Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
SEE-BA
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Edital de Abertura de Inscrições – SAEB/02/2017, de 09 de Novembro de 2017
NB030-2017
DADOS DA OBRA
• Conhecimentos Específicos
Professora
Zenaide Pachegas
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira
Capa
Joel Ferreira dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte
PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado no
site.
O código encontra-se no verso da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-17
PASSO 3
Pronto!
Você já pode acessar os conteúdos online.
SUMÁRIO
Conhecimentos Específicos
I. LITERATURA BRASILEIRA E BAIANA. A linguagem literária. O Barroco no Brasil. O Arcadismo no Brasil. O Romantismo
– a poesia e a prosa no Brasil. O Realismo-Naturalismo no Brasil. O Parnasianismo no Brasil. O Simbolismo no Brasil. A
revolução artística do inicio do século XX. O Pré-Modernismo no Brasil. Modernismo no Brasil – poesia e prosa. O Pós-
Modernismo. Autores Baianos: Gregório de Matos, Frei Francisco Xavier, Luís Gama, Castro Alves, Xavier Marques, Jorge
Amado, Camilo de Jesus Lima, Adonias Filho, Deoscóredes Maximiliano (Mestre Didi), Herberto Sales, Dias Gomes,
Ildásio Tavares, João Ubaldo, Antonio Torres, Aleiton Fonseca. ............................................................................................................ 01
II. LINGUAGEM E INTERAÇÃO: comunicação e mensagem; código, língua e linguagem; a intencionalidade do discurso;
funções da linguagem; figuras de linguagem. ............................................................................................................................................. 10
III. LEITURA: Compreensão literal – relações de coerência: idéia de coerência; idéia principal; detalhes de apoio, relações de
causa e efeito, sequência temporal, sequência espacial, relações de comparação e contraste. O processo de letramento.
Relações coesivas: referência, substituição, elipse, repetição. Indícios contextuais: definição, exemplo modificadores,
recolocação, estruturas paralelas, conectivos, repetição de palavras chave. Relações de sentido entre palavras: sinonímia/
antonímia/hiperonímia/hiponímia/campo semântico. Compreensão interpretativa: propósito do autor, informações
implícitas, distinção entre fato e opinião. Organização retórica: generalização, exemplificação, descrição, definição,
exemplificação/especificação, explanação, classificação, elaboração. Seleção de inferência: compreensão crítica. ....... 18
IV. PRODUÇÃO DE TEXTOS: Gêneros textuais; tipologia textual; novo acordo ortográfico; recursos estilísticos e estruturais
(aspectos textuais, gramaticais e convenções da escrita). Fatores constitutivos de relevância – coerência e coesão. ... 37
V. ANÁLISE LINGUÍSTICA: norma culta e variedades linguísticas; a relação entre a oralidade e a escrita; a linguagem da
Internet. Aspectos gramaticais: Estrutura da frase: modos de construção de orações segundo diferentes perspectivas de
ordenação. Estrutura do vocábulo: flexão dos vocábulos, seu valor e significação dentro de frases. Aspectos normativos:
regras padrão de concordância, regência e colocação. Emprego de certas formas e palavras: modos verbais, aspectos
verbais, pronome relativo, conjunção, pronome de tratamento, pontuação, ortografia. Descrição linguística: unidades
linguísticas: orações, sintagmas, palavras, morfemas. Categorias semânticas: gênero, número, tempo, modo aspectos,
classificação dos vocábulos, processos de coordenação e subordinação, funções sintáticas e papéis semânticos......... 41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
I. LITERATURA BRASILEIRA E BAIANA. A linguagem literária. O Barroco no Brasil. O Arcadismo no Brasil. O Romantismo
– a poesia e a prosa no Brasil. O Realismo-Naturalismo no Brasil. O Parnasianismo no Brasil. O Simbolismo no Brasil. A
revolução artística do inicio do século XX. O Pré-Modernismo no Brasil. Modernismo no Brasil – poesia e prosa. O Pós-
Modernismo. Autores Baianos: Gregório de Matos, Frei Francisco Xavier, Luís Gama, Castro Alves, Xavier Marques, Jorge
Amado, Camilo de Jesus Lima, Adonias Filho, Deoscóredes Maximiliano (Mestre Didi), Herberto Sales, Dias Gomes,
Ildásio Tavares, João Ubaldo, Antonio Torres, Aleiton Fonseca. ............................................................................................................ 01
II. LINGUAGEM E INTERAÇÃO: comunicação e mensagem; código, língua e linguagem; a intencionalidade do discurso;
funções da linguagem; figuras de linguagem. ............................................................................................................................................. 10
III. LEITURA: Compreensão literal – relações de coerência: idéia de coerência; idéia principal; detalhes de apoio, relações de
causa e efeito, sequência temporal, sequência espacial, relações de comparação e contraste. O processo de letramento.
Relações coesivas: referência, substituição, elipse, repetição. Indícios contextuais: definição, exemplo modificadores,
recolocação, estruturas paralelas, conectivos, repetição de palavras chave. Relações de sentido entre palavras: sinonímia/
antonímia/hiperonímia/hiponímia/campo semântico. Compreensão interpretativa: propósito do autor, informações
implícitas, distinção entre fato e opinião. Organização retórica: generalização, exemplificação, descrição, definição,
exemplificação/especificação, explanação, classificação, elaboração. Seleção de inferência: compreensão crítica. ....... 18
IV. PRODUÇÃO DE TEXTOS: Gêneros textuais; tipologia textual; novo acordo ortográfico; recursos estilísticos e estruturais
(aspectos textuais, gramaticais e convenções da escrita). Fatores constitutivos de relevância – coerência e coesão. ... 37
V. ANÁLISE LINGUÍSTICA: norma culta e variedades linguísticas; a relação entre a oralidade e a escrita; a linguagem da
Internet. Aspectos gramaticais: Estrutura da frase: modos de construção de orações segundo diferentes perspectivas de
ordenação. Estrutura do vocábulo: flexão dos vocábulos, seu valor e significação dentro de frases. Aspectos normativos:
regras padrão de concordância, regência e colocação. Emprego de certas formas e palavras: modos verbais, aspectos
verbais, pronome relativo, conjunção, pronome de tratamento, pontuação, ortografia. Descrição linguística: unidades
linguísticas: orações, sintagmas, palavras, morfemas. Categorias semânticas: gênero, número, tempo, modo aspectos,
classificação dos vocábulos, processos de coordenação e subordinação, funções sintáticas e papéis semânticos......... 41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras No poema lírico, o poeta se define pelo erotismo,
adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter como no poema dedicado a sua esposa “Maria dos Povos”:
sido tema de escolas de samba em várias partes do Bra- “Discreta e formosíssima Maria, / Enquanto estamos vendo
sil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, existindo a qualquer hora, / Em tuas faces a rosada Aurora, / Em teus
também exemplares em braile e em formato de audiolivro. olhos e boca, o Sol e o dia”.
Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto Gregório produziu uma poesia satírica de feroz malda-
de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas de à vida colonial, em tom de revolta e ressentimento: “Se-
foram nhora Dona Bahia, / nobre e opulenta cidade, / madrasta
Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil dos naturais, / e dos estrangeiros, madre”. / “Dizei-me por
que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia. vida vossa / em que fundais o ditame / de exaltar os que
aqui vêm, e abater os que aqui nascem?”.
Fonte: Gregório de Matos Guerra faleceu no Recife, Pernam-
http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=75 buco, no dia 26 de novembro de 1695.
6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
O poeta magro, com óculos de grossa armação, era Itajuípe ao mundo, o romance começa e termina no ninho; a
um pouco gago e muito acanhado. Escrevendo se libertava, serra, como um círculo, seguindo a lição de Carlos Fuentes -
“canta pelos oprimidos e seu universo é povoado de famin- que ensina a importância da primeira e da última frase de um
tos, de prostitutas, de retirantes e de revolucionários”, como romance - personagens vigorosas, solidárias, com Itajuípe e
resumiu Zélia Saldanha, em 1987. suas léguas de promissão, léguas de um mundo se desinte-
grando, chocante e chocado, o povo negro como abelhas no
OBRAS açúcar: ‘’As estrelas chegaram - eles viram - as estrelas do sul
As Trevas da Noite estão Passando (1941, com Laudio- da Bahia. Deitaram-se na terra, abraçados, para o sono’’.
nor Brasil) No livro seguinte, Luanda, beira Bahia, emerge o senti-
Poemas (1942) mento religioso, o palco mais uma vez em Salvador. Adonias
Viola Quebrada (1945) renova a capacidade da dureza, do corte, a volúpia de con-
Novos Poemas (1945) tar, reunindo o sincretismo cultural afro-baiano no ambiente
Cantigas da Tarde Nevoenta (1955) marítimo, cadenciado de ondas e paisagem.
A Mão Nevada e Fria da Saudade (1971) Com seu romance As velhas, Adonias volta à subjacente
O Livro de Miriam (1973) mitologia grega, agora a das Parcas, tecedoras do destino
humano. Como as da Grécia, também essas de Adonias são
Fonte: quatro: Tari Januária, Zefa Cinco, Zonga Rainha Preta e Lina
https://poetacamillo.blogspot.com.br/p/sobre-camillo.html de Todos: ‘’As velhas - ele ainda pensa - todas as velhas têm
os seus mortos. A questão é saber se esses mortos ficaram
Adonias Filho ou se estão esperando na frente’’. É um clássico.
Fonte:
Adonias Filho nasceu em Itajuípe, Bahia, em 27 de no- http://www.academia.org.br/artigos/adonias-filho-con-
vembro de 1915, e faleceu na cidade de Ilhéus, em 1990. tinua-espera-de-um-releitura-de-sua-obra
Pertenceu à Academia Brasileira de Letras, ao tempo do seu
conterrâneo Jorge Amado, ambos de Ilhéus. Deoscóredes Maximiliano dos Santos
Adonias era de grandes gestos, um romântico seco e fra-
terno, retido, porque alarmado e um tanto tímido, concha de Mestre Didi – Deoscóredes Maximiliano dos Santos – nasceu
tempestades e branduras. Começou o itinerário como roman- em Salvador, em 1917. Além de escultor, Mestre Didi é escritor,
cista, depois de um percurso ensaístico. Os servos da morte, ensaísta e representante máximo da cultura afro-brasileira. A me-
seu primeiro livro, já veio pronto, com as qualidades que o lhor definição sobre Mestre Didi é dada pela antropóloga Dra.
caracterizariam: a paixão da terra e a terra da paixão, além do Juana Elbein dos Santos, sua esposa: “Didi é um sacerdote artista.
rigor de linguagem para que se tornasse mais belicoso, num Expressa, através de criações estéticas, arraigada intimidade com
mundo selvático, onde os fortes sobrevivem. Surgiu longe dos seu universo existencial, onde ancestralidade e visão-de-mundo
modelos da tradição brasileira, mais próximo de Faulkner, John africanas se fundem com sua experiência de vida baiana”.
dos Passos, Heminguay ou Malraux, que, segundo Edmund Filho único da mãe-de-santo Maria Bibiana do Espírito
Wilson (Man’s fate), ‘’cria as personalidades de seus persona- Santo, Mestre Didi recebeu - em 1975 - o título de Alapini, o
gens de um modo orgânico e as explora inteiramente’’. mais alto na hierarquia religiosa sacerdotal nagô, e em 1983
Também em relação ao seu segundo livro, Memórias de recebeu o título máximo de Obá Mobá Oni Xangô, do rei
Lázaro, referindo-se ao que ressuscitou através da palavra, de Ketu, em Benin, África. Desde sua infância e adolescência
os heróis de Adonias se aproximam dos guerreiros de Ho- foi iniciado para executar objetos rituais que se resumem à
mero, afrontando a sina, apesar do vaticínio dos deuses, ou esfera restrita da casa de Obaluaiyê. No entanto, segundo
até enfrentando os deuses do sangue e do jugo. a Dra. Juanita – como gosta de ser chamada –, é absoluta-
Seu novo livro, O Forte (homem, muralha) situa-se na mente errado entender as esculturas de Mestre Didi como
cidade de Salvador. Obra-prima de recurso estilístico e de representações religiosas. “São criações que emanam dos
humanidade. O Forte é Jairo, o Forte é Salvador, o povo e padrões de sua cultura.” Mestre Didi utiliza vários materiais
o amor se personalizam em Tibiti. O amor de Jairo e a terra naturais e todos os nomes das esculturas são em nagô.
que também é guerreira. O incêndio do Forte recorda o in- Em um artigo escrito por ocasião da XXIII Bienal Interna-
cêndio das muralhas de Troia, por invasão dos gregos. cional de Arte (1996), em São Paulo (SP), que apresentou obras
É impressionante o uso da ação dos verbos no particípio de Mestre Didi, a Dra. Juanita diz que, ao tentar resumir suas
presente. Aliás, Adonias revela-se mestre nos processos ficcio- colocações, “estimaria reiterar que a aproximação às criações
nais mais contemporâneos. Um José de Alencar rijo, atordoan- de Mestre Didi se realizam em dois níveis: o manifesto (...), em
te e retido, essencial num Faulkner. E o círculo se repete no que a escultura pode ser analisada como forma estética em si,
Corpo vivo, onde sua visão e tipos são universais: ‘’Os homens como signo de comunicação comunitária, como elo entre o
não se dispersam, não quebram o círculo, imóveis, os pés des- artista e o observador; e o nível latente, condutor dos conteú-
calços’’. Usando a alegoria com pertinência, enraíza-se como dos abstratos que participam de mistérios litúrgicos veiculando
um rio pelos juncos. Em Adonias, os rostos que descreve exis- elaborações inconscientes em que são sublimadas as fantasias
tem para serem imaginados. Usa metáforas e símbolos que básicas da herança cultural milenar e as do próprio criador”.
se distraem. Na obra Corpo Vivo, à semelhança de Faulkner,
Adonias tem aqui sua cidade encantada, Macanã. Porque, em Fonte:
amplitude, o seu território é o interior baiano e Salvador. De http://www.artedobrasil.com.br/deoscoredes.html
7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Fonte: Fonte:
https://www.ebiografia.com/joao_ubaldo_ribeiro/ https://www.infoescola.com/biografias/antonio-torres/
9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Canal de comunicação: meio físico ou virtual, que - Função metalinguística: Essa função refere-se à me-
assegura a circulação da mensagem, por exemplo: ondas talinguagem, que é quando o emissor explica um código
sonoras, no caso da voz. O canal deve garantir o contato usando o próprio código. Quando um poema fala da pró-
entre emissor e receptor. pria ação de se fazer um poema, por exemplo:
“Pegue um jornal
Mensagem: é o objeto da comunicação, é constituída Pegue a tesoura.
pelo conteúdo das informações transmitidas. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja
dar a seu poema.
Referente: o contexto, a situação à qual a mensagem Recorte o artigo.”
se refere. O contexto pode se constituir na situação, nas Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema
circunstâncias de espaço e tempo em que se encontra o dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio
remetente da mensagem. Pode também dizer respeito aos ato de fazer um poema.
aspectos do mundo textual da mensagem.
- Função fática: O objetivo dessa função é estabele-
Todo sistema de comunicação é constituído por esse cer uma relação com o emissor, um contato para verificar
conjunto de elementos, que entra em jogo em cada ato de se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a
comunicação para assegurar a troca de informações. conversa. Quando estamos em um diálogo, por exemplo,
Nem sempre a troca de informações é bem sucedi- e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos
da. Denomina--se ruído os elementos que perturbam, difi- utilizando este tipo de função; ou quando atendemos o ce-
cultam a compreensão pelo destinador, como por exemplo, lular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
o barulho ou mesmo uma voz muito baixa. O ruído pode
ser também de ordem visual, como borrões, rabiscos etc. - Função poética: O objetivo do emissor é expressar
seus sentimentos através de textos que podem ser enfati-
Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portu- zados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do
gues/teoria-da-comunicacao-emissor-mensagem-e-re-
ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combina-
ceptor.htm
ções dos signos linguísticos. É presente em textos literários,
publicitários e em letras de música.
Funções da Linguagem
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de
- Função referencial ou denotativa: transmite uma in-
Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a
formação objetiva, expõe dados da realidade de modo ob-
ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
jetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o
texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural,
pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, Adequação Conceitual
ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além
da que está exposta. Na construção de um texto, assim como na fala, usa-
Em alguns textos é mais predominante essa função, mos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreen-
como nos científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou são do que é dito, ou lido. Esses mecanismos linguísticos
em correspondências comerciais. que estabelecem a conectividade e retomada do que foi
escrito ou dito, são os referentes textuais, que buscam
- Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emis- garantir a coesão textual para que haja coerência, não só
sor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é entre os elementos que compõem a oração, como também
transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem entre a sequência de orações dentro do texto.
é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta- Essa coesão também pode muitas vezes se dar de
se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, modo implícito, baseado em conhecimentos anteriores que
interrogação e reticências) é uma característica da função os participantes do processo têm com o tema. Por exem-
emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e re- plo, o uso de uma determinada sigla, que para o público
força a entonação emotiva. Essa função é comum em poe- a quem se dirige deveria ser de conhecimento geral, evita
mas ou narrativas de teor dramático ou romântico. que se lance mão de repetições inúteis.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima-
- Função conativa ou apelativa: O objetivo é de in- ginária - composta de termos e expressões - que une os
fluenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio diversos elementos do texto e busca estabelecer relações
de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de di-
apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar ferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substi-
no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª tuição, associação), sejam gramaticais (emprego de prono-
pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desem- mes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases,
penho!). Esse tipo de função é muito comum em textos pu- orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decor-
blicitários, em discursos políticos ou de autoridade. re daí a coerência textual.
