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06/01/2016

Estratégias de Aprendizagem:
Contributos das Neurociências

Mente, Cérebro e Educação


Neuromitos na educação

Joana Rodrigues Rato


Pós-Doutoramento FCT

Tópicos

• Neurociências para a Educação? Porquê? Uma relação com futuro?

• Neuromitos na educação: Da confusão à desmistificação

• Movimento Mente, Cérebro e Educação

• Estudos ICS-UCP: Perceção e conhecimentos dos professores sobre o papel das


neurociências na educação

• A prática educativa com validação neurocientífica: Questões atuais e perspetivas


futuras.

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Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

• Anos 90 – E.U.A.
• Grandes investigações
neurocientíficas - contra a demência.

• Curiosidade entusiástica por parte


dos profissionais de educação.
(e.g., Greenleaf, 1999; Jensen, 2000)

Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

(Tuomi, 2012)

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Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

As neurociências estão a informar sobre:


• Perturbações de aprendizagem, de
desenvolvimento e comportamentais
• Memória de trabalho; Funções executivas
• Sono e alimentação

• …e muito mais…

Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

CIÊNCIA DO
CIÊNCIA DO
ENSINO E DA
CÉREBRO
APRENDIZAGEM

O estudo da aprendizagem une inevitavelmente a educação e as neurociências.


(Goswami, 2004)

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Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

Como unificar as
Neurociências à teoria e
prática educacional?

Quais os principais
problemas?

Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

A sociedade criou demasiadas expectativas em relação


ao que as neurociências podem trazer à educação, sendo
algumas dessas crenças totalmente irrealistas.

É uma armadilha assumir que a investigação


neurocientífica, por si só, irá responder a todas as
questões da educação (Fischer et al, 2007).

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Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

Críticas do lado da educação…


-terminologia científica
apenas entendida pelos seus
pares;

-Níveis de análise distintos

Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

Críticas do lado das


neurociências…
- literatura da educação com
poucas referências fidedignas
sobre o cérebro e os novos
desenvolvimentos científicos.

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Neurociências para a Educação?


Porquê? Uma relação com futuro?

O que realmente dificulta o


sucesso desta interligação são
as interpretações erróneas que
se concebem a partir dos
estudos da neurociência, dando
origem ao que na literatura se
descreve como “neuromitos”.
(e.g. Goswami, 2004; Howard-Jones, 2008; Mason, 2009;
Christodoulou & Gaab, 2009)

Neuromitos: Da confusão à desmistificação

‘Usamos apenas 10% do cérebro’

Todas as partes do cérebro são activadas. O cérebro funciona de


uma forma integrada e global.

Nos Estados Unidos, esta afirmação apareceu pela primeira vez nos
escritos de Dale Carneige, um autor de livros de auto-ajuda. Carneige
citou erradamente uma consideração do psicólogo William James,
que na realidade tinha afirmado que utilizamos mal uma fração do
potencial do cérebro.

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Neuromitos: Da confusão à desmistificação

‘Lado esquerdo vs lado direito’

Encontram-se diferenças hemisféricas mas deve-se considerar o


funcionamento do cérebro como um todo.

Muitos aspectos do processamento da linguagem estão efectivamente


lateralizados à esquerda, mas o processamento da linguagem não
ocorre somente no hemisfério esquerdo.
Os estudos com cegos ou sujeitos que emigram depois da infância
para uma nova comunidade linguística são bons exemplos da
excepção.

Neuromitos: Da confusão à desmistificação

‘Inteligências Múltiplas’

Há múltiplas aplicações da mesma inteligência. As habilidades


específicas dos sujeitos estão positivamente correlacionadas.

O modelo de inteligências múltiplas que divide capacidades cognitivas


em sete inteligências é uma visão ultrapassada. É natural que exista
heterogeneidade nas aptidões, no entanto, o que entra em conflito
com esta interpretação das inteligências múltiplas, é que estas
habilidades específicas dos sujeitos estão positivamente
correlacionadas

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Neuromitos: Da confusão à desmistificação

‘Beber bastante água ajuda a aprendizagem’

Não há evidências concretas que associem directamente o consumo de


água ao aumento da aprendizagem.

