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Conceitos: Direito Processual do Trabalho pode ser conceituado, a partir da nova ordem
constitucional traçada pela
EC-45/2004 como “o ramo da ciência jurídica, constituída por um sistema de normas, princípios,
regras e instituições próprias, que tem por objetivo promover a pacificação justa dos conflitos
individuais, coletivos e difusos decorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e de
trabalho, bem como regular o funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho”
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO (ART. 245 e 473 do CPC e ART. 795 da CLT):Esse princípio prega
que o processo consiste num caminhar para frente, sem retornos a etapas ou momentos
processuais já ultrapassados. Preclusão consiste na perda da faculdade de praticar o ato
processual pela transposição de um momento próprio
PRINCÍPIO DA ORALIDADE:A oralidade é constatada em alguns artigos da CLT – art. 840, §2º
da CLT que prevê a reclamação verbal. O art. 847 da CLT que prevê a contestação oral. As razões
finais são apresentadas oralmente (Art. 850)
TRÂMITE EXTRAJUDICIAL:
Partes firmaram acordo Será lavrado um termo de conciliação – art. 625-E da CLT. Art. 625-E,
parágrafo único da CLT – o termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia
liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Acordo firmado na CCP
não cumprido Ação de execução – art. 876 da CLT.
C.C.P. Art.625–D, CLT Extrajudicial:
Conciliação ⇒ Título Executivo Extrajudicial (Art. 625-E, P. ú, CLT) ⇒ (ACORDO NÃO
CUMPRIDO): Execução Judicial (Propositura da Ação Executiva na Hipótese de Descumprimento
do Acordo) (art.876, CLT)
Tentativa Frustrada de Conciliação ⇒ Declaração da Tentativa Conciliatória ⇒ Frustrada
Ajuizamento da Ação Trabalhista (cópia da declaração)
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO (Art. 111, CRFB/88): TST; TRT’S; JUÍZES DO
TRABALHO
A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição,
atribuí-la aos juízes de direito (art. 112 da CRFB/88 e art. 668 e 669 da CLT).
Das decisões proferidas pelos Juízes de Direito em matéria trabalhista cabe recurso ordinário, no
prazo de 8 dias, para o respectivo TRT daquela localidade.
Súmula 10, STJ: Instalada a Vara do Trabalho naquela localidade, cessa a competência do Juiz de
Direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas. Logo,
todos os processos serão encaminhados para a Vara instalada.
VARA DO TRABALHO:
Nas Varas do Trabalho a jurisdição é exercida por um juiz singular (art. 116 da CRFB/88), que
ingressa na magistratura do trabalho para o cargo de Juiz do Trabalho Substituto, mediante
concurso público de provas e títulos com a participação da OAB em todas as fases. Exige-se do
bacharel de direito o mínimo de três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações,
a ordem de classificação.
Conflitos de competência:
– Conforme art. 804 da CLT há conflito de competência quando: ambas as autoridades se
consideram competente (conflito positivo); quando ambas as autoridades se consideram
incompetentes (conflito negativo). Os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição
trabalhista serão processados e julgados pela Justiça do Trabalho – art. 114, V da CR/88 (EC-
45/04).
– Assim, os conflitos de competência serão resolvidos (art. 808 da CLT): Pelos Tribunais Regionais
– quando suscitados entre Varas do Trabalho e Juízes de Direito investidos de jurisdição
trabalhista, ou entre umas e outras, nas respectivas regiões; Pelo TST – quando suscitados entre
Tribunais Regionais, ou entre Varas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição trabalhistas de
Tribunais regionais diferentes;
– Pelo STF – os conflitos de competência entre o STJ e quaisquer tribunais, entre Tribunais
Superiores, ou entres estes e qualquer outro tribunal (art. 102, I, o da CRFB/88). Pelo STJ – os
conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, “o”, bem
como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos (art.
105, I, d, CRFB/88)
O processamento do conflito de competência na esfera trabalhista é regulado pelos arts. 809 e 810
da CLT
Partes e Procuradores:
Partes: no sentido processual, são as pessoas que pedem ou em relação às quais se pede a tutela
jurisdicional.
Capacidade para ser parte: A capacidade para ser parte é aquela que se inicia com o nascimento
com vida, embora a lei já garanta ao nascituro, desde a concepção, os direitos fundamentais (art.
2º, do Código Civil).
Além das pessoas naturais possuem capacidade para serem partes os entes abstratos tais como
as pessoas jurídicas, massa falida, espólio, etc.
PREPOSTO: Deve ser, necessariamente, empregado da Reclamada (art. 843, §1º, CLT) salvo
quanto à Reclamação Trabalhista de empregado doméstico e micro empresa ou empresa de
pequeno porte (art. 54, Lei Complementar 123/06 (Súmula nº 377 do TST).
No processo do trabalho é inaplicável o prazo em dobro para contestar, recorrer e falar nos autos
quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores (art. 191, do CPC), uma vez que está
regra é incompatível com o princípio da celeridade processual inerente ao Processo do Trabalho
(OJ nº 310 da SBDI-I, do C. TST).