11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Sendo o texto uma ‘unidade de sentido’, os elementos ‘É preciso que existam meios concretos ao alcance de
que o compõem (palavras, orações, períodos) precisam se todo o povo para a obtenção e divulgação de informações,
relacionar harmonicamente. e por esses meios o povo participe constantemente do go-
A estruturação de uma simples frase pode ser compa- verno, que existe para realizar sua vontade, satisfazer suas
rada com a articulação de um esqueleto com seus ossos. necessidades e promover a melhoria de suas condições de
Do mesmo jeito que uma articulação entre dois ou mais vida”.
ossos acontece, resultando num movimento, as palavras
devem combinar umas com as outras numa articulação de Repare que trabalhamos com os conectores (outro
pensamentos, tornando o texto coeso, com nexo. Não se nome para os conectivos), visando à perfeita relação de
esqueça de que nexo significa “ligação, vínculo”. sentido que deve haver entre as partes que compõem um
Esse modo de estruturar o texto, a combinação e sele- texto.
ção das palavras para evitar a falta de nexo, recebe o nome Sendo os conectivos elementos que relacionam partes
de mecanismos de coesão. de um discurso, estabelecendo relações de significado en-
A coesão decorre das relações de sentido que se ope- tre essas partes, possuem valores próprios, uns exprimindo
ram entre os elementos de um texto. Também resulta da finalidade, outros, oposição; outros, escolha e assim por
perfeita relação de sentido que tem de haver entre as par- diante.
tes de um texto. Assim, o uso de conectivos é de grande
importância para que possa haver coesão textual. A seleção vocabular é também um importante meca-
nismo coesivo e a estamos empregando quando substituí-
Leia o texto que se segue: mos uma palavra que já foi usada por outra que lhe retoma
“Além de ter liberdade para receber e transmitir infor- o sentido. Podemos usar sinônimos, pronomes (retos ou
mações é preciso que todos sejam livres para manifestar oblíquos), pronomes relativos, etc. Esse mecanismo seleti-
opiniões e críticas sobre o comportamento do governo. Não vo, além de dar coesão ao texto, tem função estilística, pois
basta, porém, dizer na Constituição que essas liberdades permite que as palavras não sejam repetidas.
existem. É preciso que existam meios concretos ao alcance De maneira geral, podemos dizer que temos um texto
de todo o povo para a obtenção e divulgação de informa- coerente e coeso quando este não contém contradições,
ções, e por esses meios o povo participe constantemente do o vocabulário utilizado está adequado, as afirmações são
governo, que existe para realizar sua vontade, satisfazer suas relevantes para o desenvolvimento do tema, os fatos estão
necessidades e promover a melhoria de suas condições de corretamente sequenciados, ou seja, o texto deverá estar
vida”. constituído de relações de sentido entre os vocábulos, ex-
DALLARI, Dalmo de Abreu. In: Viver em sociedade. São pressões e frases e do encadeamento linear das unidades
Paulo: Editora Moderna, 1985. p. 41. linguísticas no texto.
O inverso é verdadeiro e podemos dizer que não have-
Atente para o fato de que as orações que formam esse rá coesão quando, por exemplo, empregarmos conjunções
trecho apresentam uma perfeita relação de sentido criada e pronomes de modo inadequado, deixarmos palavras ou
com a ajuda dos conectivos. Vamos analisar um a um os até frases inteiras desconectadas e quando a escolha voca-
períodos encontrados no texto transcrito acima para en- bular for inadequada, levando à ambiguidade, entre outros
tender esses mecanismos relacionais que os conectivos nos problemas.
dão. Aconselhamos que, para se perceber a falta de coesão
“Além de ter liberdade para receber e transmitir infor- no texto produzido por você, o melhor que se tem a
mações é preciso que todos sejam livres para manifestar opi- fazer é lê-lo atentamente, estabelecer as relações entre as
niões e críticas sobre o comportamento do governo.” palavras que o compõem, as orações que formam os perío-
No 1º segmento, encontramos a locução conjuntiva dos e, por fim, os períodos que formam o texto.
“além de” que introduz as orações seguintes, ambas subor- Como você pôde notar, a coesão e a coerência textuais
dinadas adverbiais finais ‘para receber e (para) transmitir’, são elementos facilitadores para a compreensão perfeita
que por sua vez são coordenadas aditivas entre si, ou seja, de um texto.
têm a mesma função. Coerência diz respeito a tudo que se harmoniza entre
Na 2ª oração “Não basta, porém, dizer na Constituição si, que tem ligação. O conceito da palavra relaciona-se à
que essas liberdades existem”, a conjunção destacada indica presença de conexão, de nexo entre as ideias. Isso porque
contradição, oposição ou restrição ao que foi dito na ora- buscamos sempre a existência de sentido, quer seja ao
ção anterior. refletirmos sobre algo, quer seja interpretando o que nos
Já no último segmento do texto encontramos o pro- rodeia, quer seja ao tentarmos compreender o conteúdo
nome relativo “que” retomando o substantivo “governo” daquilo que nos é apresentado em forma de texto escrito.
da oração anterior e que aparece como oração principal Assim, podemos inferir que o uso de algumas expressões
de três outras orações subordinadas a ela, também com pode comprometer o entendimento de um texto.
o sentido de finalidade – para realizar sua vontade; (para)
satisfazer suas necessidades e (para) promover a melhoria
de suas condições de vida.
13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
FONTE:
http://www.infoescola.com/redacao/tipos-de-discurso/
14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Sinestesia Ironia
Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos
(mistura dos cinco sentidos). o contrário do que pensamos.
Raquel tem um olhar frio, desesperador. Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.
Aquela criança tem um olhar tão doce. Se você gritar mais alto, eu agradeço.
Catacrese Onomatopeia
É o emprego de uma palavra no sentido figurado por Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz na-
falta de um termo próprio. tural dos seres.
O menino quebrou o braço da cadeira. Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.
A manga da camisa rasgou. Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite
toda.
Metonímia
Aliteração
É a substituição de uma palavra por outra, quando Consiste na repetição de um determinado som conso-
existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos nantal no início ou interior das palavras.
que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empre- O rato roeu a roupa do rei de Roma.
gamos:
- O autor pela obra. Elipse
Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares) Consiste na omissão de um termo que fica subentendi-
do no contexto, identificado facilmente.
- o continente pelo conteúdo. Após a queda, nenhuma fratura.
O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo
os torcedores) Zeugma
Consiste na omissão de um termo já empregado ante-
- a parte pelo todo. riormente.
Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto subs- Ele come carne, eu verduras.
titui casa)
15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Anacoluto
Trata-se de uma figura que se caracteriza pela inter-
rupção da sequência lógica do pensamento, ou seja, em III. LEITURA: Compreensão literal – relações de
termos sintáticos, afirma-se que há uma mudança na coerência: ideia de coerência; ideia principal;
construção do período, deixando algum termo desligado detalhes de apoio, relações de causa e efeito,
do restante dos elementos. Vejamos: sequência temporal, sequência espacial,
Essas crianças de hoje, elas estão muito evoluídas. relações de comparação e contraste. O processo
Notamos que o termo em destaque, que era para re- de letramento. Relações coesivas: referência,
presentar o sujeito da oração, encontra-se desligado dos substituição, elipse, repetição. Indícios
demais termos, não cumprindo, portanto, nenhuma fun- contextuais: definição, exemplo modificadores,
ção sintática. recolocação, estruturas paralelas, conectivos,
repetição de palavras chave. Relações de
Inversão (ou Hipérbato) sentido entre palavras: sinonímia/antonímia/
Trata-se da inversão da ordem direta dos termos da hiperonímia/hiponímia/campo semântico.
oração. Constatemos: Eufórico chegou o menino. Compreensão interpretativa: propósito do
Deduzimos que o predicativo do sujeito (pois se trata autor, informações implícitas, distinção
de um predicado verbo-nominal) encontra-se no início da
entre fato e opinião. Organização retórica:
oração, quando este deveria estar expresso no final, ou
generalização, exemplificação, descrição,
seja: O menino chegou eufórico.
definição, exemplificação/especificação,
Pleonasmo explanação, classificação, elaboração. Seleção
Figura que consiste na repetição enfática de uma ideia de inferência: compreensão crítica.
antes expressa, tanto do ponto de vista sintático quanto
semântico, no intuito de reforçar a mensagem. Exemplo:
Vivemos uma vida tranquila. Não basta conhecer o conteúdo das partes de um tra-
O termo em destaque reforça uma ideia antes ressal- balho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de
tada, uma vez que viver já diz respeito à vida. Temos uma saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em
repetição de ordem semântica. cada parte constituinte do texto, é preciso saber escrever
A ele nada lhe devo. obedecendo às normas de coerência e coesão. Antes de
mais nada, é necessário definir os termos: coerência diz res-
Percebemos que o pronome oblíquo (lhe) faz refe- peito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias,
rência à terceira pessoa do singular, já expressa. Trata-se, à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere-se à
portanto, de uma repetição de ordem sintática demarcada expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas fra-
pelo que chamamos de objeto direto pleonástico. sais e ao emprego do vocabulário.
Coerência e coesão relacionam-se com o processo de
Observação importante: O pleonasmo utilizado sem produção e compreensão do texto. A coesão contribui para
a intenção de conferir ênfase ao discurso, torna-se o que a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta
denominamos de vício de linguagem – ocorrência que coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente
deve ser evitada. Como, por exemplo: subir para cima, des- coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em
cer para baixo, entrar para dentro, entre outras circunstân- outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem
cias linguísticas. construído, com frases bem estruturadas, vocabulário cor-
reto, mas apresentar ideias sem nexo, sem uma sequência
lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um
texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas,
sem que no plano da expressão as estruturas frasais sejam
gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão.
A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela
hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem ori-
gem nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo
de cada pessoa, aliada à competência linguística. Deduz-se
que é difícil ensinar coerência textual, intimamente ligada
à visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. A
coesão, porém, refere-se à expressão linguística, aos pro-
cessos sintáticos e gramaticais do texto.
18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
O mau emprego dos pronomes relativos também pode Equivalência e Transformação de Estruturas
levar à falta de coesão gramatical. Frequentemente, empre-
ga-se no qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da
clareza do texto; outras vezes, o emprego é desnecessário “Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase
ou inadequado. leva- -nos a refletir sobre a organização das
“Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para ideias em um texto. Significa dizer que, antes da redação,
mim no qual estava sem remetente”. (Chegou com um enve- naturalmente devemos dominar o assunto sobre o qual
lope que (o qual) estava sem remetente). iremos tratar e, posteriormente, planejar o modo como ire-
mos expô-lo, do contrário haverá dificuldade em transmitir
“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da ideias bem acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de
sensibilidade...” textos e a experiência de vida antecedem o ato de escrever.
Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos
delas (palavras cheias de sensibilidade). escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é ne-
cessário saber ordenar as ideias em frases bem estrutura-
Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das das. Logo, não basta conhecer bem um determinado as-
frases, aconselha-se levar em conta as seguintes sugestões sunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores.
para o emprego correto dos articuladores sintáticos (conjun- O estudo da pontuação pode se tornar um valioso alia-
ções, preposições, locuções prepositivas e locuções conjuntivas). do para organizarmos as ideias de maneira clara em frases.
- Para dar ideia de oposição ou contradição, a articu- Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sin-
lação sintática faz-se por meio de conjunções adversativas: taxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramá-
mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Podem tica que estuda a disposição das palavras na frase e a das
também ser empregadas as conjunções concessivas e locu- frases no discurso, bem como a relação lógica das frases en-
ções prepositivas para introduzir a ideia de oposição aliada à tre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistura”,
concessão: embora, ou muito embora, apesar de, ainda que, isto é, saber misturar as palavras de maneira a produzirem
conquanto, posto que, a despeito de, não obstante.
um sentido evidente para os receptores das nossas mensa-
- A articulação sintática de causa pode ser feita por meio
gens. Observe:
de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como,
1)A desemprego globalização no Brasil e no na está La-
por isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem
tina América causando.
ser empregadas as preposições e locuções prepositivas: por,
2) A globalização está causando desemprego no Brasil e
por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em conse-
na América Latina.
quência de, por motivo de, por razões de.
- O principal articulador sintático de condição é o “se”:
Se o time ganhar esse jogo, será campeão. Pode-se também Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma
expressar condição pelo emprego dos conectivos: caso, con- frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de
tanto que, desde que, a menos que, a não ser que. “uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação
- O emprego da preposição “para” é a maneira mais co- inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de
mum de expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de
de juros para que a economia se estabilize” ou para a econo- língua portuguesa inteirados da situação econômica e cul-
mia estabilizar-se. “Teresa vai estudar bastante para fazer boa tural do mundo atual.
prova.” Há outros articuladores que expressam finalidade: a
fim de, com o propósito de, na finalidade de, com a intenção A Ordem dos Termos na Frase
de, com o objetivo de, com o fito de, com o intuito de.
- A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio Leia novamente a frase contida no item 2. Note que
dos articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, ela é organizada de maneira clara para produzir sentido.
pois, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Todavia, há diferentes maneiras de se organizar gramatical-
Para introduzir mais um argumento a favor de determinada mente tal frase, tudo depende da necessidade ou da von-
conclusão emprega- -se ainda. Os articuladores aliás, tade do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém,
além do mais, além disso, além de tudo, introduzem um ar- acrescentado ênfase a algum dos seus termos. Significa
gumento decisivo, cabal, apresentado como um acréscimo, dizer que, ao escrever, podemos fazer uma série de inver-
para justificar de forma incontestável o argumento contrário. sões e intercalações em nossas frases, conforme a nossa
- Para introduzir esclarecimentos, retificações ou desen- vontade e estilo. Tudo depende da maneira como quere-
volvimento do que foi dito empregam-se os articuladores: mos transmitir uma ideia. Por exemplo, podemos expressar
isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção aditi- a mensagem da frase 2 da seguinte maneira:
va “e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento do dis- No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
curso, pois acrescenta uma informação nova, um dado novo, sando desemprego.
e se não acrescentar nada, é pura repetição e deve ser evitada.
- Alguns articuladores servem para estabelecer uma Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma,
gradação entre os correspondentes de determinada escala. apenas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a
No alto dessa escala acham-se: mesmo, até, até mesmo; no alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que,
plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo. para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vírgulas.
20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e 2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa-
o que mais nos auxilia na organização de um período, pois rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu
facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando produzimos seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora-
frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem orga- ção. Veja exemplos de tal incorreção:
nizadas aos nossos leitores. O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desempre-
O básico para a organização sintática das frases é a or- go.
dem direta dos termos da oração. Os gramáticos estrutu-
ram tal ordem da seguinte maneira: Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL+ CIR- os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas,
CUNSTÂNCIAS assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº2 para a colocação da vírgula. Dito em
A globalização + está causando+ desemprego + no Bra- outras palavras: quando intercalamos expressões e frases
sil nos dias de hoje. entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com
vírgulas. Vejamos:
Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem to- A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu-
das contêm todos estes elementos, portanto cabem algu- lo XX, causa desemprego no Brasil.
mas observações:
- As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.) Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o
normalmente são representadas por adjuntos adverbiais sujeito e o verbo. Outros exemplos:
de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quan- A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
do queremos recordar algo ou narrar uma história, existe ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
a tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases: na.
“No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas minhas
férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e outros ele- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
mentos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…” As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
Observações: quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
- tais construções não estão erradas, mas rompem com vo, por isto são também isoladas por vírgula.
a ordem direta; A globalização causa, caro leitor, desemprego no Bra-
- é preciso notar que em Língua Portuguesa, há muitas sil…
frases que não têm sujeito, somente predicado. Por exem-
plo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Friburgo. Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
São quatro horas agora; complemento.
- Outras frases são construídas com verbos intransiti- A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
vos, que não têm complemento: O menino morreu na Ale- no Brasil…
manha, (sujeito +verbo+ adjunto adverbial), A globalização
nasceu no século XX. (idem) Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
- Há ainda frases nominais que não possuem verbos: tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
Cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos verbal e os adjuntos.
existentes nelas. Obs: a simples negação em uma frase não exige vír-
Levando em consideração a ordem direta, podemos gula:
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil e na
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não América Latina.
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo
disto: 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
A globalização está causando desemprego no Brasil e na tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
América Latina. colocação da vírgula.
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula, sando desemprego…
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- No fim do século XX, a globalização causou desemprego
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: no Brasil…
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemen-
causam desemprego… = (três núcleos do sujeito) te se dá com a colocação das circunstâncias antes do su-
A globalização causa desemprego no Brasil, na América jeito. Trata- -se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em
Latina e na África. = (três adjuntos adverbiais) gramática, são representadas pelos adjuntos adverbiais.