Basea-se na ideia errada que beber menos de 6-8 copos de água por dia
pode fazer com que o cérebro encolha. Na realidade beber água traz sempre
benefícios ao corpo nomeadamente a sua hidratação, sendo esta significativa
para o seu bom funcionamento. No âmbito de sala de aula pode também criar
mini-intervalos que ajudam à concentração, mas muito para além disto já se
entra no campo da extrapolação

Neuromitos: Da confusão à desmistificação

‘Quando dormimos o nosso cérebro desliga-se’

A ciência enfatiza que o sono é essencial à consolidação da


memória e ao desempenho intelectual.

Estudos recentes indicam que para além de se ficar mais apto a


aprender depois de uma boa noite de sono, consegue-se também
processar melhor a informação recebida anteriormente. Está a ficar
cada vez mais nítido que o processo pelo qual o cérebro humano
seleciona e armazena os milhares de informações adquiridas durante
o dia, se dá durante o sono.

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Neuromitos: Da confusão à desmistificação

‘Estilo VAK como método de ensino preferencial’

Modelo de aprendizagem multissensorial (estimulação visual, auditiva e


cinestésica) é insuficiente e sem resultados cientificamente
comprovados.

O pressuposto implícito neste estilo designado por VAK – Visual, Auditory &
Kinaesthesic é que as informações obtidas através de uma modalidade
sensorial são processadas no cérebro para serem aprendidas de forma
independente da informação recebida através de outra modalidade sensorial.
Investigações usando modelos cruzados criticam este modelo considerando-o
insuficiente.

Neuromitos: Da confusão à desmistificação

“Brain-based pedagogies”
“Brain Gym”

Programas populares em
80 países e considerados
pseudo-ciência por várias
sociedades científicas
(Howard-Jones & Pickering, 2006)

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Movimento Mente, Cérebro e Educação

Os primeiros passos…

(Tokuhama-Espinosa, 2011 )

Movimento Mente, Cérebro e Educação

campo
transdisciplinar

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Movimento Mente, Cérebro e Educação

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Estudos ICS-UCP: Perceção e conhecimentos dos


professores sobre o papel das neurociências na educação

2 estudos com professores:

-Percepções e crenças
-Neuromitos

Rato, J.R., Abreu, A.M., & Castro-Caldas, A. (2013). Neuromyths in education: What is fact and what is
fiction for Portuguese teachers? Educational Research, 55(4), 441-453.

Rato, J.R., Abreu, A.M., & Castro-Caldas, A. (2011). Achieving a successful relationship between
neuroscience and education: The views of portuguese teachers. Procedia - Social and Behavioral Sciences,
29, 879-884.

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Estudo 1: Perceção dos professores sobre o papel das


neurociências na educação

627 Professores: 474 ♀ ; 153 ♂


Idades entre 25 e 65 anos (M=41; DP=9)

30 escolas em 9 distritos e 2 ilhas

Anos de experiência : 1 a 42 anos


(M=16; DP=10)
Em formação: 23% (N=147)

De acordo com a sua opinião pontue de 1 (nada de acordo) a 5 (completamente de acordo) as seguintes afirmações.
Para uma verdadeira relação entre as neurociências e a educação é necessário:

1.Maior formação dos professores. 1 2 3 4 5


2.Neuropsicólogos como mediadores para ligar a ciência do cérebro à 1 2 3 4 5
educação.
3.Escolas de investigação - estudos que entrecruzem a óptica da neurociência 1 2 3 4 5
em cenários de prática educativa.
4.Respostas neurocientíficas a todas as questões da educação. 1 2 3 4 5
5.Criação de uma nova ciência transdisciplinar. 1 2 3 4 5
6.Utilização de um vocabulário que seja igualmente entendido por 1 2 3 4 5
neurocientistas e educadores.
7.Desmistificação dos mitos sobre o cérebro. 1 2 3 4 5
8.Acção conjunta entre instituições escolares e instituições de ensino superior. 1 2 3 4 5
9.Diálogo bidireccional entre os educadores e os neurocientistas. 1 2 3 4 5
10.Difusão de programas educativos baseados no cérebro. Ex: ‘Brain Gym’. 1 2 3 4 5
11.Esclarecimento das questões éticas na pesquisa do cérebro. 1 2 3 4 5
12.Bases de dados partilhadas sobre a aprendizagem e desenvolvimento. 1 2 3 4 5
13.Conferências que envolvam neurocientistas e professores. 1 2 3 4 5

(Rato, Abreu e Castro-Caldas, 2011)

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Estudo 2: Neuromitos na educação: O que é realidade


e ficção para os Professores?

Estudo 2: Neuromitos na educação: O que é realidade


e ficção para os Professores?

583 Professores (do Pré-escolar ao Secundário)

438 ♀ 145 ♂, dos 25 aos 61 anos (M=41; DP=9)

Experiência Docente de 1 a 38 anos (M=16; DP=10)

(Rato, Abreu e Castro-Caldas, 2013)

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Estudo 2: Neuromitos na educação: O que é realidade


e ficção para os Professores?

O lado esquerdo e direito do cérebro funcionam de forma independente.


A neuroplasticidade permite ao cérebro organizar-se conforme a informação que recebe.
Usamos apenas 10% do cérebro.
Possuímos múltiplos tipos de inteligência, do interpessoal ao lógico, com QIs correspondentes.
Beber bastante água é importante para o funcionamento cerebral.
Os estilos de aprendizagem devem ser baseados nas pedagogias multissensoriais.
A aprendizagem de duas ou mais línguas desenvolve o funcionamento cerebral.
Devem ser dados suplementos vitamínicos ou outros remédios aos estudantes para aprenderem melhor.

Estudo 2: Neuromitos na educação: O que é realidade


e ficção para os Professores?

Mitos mais prevalentes:

Menos de 20% dos professores identificaram estes mitos.

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A prática educativa com validação neurocientífica:


Questões atuais e perspetivas futuras.

A prática educativa com validação neurocientífica:


Questões atuais e perspetivas futuras.

• Criação de uma plataforma para que professores e cientistas


possam desenvolver uma pesquisa neuroeducacional
colaborativa;

• Desenvolver intervenções baseadas em evidências (EBI -


evidence-based intervention), para ser implementada em
ambientes escolares;

• Colaborações Escola-Universidade para aplicar projetos de


pesquisa controlados.

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A prática educativa com validação neurocientífica:


Questões atuais e perspetivas futuras.

Idealmente as escolas deveriam ser comunidades de


aprendizagem dinâmica, onde os alunos, bem como os seus
professores, são aprendizes.

As escolas deveriam investir mais nos seus professores e


estimular uma atitude crítica de forma a aumentar a
qualidade dos seus métodos de ensino.

Se os professores estiverem equipados com habilidades básicas


de pesquisa, terão maior facilidade para avaliar os seus
próprios métodos, e isto pode ser alcançado através de
parcerias estruturais entre as escolas e a universidade.

Universidade

http://www.learner.org/courses/neuroscience/common_in
cludes/si_flowplayer.html?pid=2448

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Principais funções e responsabilidades dos intervenientes em


projetos colaborativos

A partir do momento em que a investigação começar a


produzir material para uma melhor compreensão dos contextos
de aprendizagem, aumentam as possibilidades dos políticos

educativos basearem as suas práticas e decisões


educacionais em evidências empíricas em vez de
opiniões, modas ou ideologias.

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Projetos de investigação nas escolas

O que seria importante implementar?


propostas?

Tema
Objetivos
Procedimento

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