de segurança; Serão pensadas características de que, em caso de intrusão, fará soar Este sistema está associado ao de
• Condições a respeitar pelas resistência às acções de arrombamento um alarme bem como permitirá a ventilação, de modo a que este
instalações de iluminação normal e de dos elementos de obturação dos vãos transmissão deste alarme a entidade a arranque (ou aumento da sua
segurança (ambiente, circulação e de a proteger (portas, janelas, lanternins, definir pelo Dono de Obra. Os sistemas velocidade de extracção) quando se
sinalização de saídas) em função dos etc.). acima mencionados referem-se a um atingirem os níveis programados, em
riscos presentes em cada local; sistema de detecção volumétrica e cada zona, para o efeito. Esta acção
• Condições a respeitar pelas ao sistema de circuito fechado de deve manter-se pelo menos 2 minutos
instalações de ventilação e de televisão (CCTV), e serão pensados após a concentração de Monóxido
tratamento de ar; para as zonas administrativas, de de Carbono ter baixado do nível
• Condições a respeitar pelas serviços e cafetaria do piso 1. Outros programado.
instalações de detecção, alarme e locais poderão ser considerados no
alerta de incêndio (SADI); caso do DO pretender.
• Determinação dos meios de extinção
exigíveis (para primeira e segunda
intervenções e para intervenção
dos bombeiros) e indicação das
condições a respeitar pelas instalações
de extintores portáteis, da rede de
incêndio armada, hidrantes exteriores
e meios de extinção para locais com
riscos especiais;
• Condições a respeitar pelas
instalações mecânicas de
desenfumagem.
Concurso de conceção Estimativa Orçamental
Terminal Intermodal de Campanhã
C.
Estimativa
Orçamental
Concurso de conceção Estimativa Orçamental
Terminal Intermodal de Campanhã C.
da Empreitada
Estimativa Orçamental
Especialidade Valor de obra