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SUMÁRIO
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS..............................................................................................................3
2. FONTES...........................................................................................................................................5
3 - SISTEMAS DE CONTROLE................................................................................................................5
4 - ADMINISTRAÇÃO/ESTADO/GOVERNO...........................................................................................6
DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO.......................................................................................8
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA...................................................................................................................8
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ATUALIZADO EM 14/05/2017
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
a) Direito – é conjunto de normas impostas coativamente pelo Estado e que disciplinam a vida em
sociedade, determinam as regras de conduta social e busca a coexistência pacífica dos indivíduos em
sociedade.
Direito posto – é o direito vigente em dado momento social. Aplicado em determinado
contexto, momento histórico;
Direito interno – relações dentro do território nacional (Direito Administrativo);
Direito internacional- se preocupa com as relações externas;
Direito Público – se preocupa com a atuação do Estado na satisfação do interesse público
(Direito Administrativo);
Direito Privado – relações particulares e interesses também particulares.
b) Direito Administrativo – há uma variação imensa de teorias nos manuais. Os autores não se
resolvem quanto ao objeto e a área de atuação da disciplina. Não se pode utilizar a doutrina
estrangeira de forma acrítica, pelas peculiaridades do Direito Administrativo no Brasil. A concepção no
Brasil é diferente da maioria dos países. Vejamos as escolas:
1 As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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Escola legalista ou exegética: o D.A. só se preocupa com o estudo de leis. Não há a
preocupação com princípios, jurisprudências, etc. Essa ideia não prosperou. Se for olhar
para a disciplina hoje se estuda mais princípios que leis. O correto é o estudo dos princípios
e das leis.
Escola do serviço público: o D.A. estuda o serviço público. Naquela época o serviço público
abrangia toda a ação do Estado. Tudo estava dentro do conceito de serviço público. Se tudo
que o Estado faz é DA, nós eliminamos os demais ramos. Direito Tributário, Financeiro, por
exemplo. Daí a crítica à referida escola, pois é um conceito amplo demais, que invade outras
áreas, por isso ele não prosperou. Não foi acolhida pelo ordenamento
Critério do Poder Executivo – O D.A. estuda a atuação do Poder Executivo. A crítica está na
restrição do objeto, pois os demais poderes também praticam atos administrativos, que são
objeto do estudo do D.A. O que se estuda é a atividade administrativa, seja ela de qualquer
poder. Também não prevaleceu no Brasil.
Critério Teleológico – é um conjunto harmônico de princípios. Um sistema de princípios
jurídico que estuda a atuação administrativa do Estado. É aceita pelo doutrinador Oswaldo
Aranha Bandeira de Mello. Apesar de aceito foi dito insuficiente, necessitando de
complementação.
Critério negativo ou residual – o D.A. é definido como aquilo que não é julgar ou legislar. O
conceito é formado por exclusão. Exclui-se a atividade legislativa e jurisdicional. Não é
suficiente. O critério residual foi aceito pelo Brasil, mas também foi dito como insuficiente.
Critério de distinção da atividade jurídica e social do Estado. O D.A. não se preocupa com o
Estado Social: bolsa família, a política pública/social. Depois de implementado sim, as
repercussões jurídicas. Insuficiente.
Critério da Administração Pública: somam-se todas as ideias. Hely Lopes Meirelles. D.A. é
um conjunto harmônico de princípios e regras, isto é, o próprio Regime Jurídico
Administrativo, que irá reger órgãos, entidades, agentes públicos no exercício da atividade
administrativa, tendentes a realizar de forma direta, concreta e imediata os fins desejados
pelo Estado. Esses fins do Estado são determinados pelo Direito Constitucional. O DA
apenas busca realizar esses objetivos. De forma direta – aquela atividade do Estado que
independe de provocação, excluindo assim a função jurisdicional do Estado, que depende
de provocação, em razão da sua inércia. De forma concreta – produz efeitos concretos.
Destinatário determinado com efeitos concretos. Desapropriar imóvel do José, nomear
Maria, excluindo assim a atividade legislativa, por ser abstrata. De forma imediata – se
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preocupa com a atividade jurídica do Estado, excluindo a mediata que se preocupa com a
atividade social.