CAPACIDADE PROCESSUAL:
Trata-se de capacidade para estar em juízo. É aquela que é exigida para a prática de todos os atos
da vida civil e bem como para a administração dos seus bens (art. 7º, do CPC)
Os incapazes são representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei
civil (art. 8º, do CPC)
No Processo do Trabalho a capacidade processual dá-se aos 18 (dezoito) anos. Os menores de
16 (dezesseis) anos são representados e os maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18
(dezoito) anos são assistidos (art. 792, da CLT). A capacidade processual pode ser obtida por
emancipação – art. 5º, parágrafo único, do Código Civil.
SUCESSÃO PROCESSUAL:
Forma de substituição da parte no processo. Pode ocorrer por ato inter vivos ou causa mortis
INTER VIVOS: Sucessão trabalhista art. 10 e 448 da CLT
CAUSA MORTIS: Morte do trabalhador pode ser sucedido pelos dependentes na Previdência
Social (Lei nº 6.858/80) ou pelo espólio.
O entendimento predominante é que o art. 8º, III, da CRFB/88 c/c art. 513, “a”, da CLT autorizam o
sindicato a atuar como substituto processual da categoria.
AUDIÊNCIA:
PETIÇÃO INICIAL:
Ação Trabalhista – pode ser escrita ou verbal – artigos 786 e 787 da CLT – Art. 840, §1º, CLT
(Observar requisitos do art. 282, CPC) Tem que ser por escrito: Inquérito para apuração de falta
grave (art. 853 da CLT) Dissídios Coletivos (art. 856 da CLT). A ação trabalhista escrita deverá ser
formulada em duas vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar – art. 787
da CLT (Sumaríssimo = todas as provas serão produzida em audiência, ainda que não requeridas
previamente); A reclamação verbal será reduzida a termo.
EMPREGADO: se por doença ou qualquer outro motivo ponderoso, devidamente comprovado, não
for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro
empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. (art. 843, §2º da CLT).
PREPOSTO: Deve ser, necessariamente, empregado da Reclamada (art. 843, §1º, CLT) salvo
quanto à Reclamação Trabalhista de empregado doméstico e micro empresa ou empresa de
pequeno porte (art. 54, Lei Complementar 123/06 (Súmula nº 377 do TST).
ARQUIVAMENTO (art. 844 da CLT) ⇒ Extinção do processo sem resolução de mérito, exceto: S.9,
TST
* Tentativa de Conciliação:
Rito Ordinário: 1ª tentativa = abertura da audiência (art. 846, CLT).
Última tentativa = após apresentação das razões finais das partes (art. 850, CLT).
FASE CONCILIATÓRIA:
Art. 764, caput, CLT – Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do
Trabalho serão SEMPRE sujeitos à conciliação.
3º, CLT – É licito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de
encerrado o juízo conciliatório
– S. 418, TST – “A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do
juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança”.
Art. 831, p. único, CLT – No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão
irrecorrível (para as partes), salvo para a Previdência Social (União), quanto às contribuições que
lhe forem devidas.
– Art. 832, §3º, CLT – “As decisões cognitivas ou homologatórias deverão SEMPRE indicar a
natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou acordo homologado, inclusive o limite
de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso.”
TERMO DE CONCILIAÇÃO:
– Art. 832, §4º, CLT – A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que
contenham parcela indenizatória, facultada a interposição de recurso (recurso ordinário – fase de
conhecimento / agravo de petição – fase de execução – no prazo de 16 (dezesseis) dias – DL
779/69), relativo aos tributos que lhe forem devidos. – Art. 831, P. Único, CLT – O acordo para as
partes transita em julgado na data da homologação. (S. 100, V, TST) e só poderá ser desconstituída
por ação rescisória – S. 259, TST.
– Art. 832, §6º, CLT – O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a
elaboração dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União.
1. 376, SDI-I, TST.
Ônus da prova:
Autor: Cumpre o ônus de provar o fato constitutivo do direito alegado. (art. 333, I do CPC c/c art.
818 da CLT).
Réu: Tem o ônus de provar os fatos modificativos, impeditivos e extintivos do direito do autor (art.
333, II do CPC c/c art. 818 da CLT).
PROVA DOCUMENTAL:
Documento é todo objeto, produto de ato humano, que representa a outro fato ou a um objeto . O
documento oferecido como prova deve ser exibido no original ou em certidão autenticada, exceto
em se tratando de documentos comuns às partes .
OJ 36 , SDI -I, TST. INSTRUMENTO NORMATIVO . CÓPIA NÃO AUTENTICADA . DOCUMENTO
COMUM ÀS PARTES . VALIDADE – O instrumento normativo em cópia não autenticada possui
valor probante, desde que não haja impugnação ao seu conteúdo, eis que se trata de documento
comum às partes .
Art . 830 : O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio
advogado, sob sua responsabilidade pessoal . Parágrafo único . Impugnada a autenticidade da
cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou
o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade
entre esses documentos . ” (NR – Lei 11925 de 17 /04 /09 )
Os documentos que estão com o reclamante, devem ser juntados na inicial (art . 787 da CLT) e os
que estiverem com o reclamado devem acompanhar a defesa (art . 396 do CPC) . Em fase recursal,
a juntada de documentos só é admitida excepcionalmente .
