uma barra, fio ou arame através de uma matriz (fieira) que lhe oferece certo tamanho, geometria e acabamento. Carga / arranjo
• O método de aplicação de carga e o arranjo
da matriz dependem, principalmente, da relação área da seção reta / comprimento do material a ser trefilado. Matrizes 2α – ângulo de trabalho 2β – ângulo de entrada 2γ – ângulo de saída Hc – comprimento de calibração • ZONA 1 - Entrada do material (ângulo 2β).
• ZONA 2 – Ângulo de redução (ângulo 2α) ou
região de trabalho onde ocorre a aproximação final do material e a deformação plástica na região definida como área crítica de redução.
• ZONA 3 – Região paralela, possui comprimento
Hc, sendo a região responsável pela definição de geometria e das dimensões do produto trefilado.
• ZONA 4 – Região de saída do material do
material. Características das matrizes • Permitir a trefilação de grandes quantidades de material sem que ocorram desgastes. • Trefilar material a maiores velocidades de modo a obter ganhos de produtividade. • Ser resistente de modo a ser possível adotar maiores reduções de seção por passada. • Oferecer dimensões constantes ao material. • Imprimir superfície lisa e brilhante de qualidade que não varie ao longo de sua vida útil. • Possuir longa vida útil. Núcleo da matriz Núcleo da matriz Valores indicados para Hc em função do diâmetro
No caso de perfis, pode-se adotar diâmetro
equivalente que corresponda a uma área de seção transversal idêntica a do produto. 2β entre 35o e 55o em função da geometria da matriz, 2 g entre 30o e 80o. Ângulo de trabalho (2α) (variação permissível de 2 graus) Grupos materiais a trefilar
• 1. Alumínio, prata, ouro, chumbo e zinco.
• 2. Cobre e ligas de alumínio. • 3. Ligas de alumínio duras, níquel e ligas de níquel-cromo. • 4. Latões, bronzes, alpaca, aços inoxidáveis e aços não ligados com teor de carbono menor que 0,4% trefilados com lubrificação úmida. • 5. Aços não ligados com teor de carbono menor que 0,4% trefilados com lubrificação seca. • 6. Aços não ligados com teor de carbono maior que 0,4% e aços ligados trefilados com lubrificação úmida. • 7. Aços não ligados com teor de carbono maior que 0,4% e aços ligados trefilados com lubrificação seca. Dimensões da carcaça e do núcleo de metal duro Materiais para matrizes
• Metal duro – para fios maiores que 22 mm (fios
grossos e barras redondas) ou produtos trefilados de seções maiores, por exemplo, tubos. • Diamante (industrial) – para fios de diâmetros menores ou iguais a 22 mm (fios médios, finos e capilares) ou para produtos com perfis pequenos (reduzidos) e de elevada qualidade. 5 classes de metal duro (ordem crescente de tenacidade e decrescente de dureza e densidade) • BF41 - IS0 K01-K05 núcleos para a trefilação de arames de aço e não ferrosos de diâmetro até 0,8 mm. • BF20 - K20 - núcleos para a trefilação de arames de aço e não ferrosos de diâmetros até 3,2 mm ou perfilados pequenos e simples, exclusivamente em não ferrosos. • BF11 - núcleos para a trefilação de barras e arames. • B10C - G20 núcleos em perfis grandes ou formato irregular para aços moles. Mandris fixos de dimensões superiores a 40 mm e mandris cônicos. Matrizes para estiramento de tubos, barras e peças • B15C - G30 máxima tenacidade. Matrizes de estiramento e insertos grandes para fieiras montadas. Bancadas de trefilação – barras/tubos
Bancadas de trefilação – arames
Bancadas de trefilação – arames Bancadas de trefilação (deslizamento) – arames Trefilação
• Máquinas de trefilação contínua consistem de múltiplas
matrizes (tipicamente 4 a 12) separadas por carretéis ou tambores • Cada tambor (carretel) fornece a força adequada para puxar o fio através da matriz subsequente • Cada matriz proporciona uma pequena redução, sendo a redução total obtida ao final da série de matrizes • Recozimento por vezes é necessário entre as reduções para aliviar a dureza Mecânica da trefilação
- esforços predominantes de compressão
direta - - atrito entre a matriz e material a trefilar - Lubrificantes/refrigerantes - Velocidade de trefilação - 10 m/s para fios de aço - 20 m/s para fios de cobre Carga estimada para cada passe
R – redução percentual por passe, dada por
Para cada redução existe um valor ótimo do ângulo de trefilação, que é aquele que minimiza a carga e consequentemente o trabalho total de trefilação, wt
Wpl – trabalho de deformação plástica homogênea
(independente de α) Wa – trabalho de atrito (diminui se α aumenta) Wr – trabalho redundante (aumenta se α aumenta) Exercício • Projetar matriz para a trefilação de uma barra com seção transversal em forma de hexágono.
• Entregar os desenhos das matrizes com todas as
especificações de dimensões e do material utilizado.
• O número de passes a ser utilizado e as dimensões
das matrizes serão definidos utilizando-se os critérios mostrados a seguir. Dados do processo:
• Matéria Prima: Barra de aço 1030, no estado
recozido, diâmetro inicial: 14mm.
• Produto: Barra trefilada com perfil hexagonal com
lado igual a 7 mm.
• Critérios de projeto das matrizes:
• Por ser um processo realizado a frio, a redução
máxima de seção por passe deve estar entre 10 e 18%, em função da complexidade da seção a ser trefilada e do grau de encruamento já acumulado no material.