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FENÔMENOS EL NIÑO E LA NIÑA

1 INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos muitas transformações ocorrem em âmbitos sociais,


políticos, biológicos e climáticos, por exemplo, sendo que estes interferem
diretamente ou indiretamente na vida da população mundial, em diferentes
proporções e aspectos, sejam eles positivos ou negativos.

Os fenômenos climáticos são considerados qualquer tipo de evento climático


que ocorre na atmosfera de modo natural, ou seja, sem que haja consequências
antrópicas, como ciclones, tornados, El Niño, La Niña, inversão térmica e efeito
estufa, entre outros.

O El Niño e La Ninã são expressões de origem espanhola que significam “o


menino” e “a menina”. O nome El Niño foi escolhido porque os pescadores do litoral
do Peru percebiam que o aquecimento das águas do oceano acontecia sempre na
época do Natal. Assim, eles escolheram esse nome em referência ao Menino Jesus
(Niño Jesus, em Espanhol), logo o termo popular foi adotado também pelos
climatologistas.

Deste modo, El Niño e La Niña caracterizam os fenômenos considerados


anomalias do sistema climático oceano-atmosfera, ou seja, variações normais e
previsíveis das temperaturas da superfície do mar que existem a milhares de anos,
que possuem grande importância por seus efeitos globais como as consequências
no tempo e no clima em todo o planeta além dos impactos em diversos setores.
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Fonte: asociacionperuanadepescadeportiva.wordpress.com
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 El Niño
O evento climático El Niño-Oscilação Sul (ENOS) é caracterizado por ser um
fenômeno no qual ocorre nas águas do Oceano Pacífico, que provoca diversas
modificações nas condições climáticas mundialmente. Isto se deve à elevação da
temperatura das águas oceânicas do pacífico equatorial na região próxima ao Peru.
As principais características do fenômeno El Niño é a interferência no clima
regional e global, que devido o aquecimento das águas superficiais do Oceano
Pacífico gera uma diminuição da pressão, um aumento de temperatura do ar e uma
maior umidade, refletindo na direção e velocidade dos ventos em termo global,
alterando o comportamento das massas de ar por diversas regiões do planeta Terra
e consequentemente os índices pluviométricos em regiões tropicais de latitude
média.
A frequência deste acontecimento varia em períodos de duração entre 12 a 18
meses e em intervalos irregulares de 2 a 7 anos, alguns pesquisadores acreditam
que a interferência humana na atmosfera seja uma das causas da instabilidade
desses intervalos.
A ocorrência do El Niño pode acarretar efeitos como a alteração na vida
marinha na costa dos Estados Unidos e do Canadá e no litoral do Peru; aumento
das tempestades tropicais e ventos mais fortes na região central do Oceano
Pacífico; maior quantidade de chuvas e acúmulo de águas mais quentes do que o
normal na costa oeste da América do Sul; chuvas mais intensas também no sudeste
dos EUA; presença de secas nas regiões da Indonésia, costa leste da Austrália,
centro da África, na Índia, além da intensificação da seca no nordeste brasileiro,
sendo estes alguns exemplos dos efeitos gerados pela existência do fenômeno El
Niño em determinados períodos.
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Fonte: istoe.com.br

2.1.1 Importância do El Niño para o Brasil

O fenômeno El Niño tem grande relevância para o Brasil pela habilidade de


alterar as condições climáticas, apresentando efeitos que causam mais prejuízos do
que benefícios, pois podem prejudicar um bom desenvolvimento de uma
determinada produção agrícola ou até mesmo impedir esta totalmente, de acordo
com os fatores ocasionados, por exemplo, a seca no Nordeste brasileiro e na
Amazônia, o excesso de chuvas no sul do Brasil podendo chegar a ter um aumento
significativo de cerca de 150% de precipitação em comparação com o índice normal,
e no Sudeste determinando um verão quente.

Fonte: geografoss.blogspot.com

O El Niño ocorrido em 1997-1998 foi considerado o mais intenso já registrado,


no qual a superfície do Oceano Pacífico apresentou um acréscimo de até 4ºC em
sua temperatura.

2.1.2 Ocorrência do El Niño em 2015

A Nasa a partir de imagens de satélites afirmou que o El Niño 2015-2016


pode ser comparado ao El Niño 1997-1998. "Sem dúvida são muito parecidos. Os
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fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no


século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert,
especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em
inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador
afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes".

"Em vários países tropicais temos observado reduções de entre 20 e 30% nas
chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15%
abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas
chuvas," disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na
Inglaterra.

Dessa forma, tal acontecimento gera preocupações referentes ao impacto


potencial que representa, pois secas e inundações podem fundamentar a escassez
de alimentos em algumas partes da África, por exemplo.

2.1.3 Tendência do El Niño para La Niña

- Rápida transição de El Niño para La Niña em 2016.


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ANÁLISE: A temperatura do oceano Pacífico equatorial encontra-se em declínio.


Desvios monitorados pelo centro meteorológico norte americano (NCEP-NOAA)
indicam desvios de temperatura em relação ao normal entre -0,5°C e +0,5°C nas
áreas Niño 1+2, Niño 3 e Niño 3.4. Além das águas superficiais, áreas em grande
profundidade também indicam resfriamento mostrando que neste ano mal teremos
neutralidade climática. A tendência é de uma rápida transição de El Niño para La
Niña. Análises do Instituto Internacional de Pesquisa, da Universidade de Columbia
(IRI), de 16 de junho, indicam que a chance de desenvolvimento do fenômeno La
Niña aumenta para 49% no trimestre junho-julho-agosto prosseguindo para até 76%
entre novembro de 2016 e janeiro de 2017.