Súm . 8 do TST JUNTADA DE DOCUMENTO “ A juntada de documentos na fase recursal só se
justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato
posterior à sentença . ”
Lei 9 .800 /99 – fac -símile para prática de atos processuais – 5 dias para juntar o original . Súm .
387 TST.
INSTRUÇÃO:
Meios de prova: Depoimento pessoal x interrogatório. – Art. 848 da CLT – diz que: “terminada a
defesa, seguir-se – á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento
de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes”. § 1 º – Findo o interrogatório, poderá qualquer
dos litigantes retirar -se, prosseguindo a instrução com o seu representante. § 2 º – Serão, a seguir,
ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver. – O art. 342 do CPC diz que o juiz
pode, de ofício, determinar o comparecimento pessoal das partes para fins de interrogá -la sobre
fatos da causa. Diz, ainda, o art. 343 do CPC que quando o juiz não determinar compete a cada
parte requerer o depoimento pessoal da outra.
DEPOIMENTO PESSOAL:
Finalidade do depoimento pessoal é obter a confissão real , que é a rainha das provas. Goza de
presunção absoluta, enquanto que a confissão ficta gera presunção apenas relativa . Ocorre a
confissão ficta quando a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar a depor,
hipótese em que o juiz lhe aplicará a pena de confissão (art . 343 , § 2 º do CPC) SÚM. 74 do TST.
Art . 849 , CLT – A audiência de julgamento será contínua ; mas, se não for possível, por motivo de
força maior, concluí -la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a
primeira desimpedida, independentemente de nova notificação
AUDIÊNCIA
Ausência reclamante audiência inicial Art. 844, CLT – arquivamento = extinção sem resolução do
mérito
S . 9 , TST – A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada ação em
audiência não importa em arquivamento do processo
S . 74 , I, TST – Aplica -se a confissão à parte que, expressamente, intimada com aquela
cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento , na qual deveria depor
Art. 343 , §§ 1 º e 2º, CPC – § 2 º – Se a parte intimada não comparecer ou comparecendo se
recusar a depor, o juiz lhe aplicará a pena de confissão
Fase instrutória, razões finais; sentença
CONFISSÃO:
1) A confissão não abrange matéria de direito.
2) A confissão ficta tem que ser analisada em confronto com a prova pré-constituída nos autos, não
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores – Súm . 74 , II do C. TST
3) A vedação à produção de provas posteriores pela parte confessa somente a ela se aplica, não
afetando o exercício pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo (Súm . 74 , III, do C
. TST) .
4) A confissão não abrange fatos que lei exige a prova técnica . Ex: insalubridade e periculosidade
– art . 195 , § 2º, CLT e OJ nº 278 , SDI -I, TST – é obrigatória a prova pericial para comprovar a
insalubridade e periculosidade.
PROVA TESTEMUNHAL:
Testemunha = Trata-se de terceiro em relação à lide que vem prestar depoimento sobre fatos de
que teve conhecimento, salvo menores de 18 anos, amigos íntimos, inimigos de quaisquer das
partes, parentes até terceiro grau civil, incapazes ou suspeitos, que tenham interesse no desfecho
da lide. Não prestarão compromisso, e seu depoimento valerá com simples informação. (art. 829
da CLT c/c 405 do CPC).
Súmula nº 357, TST – Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter
litigado contra o mesmo empregador.
Art. 822, CLT – As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço,
ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
Art. 823, CLT – Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço,
será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada. Art. 824, CLT – O
juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas
demais que tenham de depor no processo.
PROVA PERICIAL:
Prova pericial – ocorre quando a prova de determinado fato depender de conhecimentos técnicos
ou científicos. Perícia – O juiz indica um técnico que possa fazer o exame dos fatos objeto da causa,
alheios ao seu conhecimento. OJ 165 da SDI do TST = artigo 195 da CLT não faz distinção entre
médico e engenheiro do trabalho. O perito passou a ser designado pelo juiz (art. 3º, Lei nº 5.584/70
– revogando tacitamente o art. 826 da CLT). Prova tarifada = a insalubridade e a periculosidade só
podem ser provadas por perícia, regra geral (art. 195 CLT). – OJ – 278 da SDI-I do TST.
INSPEÇÃO JUDICIAL:
Inspeção Judicial – A finalidade da inspeção judicial é esclarecer o juiz sobre fato de interesse da
causa, a respeito de pessoa ou coisas, podendo ser realizada em qualquer fase do processo.
SENTENÇA:
Terminativa – provimento judicial que, sem apreciar o mérito, extingue o procedimento no primeiro
grau de jurisdição (art. 267 CPC). Definitiva – ato pelo qual o juiz resolve o mérito, sem, contudo,
extinguir o processo (art. 269 CPC). – As partes serão intimadas da sentença na própria audiência
em que é proferida (art. 852 da CLT). No caso de revelia o revel será intimado na forma do art. 841,
§1º da CLT (notificação postal).