A globalização está causando desemprego, insatisfação Muitas vezes, elas são colocadas em orações chamadas ad-
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. = verbiais que têm uma função semelhante a dos adjuntos
(três complementos verbais) adverbiais, isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Fontes:
http://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docen-
te/alfabetizacao.htm
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/
educacao/diferencas-entre-alfabetizacao-e-letramento/35083
22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
O que são Homônimos e Parônimos: Você comprou um smartphone e acha que aquele seu
celular antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo
- Homônimos para alguns pode ser matéria-prima para outros. O CMID
a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferen- – Centro Marista de Inclusão Digital –, que funciona junto
tes na pronúncia: ao Colégio Marista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul,
rego (subst.) e rego (verbo); ensina os alunos do colégio a fazer robôs a partir de lixo
colher (verbo) e colher (subst.); eletrônico.
jogo (subst.) e jogo (verbo); Os alunos da turma avançada de robótica, por exemplo,
denúncia (subst.) e denuncia (verbo); constroem carros com sensores de movimento que respon-
providência (subst.) e providencia (verbo). dem à aproximação das pessoas. A fonte de energia vem de
baterias de celular. “Tirando alguns sensores, que precisa-
b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e di- mos comprar, é tudo reciclagem”, comentou o instrutor de
ferentes na escrita: robótica do CMID, Leandro Schneider. Esses alunos também
acender (atear) e ascender (subir); aprendem a consertar computadores antigos. “O nosso pro-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); jeto só funciona por causa do lixo eletrônico. Se tivéssemos
cela (compartimento) e sela (arreio); que comprar tudo, não seria viável”, completou.
censo (recenseamento) e senso ( juízo); Em uma época em que celebridades do mundo digital
paço (palácio) e passo (andar). fazem campanha a favor do ensino de programação nas es-
colas, é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da
c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São turma avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já
palavras iguais na escrita e na pronúncia: sabe qual será sua profissão. “Quero ser programador. No
caminho (subst.) e caminho (verbo); início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me
cedo (verbo) e cedo (adv.); interessando”, disse.
livre (adj.) e livre (verbo). (Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013.
Adaptado)
- Parônimos
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro e
couro; cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; sede 02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns
e cede; comprimento e cumprimento; tetânico e titânico; au- sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... –
tuar e atuar; degradar e degredar; infligir e infringir; deferir pode ser substituída, sem alteração do sentido da mensa-
e diferir; suar e soar. gem, pela seguinte expressão:
A) Pelo menos
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an- B) A contar de
tonimos,-homonimos-e-paronimos C) Em substituição a
D) Com exceção de
E) No que se refere a
23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo 07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser preen-
para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu chida com a primeira alternativa da série dada nos parênteses:
achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse. A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das enchen-
A) Estimulante. tes. (afim- a fim).
B) Cansativo. B) A bandeira está ________. (arreada - arriada).
C) Irritante. C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (inflingi-
D) Confuso. rem - infringirem).
E) Improdutivo. D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos. (con-
celhos - conselhos).
04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cerca
NESP – 2013). Analise as afirmações a seguir. de - acerca de).
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí- 08. Assinale a alternativa correta, considerando que à di-
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. reita de cada palavra há um sinônimo.
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta- b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
ção. c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
do”, sem alterar o sentido do texto. GABARITO
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, 01. A 02. D 03. A 04. A
está correto o que se afirma em 05. D 06. E 07. E 08. A
A) I, II e III.
RESOLUÇÃO
B) III, apenas.
C) I e III, apenas.
1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses imi-
D) I, apenas.
graram para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros
E) I e II, apenas.
emigram para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida
melhor; internamente, migram para o Sul, pelo mesmo
05. Leia as frases abaixo:
motivo.
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em 2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos
Marte. comprar, é tudo reciclagem”...
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas
de humor. 3-) antônimo para o termo destacado : “No início das au-
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo. las, eu achava meio chato, mas depois fui me interessando”
“No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas de-
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta pois fui me interessando”
de vocábulos para as lacunas existentes:
a) concerto – há – a – cessões – há; 4-)
b) conserto – a – há – sessões – há; I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso por
c) concerto – a – há – seções – a; homicídio. – o termo em destaque pode ser substituído, sem
d) concerto – a – há – sessões – há; alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta
e) conserto – há – a – sessões – a . II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser rees-
crita da seguinte forma – Todo preso aspira à libertação. =
06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- correta
NESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para res- III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma diferente
ponder à questão. aqui no presídio devido ao bom comportamento. – pode-se
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans- substituir a expressão em destaque por “em razão do”, sem
mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não alterar o sentido do texto. = correta
lhes impuseram limites de disciplina.
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse 5-)
trecho, é: 1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi;
A) de desprendimento. 2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe)
B) de responsabilidade. vida em Marte.
C) de abnegação. 3 – As sessões da câmara são verdadeiros progra-
D) de amor. mas de humor.
E) de egoísmo. 4- Há dias que não falo com Alfredo. (= tempo
passado)
24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes - Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figurado”,
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e que podemos dar a uma palavra.
não lhes impuseram limites de disciplina. Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse contextos:
trecho, é de egoísmo 1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento)
Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado 2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradá-
nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações vel, que adota condutas pouco apreciáveis)
de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan- 3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhe-
tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per- ce muito sobre alguma coisa, “expert”)
cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido co-
conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli- mum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em
nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou sentido figurado.
coletivas). Podemos então concluir que um mesmo significante
(parte concreta) pode ter vários significados (conceitos).
7-)
A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das - Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com
enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in- o seu significado primitivo e original, com o sentido do dicioná-
dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas rio; usada de modo automatizado; linguagem comum. Veja este
que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos) exemplo: Cortaram as asas da ave para que não voasse mais.
B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido
arreio no cavalo) próprio, comum, usual, literal.
C) Serão punidos os que infringirem o regulamen-
to. (inflingirem = aplicarem a pena) MINHA DICA - Procure associar Denotação com Dicio-
D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve- nário: trata-se de definição literal, quando o termo é utiliza-
do em seu sentido dicionarístico.
lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa
de um distrito).
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra
E) Moro a cerca de cem metros da praça principal.
com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou
(acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.).
simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua-
gem rica e expressiva. Veja este exemplo:
8-)
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) =
seja tarde demais.
significados invertidos Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma fi-
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi- gurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de
cados invertidos ações; disciplina, limitação de conduta e comportamento.
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi-
cados invertidos Fonte:
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação = http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-
significados invertidos justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figura-
do-das-palavras.html
Denotação / Conotação
Questões sobre Denotação e Conotação
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabo-
la, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser de- 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
finida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma LO – ADVOGADO - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto
língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. para responder à questão.
Outro dia, meu pai veio me visitar e trouxe uma caixa
de caquis, lá de Sorocaba. Eu os lavei, botei numa tigela na
varanda e comemos um por um, num silêncio reverencial,
Sentido Próprio e Figurado das Palavras nos olhando de vez em quando. Enquanto comia, eu pensava:
Deus do céu, como caqui é bom! Caqui é maravilhoso! O que
Pela própria definição acima destacada podemos per- tenho feito eu desta curta vida, tão afastado dos caquis?!
ceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas Meus amigos e amigas e parentes queridos são como os
relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada caquis: nunca os encontro. Quando os encontro, relembro
significante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) ex- como é prazeroso vê-los, mas depois que vão embora me es-
pressa, ao conceito que ela traz (denominada significado). queço da revelação. Por que não os vejo sempre, toda sema-
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdivi- na, todos os dias desta curta vida?
dem-se assim: Já sei: devem ficar escondidos de mim, guardados numa
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o senti- caixa, lá em Sorocaba.
do comum que costumamos dar a uma palavra. (Antônio Prata, Apolpando. Folha de S.Paulo, 29.05.2013)
25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Considerando o contexto, assinale a alternativa em que O termo espelho está empregado em sentido
há termos empregados em sentido figurado. A) figurado, significando qualidade.
(A) Outro dia, meu pai veio me visitar… (1.º parágrafo) B) próprio, significando modelo.
(B) … e trouxe uma caixa de caquis, lá de Sorocaba. (1.º C) figurado, significando advertência.
parágrafo) D) próprio, significando símbolo.
(C) … devem ficar escondidos de mim, guardados numa E) figurado, significando reflexo.
caixa… (último parágrafo)
(D) Enquanto comia, eu pensava… (1.º parágrafo) 05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
(E) … botei numa tigela na varanda e comemos um por NESP – 2013). Leia o texto a seguir.
um… (1.º parágrafo)
Violência epidêmica
2-) (CREFITO/SP – ANALISTA FINANCEIRO – VUNESP/2012 -
ADAPTADA) Para responder à questão, considere o trecho a seguir.
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Em-
Uma lei que, por todo esse empenho do governo estadual,
bora possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as
“pegou”. E justamente no Rio, dos tantos jeitinhos e esquemas
classes sociais, é nos bairros pobres que ela adquire caracte-
e da vista grossa.
No contexto em que está empregada, a expressão “pe- rísticas epidêmicas.
gou” assume um sentido que também está presente em: A prevalência varia de um país para outro e entre as
(A) Já não há dúvidas de que essa moda pegou. cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos
(B) O carro a álcool não pegou por causa do frio. grandes centros urbanos e se dissemina pelo interior.
(C) O trem pegou o ônibus no cruzamento. As estratégias que as sociedades adotam para comba-
(D) Ele, sem emprego, pegou o serviço temporário. ter a violência variam muito e a prevenção das causas evo-
(E) Ele correu atrás do ladrão e o pegou. luiu muito pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos
avanços ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes
3-) (TRF – 4ª REGIÃO – TAQUIGRAFIA – FCC/2010) Cons- e outras enfermidades.
titui exemplo de uso de linguagem figurada o elemento sub- A agressividade impulsiva é consequência de perturba-
linhado na frase: ções nos mecanismos biológicos de controle emocional. Ten-
I. Foi acusado de ser o cabeça do movimento. dências agressivas surgem em indivíduos com dificuldades
II. Ele emprega sempre a palavra literalmente atribuin- adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as
do-lhe um sentido inteiramente inadequado. frustrações de seus desejos.
III. Ignoro o porquê de você se aborrecer comigo. A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os
IV. Seus pensamentos são fantasmagorias que não o que tiveram a personalidade formada num ambiente desfa-
deixam em paz. vorável ao desenvolvimento psicológico pleno.
Atende ao enunciado APENAS o que está em A revisão de estudos científicos permite identificar três
a) I e II. fatores principais na formação das personalidades com
b) I e IV. maior inclinação ao comportamento violento:
c) II e III. 1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos,
d) III e IV. humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
e) I e III. 2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans-
mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
4-) (Agente de Promotoria – Assessoria – VUNESP –
lhes impuseram limites de disciplina.
2013). Leia o texto a seguir.
3) Associação com grupos de jovens portadores de com-
portamento antissocial.
Na FLIP, como na Copa
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de
RIO DE JANEIRO – Durante entrevista na Festa Literária crianças que se enquadram nessas três condições de risco.
Internacional de Paraty deste ano, o cantor Gilberto Gil criticou Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à desi-
as arquibancadas dos estádios brasileiros em jogos da Copa gualdade social, esses fatores de risco criam o caldo de cultu-
das Confederações. ra que alimenta a violência crescente nas cidades.
Poderia ter dito o mesmo sobre a plateia da Tenda dos Au- Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a
tores, para a qual ele e mais de 40 outros se apresentaram. A resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passagei-
audiência do evento literário lembra muito a dos eventos Fifa: ro: o criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto
classe média alta. estiver preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido la-
Na Flip, como nas Copas por aqui, pobre só aparece “como ços familiares e sociais e dificilmente encontrará quem lhe
prestador de serviço”, para citar uma participante de um pro- dê emprego. Ao mesmo tempo, na prisão, terá criado novas
testo em Paraty, anteontem. amizades e conexões mais sólidas com o mundo do crime.
Como lembrou outro dos convidados da festa literária, o Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ain-
mexicano Juan Pablo Villalobos, esse cenário é “um espelho do da. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa,
que é o Brasil”. aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias conti-
(Marco Aurélio Canônico, Na Flip, como na Copa. Folha nuarão superlotadas.
de S.Paulo, 08.07.2013. Adaptado)
26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a O curioso é perceber como o Brasil de muito tempo atrás
criminalidade e tratar os que ingressaram nela. sabia disso, e o ensinava por meio de uma imprensa ocupa-
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. da em ferir a brutal desigualdade entre os seres e as classes.
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar Ao percorrer o extenso volume da História da Caricatura
os policiais a executar sua função com dignidade, criar leis Brasileira (Gala Edições), compreendemos que tal humor
que acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedi- primitivo não praticava um rosário de ofensas pessoais. Na-
dos e construir cadeias novas para substituir as velhas. queles dias, humor parecia ser apenas, e necessariamente, a
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medi- virulência em relação aos modos opressivos do poder.
das preventivas para que os pais evitem ter filhos que não A amplitude dessa obra é inédita. Saem da obscurida-
serão capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de in- de os nomes que sucederam ao mais aclamado dos artistas
tegrá-los na sociedade por meio da educação formal de bom a produzir arte naquele Brasil, Angelo Agostini. Corcundas
nível, das práticas esportivas e da oportunidade de desenvol- magros, corcundas gordos, corcovas com cabeça de burro,
vimento artístico. todos esses seres compostos em aspecto polimórfico, com
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. expressivo valor gráfico, eram os responsáveis por ilustrar
Adaptado) a subserviência a estender-se pela Corte Imperial. Contra a
escravidão, o comodismo dos bem--postos e dos covardes
Assinale a alternativa em cuja frase foi empregada pa- imperialistas, esses artistas operavam seu espírito crítico em
lavra ou expressão com sentido figurado. jornais de todos os cantos do País.
A) Tendências agressivas surgem em indivíduos com (Carta Capital.13.02.2013. Adaptado)
dificuldades adaptativas ...(4.º parágrafo)
B) A revisão de estudos científicos permite identificar Na frase –… compreendemos que tal humor primi-
três fatores principais na formação das personalidades com tivo não praticava um rosário de ofensas pessoais. –,
maior inclinação ao comportamento violento... (6.º pará- observa-se emprego de expressão com sentido figurado, o
grafo) que ocorre também em:
C) As estratégias que as sociedades adotam para com- A) O livro sobre a história da caricatura estabelece mar-
bater a violência variam... (3.º parágrafo) cos inaugurais em relação a essa arte.
D) ...esses fatores de risco criam o caldo de cultura que B) O trabalho do caricaturista pareceu tão importante
alimenta a violência crescente nas cidades. (10.º parágrafo) a seus contemporâneos que recebeu o nome de “nova in-
E) Os mais vulneráveis são os que tiveram a personali- venção artística.”
dade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvi- C) Manoel de Araújo Porto-Alegre foi o primeiro pro-
mento psicológico pleno. (5.º parágrafo) fissional dessa arte e o primeiro a produzir caricaturas no
Brasil.
06. O item em que o termo sublinhado está emprega- D) O jornal alternativo em 1834 zunia às orelhas de to-
do no sentido denotativo é: dos e atacava esta ou aquela personagem da Corte.
A) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade E) O livro sobre a arte caricatural respeita cronologica-
rendeu frutos políticos.” mente os acontecimentos da história brasileira, suas temá-
B) “...com percentuais capazes de causar inveja ao pre- ticas políticas e sociais.
sidente.”
C) “Os genéricos estão abrindo as portas do merca- 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
do...” Públicas – VUNESP – 2013). Leia o texto a seguir.
D) “...a indústria disparou gordos investimentos.”
E) “Colheu uma revelação surpreendente:...” Tomadas e oboés
07. (Analista em C&T Júnior – Administração – VUNESP “O do meio, com heliponto, tá vendo?”, diz o taxista,
– 2013). Leia o texto a seguir. apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da
O humor deve visar à crítica, não à graça, ensinou Chico marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que
Anysio, o humorista popular. E disse isso quando lhe solicita- fez”. Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado
ram considerar o estado atual do riso brasileiro. Nos últimos ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada
anos de vida, o escritor contribuía para o cômico apenas em do que em nossa variegada humanidade: uns se dedicam à
sua porção de ator, impedido pela televisão brasileira de pro- escrita, outros a instalações elétricas, lembro- -me do meu
duzir textos. E o que ele dizia sobre a risada ajuda a enten- tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada,
der a acomodação de muitos humoristas contemporâneos. tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho que chega a
Porque, quando eles humilham aqueles julgados inferiores, contaminar-me.
os pobres, os analfabetos, os negros, os nordestinos, todos os Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio
oprimidos que parece fácil espezinhar, não funcionam bem todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não.
como humoristas. O humor deve ser o oposto disto, uma res- É um homem sério, eu também, fazemos as contas: uns dez
tauração do que é justo, para a qual desancar aqueles em escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30
condições piores do que as suas não vale. Rimos, isso sim, do andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?”
superior, do arrogante, daquele que rouba nosso lugar social.
27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Condições básicas para interpretar OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
Fazem-se necessários: do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer
literários, estrutura do texto), leitura e prática; também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
texto) e semântico; cedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
Observação – na semântica (significado das palavras) terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono- coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua- existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
gem, entre outros. a saber:
- Capacidade de observação e de síntese e
- Capacidade de raciocínio. - que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
te, mas depende das condições da frase.