Normalmente, fenômenos La Niña são menos intensos, porém mais


duradouros que os fenômenos El Niño. Tanto que o desvio de temperatura previsto
por simulações dinâmicas monitoradas pelo IRI indicam desvio de até -0,9°C desde
o trimestre outubro-novembro-dezembro até o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro
ante o +2,3°C registrado durante o último fenômeno El Niño no mesmo período do
ano passado. Para o Brasil, a maior parte dos efeitos será sentido no decorrer do
próximo período de chuva, entre a primavera e verão. Agora no inverno, seja El Niño
ou La Niña, a estação normalmente é seca. Somente na Região Sul, os efeitos do
La Niña serão sentidos já a partir da próxima estação com tendência de acumulado
de chuva menor que o registrado no mesmo período do ano passado, embora a
chuva seja tão frequente o observado em 2015. Isto de acordo com a Somar
Meteorologia – defesa civil / clima, atualizado em 24/06/2016.
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Fonte: www.labhidro.iag.usp.br
2.2 La Niña

O La Niña diferentemente do El Niño representa o fenômeno oceânico-


atmosférico caracterizado pelo resfriamento de modo anormal das águas superficiais
do Oceano Pacífico, principalmente na porção central e leste deste oceano,
alterando assim a distribuição de calor e umidade em diversas partes do mundo,
representando um evento oposto ao El Niño.

Sua origem ainda gera controvérsias no âmbito científico, pois pode estar
relacionado com a intensidade de incidência solar no Oceano Pacífico, mas isto
ainda provoca dúvidas. Em geral, o fenômeno La Niña ocorre em período com
duração de 9 a 12 meses e, intervalor de 2 a 7 anos, sendo menos frequente que o
El Niño nas últimas décadas. Sua ocorrência se dá entre os intervalos do El Niño e
situação de normalidade das temperaturas do Oceano Pacífico.

Sua ocorrência decorre do fortalecimento das zonas de alta pressão


subtropicais, localizadas aproximadamente em uma latitude de 30º. Por esse motivo,
os ventos alísios, que nascem exatamente nessa localização, ganham maior
intensidade, lembrando que os ventos são originados pela formação de zonas de
alta pressão. O ar mais frio, e ao mesmo tempo mais denso, potencializa a força da
pressão atmosférica e, consequentemente, dos ventos.

LA NIÑA

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
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O La Niña diminui a quantidade de chuvas do litoral do Chile, Peru e Equador,


pois com o aumento da velocidade dos ventos alísios, a formação de nuvens acaba
dispersa em direção à Oceania e Indonésia. A Austrália, por exemplo, possui um
aumento considerável de suas chuvas durante a ocorrência do La Niña. A pesca, em
contrapartida, é favorecida no litoral leste do Oceano Pacífico, junto à América do
Sul, o que pode ser explicado pelo fortalecimento das altas pressões, que fazem os
ventos soprarem com maior intensidade, deslocando as águas superficiais e fazendo
com que os nutrientes e fitoplâncton localizados em águas mais profundas
aproximem-se da superfície, o que é chamado de ressurgência. Através da
ressurgência, os cardumes são atraídos para as águas superficiais, oferecendo
benefícios para nações pesqueiras como o Chile e o Peru.
No Brasil, os efeitos são diferentes daqueles provocados pelo El Niño. Em
anos de La Niña ocorrem chuvas mais abundantes no norte e leste da Amazônia,
com consequente aumento na vazão dos rios da região, causando enchentes. No
Nordeste também ocorre um aumento de chuvas, o que é benéfico para a região
semiárida. Na região Sul observa-se a ocorrência de secas severas e aumento das
temperaturas, prejudicando as atividades agrícolas da região. No Sudeste e Centro-
Oeste os efeitos são imprevisíveis, podendo ocorrer secas, inundações e
tempestades.
No último evento La Niña, ocorrido entre os anos de 2010 e 2012, é possível
verificar algumas de suas consequências para o clima e a economia, em especial
para as atividades agrícolas. No caso da produção de cana-de-açúcar, a redução
das chuvas no Centro-Sul ajudou a diminuir a safra desse cultivo, o que também
pôde ser sentido no aumento dos preços do etanol, combustível fabricado a partir da
cana. A produção de soja brasileira também foi limitada pelas estiagens provocadas
pelo fenômeno La Niña no período destacado. Até os Estados Unidos, país que
conta com uma agricultura moderna e de precisão, tiveram prejuízos em sua
produção de trigo praticada nas planícies do Sul graças às secas relacionadas ao La
Niña.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, é possível verificar a relevância do conhecimento sobre fenômenos


climáticos como o El Niño e La Niña, principalmente, para setores que estão
relacionados diretamente com esses eventos, por exemplo, a agricultura e produção
florestal. Logo, se faz necessário compreender o que são estes fenômenos e seus
efeitos sobre diferentes aspectos e regiões, pois estes se fazem presentes por
determinados períodos de tempo, apresentando suas características e possíveis
consequências.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://enos.cptec.inpe.br/lanina/pt

http://www.ambientelogosfera.es/el_nino/la_nina

http://enos.cptec.inpe.br/

http://www.suapesquisa.com/geografia/el_nino.htm

http://escolakids.uol.com.br/el-nino-e-la-nina.htm

http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/artigos/fenomenos_climaticos.html

http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/el_nino.aspx

http://ambienteacreano.blogspot.com

http://somarmeteorologia.com.br/security/defesa_civil/clima3.php

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