2. FONTES
A doutrina costuma apontar a existência de cinco fontes principais deste ramo do Direito, quais
sejam, a lei, a jurisprudência, a doutrina, os princípios gerais e os costumes.
a) Lei: qualquer espécie normativa. Sentido amplo;
b) Doutrina;
c) Jurisprudência – julgamentos reiterados no mesmo sentido. Súmula é a consolidação da
Jurisprudência. Súmula não vinculante – sinalizar o posicionamento;
d) Costumes – prática habitual, acreditando ser ela obrigatória. O costume não cria nem exime
obrigação;
e) Princípios Gerais do Direito – estão na base da disciplina/ alicerce. Exs.: Ninguém pode causar
dano a outrem. É vedado o enriquecimento ilícito. Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza.
3 - SISTEMAS DE CONTROLE
#PERGUNTADEPROVA: O Brasil adere qual sistema? O Brasil acolheu o sistema de jurisdição única. Nós
tivemos um momento em que se tentou introduzir o sistema do contencioso administrativo com a EC
7/77, mas não saiu do papel. Desde a origem, o Brasil adota a jurisdição única. Nós não devemos
pensar na criação de um sistema misto, já que os dois sistemas, em verdade, são mistos, incluindo o
controle pela Administração e pelo Judiciário, o que os diferencia é a predominância de controle.
4 - ADMINISTRAÇÃO/ESTADO/GOVERNO
4.1. Estado: Vem de status, que significa estar firme. É a pessoa jurídica de direito público. Tem
personalidade jurídica. Pode ser sujeito de Direito.
Teoria da Dupla Personalidade: dizia que o Estado ora aparecia como pessoa pública, ora
aparecia como pessoa privada. Se o Estado estivesse atuando nas atividades públicas, ele
seria pessoa pública. Se estivesse atuando nas atividades privadas, seria pessoa privada.
Essa Teoria não existe mais. Não importa em que atividade ele está, ele sempre será pessoa
pública.
O que significa Estado de Direito? É o Estado politicamente e juridicamente organizado que
obedece às suas próprias leis. O Brasil é um Estado de Direito, em que pesem algumas
desobediências. O Estado cria as leis e se submete a elas.
O Estado tem os seus elementos: povo (componente humano do Estado), território (base
física), governo soberano (comando, direção do povo).
#CUIDADO #PEGADINHA: A responsabilidade civil da Administração está no art. 37 §6º da
CF: FALSO. A responsabilidade é do Estado.
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4.1.2 Funções do Estado: típicas e atípicas
a) Poder Legislativo:
Típica: (legislar, fiscalizar): Legislar é inovar o ordenamento jurídico, de forma abstrata e
geral.
Atípica: outras atividades, como, por exemplo, julgar o Presidente por crime de
responsabilidade, realizar licitação (atividade administrativa).
b) Poder Judiciário:
Típica: solução de lides, aplicando coativamente a lei aos litigantes. Aplicar lei não produz
inovação à ordem jurídica. É uma atuação concreta, em regra, e indireta, dependente de
provocação. Outra característica é a intangibilidade jurídica, isto é, imutabilidade.
Atípica: Natureza Legislativa quando elabora regimento interno de seus tribunais (art. 96, I,
"a") e natureza executiva quando administra, v.g., ao conceder licenças e férias aos
magistrados e serventuários (art. 96, I, "f")
c) Poder Executivo:
Típica (executar o ordenamento jurídico vigente): não inova, concreta, direta e revisível pelo
Poder Judiciário. Não produz intangibilidade jurídica para o Judiciário. Faz coisa julgada
administrativa, isto é, a impossibilidade de mudança na via administrativa.
Atípica: legislativa (editar medidas provisórias).
Obs.: Há algumas funções que não se encaixam em nenhuma das três funções citadas. Celso Antônio
fala em uma quarta função: Função de Governo ou Função Política, que surge de certos atos que não
se alocavam satisfatoriamente nas três funções clássicas do Estado. Não se confundem com o simples
administrar, que se restringe à gestão rotineira, habitual.
Exemplos de função política é a sanção e o veto, a declaração de guerra e paz, decretação de
Estado de Defesa e Sítio e calamidade pública. São questões de gestão superior no Estado de
Direito. Atuação de ampla discricionariedade e responsabilidade.
4.2. Governo: Comando; direção. Para que o nosso Estado seja independente, o Governo tem de
ser soberano. Governo soberano é aquele que possui independência na ordem internacional e
supremacia na ordem interna.
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4.3. Administração Pública: Todo o aparelhamento do Estado. A máquina estatal. Ela pode ser
analisada sob dois enfoques diferentes:
Não se aplica.
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2015.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2014.