Interpretar X compreender - qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa)
Interpretar significa - cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. o objeto possuído.
- Através do texto, infere-se que... - como (modo)
- É possível deduzir que... - onde (lugar)
- O autor permite concluir que... quando (tempo)
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que... quanto (montante)
Compreender significa
Exemplo:
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
Falou tudo QUANTO queria (correto)
está escrito.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
- o texto diz que...
aparecer o demonstrativo O ).
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
Dicas para melhorar a interpretação de textos
- o narrador afirma...
Erros de interpretação - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto;
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa
de erros de interpretação. Os mais frequentes são: a leitura;
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con- - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto
texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por pelo menos duas vezes;
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. - Inferir;
- Voltar ao texto quantas vezes precisar;
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con- autor;
junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do - Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
entendimento do tema desenvolvido. compreensão;
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrá- cada questão;
rias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas - O autor defende ideias e você deve percebê-las.
e, consequentemente, errando a questão.
Fonte:
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de gues/como-interpretar-textos
concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o
autor diz e nada mais.
30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de ( ) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas cida-
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra- des, que não resolveu os problemas do trânsito.
mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver ( ) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
própria vida. ( ) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
E eu vou para a Ilha do Nanja. namento, revisão....e agora mais o pedágio?
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as ( ) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio investido no transporte público.
cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es- ( ) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-
tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a gue pelo privilégio!
moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra ( ) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio
ilha. urbano melhorou.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. A ordem obtida é:
Adaptado) a) (S) (N) (N) (S) (S) (S) (N)
b) (S) (N) (S) (N) (N) (S) (S)
*fissuras: fendas, rachaduras c) (N) (S) (S) (N) (S) (N) (S)
d) (S) (S) (N) (S) (N) (S) (N)
6-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO e) (N) (N) (S) (S) (N) (S) (N)
– VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a
maneira como se preparam para suas férias, a autora mos- 10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ –
tra que seus amigos estão ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que
(A) serenos. apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo ex-
(B) descuidados. presso no excerto: “Se você está em casa, não pode sair. Se
(C) apreensivos. você está na rua, não pode entrar”.
(D) indiferentes. a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”.
(E) relaxados. b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”.
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”.
7-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.
– VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar
que, assim como seus amigos, a autora viaja para (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO –
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido. ÁREA CIVIL – VUNESP/2011 - ADAPTADA) Leia o texto para
(B) escapar do lugar em que está. responder às questões de números 11 e 12.
(C) reencontrar familiares queridos. Bolsa rosa, contas no vermelho
(D) praticar esportes radicais. Não fosse por um detalhe crucial – de onde tirar o di-
(E) dedicar-se ao trabalho. nheiro –, a criação de um regime de aposentadoria para mi-
lhões de donas de casa brasileiras de baixa renda até pode-
8-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO ria fazer sentido. Há diversos projetos de lei em tramitação
– VUNESP/2013) Ao descrever a Ilha do Nanja como um na Câmara para reconhecer os direitos das mulheres dedica-
lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio das integralmente às tarefas domésticas. Mas eles ignoram
cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora su- o impacto econômico que isso teria nas contas públicas. A
gere que viajará para um lugar deputada Alice Portugal (PT-SC), defensora da criação dessa
(A) repulsivo e populoso. espécie de bolsa-cor-de-rosa, afirma que “muitas vezes, após
(B) sombrio e desabitado. 35 anos de casamento, o marido vai embora, e ela (a mu-
(C) comercial e movimentado. lher), que prestou serviços a vida inteira, não tem amparo”.
(D) bucólico e sossegado. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional
(E) opressivo e agitado. de 5,4 bilhões de reais por ano.
(Exame, edição 988, ano 45, n.º 5, 23.03.2011)
9-) (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
Grandes metrópoles em diversos países já aderiram. E 11-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO
o Brasil já está falando sobre isso. O pedágio urbano divide – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) O tema desse texto é
opiniões e gera debates acalorados. Mas, afinal, o que é mais (A) o uso de bolsas cor-de-rosa pelas donas de casa
justo? O que fazer para desafogar a cidade de tantos carros? brasileiras.
Prepare-se para o debate que está apenas começando. (B) o desamparo das mulheres abandonadas pelos ma-
(Adaptado de Superinteressante, dezembro2012, p.34) ridos.
Marque N(não) para os argumentos contra o pedágio (C) a falta de dinheiro para pagar salários a mulheres de
urbano; marque S(sim) para os argumentos a favor do pe- baixa renda no Brasil.
dágio urbano. (D) o alto custo das contas públicas brasileiras.
( ) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans- (E) o impacto econômico da aposentadoria de donas
porte público e estender as ciclovias. de casa nas contas públicas.
32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
12-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – (C) o segmento que não conhecem civilização expressa um
ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) A frase do texto – “Caso a bonda- efeito da ação indicada em quando as arrancamos da terra.
de seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais (D) a construção quando as arrancamos resultará, na trans-
por ano.” – indica posição para a voz passiva, em quando as temos arrancado.
(A) ironia. (E) As minhocas (...) queixam-se é construção que exem-
(B) respeito. plifica um caso de voz passiva, equivalente a Vendem-se casas.
(C) indignação.
(D) frustração. 16-) (MPE/RO – ANALISTA – AUDITORIA – FUN-
(E) aprovação. CAB/2012 - ADAPTADA)
(...) As pesquisas indicam, em essência, um caminho:
13-) (TRF – 4ª REGIÃO – TAQUIGRAFIA – FCC/2010) Con- graças à vontade política dos governantes locais, em ne-
sidere: nhum outro lugar da Índia se investiu tanto na educação
Chama-se “situação de discurso” o conjunto das circunstân- das mulheres. Uma ação que enfrentou a rotina da margi-
cias no meio das quais se desenrola um ato de enunciação (seja nalização. Na Índia, por questões culturais, se propagou o
ele escrito ou oral). É preciso entender com isso ao mesmo tem- infanticídio contra meninas, praticado pelos próprios pais.(...)
po o ambiente físico e social em que este ato se dá, a imagem A que se refere a expressão UMA AÇÃO?
que dele têm os interlocutores, a identidade desses, a ideia que A) vontade política.
cada um faz do outro (inclusive a representação que cada um B) governantes locais.
possui daquilo que o outro pensa sobre ele), os acontecimentos C) pesquisas feitas em Kerala.
que precederam o ato de enunciação (especialmente as relações D) investimento na educação das mulheres.
que tiveram antes os interlocutores, e principalmente as trocas E) o infanticídio contra meninas.
de palavras em que se insere a enunciação em questão).
(Ducrot, O.; Todorov, T. Dicionário enciclopédico das ciên- Resolução
cias da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 297-8)
1-)
Segundo o texto, é correto afirmar: Com palavras do próprio texto responderemos: o mun-
a) A análise discursiva deve se ater ao estudo dos enun- do cabe numa fresta.
ciados. RESPOSTA: “A”.
b) Os enunciados produzem a enunciação.
c) A descrição da enunciação é determinada pela identi- 2-)
dade dos interlocutores. Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie-
d) Dados exteriores aos enunciados são apendiculares à dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos
compreensão. relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
e) O conceito de situação de discurso engloba a enuncia- RESPOSTA: “CERTO”.
ção e seu entorno.
3-)
14-) (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013) Co- Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo
nhecido comercial da tevê fala de uma “cerveja que desce re- menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por
dondo”. O sentido atribuído à palavra “redondo” refere-se “o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora-
A) à mesa do bar que aparece no cenário dos comerciais ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula,
de cerveja. temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação
B) à própria cerveja que pode ser assim considerada em da oração principal. A construção seria: “do apagão, que
sentido denotativo. atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”);
C) ao ato de descer facilmente, que, nesse caso, significa quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
escorrer pela garganta. delimita a informação – como no caso do exercício).
D) ao líquido da bebida, que toma o formato arredondado RESPOSTA: “CERTO’.
da garrafa que o contém.
E) ao pronome relativo empregado na frase, para substi- 4-)
tuir o termo cerveja. Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah,
15-) (METRÔ/SP – ENGENHEIRO JÚNIOR CIVIL – porque nós brigamos e não estamos nos falando”.
FCC/2012) Sobre a frase “As minhocas, que não conhecem civi- RESPOSTA: “D”.
lização, queixam-se quando as arrancamos da terra” é correto
afirmar que 5-)
(A) a supressão das vírgulas alteraria o sentido do que se Em todas as alternativas há expressões que represen-
diz, restringindo o alcance do termo minhocas. tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
(B) o pronome “as” deverá ser substituído por lhes, caso Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
venhamos a empregar desenterramos, em vez de arrancamos enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
da terra. RESPOSTA: “B”.
33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
6-) 14-)
“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, Questão de interpretação da linguagem publicitária:
fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre “descer redondo” significa que a cerveja desce facilmente,
as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas de maneira agradável.
coisas, certamente, deixa-os apreensivos. RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “C”.
15-)
7-) “As minhocas, que não conhecem civilização, quei-
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta xam-se quando as arrancamos da terra
da própria autora! A oração destacada é adjetiva explicativa, ou seja, ge-
RESPOSTA: “B”. neraliza, explica que TODAS as minhocas não conhecem a
civilização. Se retirarmos a vírgula, a oração passará a ser
8-)
classificada como adjetiva restritiva, alterando, também,
Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
seu sentido, já que restringirá o “quadro” de minhocas que
RESPOSTA: “D”.
se queixam quando arrancadas da terra: “somente as que
9-) não conhecem a civilização”.
(S) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans- RESPOSTA: “A”.
porte público e estender as ciclovias. 16-)
(N) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas cida- Recorramos ao texto: em nenhum outro lugar da Ín-
des, que não resolveu os problemas do trânsito. dia se investiu tanto na educação das mulheres. Uma ação
(S) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun- que... O termo retoma “investiu tanto na educação das mu-
do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro. lheres”.
(N) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio- RESPOSTA: “D”.
namento, revisão....e agora mais o pedágio?
(N) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é Intertextualidade
investido no transporte público.
(S) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa- Intertextualidade acontece quando há uma referên-
gue pelo privilégio! cia explícita ou implícita de um texto em outro. Também
(S) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio ur- pode ocorrer com outras formas além do texto, música,
bano melhorou. pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alu-
S - N - S - N - N - S - S são à outra ocorre a intertextualidade.
RESPOSTA: “B”. Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o
objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo,
10-) o autor do texto citado é indicado; já na forma implícita, a
Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o co-
ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: “Se nhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e
você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não identificar quando há um diálogo entre os textos. A inter-
pode entrar”. textualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da
RESPOSTA: “A”. obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase
e a Paródia.
11-)
Pela leitura do texto, fica evidente que ele aponta o im-
Paráfrase
pacto econômico que o pagamento de aposentadoria às
donas de casa causará às contas públicas.
RESPOSTA: “E”. Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia
do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre
12-) para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do
O termo que facilita a resposta à questão é: Caso a bon- texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito.
dade seja aprovada = ironia. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant’Anna
RESPOSTA: “A”. em seu livro “Paródia, paráfrase & Cia” (p. 23):
34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Distinguir “fato” de “opinião” é fundamental na hora
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. de desenvolver um texto dissertativo. A dissertação é as-
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? sim caracterizada por apresentar a predominância da opi-
Eu tão esquecido de minha terra... nião. Deixar que o fato prevaleça num texto que se quer
Ai terra que tem palmeiras opinativo é cometer um sério equívoco, pois isso levará à
Onde canta o sabiá! produção de outra tipologia textual. No caso, uma narra-
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bah- ção, motivo de sobra para se eliminar o candidato. Ou seja,
ia”). trocar fato por opinião é trocar dissertação por narração.
Leia atentamente os exemplos abaixo e veja que não é tão
Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é mui- difícil fazer essa diferenciação.
to utilizado como exemplo de paráfrase e de paródia. Aqui
o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto pri- Conceituação
mitivo conservando suas ideias, não há mudança do senti- Fato: algo cuja existência independe de quem escreve.
do principal do texto, que é a saudade da terra natal.
Opinião: maneira pessoal de ver o fato. A depreensão
Paródia de conceitos e valores a partir de algo pré-existente, que é
o fato
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar
outros textos, há uma ruptura com as ideologias impos- Alguns exemplos de ‘fato’ e ‘opinião’:
tas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da
língua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de interpre- Fato:
tação, a voz do texto original é retomada para transfor- A educação brasileira patina no atraso e na defasagem,
mar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas em relação à dos países desenvolvidos.
verdades incontestadas anteriormente. Com esse processo Opinião:
há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma Equacionar a problemática da educação no país é ina-
busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e diável.
da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo
dessa arte. Frequentemente os discursos de políticos são Fato:
abordados de maneira cômica e contestadora, provocando Novamente, a discussão acerca da redução da maiori-
risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada dade penal ocupa lugar de destaque no congresso.
pela classe dominante. Com o mesmo texto utilizado ante-
riormente, teremos, agora, uma paródia. Opinião:
Como em todo tema polêmico, discutir a maioridade
Texto Original penal requer, pela gama de aspectos envolvidos, sensatez e
muita responsabilidade dos legisladores.
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá, Fato:
As aves que aqui gorjeiam Volta à pauta de discussões da câmara a possibilidade
Não gorjeiam como lá. de se liberar a maconha.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Opinião:
Paródia A liberação da maconha, no Brasil, não pode ser levada
a cabo antes de se promover um amplo, objetivo e transpa-
Minha terra tem palmares rente debate com toda a sociedade brasileira.
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui Fato:
não cantam como os de lá. O progresso célere e a qualquer custo tem levado à
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”). exaustão dos recursos naturais do planeta.
35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
→ Para não influenciar a conclusão do leitor sobre te- As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
mas polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto. tos de ordem linguística
→ Para estimular o leitor a ler uma possível continuida-
de do texto, ou autor não fecha a discussão de propósito. - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
→ Por apenas apresentar dados e informações sobre demarcados no tempo do universo narrado, como também
o tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
assunto. outros:
→ Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o au- Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois
tor enumera algumas perguntas no final do texto. de muita conversa, resolveram...
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o au- - Textos descritivos – como o próprio nome indica,
tor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
Nele devem estar indicadas as melhores sequências a se- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
rem utilizadas na redação. O roteiro deve ser o mais enxuto imperfeito:
possível. “Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...”
37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi Não se acentuam mais as palavras homógrafas que
abolido. Ex.: antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
Antes Agora exceções, como:
crêem creem A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
lêem leem pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
vôo voo do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
enjôo enjoo do singular do presente do indicativo). Ex:
Ela pode fazer isso agora.
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
preposição por.
Repare: - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
1-) O menino crê em você locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
Os meninos creem em você. “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
2-) Elza lê bem! Faço isso por você.
Todas leem bem! Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Esperamos que os garotos deem o recado! Questões sobre Acentuação Gráfica
4-) Rubens vê tudo!
Eles veem tudo! 01. (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Assi-
nale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mes-
* Cuidado! Há o verbo vir: ma regra que distribuídos.
Ele vem à tarde! (A) sócio
Eles vêm à tarde! (B) sofrê-lo
(C) lúcidos
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan- (D) constituí
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru (E) órfãos
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
02. (MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – FUNDAÇÃO
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti- DOM CINTRA/2010) Se os vocábulos POSSÍVEL, ATRAVÉS e
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha. VÍRUS recebem acento gráfico, também serão acentuados
pelas mesmas regras, respectivamente, os vocábulos rela-
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem cionados em:
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba a) fóssil / mês / álbuns;
b) réptil / compôs / júri;
As formas verbais que possuíam o acento tônico na c) amável / português / táxi;
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de d) fácil / até / húmus;
“e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: e) bílis / café / ônus.
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, 04. (RIOPREVIDÊNCIA/RJ – ESPECIALISTA EM PREVI-
reter, deter, abster. DÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014)
A palavra “conteúdo” recebe acentuação pela mesma
ele contém – eles contêm razão de:
ele obtém – eles obtêm A) juízo
ele retém – eles retêm B) espírito
ele convém – eles convêm C) jornalístico
D) mínimo
E) disponíveis
39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mos-
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, trando as características e as vantagens de uma e outra,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres- sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, ou inferioridade, que em verdade inexiste.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na lín-
à causa do ensino. gua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de
O momento solene, acessível a poucos, é o da arte línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de diale-
poética, caracterizado por construções de rara beleza. tos, consequência natural do enorme distanciamento entre
Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. uma modalidade e outra.
Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-ela-
de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co- borada que a língua falada, porque é a modalidade que
mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro mantém a unidade linguística de um povo, além de ser a
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Ne-
que não tenha amparo gramatical. Exemplos: nhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível
Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!) sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo,
Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.) processam-se lentamente e em número consideravelmente
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos menor, quando cotejada com a modalidade falada.
dispersar e Não vamos dispersar-nos.) Importante é fazer o educando perceber que o nível da
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo com
sair daqui bem depressa.) a situação em que se desenvolve o discurso.
O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no O ambiente sociocultural determina o nível da lingua-
seu posto.) gem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia
e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não
As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im- fala com uma criança como se estivesse em uma missa, as-
pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos sim como uma criança não fala como um adulto. Um enge-
também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos nheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível
linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum
tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e
conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as na sala de aula.
formas então legítimas impido, despido e desimpido, que Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre
hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de esses níveis, destacam-se em importância o culto e o coti-
usar. diano, a que já fizemos referência.
Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário
escolar palavras como corrigir e correto, quando nos refe- Variações Linguísticas
rimos a frases. “Corrija estas frases” é uma expressão que
deve dar lugar a esta, por exemplo: “Converta estas frases A linguagem é a característica que nos difere dos de-
da língua popular para a língua culta”. mais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião
uma frase “errada”; é, na verdade, uma frase elaborada con- frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano e, so-
forme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma bretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
culta. Dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os
níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de formali-
Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem: dade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos eco- escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo
nômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma ma-
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação neira que falamos. Este fator foi determinante para a que
(melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.
decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
a evoluções. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
Nenhuma, porém, sobrepõe-se a outra em importân- um estigma.
cia. Nas escolas, principalmente, costuma se ensinar a lín- Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
gua falada com base na língua escrita, considerada supe- gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
rior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, representam as variações de acordo com as condições so-
a que os professores sempre estão atentos. ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Dentre elas destacam-se:
42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Variações históricas: Dado o dinamismo que a língua O Brasil possui um grande potencial turístico.
apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tem- Espantoso!
po. Um exemplo bastante representativo é a questão da or- Não vá embora.
tografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, Silêncio!
uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo- O telefone está tocando.
se à linguagem dos internautas, a qual se fundamenta pela
supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o fragmento ex- Observação: a frase que não possui verbo denomina-se
posto: Frase Nominal.
Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação,
Antigamente que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: olhar, além de ser complementada pela situação em que o
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mes- falante se encontra. Esses fatos contribuem para que fre-
mo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a quentemente surjam frases muito simples, formadas por
asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.” apenas uma palavra. Observe:
Carlos Drummond de Andrade Rua!
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca- Ai!
bulário antiquado.
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompa-
Variações regionais: São os chamados dialetos, que nhadas de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer
são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. suas necessidades expressivas.
Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos Na língua escrita, a entoação é representada pelos si-
lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira nais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia fra-
e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sota- sal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido
ques, ligados às características orais da linguagem. pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que
as frases escritas sejam linguisticamente mais completas.
Variações sociais ou culturais: Estão diretamente li- Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer
gadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também às regras gerais da língua. Portanto, a organização e a or-
ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como denação dos elementos formadores da frase devem seguir
exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira. os padrões da língua. Por isso é que: As meninas estavam
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos alegres. = constitui uma frase, enquanto: Alegres meninas
grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, en- estavam as. = não é considerada uma frase da língua por-
tre outros. Os jargões estão relacionados ao profissionalis- tuguesa.
mo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a
classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais Tipos de Frases
da área de informática, dentre outros.
Vejamos um poema sobre o assunto: Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só po-
dem ser integralmente captados se atentarmos para o con-
Vício na fala texto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das
Para dizerem milho dizem mio situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo,
Para melhor dizem mió na frase “Que educação!”, usada quando se vê alguém inva-
Para pior pió dindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela
Para telha dizem teia expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz.
Para telhado dizem teiado A entoação é um elemento muito importante da frase
E vão fazendo telhados. falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão.
Oswald de Andrade Dependendo de como é dita, uma frase simples como “É
ela.” pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação,
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação po-
coes-linguisticas.htm dem agir como definidores do sentido das frases.
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou
Frase, Oração e Período menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem.
São elas:
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo - Frases Interrogativas: ocorrem quando uma per-
ser formada por uma só palavra ou por várias, ter verbos ou gunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas
não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: ideias, quando se deseja obter alguma informação. A interrogação
emoções, ordens, apelos. Define-se pelo seu propósito co- pode ser direta ou indireta.
municativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâm- Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta)
bio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interroga-
situação em que é utilizada. Exemplos: ção indireta)
43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é “O
mensagem dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido, amor”. A declaração referente a “o amor”, ou seja, o predi-
utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmati- cado, é «é eterno». É um predicado nominal, pois seu nú-
vas ou negativas. cleo significativo é o nome «eterno». Já na frase: Os rapazes
Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) jogam futebol. O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos
Não faça isso. (Negativa) por ser o termo que concorda em número e pessoa com o
Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa) verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”, cujo núcleo
significativo é o verbo “jogam”. Temos, assim, um predica-
- Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor ex- do verbal.
terioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramen-
te prolongada. Por Exemplo: Oração
Que prova difícil! Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para
É uma delícia esse bolo! isso é necessário:
- que o enunciado tenha sentido completo;
- Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor cons- - que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).
tata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma Por Exemplo: Camila terminou a leitura do livro.
coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.
Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si,
Ela não está em casa. (Negativa) como partes de um conjunto harmônico: elas são os ter-
mos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada ter-
- Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. mo da oração desempenha uma função sintática.
Por Exemplo:
Deus te acompanhe! Atenção: Nem toda frase é oração. Por Exemplo: Que
Bons ventos o levem! dia lindo!
Esse enunciado é frase, pois tem sentido. Esse enun-
De acordo com a construção, as frases classificam-se em: ciado não é oração, pois não possui verbo. Assim, não pos-
suem estrutura sintática, portanto não são orações, frases
Frase Nominal: é a frase construída sem verbos. Exem- como:
plos: Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!
Fogo! A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:
Cuidado! Brinquei no parque. (uma oração)
Belo serviço o seu! Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
Trabalho digno desse feirante. Cheguei, vi, venci. (três orações)
44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en- 02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”.
tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor- A oração em destaque é:
denativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração a) coordenada explicativa b) coordenada adver-
uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são sativa
classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternati- c) coordenada aditiva d) coordenada con-
vas, conclusivas e explicativas. clusiva
e) coordenada assindética
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin-
cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não 03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Re-
só... como, assim... como. leia o seguinte trecho:
- Não só cantei como também dancei. Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
- Comprei o protetor solar e fui à praia. prática.
Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas norma- -padrão da língua portuguesa, ao se substituir
principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan- o termo em destaque, o trecho estará corretamente rees-
to, porém, no entanto, ainda, assim, senão. crito em:
- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando. quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia. para nossa vida prática.
45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como 08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
para nossa vida prática. casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como qua- -as, respectivamente, como coordenadas:
se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para A) adversativa e aditiva.
nossa vida prática. B) explicativa e aditiva.
D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como qua- C) adversativa e alternativa.
se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- D) aditiva e alternativa.
sa vida prática.
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase toda 09. Um livro de receita é um bom presente porque aju-
a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida da as pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque”
prática. pode ser substituída, sem alteração de sentido, por
A) entretanto.
04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.) B) então.
Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao auto- C) assim.
móvel mas também da necessidade de maior número de D) pois.
viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de E) porém.
A) explicação.
B) oposição. 10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, te-
C) alternância. mos a presença de uma oração coordenada que pode ser
D) conclusão. classificada em:
E) adição. A) Coordenada assindética;
B) Coordenada assindética aditiva;
05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que C) Coordenada sindética alternativa;
estaremos a seu lado sempre. D) Coordenada sindética aditiva.
Marque a opção correta quanto à sua classificação:
A) Coordenada sindética aditiva. GABARITO
B) Coordenada sindética alternativa. 01. B 02. E 03. D 04. E 05. D
C) Coordenada sindética conclusiva. 06. A 07. B 08. A 09. D 10. D
D) Coordenada sindética explicativa.
RESOLUÇÃO
06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor ad-
versativo é: 1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação inte-
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. gral de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portan-
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. to: oração coordenada sindética adversativa
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
de pedir esmola”. 2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames =
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu- a oração em destaque não é introduzida por conjunção,
tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie- então: coordenada assindética
dade”.
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di- 3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul- (e ideia) adversativa
tura, acesso à saúde E à educação”. A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjun- para nossa vida prática. = conclusiva
ção sublinhada está corretamente indicado entre parênte- B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como
ses. quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre- para nossa vida prática. = conformativa
tende trabalhar como advogado. (explicação) C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição) toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se sa vida prática. = conclusiva
preocupe. (oposição) E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã. toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
(alternância) sa vida prática. = explicativa
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu
toda a chuva. (conclusão) substituir por porque; como conclusiva: substituo por por-
tanto.
46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
4-) fruto não só do novo acesso da população ao au- A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu
tomóvel mas também da necessidade de maior número de sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração
viagens... estabelecem relação de adição de ideias, de fatos subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que
a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo.
5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre. Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas
= conjunção explicativa (= porque) - coordenada sin- orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo
dética explicativa surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou
não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzi-
6-) das ou implícitas.
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por
ajuda (ideia contrária) conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventual-
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. mente, introduzidas por preposição.
= adição
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa 1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
de pedir esmola”. = adição
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu- A oração subordinada substantiva tem valor de subs-
tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie- tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte-
dade”. = adição grante (que, se).
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di- Suponho que você foi à biblioteca hoje.
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul- Oração Subordinada Substantiva
tura, acesso à saúde E à educação”. = adição
Você sabe se o presidente já chegou?
7-) Oração Subordinada Substantiva
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
tende trabalhar como advogado. = adversativa
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
preocupe. = conclusão
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
como). Veja os exemplos:
= explicativa
O garoto perguntou qual era o telefone da moça.
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam
Oração Subordinada Substantiva
toda a chuva. = alternativa
8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversativa Não sabemos por que a vizinha se
- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva mudou.
Oração Subordinada Substantiva
9-) Um livro de receita é um bom presente porque aju-
da as pessoas que não sabem cozinhar. Classificação das Orações Subordinadas Substan-
= conjunção explicativa: pois tivas
10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adi- De acordo com a função que exerce no período, a ora-
ção, soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva. ção subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito
Subordinação do verbo da oração principal. Observe:
É fundamental o seu comparecimento à reu-
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: nião.
“Eu sinto que em meu gesto existe o Sujeito
teu gesto.”
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental que você compareça à reu-
nião.
Observe que na oração subordinada temos o verbo Oração Principal Oração Subordinada Substantiva
“existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singu- Subjetiva
lar do presente do indicativo. As orações subordinadas que
apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos Atenção: Observe que a oração subordinada substan-
do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são cha- tiva pode ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, te-
madas de orações desenvolvidas ou explícitas. Podemos mos um período simples:
modificar o período acima. Veja: É fundamental isso. ou Isso é fundamental.
Eu sinto existir em meu gesto o teu
gesto. Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
Oração Principal Oração Subordinada a função de sujeito
47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica
principal: na oração.
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo Oração Subordinada Substantiva Objetiva
- É claro - Está evidente - Está comprovado Indireta
É bom que você compareça à minha festa.
d) Completiva Nominal
2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube- A oração subordinada substantiva completiva nominal
se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anun- completa um nome que pertence à oração principal e tam-
ciado - Ficou provado bém vem marcada por preposição.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. Sentimos orgulho de seu comportamento.
Complemento Nominal
3- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
importar - ocorrer - acontecer de que você se comportou. (= Sen-
Convém que não se atrase na entrevista. timos orgulho disso.)
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é sub- Oração Subordinada Substantiva Completiva
jetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pes- Nominal
soa do singular.
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob-
b) Objetiva Direta jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto
A oração subordinada substantiva objetiva direta exer- que orações subordinadas substantivas completivas nomi-
ce função de objeto direto do verbo da oração principal. nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
Todos querem sua aprovação no concurso. tado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o
Objeto Direto
complemento nominal: o primeiro complementa um verbo,
o segundo, um nome.
Todos querem que você seja aprovado. (= Todos
querem isso)
e) Predicativa
Oração Principal oração Subordinada Substantiva
A oração subordinada substantiva predicativa exerce
Objetiva
papel de predicativo do sujeito do verbo da oração princi-
Direta
pal e vem sempre depois do verbo ser.
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Nosso desejo era sua desistência.
desenvolvidas são iniciadas por:
- Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”: Predicativo do Sujeito
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às era isso)
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Oração Subordinada Substantiva
O pessoal queria saber quem era o dono do carro im- Predicativa
portado.
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva
- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: fui bem na prova.
Eu não sei por que ela fez isso.
f) Apositiva
c) Objetiva Indireta A oração subordinada substantiva apositiva exerce fun-
A oração subordinada substantiva objetiva indireta ção de aposto de algum termo da oração principal.
atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de
Vem precedida de preposição. seu casamento. Aposto
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
Meu pai insiste em meu estudo.
Objeto Indireto Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu
casamento chegasse.
Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste Oração Subordinada Substantiva
nisso) Apositiva
Oração Subordinada Substantiva Objetiva
Indireta
48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui Na relação que estabelecem com o termo que caracte-
valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou
a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe especificam o sentido do termo a que se referem, indivi-
o exemplo: dualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa,
Esta foi uma redação bem-sucedida. sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno- também orações que realçam um detalhe ou amplificam da-
minal) dos sobre o antecedente, que já se encontra suficientemen-
te definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo explicativas.
Exemplo 1:
adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um
outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo pa-
homem que passava naquele momento.
pel. Veja:
Oração Subordinada Adjetiva
Esta foi uma redação que fez sucesso.
Restritiva
Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva Nesse período, observe que a oração em destaque res-
tringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-se
Perceba que a conexão entre a oração subordinada de um homem específico, único. A oração limita o universo
adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim
feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou àquele que estava passando naquele momento.
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha Exemplo 2:
uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa- O homem, que se considera racional, muitas vezes
pel que seria exercido pelo termo que o antecede. age animalescamente.
Obs.: para que dois períodos se unam num período Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re- restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais contida no conceito de “homem”.
Refiro-me ao aluno que é estudioso. Saiba que:
Essa oração é equivalente a: A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da
Refiro-me ao aluno o qual estuda. oração principal por uma pausa, que, na escrita, é represen-
tada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas indicada como forma de diferenciar as orações explicativas
das restritivas; de fato, as explicativas vêm sempre isola-
Quando são introduzidas por um pronome relativo e das por vírgulas; as restritivas, não.
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce
reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal.
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo,
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida,
particípio). vem introduzida por uma das conjunções subordinativas
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo com
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz.
No primeiro período, há uma oração subordinada ad- Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome Oração Subordinada Adverbial
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito
perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor- Observe que a oração em destaque agrega uma cir-
dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re- cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração su-
lativo e seu verbo está no infinitivo. bordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são
termos acessórios que indicam uma circunstância referente,
via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto adver-
bial depende da exata compreensão da circunstância que
exprime. Observe os exemplos abaixo:
49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas que C) Assim como são verificados a desconcentração e o
aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas, exceto: aumento da extensão urbana no Brasil, é importante desen-
A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço. volver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes...
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita so- D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
bre sua vida. extensão urbana verificados no Brasil, é importante desen-
C) Ignoras quanto custou meu relógio? volver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes...
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião da extensão urbana verificados no Brasil, é importante de-
senvolver e adensar ainda mais os diversos centros já exis-
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). tentes...
Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com seu
Namorado Lute. 06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em – É
fundamental que essa visão de adensamento com uso abun-
dante de transporte coletivo seja recuperada para que pos-
samos reverter esse processo de uso… –, a expressão em des-
taque estabelece entre as orações relação de
A) consequência. B) condição. C) finalidade.
D) causa. E) concessão.
52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracte- Há dois casos em que a palavra derivada é formada
rizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conju- sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação
gações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a perten- regressiva e a derivação imprópria.
cem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é 1-) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
-e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na forma-
temática -i pertencem à terceira conjugação. ção de substantivos derivados de verbos. Exemplo: A pesca
está proibida. (pescar). Proibida a caça. (caçar)
54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
2-) Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é 03. Que item contém somente palavras formadas por
obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra justaposição?
primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão so- A) desagradável - complemente
mente na classe gramatical. B) vaga-lume - pé-de-cabra
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê C) encruzilhada - estremeceu
deriva da conjunção porque) D) supersticiosa - valiosas
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui, E) desatarraxou - estremeceu
substantivo)
04. “Sarampo” é:
Outros processos de formação de palavras: A) forma primitiva
B) formado por derivação parassintética
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos C) formado por derivação regressiva
oriundos de línguas diferentes. D) formado por derivação imprópria
automóvel (auto: grego; móvel: latim) E) formado por onomatopeia
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego) 05.(CREFITO/RJ-ES – TERAPEUTA OCUPACIONAL – CE-
PUERJ/2013) Dos verbos apresentados abaixo, aquele que
- Abreviação vocabular, cujo traço peculiar manifes- forma substantivo utilizando sufixo diferente dos demais é:
ta-se por meio da eliminação de um segmento de uma pa- a) desenvolver
lavra no intuito de se obter uma forma mais reduzida, ge- b) restaurar
ralmente aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos: c) ampliar
metropolitano/metrô, extraordinário/extra, otorrinolaringo- d) liberar
logista /otorrino, telefone/fone, pneumático/pneu
06. (CREFITO/RJ-ES – TERAPEUTA OCUPACIONAL – CE-
- Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando
PUERJ/2013) Levando em conta o processo de formação, a
imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo:
palavra “musculoesquelética” constitui exemplo de:
zum-zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá.
a) derivação prefixal
b) derivação regressiva
- Siglas: As siglas são formadas pela combinação das
c) composição por justaposição
letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui
d) composição por aglutinação
um nome. Por exemplo:IBGE (Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Ur-
07. Assinale a letra em que as palavras são formadas
bano).
As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a por derivação regressiva, derivação parassintética e com-
não ser que haja mais de três letras e a sigla seja pronun- posição por aglutinação, respectivamente.
ciável sílaba por sílaba. Por exemplo: Unicamp, Petrobras. a) neurose, infelizmente, pseudônimo;
b) ajuste, aguardente, arco-íris;
fonte: c) amostra, alinhar, girassol;
http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e- d) corte, emudecer, outrora;
formacao-de-palavras-i.htm e) pesca, deslealdade, vinagre.
55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob - No caso de nomes próprios personativos, denotando
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo do artigo: O Pedro é o xodó da família.
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A - No caso de os nomes próprios personativos estarem
forma popular é constituída do radical do adjetivo portu- no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. os Incas, Os Astecas...
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca-
riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido to-
as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o de- do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele
sagradável hiato i-í. (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer.
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou Toda classe possui alunos interessados e desinteressa-
indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o dos. (qualquer classe)
gênero e o número dos substantivos.
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é
Classificação dos Artigos facultativo:
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
Artigos Definidos: determinam os substantivos de
maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. - A utilização do artigo indefinido pode indicar uma
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter
maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei é uns vinte anos.
um animal.
- O artigo também é usado para substantivar palavras
Combinação dos Artigos oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de
tudo isso.
É muito presente a combinação dos artigos definidos
e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por - Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re-
essas combinações: lativo cujo (e flexões).
Preposições Artigos Este é o homem cujo amigo desapareceu.
o, os Este é o autor cuja obra conheço.
a ao, aos
de do, dos - Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
em no, nos sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme),
por (per) pelo, pelos a menos que venham especificadas.
a, as um, uns uma, umas Eles estavam em casa.
à, às - - Eles estavam na casa dos amigos.
da, das dum, duns duma, dumas Os marinheiros permaneceram em terra.
na, nas num, nuns numa, numas Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
pela, pelas - -
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata-
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa
com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
conhecida por crase.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O
manifestam: Estado de S. Paulo.
58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora- Diferença entre orações causais e explicativas
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração cau-
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. sal de uma explicativa. Veja os exemplos:
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
fora. atropelado”:
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
(antes do verbo), porquanto. va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
b) As orações são coordenadas e, por isso, indepen- O significado das interjeições está vinculado à maneira
dentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que
orações que vêm marcadas por vírgula. dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex-
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. to de enunciação. Exemplos:
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres-
(Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te
ela será explicativa. chamando! Ei, espere!”
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im- Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres-
perativo) são em um hospital; significado da interjeição (sugestão):
“Por favor, faça silêncio!”
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
cidade porque não havia cemitério no local.” puxa: interjeição; tom da fala: euforia
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordina- Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
da (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo puxa: interjeição; tom da fala: decepção
verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é
colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
como - o que não ocorre com a CS Explicativa. 1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar tristeza, dor, etc.
os mortos em outra cidade. Você faz o que no Brasil?
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente Eu? Eu negocio com madeiras.
dependentes uma da outra. Ah, deve ser muito interessante.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo- 2) Sintetizar uma frase apelativa
ções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir Cuidado! Saia da minha frente.
sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comporta-
mento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de es-
As interjeições podem ser formadas por:
truturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
- palavras: Oba!, Olá!, Claro!
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!,
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo.
Ora bolas!
Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia
ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim-
A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve-
plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de for- zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode
ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por
os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in- exemplo:
terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra- Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra-
se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um riedade)
conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos:
Bravo! Bis! Classificação das Interjeições
bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi
muito bom! Repitam!” Comumente, as interjeições expressam sentido de:
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten- - Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!” Atenção!, Olha!, Alerta!
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em - Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!,
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
particular, um momento ou um contexto específico. Exem- - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
plos: Boa!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! - Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!,
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjei- - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
ção - Desculpa: Perdão!
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
Oh!, Eh!
60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, - Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas
Epa!, Ora! de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho!
Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Obrigadinho!
Cruz!, Putz!
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Interjeições, leitura e produção de textos
Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! Usadas com muita frequência na língua falada informal,
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos-
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha- tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali-
me, Deus! dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem
geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com
é, não sofrem variação em gênero, número e grau como o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à
os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e
e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al- conteúdo mais emocional do que racional fazem das inter-
gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter jeições presença constante nos textos publicitários.
claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a Fonte:
linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.
até loguinho. php
61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”.
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número:
milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
primeiras segundas milésimas
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e con-
seguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do
medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sen-
tido. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas:
abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Vale ressaltar que essa concordância não é caracterís- Dicas sobre preposição
tica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pes-
palavra pode se dar a partir de dois processos: soal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja
um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá para
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. determiná-lo como um substantivo singular e feminino.
preposição a + artigos definidos o, os A dona da casa não quis nos atender.
a + o = ao Como posso fazer a Joana concordar comigo?
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração. termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Preposição + Artigos Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procu-
De + o(s) = do(s) rar um tratamento adequado.
De + a(s) = da(s) - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
De + um = dum lugar e/ou a função de um substantivo.
De + uns = duns Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como
De + uma = duma parte da família
De + umas = dumas Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
Em + o(s) = no(s) Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio
Em + uma = numa das preposições:
Em + uns = nuns Destino = Irei para casa.
Modo = Chegou em casa aos gritos.
Em + umas = numas
Lugar = Vou ficar em casa;
A + à(s) = à(s)
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Por + o = pelo(s)
Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Por + a = pela(s)
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra-
Preposição + Pronomes
tamento.
De + ele(s) = dele(s)
Instrumento = Escreveu a lápis.
De + ela(s) = dela(s) Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + este(s) = deste(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + esta(s) = desta(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + esse(s) = desse(s) Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + essa(s) = dessa(s) Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + aquele(s) = daquele(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + aquela(s) = daquela(s) Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + isto = disto Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + isso = disso Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + aquilo = daquilo Fonte:
De + aqui = daqui http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + aí = daí
De + ali = dali Crase
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s) A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”, “mis-
Em + este(s) = neste(s) tura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “junção” de
Em + esta(s) = nesta(s) duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da pre-
Em + esse(s) = nesse(s) posição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos
Em + aquele(s) = naquele(s) pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo
Em + aquela(s) = naquela(s) a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para
Em + isto = nisto indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da
Em + isso = nisso compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também,
Em + aquilo = naquilo para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos
A + aquele(s) = àquele(s) e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a crase,
A + aquela(s) = àquela(s) portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultâ-
A + aquilo = àquilo nea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:
Vou a + a igreja.
Vou à igreja.
64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
“a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência
do artigo “a” que está determinando o substantivo femini- - diante de palavras femininas:
no igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Sempre vamos à praia no verão.
Observe os outros exemplos: Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Conheço a aluna. Sou grata à população.
Refiro-me à aluna. Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (co-
nhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a - diante da palavra “moda”, com o sentido de “à
crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é moda de” (mesmo que a expressão moda de fique suben-
transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige tendida):
a preposição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
“a” ou um dos pronomes já especificados. Estava com vontade de comer frango à (moda de) pas-
sarinho.
Casos em que a crase NÃO ocorre: O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifi- Minha revolta é ligada à do meu país.
cado, ocorrerá crase. Veja: Meu luto é ligado ao do meu país.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo As orações são semelhantes às de antes.
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Irei à Salvador de Jorge Amado. Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele Sua blusa é idêntica à de minha colega.
(s), Aquela (s), Aquilo Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais - diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de no-
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a mes próprios femininos porque é facultativo o uso do ar-
qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege es- tigo. Observe:
ses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possí- Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
vel detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
substituição do termo regido feminino por um termo regi-
do masculino. Por exemplo: Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. feminino diante de nomes próprios femininos, então pode-
O monumento ao qual me refiro fica no centro da ci- mos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
dade. Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro-
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a berto.
crase. Veja outros exemplos:
- diante de pronome possessivo feminino:
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam artigo. Observe:
responder nenhuma das questões. Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperan-
A sessão à qual assisti estava vazia. do por você.
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está es-
Crase com o Pronome Demonstrativo “a” perando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo pronomes possessivos femininos, então podemos escrever
“a” também pode ser detectada através da substituição do as frases abaixo das seguintes formas:
termo regente feminino por um termo regido masculino. Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
Veja: Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
8-) A questão quer saber se a preposição faz parte da Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
regência ou não: [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer” = Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
faz parte (dedicada a quê?) [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
II. “Os xópis são civilizações à parte...” = não faz parte fala]
III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xó- A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
pis”. = faz parte (ataque a quê? A quem?) [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem
se fala]
9-) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de
trabalho para proceder a medidas (palavra no plural, ge- Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
neralizando) necessárias à (regência nominal pede prepo- variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
sição) exumação dos restos mortais do ex-presidente João ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exu-
através do pronome seja coerente em termos de gênero
mação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presi-
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
dente morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
(artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão
considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a
(regência verbal) envenenamento. A / à / a / a Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos-
sa escola neste ano.
10-) [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
a) enaltecia = verbo transitivo direto – pede objeto di- adequada]
reto (sem preposição) [neste: pronome que determina “ano” = concordância
enaltecia a glória e a grandeza adequada]
b) louvava = verbo transitivo direto – pede objeto dire- [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
to (sem preposição) dância inadequada]
louvava a glória e a grandeza Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
c) aludia = verbo transitivo indireto – pede objeto indi- demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
reto (com preposição)
aludia à glória e à grandeza Pronomes Pessoais
d) mencionava = verbo transitivo direto – pede objeto
direto (sem preposição) – mencionava a glória e a grandeza São aqueles que substituem os substantivos, indicando
e) evocava = verbo transitivo direto – pede objeto di- diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
reto (sem preposição) assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”,
evocava a glória e a grandeza “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou
às pessoas de quem fala.
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
de alguma forma. ou do caso oblíquo.
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so-
Pronome Reto
nhos!
[substituição do nome]
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo-
tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
nita!
[referência ao nome] Nós lhe ofertamos flores.
Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome] Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
Grande parte dos pronomes não possuem significados principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên- gurado:
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro- - 1ª pessoa do singular: eu
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes - 2ª pessoa do singular: tu
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- - 3ª pessoa do singular: ele, ela
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação - 1ª pessoa do plural: nós
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, - 2ª pessoa do plural: vós
os pronomes apresentam uma forma específica para cada - 3ª pessoa do plural: eles, elas
pessoa do discurso.
69
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro- Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas
nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as pró- especiais depois de certas terminações verbais. Quando o
prias formas verbais marcam, através de suas desinências, verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma
as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é
boa viagem. (Nós) suprimida. Por exemplo:
fiz + o = fi-lo
Pronome Oblíquo fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as-
direto ou indireto) ou complemento nominal. sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma retém + a: retém-na
variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação tem + as = tem-nas
indica a função diversa que eles desempenham na oração:
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo Pronome Oblíquo Tônico
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou por preposições, em geral as preposições a, para, de e com.
tônicos. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de
objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
Pronome Oblíquo Átono O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim con-
figurado:
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
fraca: Ele me deu um presente. - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con- - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
figurado: - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 1ª pessoa do singular (eu): me - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
- 1ª pessoa do plural (nós): nos nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
- 2ª pessoa do plural (vós): vos demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes - As preposições essenciais introduzem sempre prono-
mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
Observações: reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da lín-
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se gua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- Não há mais nada entre mim e ti.
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome Não há nenhuma acusação contra mim.
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Não vá sem mim.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
diretos como objetos indiretos. Atenção: Há construções em que a preposição, apesar
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
objetos diretos. uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem com- verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
binar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for- nome, deverá ser do caso reto.
mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Não vá sem eu mandar.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
70
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco
e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são
reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da
oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso inter-
locutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar - Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da univer- mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
sidade destinatária). primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram
Reafirmamos a disposição desta universidade em parti- amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este
cipar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universi- solteiro, aquele casado]
dade que envia a mensagem).
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
No tempo: irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
refere ao ano presente. - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
refere a um passado próximo. disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele = naquilo)
está se referindo a um passado distante.
Pronomes Indefinidos
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe: São palavras que se referem à terceira pessoa do dis-
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque- curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
la(s). quantidade indeterminada.
Invariáveis: isto, isso, aquilo. Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém
-plantadas.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
que te indiquei.)
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin-
que o procuraram ontem.
guém, outrem, quem, tudo.
Algo o incomoda?
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram
Quem avisa amigo é.
o problema.
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
- semelhante(s): Não compre semelhante livro. expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- tal, tais: Tal era a solução para o problema. Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Note que:
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
construções redundantes, com finalidade expressiva, para ora pronomes indefinidos adjetivos:
salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
das belezas brasileiras, isso é que é sorte! nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
- O pronome demonstrativo neutro ou pode represen- tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso Menos palavras e mais ações.
em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi- Alguns se contentam pouco.
cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o
pressentiam. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tan-
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo to, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária,
fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns, to-
faz as vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que dos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas,
ela o fizesse. nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
algo, cada.
73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
São locuções pronominais indefinidas: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
(que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro,
uma ou outra, etc. - O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
Cada um escolheu o vinho desejado. pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que
Indefinidos Sistemáticos podem ter várias classificações) são pronomes relativos. To-
dos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, motivo de clareza ou depois de determinadas preposições:
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi- Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual
ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria
sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm ambiguidade.)
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade Essas são as conclusões sobre as quais pairam mui-
afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade tas dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza, - O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e
e qualquer, que generaliza. se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou
Essas oposições de sentido são muito importantes na de ser poeta, que era a sua vocação natural.
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen- - O pronome “cujo” não concorda com o seu antece-
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os dente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual,
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações dos quais, das quais.
de que fazem parte: Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado (antecedente) (consequente)
prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são - “Quanto” é pronome relativo quando tem por antece-
pessoas quaisquer. dente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
Pronomes Relativos (antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
São aqueles que representam nomes já mencionados (antecedente)
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
as orações subordinadas adjetivas. - O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de precedido de preposição.
um grupo racial sobre outros. É um professor a quem muito devemos.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou- (preposição)
tros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” - “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
“sistema” é antecedente do pronome relativo que. casa onde morava foi assaltada.
O antecedente do pronome relativo pode ser o prono-
me demonstrativo o, a, os, as. - Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
Não sei o que você está querendo dizer. ou em que.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
expresso. no exterior.
Quem casa, quer casa.
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
Observe: lavras:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os - como (= pelo qual): Não me parece correto o modo
quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, como você agiu semana passada.
quantas. - quando (= em que): Bons eram os tempos quando po-
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. díamos jogar videogame.
74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
75
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre- 03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.).
posição “a”: A substituição do elemento grifado pelo pronome cor-
Naquele instante os dois passaram a odiar-se. respondente, com os necessários ajustes, foi realizada de
Passaram a cumprimentar-se mutuamente. modo INCORRETO em:
A) mostrando o rio= mostrando-o.
- O verbo estiver no gerúndio: B) como escolher sítio= como escolhê-lo.
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreo- C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes.
cupada. D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam =
Despediu-se, beijando-me a face. nada lhes acrescentariam.
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas.
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no 04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a
mesmo instante.
alternativa em que o pronome destacado está posicionado
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
de acordo com a norma-padrão da língua.
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta.
Mesóclise
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado (C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
no futuro do presente ou no futuro do pretérito: (D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela (E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.
se realizará)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma 05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alter-
proposta a você) nativa cujo emprego do pronome está em conformidade
com a norma padrão da língua.
Questões sobre Pronome (A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba-
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012). lada.
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não (C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
está claro até onde pode realmente chegar uma política ba- (D) Conformado, se rendeu às punições.
seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para (E) Todos querem que combata-se a corrupção.
o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono 06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale
e da água faça em si diferença, as companhias não podem a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de
suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se
elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém que eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada- (B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa-
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
de crescimento verde sempre será a segunda opção. (C) Nos sentimos impotentes quando não consegui-
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) mos restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re- (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe
ferem- -se, respectivamente, a
que abrisse a bolsa que encontrara.
(A) dúvidas e preços.
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma
(B) dúvidas e insumos básicos.
tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus do-
(C) companhias e insumos básicos.
nos.
(D) companhias e preços do carbono e da água.
(E) políticas de crescimento e preços adequados.
07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- Há pessoas que, mesmo sem condições, compram
adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho gri- produtos______ não necessitam e______ tendo de pagar
fado está corretamente substituído por um pronome em: tudo______ prazo.
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo- e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
lhes desalentado A) a que … acaba … à B) com que … acabam … à
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem C) de que … acabam … a D) em que … acaba … a
de conhecê-lo? E) dos quais … acaba … à
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
parecia ser-lhe
E) incomodaram o general... − incomodaram-no
76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
9-)
RESOLUÇÃO
devoravam - verbo terminado em “m” = pronome
oblíquo no/na (fizeram-na, colocaram-no)
1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro,
impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto;
não está claro até onde pode realmente chegar uma políti-
“lhe” é para objeto indireto
ca baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire-
para o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a to; “lhe” é para objeto indireto
terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
carbono e da água faça em si diferença, as companhias não
podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares 10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabeleci-
por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, mentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém munhas vão ajudar a polícia na investigação.
encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada- felizmente os comprovam ... ajudá-la
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas (advérbio)
de crescimento verde sempre será a segunda opção.
77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs- Obs.: os substantivos concretos designam seres do
tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais mundo real e do mundo imaginário.
denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme- Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
nos, os substantivos também nomeiam: Brasília, etc.
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
-sentimentos: raiva, amor... ma, etc.
-estados: alegria, tristeza...
-qualidades: honestidade, sinceridade... Observe agora:
-ações: corrida, pescaria... Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
Morfossintaxe do substantivo O substantivo beleza designa uma qualidade.
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres
geral exerce funções diretamente relacionadas com o ver- que dependem de outros para se manifestar ou existir.
bo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos ver- Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser
bais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa
ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para
do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob- se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo
jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos abstrato.
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de Os substantivos abstratos designam estados, qualida-
adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempe- des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
nhadas por grupos de palavras. abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado),
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).
Classificação dos Substantivos
3 - Substantivos Coletivos
1- Substantivos Comuns e Próprios
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou-
Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, tra abelha, mais outra abelha.
com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
(no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
uma cidade (em oposição aos bairros).
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada mais outra abelha...
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
comum. No terceiro caso, empregou-se um substantivo no
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de singular (enxame) para designar um conjunto de seres da
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, mesma espécie (abelhas).
homem, mulher, país, cachorro. O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Estamos voando para Barcelona. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es- da mesma espécie.
pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró-
prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie
de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no- czar – czarina réu - ré
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está re-
lacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
uma para o masculino e outra para o feminino. Observe:
gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito - Epicenos:
prefeita Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para o feminino. Classificam-se em: para indicar o masculino e o feminino.
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
fêmea. mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes- a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, macho e fêmea.
o ídolo, o indivíduo. A cobra macho picou o marinheiro.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes- A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
doente, o artista e a artista. Sobrecomuns:
Entregue as crianças à natureza.
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas-
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
sistema, o sintoma, o teorema.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
- Existem certos substantivos que, variando de gêne-
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
ro, variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor)
A criança chorona chamava-se João.
e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital
A criança chorona chamava-se Maria.
(cidade)
Outros substantivos sobrecomuns:
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
criatura.
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
- aluna. Marcela faleceu
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino: freguês - freguesa Comuns de Dois Gêneros:
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
de três formas:
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão A distinção de gênero pode ser feita através da análise
- sultana do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti-
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem
- Substantivos terminados em -or: - uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran-
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora cês - repórter francesa
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz - A palavra personagem é usada indistintamente nos
dois gêneros.
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn- a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
- duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini-
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não
final por -a: elefante - elefanta aceitam a personagem.
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi- fotográfico Ana Belmonte.
no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos. - Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
A histórica Ouro Preto. se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul
A dinâmica São Paulo.
e cônsules.
A acolhedora Porto Alegre.
Uma Londres imensa e triste.
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
duas maneiras:
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
Gênero e Significação:
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
no e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, - Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que duas maneiras:
marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi- acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor - Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei- riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
(cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), - Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural
a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na de três maneiras.
administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma - substituindo o -ão por -ões: ação - ações
(sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de - substituindo o -ão por -ães: cão - cães
curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície - substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de - Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis:
peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa o látex - os látex.
(recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
(vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, Plural dos Substantivos Compostos
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva -A formação do plural dos substantivos compostos de-
a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala pende da forma como são grafados, do tipo de palavras que
(poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa- formam o composto e da relação que estabelecem entre si.
ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como
voga (remador), a voga (moda, popularidade). os substantivos simples: aguardente/aguardentes, giras-
sol/girassóis,pontapé/pontapés,malmequer/malmequeres.
81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Plural das Palavras Substantivadas Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras fonético chamado metafonia (plural metafônico).
classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
Singular Plural
no plural, as flexões próprias dos substantivos.
corpo (ô) corpos (ó)
Pese bem os prós e os contras.
esforço esforços
O aluno errou na prova dos noves.
fogo fogos
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. forno fornos
fosso fossos
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou imposto impostos
“z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui- olho olhos
tos seis e alguns dez. osso (ô) ossos (ó)
ovo ovos
poço poços
porto portos
posto postos
tijolo tijolos
82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, - Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de fala-r
molho (ó) = feixe (molho de lenha). São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (fa-
lar), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática
Particularidades sobre o Número dos Substantivos - I - (partir).
- Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. - Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do sin- signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin-
gular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, bom gular ou plural):
nome) e honras (homenagem, títulos). falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
sentido de plural:
Aqui morreu muito negro. Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas (compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
improvisadas. pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
Flexão de Grau do Substantivo algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
Estrutura das Formas Verbais ** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-
zar-se ou fazer (em orações temporais).
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
apresentar os seguintes elementos: Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa- Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
(radical fal-)
83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figu-
rado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal.
* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu
bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, caca-
rejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento
e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:
84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
85
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam
86
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam
87
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
88
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja:
1. Tempos do Indicativo
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha estudado as
lições quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples).
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eu ti-
vesse dinheiro, viajaria nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o
jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.
Presente do Indicativo
89
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Pretérito mais-que-perfeito
90
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
Infinitivo Pessoal
92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
09. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – (B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para
ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) Considere as frases: sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge
I. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara. (emerge) do esquecimento, em 1974.
II. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional (C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor-
de 5,4 bilhões de reais por ano. tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so-
Assinale a alternativa que, respectivamente, substitui o breviram (sobrevieram) longos anos de esquecimento.
verbo haver pelo verbo existir, conservando o tempo e o (D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando
modo. as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos
(A) Existe – existe atropelos do turismo selvagem.
(B) Existem – existirão (E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para
(C) Existirão – existirá que obtesse, (obtivesse) agora em definitivo, o prestígio de
(D) Existem – existirá um polo turístico de inegável valor histórico.
(E) Existiriam – existiria
4-)Tinham = pretérito imperfeito do Indicativo. Vamos
10. (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012) às alternativas:
... pois assim se via transportado de volta “à glória que Consentiu = pretérito perfeito / levaram = pretérito
foi a Grécia e à grandeza que foi Roma”. perfeito (e mais-que-perfeito) do Indicativo
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o Despontava = pretérito imperfeito do Indicativo
grifado acima está em: Cedesse = pretérito do Subjuntivo
a) Poe certamente acreditava nisso...
b) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de 5-)
casa... A) Os que levam a vida pensando apenas nos valores
c) ... ainda seja por nós obscuramente sentido como absolutos talvez fariam melhor se pensassem no encanto
verdadeiro, embora não de modo consciente. dos pequenos bons momentos.
d) ... como um legado que provê o fundamento de nos- B) Há até quem queira saber quem é o maior bandido
sas sensibilidades. entre os que recebem destaque nos popularescos progra-
e) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarna- mas da TV.
ção da princesa homérica? C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos-
tem tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tem
GABARITO aspirações a ser metafísica.
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levassem
01.E 02. B 03. D 04. D 05. E em conta nossa condição de mortais, não precisariam
06.B 07. E 08. C 09. D 10.B preocupar-se com os degraus da notoriedade.
94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
9-) Há = presente do Indicativo / haverá = futuro do 4) No caso de o sujeito ser representado por expres-
presente do indicativo. sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”,
Ao substituirmos pelo verbo “existir”, lembremo-nos o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
de que esse sofrerá flexão de número (irá para o plural, Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.
caso seja necessário):
I. Existem diversos projetos de lei em tramitação na Câ- 5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
mara. pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
II. Caso a bondade seja aprovada, existirá custo adicio- de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
nal de 5,4 bilhões de reais por ano. Observação:
Existem / existirá. - No caso da referida expressão aparecer repetida ou
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
10-) Foi = pretérito perfeito do Indicativo necessariamente, deverá permanecer no plural:
a) Poe certamente acreditava = pretérito imperfeito do Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram
Indicativo na campanha de doação de alimentos.
b) Se Grécia e Roma foram = pretérito perfeito do In- Mais de um formando se abraçaram durante as soleni-
dicativo dades de formatura.
c) ... ainda seja = presente do Subjuntivo
d) ... como um legado que provê = presente do Indi- 6) Quando o sujeito for composto da expressão “um
cativo dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi
e) Seria = futuro do pretérito do Indicativo um dos que atuaram na Copa América.
95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à
pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na regra geral mostrada acima.
terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas Majesta- a) Um adjetivo após vários substantivos
des gostaram das homenagens. Vossa Majestade agradeceu o - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
convite. plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
12) Casos relativos a sujeito representado por substan- - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns
aspectos que os determinam: - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
ser, este permanece no singular, contanto que o predicati- - Ela tem pai e mãe louros.
vo também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás - Ela tem pai e mãe loura.
Cubas é uma criação de Machado de Assis.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam- - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria-
bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potên- mente para o plural.
cia mundial. - O homem e o menino estavam perdidos.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
Unidos é uma potência mundial. b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o
Casos referentes a sujeito composto mais próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas Provei deliciosa fruta e suco.
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estan-
do relacionado a dois pressupostos básicos: - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. Estavam feridos o pai e os filhos.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar Estava ferido o pai e os filhos.
na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são primos.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer ante- - antecede todos os adjetivos com um artigo.
posto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
filhos compareceram ao evento.
- coloca o substantivo no plural.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou per-
manecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus dois d) Pronomes de tratamento
filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. - sempre concordam com a 3ª pessoa.
Vossa Santidade esteve no Brasil.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade - Concordam com o substantivo a que se referem.
do mundo. As cartas estão anexas.
A bebida está inclusa.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô- Precisamos de nomes próprios.
nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo Obrigado, disse o rapaz.
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é - Após essas expressões o substantivo fica sempre no
fruto de meu esforço. singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos de- Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
mais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o g) É bom, é necessário, é proibido
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos - Essas expressões não variam se o sujeito não vier pre-
também o verbo, que se flexionará à sua maneira. cedido de artigo ou outro determinante.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome Canja é bom. / A canja é boa.
concordam em gênero e número com o substantivo. É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
- A pequena criança é uma gracinha. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A en-
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático. trada é proibida.
96
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
97
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
98
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
2-) Fiz as correções entre parênteses: c) O mapeamento genético de povos africanos têm (tem)
(A) Vê-se que ficou assegurado (assegurada) à família sido negligenciados (negligenciado) porque, segundo pes-
a guarda do menor. quisadores, o acesso aos locais onde vivem é difícil e ocorre
(B) Fica claro que o problema atinge os setores público (ocorrem) limitações em razão de hábitos e de crenças.
e privado. d) Será (SERÃO) importante (IMPORTANTES) para o tra-
(C) Ainda não identificada (identificadas) pela polícia, tamento de doenças genéticas de populações, até mesmo
as pessoas responsáveis pelo assalto estão à solta. as que se localiza (localizam) em regiões distantes e de difícil
(D) Já foi divulgado (divulgada) na mídia alguma coisa acesso, OS RESULTADOS obtidos nas mais recentes pesquisas.
a respeito do acidente? e) A reconstituição feita a partir de fósseis faciais mos-
(E) Se foi incluso (inclusa - ou incluída, já que funciona tram (mostra) como deveria ser o rosto dos homens primi-
como verbo) no contrato, a cláusula não pode ser descon- tivos, ou seja, daqueles que teria (teriam) dado origem às
siderada. atuais populações dos países europeus.
7-)
3-) Vamos item a item:
(A) Adentra (adentram) as fronteiras do Brasil, a cada dia,
A = o verbo “partiram” não poderia ser utilizado no
centenas de haitianos em busca de abrigo e trabalho.
singular, já que está concordando com “várias manifesta-
(B) A população de haitianos não tem sido bem recebida
ções”; por brasileiros, que a consideram ameaça a seus postos de
B = “pareceram” concorda com “as guerras”, permane- trabalho.
cendo no plural; (C) Roupas e alimento lhes são fornecidos por algumas
C = o verbo “ser” pode concordar tanto com o sujeito ONGs, mas as contribuições ainda são insuficiente (insufi-
(São Paulo) quanto com o predicativo “cidades” cientes) para atender a todos.
D = “deem” deve permanecer no plural, já que concor- (D) Há quem defenda o retorno desses haitianos a seu
da com “símbolos” (lembrando: o verbo “deem” não é mais país, alegando que não haverão (haverá) condições dignas
acentuado!) de subsistência para eles no Brasil.
E = “misturam” fica no plural, pois concorda com “in- (E) Em algumas cidades do norte do Brasil, serviços
formações”. como recapeamento de ruas e avenidas já têm sido realiza-
do (realizados) por mão de obra haitiana.
4-) Corrigi os verbos em cada alternativa:
A = fazem (faz) – concorda com “o crescimento” 8-)
B = devem-se (deve-se) – concorda com “a atração” (A) Existe (existem), hoje, tablets, lousas interativas e
C = deveriam haver (deveria). O verbo “haver” é impes- aplicativos desenvolvidos especialmente para a educação.
soal, não varia, portanto seu auxiliar também não. (B) Foi (foram) incorporado (incorporados), à educação
D = entram (entra) – concorda com “o ruído” atual, alguns valores e expectativas da sociedade do conhe-
E = correta (lembrando que, ao se utilizar a expressão cimento.
“a maioria de”, o verbo pode estar no singular também: “a (C) Com o passar dos anos, devem (deve) haver cada vez
maioria dos bairros encontra-se”). mais computadores portáteis nas escolas brasileiras.
(D) O número de alunos que declaram ter aprendido a
5-) usar o computador e/ou a internet sozinhos aumenta a cada
(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores) dia.
(E) De acordo com a pesquisa, 44% dos alunos do en-
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con-
sino público e 54% do ensino privado dispõe (dispõem) de
tribuíram) (as mudanças do clima)
internet em seus celulares.
(C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá
no singular
9-) “Nossos produtos têm coisas que vai (vão) marcar
(D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti- para sempre sua vida.” a
nham) (os povos que habitavam a América Central)
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos- 10-) Fiz o acerto necessário:
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). A) No calor, é bom bebermos bastante líquido.
B) Nunca foi permitido presença de estranhos nesse de-
6-) Fiz as correções entre parênteses e sublinhei os ter- partamento.
mos que se relacionam: (Correta. Se tivéssemos a presença de um artigo defini-
a) Os dados obtidos nas pesquisas levam os especialis- do, a oração seria: Nunca foi permitida a presença)
tas à conclusão de que um pequeno grupo de uma das tri- C) Nos dias de hoje, é necessária (necessário) paciência.
bos africanas teria saído em busca de melhores condições (não temos o artigo definido “a”, portanto: necessário)
de vida em lugares mais distantes. D) Aprendi com minha avó que água de melissa é ótimo
b) Pesquisas genéticas abre (abrem) caminho para a para os nervos.
descoberta do tratamento de certas doenças, pois (se) sa- (Correta. Se tivéssemos a presença de um artigo defini-
bem-se (sabe) que pessoas de grupos diferentes reagem do, a oração seria: a água de melissa é ótima)
de forma diferenciada aos medicamentos.
99
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar - No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento ou transitivo indireto.
introduzido pela preposição “a”.
O cantor não agradou aos presentes. Muito custa viver tão longe da família.
O cantor não lhes agradou. Verbo Oração Subordinada Substantiva
Subjetiva
ASPIRAR Intransitivo Reduzida de Infinitivo
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi-
rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela
atitude.
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Objeto Oração Subordinada Substantiva
como ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida. Subjetiva
(Aspirávamos a elas) Indireto Reduzida de Infinitivo
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é Obs.: a Gramática Normativa condena as construções
pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto- que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado
nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela por pessoa. Observe:
(s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Custei para entender o problema.
Aspiravam a ela) Forma correta: Custou-me entender o problema.
ASSISTIR IMPLICAR
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres- - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
tar assistência a, auxiliar. Por exemplo: a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. implicavam um firme propósito.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
b) Ter como consequência, trazer como consequência,
acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadure-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
cimento político de um povo.
ciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
Assistimos ao documentário.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
Não assisti às últimas sessões.
meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
Essa lei assiste ao inquilino.
econômicas.
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é tran-
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa sitivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
conturbada cidade. quem não trabalhasse arduamente.
CHAMAR PROCEDER
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
solicitar a atenção ou a presença de. cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá cha- agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado
má-la. de adjunto adverbial de modo.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. As afirmações da testemunha procediam, não havia
como refutá-las.
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode Você procede muito mal.
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
cativo preposicionado ou não. - Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
sição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
A torcida chamou o jogador mercenário. do pela preposição “a”) é transitivo indireto.
A torcida chamou ao jogador mercenário. O avião procede de Maceió.
A torcida chamou o jogador de mercenário. Procedeu-se aos exames.
A torcida chamou ao jogador de mercenário. O delegado procederá ao inquérito.
CUSTAR QUERER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado vontade de, cobiçar.
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Querem melhor atendimento.
Frutas e verduras não deveriam custar muito. Queremos um país melhor.
102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
VISAR
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo.
O gerente não quis visar o cheque.
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.
ESQUECER – LEMBRAR
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve altera-
ção de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto
brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma
coisa).
SIMPATIZAR
Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não simpatizei com os jurados.
NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Maria namora João.
OBEDECER
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.
VER
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o filme.
103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Regência Nominal
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vá-
rios nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes:
todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
Questões sobre Regência Nominal e Verbal 05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter-
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa
01. (Administrador – FCC – 2013-adap.). Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência
... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras nominal e à pontuação.
ciências ... (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida-
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço
o grifado acima está empregado em: seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo,
A) ...astros que ficam tão distantes ... do que em outros.
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra-
C) ...que nos proporcionou um espírito ... pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
D) ...cuja importância ninguém ignora ... avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ... exemplo!, do que em outros.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
adap.). avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos exemplo, do que em outros.
filhos do sueco. (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de com- mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço
plementos que o grifado acima está empregado em: seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
A) ...que existe uma coisa chamada exército... – do que em outros.
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida-
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan-
cia... ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem-
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... plo) do que em outros.
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atre-
06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina-
vimento.
le a alternativa correta quanto à regência dos termos em
destaque.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.).
(A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em
responsabilidade pelo problema.
partes desiguais...
(B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que
se perdido.
o grifado acima está empregado em:
(C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a de um índio na porta do prédio.
extremos de sutileza. (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- perdido de sua família.
do nos troncos mais robustos. (E) A família toda se organizou para realizar a procura
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- à garotinha.
rientam, não raro, quem...
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale
na serra de Tunuí... a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
gentio, mestre e colaborador... Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que a mídia pode exercer sobre os jovens.
o da frase acima se encontra em: A) dos … na B) nos … entre a
A) A palavra direito, em português, vem de directum, C) aos … para a D) sobre os … pela
do verbo latino dirigere... E) pelos … sob a
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
sociedades... 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão
pela justiça. da língua, assinale a alternativa em que os trechos desta-
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspi- cados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
rações da justiça... A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o de dez mil tomadas.
sentimento de justiça. B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de 4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
criar logotipos e negociar. Lidar = transitivo indireto
D) O taxista levou o autor a indagar no número de B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
tomadas do edifício. sociedades... =transitivo direto
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re- C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
parasse a um prédio na marginal. pela justiça. =ligação
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira-
09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). As- ções da justiça... =transitivo direto e indireto
sinale a alternativa que substitui a expressão destacada na E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da sentimento de justiça. =transitivo direto
língua e sem alteração de sentido.
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de 5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon-
direitos dos trabalhadores domésticos. tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
A) da B) na C) pela gência (pontuação encontra-se em tópico específico)
D) sob a E) sobre a (A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam,
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon-
GABARITO tuação)
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto
01. D 02. D 03. A 04. A 05. D à pontuação)
06. A 07. C0 8. A 09. C (E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi-
damente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o
RESOLUÇÃO avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um
exemplo) do que em outros.
1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das
outras ciências ...
6-)
Facilitar – verbo transitivo direto
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de li-
ter se perdido.
gação
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo
um índio na porta do prédio.
de ligação
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se per-
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran-
dido de sua família.
sitivo direto e indireto
(E) A família toda se organizou para realizar a procura
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro =
verbo transitivo indireto pela garotinha.
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito 7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se re-
nos filhos do sueco. portou já assinalavam uma relação entre os distúrbios da
Pedir = verbo transitivo direto e indireto imagem corporal e a exposição a imagens idealizadas pela
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran- mídia.
sitivo direto A pesquisa faz um alerta para a influência negativa
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de que a mídia pode exercer sobre os jovens.
ligação
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- 8-)
cia... =verbo intransitivo B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de ha-
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi- ver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
mento. =transitivo direto C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em
criar logotipos e negociar.
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de
em partes desiguais... tomadas do edifício.
Constar = verbo intransitivo E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re-
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- parasse em um prédio na marginal.
do nos troncos mais robustos. =ligação
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- 9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de
rientam, não raro, quem... =transitivo direto direitos dos trabalhadores domésticos.
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho
na serra de Tunuí... = transitivo direto
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto
106
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
107
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo: 05. (Analista de Procuradoria – FCC – 2013-adap) Trans-
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) pondo- -se para a voz passiva a frase O poeta teria
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) aberto um diálogo entre as duas partes, a forma verbal re-
sultante será:
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no senti- A) fora aberto. B) abriria.
do cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o C) teria sido aberto. D) teriam sido abertas.
sujeito é paciente. E) foi aberto.
Chamo-me Luís.
Batizei-me na Igreja do Carmo. 06.(SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II E PRO-
Operou-se de hérnia. FESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011) ...permite
Vacinaram-se contra a gripe. que os criadores tomem atitudes quando a proliferação de
algas tóxicas ameaça os peixes.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ A transposição para a voz passiva da oração grifada
morf54.php acima teria, de acordo com a norma culta, como forma ver-
bal resultante:
Questões sobre Vozes dos Verbos (A) ameaçavam.
(B) foram ameaçadas.
01. (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A fra- (C) ameaçarem.
se que admite transposição para a voz passiva é: (D) estiver sendo ameaçada.
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. (E) forem ameaçados.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos. 07. (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista, a
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
forma verbal obtida será:
vida (...).
(A) pode ser obscurecido.
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
(B) obscurecerá.
e da falsa consciência.
(C) pode ter obscurecido.
(D) pode ser obscurecida.
02. (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) ... a
(E) será obscurecida.
Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho ...
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma
verbal corretamente obtida é: 08.(GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO-
a) tinha interrompido. CON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são impac-
b) foram interrompidas. tados pelas mídias de massa”
c) fora interrompido. O fragmento transcrito acima apresenta uma constru-
d) haviam sido interrompidas. ção na voz passiva do verbo. Outro exemplo de voz passiva
e) haveriam de ser interrompidas. encontra-se em:
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das deci-
03. (FCC-TRE-Analista Judiciário – 2011) Transpondo-se sões de compra de uma família”
para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional en- B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
frenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á a mercado para a persuasão do público infantil”
seguinte forma verbal: C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
(A) são enfrentados. crianças brasileiras nas práticas de consumo.”
(B) tem enfrentado. D) “Elas são assediadas pelo mercado”
(C) tem sido enfrentada. E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
(D) têm sido enfrentados. dem ética”
(E) é enfrentada.
09. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA CI-
04. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – VIL – EXECUTIVO PÚBLICO – FCC/2010) Transpondo a frase
FCC/2012) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva,
responsabilidade de proteger pela via militar, a comunidade obtém-se corretamente o seguinte segmento:
internacional [...] observe outro preceito ... (A) tinha recebido promoção.
Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz (B) estaria sendo promovido.
passiva, a forma verbal resultante será: (C) fizera a promoção.
a) é observado. (D) estava sendo promovido.
b) seja observado. (E) havia sido promovido.
c) ser observado.
d) é observada.
e) for observado.
108
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
3-) Hoje a autoria institucional enfrenta séria concor- 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
rência dos autores anônimos = Séria concorrência é en-
frentada pela autoria... Ponto e Vírgula ( ; )
4-) a comunidade internacional [...] observe outro pre- 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
ceito = se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos importância.
dois: outro preceito seja observado. - “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida;
5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas par- os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
tes = Um diálogo teria sido aberto...
2- Separa partes de frases que já estão separadas por
6-) Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa vírgulas.
Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação... - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
= voz passiva nhas, frio e cobertor.
7-) Um figurante pode obscurecer a atuação de um 3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
protagonista. tivos, decreto de lei, etc.
Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos - Ir ao supermercado;
dois; se na ativa temos dois, na passiva teremos três. Então: - Pegar as crianças na escola;
A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por - Caminhada na praia;
um figurante. - Reunião com amigos.
109
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
110
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
(A) Ele já morou em Natal, em Fortaleza, em São Paulo. 06. (MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – IBFC/2013)
(B) Os dois rapazes, Rodrigo e Paulo, eram primos. Considere os períodos abaixo e assinale a alternativa cor-
(C) Com muito cuidado, a advogada analisou o docu- reta.
mento. I. Os manifestantes, que praticaram atos de vandalismo,
(D) A igreja era pequena e pobre. Os altares, humildes. foram detidos.
(E) Você ainda não sabe, mocinha vaidosa, que a vida II. Os manifestantes que praticaram atos de vandalismo
é difícil. foram detidos.
a) A pontuação está correta apenas em I.
03. (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO – b) A pontuação está correta apenas em II, pois não se
FCC/2012) Atente para as seguintes frases: pode separar o sujeito do verbo.
I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotógra- c) A pontuação está correta em I e II, que têm o mesmo
fos, que andam em volta dos objetos à procura de novos sentido, sendo o uso das vírgulas uma questão estilística.
ângulos. d) A pontuação está correta em I e II, mas, no segundo,
II. Felizes as pessoas que, todos os dias, sabem encon- indica-se que todos os manifestantes praticaram atos de
trar companhia em tudo o que as cerca. vandalismo.
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda companhia. e) A pontuação está correta em I e II, mas, no primei-
A supressão da(s) vírgula(s) acarretará mudança de ro, indica-se que todos os manifestantes praticaram atos de
sentido para o que está APENAS em vandalismo.
(A) I.
(B) II. 07. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO-
(C) II e III. CON – ADVOGADO – CEPERJ/2012 - ADAPTADA) O empre-
(D) I e II. go da vírgula marca anteposição de termos, com alteração
(E) III. da ordem direta da frase, no seguinte exemplo do texto:
A) “O consumismo é uma ideologia, um hábito men-
tal forjado que se tornou umas das características culturais
04.(IAMSPE/SP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VU-
mais marcantes da sociedade atual.”
NESP/2012) Assinale a alternativa em que a frase está pon-
B) “obesidade infantil, erotização precoce, consumo
tuada corretamente, de acordo com a norma-padrão da
precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da
língua portuguesa.
agressividade e violência, entre outras.”
(A) A chegada maciça de haitianos ao Brasil, é uma
C) “Para o mercado, antes de tudo, a criança é um con-
ótima oportunidade para refletir sobre o que transforma,
sumidor em formação”
grupos de pessoas em povos.
D) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
(B) A distinção, mais do que uma minudência jurídica
mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez
traz consigo, duas visões de mundo antagônicas. mais cedo é chamado a participar do universo adulto”
(C) O que definia um povo para ele, era a vontade das E) “salvo decisões relacionadas a planos de seguro,
pessoas de construir um futuro juntas. combustível e produtos de limpeza.”
(D) Que quase todos os países do Novo Mundo, te- 08. (MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – IBFC/2013)
nham adotado o jus soli, não é coincidência. Considere o período e as afirmações abaixo.
(E) Restringir, assim, a concessão de vistos a haitianos, A imprensa é a voz da sociedade pois a denúncia de
como parece querer parte do governo, é uma ideia que vai crimes e desigualdades mobilizam as pessoas.
contra o espírito que presidiu a criação do Brasil. I. Observa-se o uso de metáfora.
II. A pontuação está correta.
05. (POLÍCIA CIVIL/SP – INVESTIGADOR DE POLÍCIA III. Há um problema de concordância verbal.
– VUNESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto à Está correto o que se afirma somente em:
pontuação e à colocação pronominal. a) Apenas I
(A) Infelizmente, se transformou, o ímpeto de Hagar, b) Apenas II
num passo lento depois que casamos. c) Apenas III
(B) Depois que casamos, infelizmente se transformou, d) Apenas I e III
o ímpeto de Hagar num passo lento. e) Apenas II e III
(C) Infelizmente se transformou o ímpeto de Hagar
num passo lento, depois que casamos. 09. (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA – ASSISTENTE
(D) Se transformou num passo lento, infelizmente, o SOCIAL – FCC/2010) A pontuação está inteiramente correta
ímpeto de Hagar depois que casamos. em:
(E) Depois que casamos infelizmente transformou-se (A) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano,
num passo lento o ímpeto de Hagar. nem todos o sabem, escreveu a propósito de sua gestão,
um relatório que se tornou memorável.
(B) O autor do texto, até onde se pode avaliar não in-
veste contra a linguagem técnica se esta é produtiva, mas
contra excessos que a tornam ineficaz.
111
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
(C) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes (B) A distinção, mais do que uma minudência jurídica
a vários ofícios, o autor não deixou de se valer da ironia, (X) traz consigo, (X) duas visões de mundo antagônicas.
essa arma habitual dos céticos. (C) O que definia um povo (X) para ele, (X) era a vonta-
(D) A ética rigorosa que Graciliano revela na escritu- de das pessoas de construir um futuro juntas.
ra dos romances, está também nesse relatório de prefeito (D) Que quase todos os países do Novo Mundo, (X)
muito autocrítico e enxuto. tenham adotado o jus soli, não é coincidência.
(E) A retórica entendida como arte do discurso, pode (E) Restringir, assim, a concessão de vistos a haitianos,
ser eficaz ou inútil, dependendo dos propósitos e do talen- como parece querer parte do governo, é uma ideia que vai
to, de quem a manipula. contra o espírito que presidiu a criação do Brasil.
112
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
(C) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes *nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
a vários ofícios, o autor não deixou de se valer da ironia, deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
essa arma habitual dos céticos. *após ditongos: foice, coice, traição
(D) A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura *palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r):
dos romances, (X) está também nesse relatório de prefeito marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
(X) muito autocrítico e enxuto.
(E) A retórica entendida como arte do discurso, (X) O fonema z:
pode ser eficaz ou inútil, dependendo dos propósitos e do
talento, (X) de quem a manipula. Com S e não com Z:
D) Não nego que ( , ) ao avistar a cidade natal ( , ) tive *os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
uma sensação nova. tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
Ortografia *os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose.
A ortografia é a parte da língua responsável pela gra- *as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão quiseste.
culto da língua. *nomes derivados de verbos com radicais terminados
As palavras podem apresentar igualdade total ou par- em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten- empresa / difundir - difusão
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
do latim, significa música vocal). As palavras homônimas *após ditongos: coisa, pausa, pouso
dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia *em verbos derivados de nomes cujo radical termina
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa-
lácio ou passo, movimento durante o andar). Com Z e não com S:
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje-
se observar as seguintes regras:
tivo: macio - maciez / rico - riqueza
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de
O fonema s:
origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con-
cretizar
Com S e não com C/Ç
*como consoante de ligação se o radical não terminar
as palavras substantivadas derivadas de verbos com
com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão
/ expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - in- inho - lapisinho
versão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir
- diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / O fonema j:
repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
sentir - sensível / consentir - consensual Com G e não com J:
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
Com SS e não com C e Ç gesso.
os nomes derivados dos verbos cujos radicais termi- *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
nem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
tir ou meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / per-
cutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / Observação: Exceção: pajem
comprometer - compromisso / submeter - submissão *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com litígio, relógio, refúgio.
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé- *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
trico / re + surgir - ressurgir *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem- gir.
plos: ficasse, falasse *depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
nado com j: ágil, agente.
Com C ou Ç e não com S e SS
os vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar Com J e não com G:
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
Juçara, caçula, cachaça, cacique *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, boia, manjerona.
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
esperança, carapuça, dentuço
113
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
114
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
115
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu- 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- hífen é obrigatório:
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na A) em nenhuma delas.
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas as B) na segunda palavra.
linhas). C) na terceira palavra.
D) em todas as palavras.
E) na primeira e na segunda palavra.
116
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- 2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom-
às palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale brada.
aquela que tem de ser escrita com hífen:
A) (sub) chefe 3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.
B) (sub) entender
C) (sub) solo 4-)
D) (sub) reptício a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo-
E) (sub) liminar leque (doce)
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não
07.Assinale a alternativa em que todas as palavras estão apresentam elementos de ligação.
grafadas corretamente: b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé-
A) autocrítica, contramestre, extra-oficial cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos,
B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.
C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam
D) supervida, superelegante, supermoda elementos de ligação.
E) sobre-saia, mini-saia, superssaia
5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam-
08.Assinale o item em que o uso do hífen está incorreto.
peonato inter-regional.
A) infraestrutura / super-homem / autoeducação
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
B) bem-vindo / antessala /contra-regra
- Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma
C) contramestre / infravermelho / autoescola
letra com que se inicia a outra palavra
D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói
E) extraoficial / infra-hepático /semirreta
6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também
diante de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender,
09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção
subsolo, sub- -reptício (sem o hífen até a leitura da pala-
quanto ao emprego do hífen.
A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para vra será alterada; /subre/, ao invés de /sub re/), subliminar
relacionamento extraconjugal.
B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterreno. 7-)
C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama- A) autocrítica, contramestre, extraoficial
rinas. B) infra-assinado, infravermelho, infrassom
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina antir- C) semicírculo, semi-humano, semi-internato
rábica. D) supervida, superelegante, supermoda = corretas
E) Era um suboficial de uma superpotência. E) sobressaia, minissaia, supersaia
10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao
emprego do hífen. 8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra
A) Foi iniciada a campanha pró-leite.
B) O ex-aluno fez a sua autodefesa. 9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an-
C) O contrarregra comeu um contra-filé. tirrábica.
D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso.
E) O meia-direita deu início ao contra-ataque. 10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
GABARITO
117
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Língua Portuguesa
ANOTAÇÕES
__________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
118