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Cultura da automedicação
A cultura da automedicação, somada a geniosidade do marketing, expõem inúmeras
pessoas ao perigo. Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em novembro de 2008 relata
que apenas 30% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva
conseguiram absorver os princípios ativos que necessitavam.[2]
Notícias
Saúde | 13/02/2011 14h12min
Tratar da saúde por conta própria é uma decisão arriscada e pode ser fatal, afirmam
especialistas. Além de todos os danos que uma interação medicamentosa pode causar,
como intoxicação e anulação no efeito dos princípios ativos, a automedicação pode
tratar os sintomas e mascarar a doença original.
— Se o paciente tem uma dor e sai tomando o remédio que serve para o vizinho, pode
estar perdendo tempo de encontrar a melhor solução para o seu problema — , explica
Leila.
Combinações explosivas
Mal necessário?
— Todo tipo de substância utilizada para tratar um determinado problema pode ter
efeitos que não são os esperados ou os desejados. Quanto mais adequada for a indicação
de determinado fármaco, menores as possibilidades de risco, mas eles sempre poderão
existir— , explica o chefe de emergências Leonardo Fernandez.
Apesar dos riscos, Alves lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera
que, algumas vezes, a automedicação pode ser benéfica:
Remédios para emagrecer: Hipertensos não devem tomar, pois aumentam a pressão
arterial.
O Brasil está longe de ser um país de primeiro mundo, é rotulado como país em
desenvolvimento, mas teoria à parte, os números mostram a verdadeira realidade e são
números alarmantes, quando comparados ao consumo de medicamentos da população
de países de primeiro mundo. Aqui, vende-se mais remédio do que pão!
São inúmeros fatores que fazem parte desse contexto, mas sem dúvida o
sintoma cultural e a falta de informação fazem com que a população brasileira seja
vítima da situação. A indústria farmacêutica, que investe milhões em pesquisas
buscando a cura das pessoas, é a mesma que não mede esforços ao recorrer a todo
tipo de marketing e propaganda para esvaziar as prateleiras das farmácias. Essa atitude
que pode ser considerada obscena, muitas vezes é analisada como um simples sintoma
na cultura e, portanto, desprezada por autoridades.
Em quem confiar?
Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2001
doi: 10.1590/S0104-42302001000400001
Editorial
AUTOMEDICAÇÃO
Ao primeiro sinal de resfriado ou gripe a maior parte dos brasileiros não têm dúvida:
toma remédio por conta própria. Uma pesquisa mostra que a maioria dos pacientes não
tem informações corretas sobre as doenças, mas apesar disso insistem na
automedicação.
A farmácia faz parte do roteiro de compras de Ana Guerra de Souza. quase todo dia ela
está lá.
Uma pesquisa feita com mais de duas mil pessoas em todo o país revela que, assim
como dona Ana, quase metade dos entrevistados têm o hábito de comprar e tomar
remédios sem indicação médica. Os mais usados são: contra febre, contra gripe e para
dor.
Nao é de hoje que o brasileiro toma remédio por conta propria e muita gente até faz isso
com boa intenção. A automedicação é um esforço para não faltar ao trabalho, para
manter os compromissos do dia. Mas quando o assunto é saúde não dá para ter só boa
intenção. Tem que ter também informação porque o hábito é perigoso.
"Fumar piora qualquer doença, respiratória ou não. Mas o fato é que as pessaos têm que
entender que gripe e resfriado é causada por vírus e existe uma transmissão", explica
doutor Roberto Stirbulob.
Vale lembrar que só um médico pode dar o diagnóstico certo e que é preciso sim, resistir
à tentação de bancar o especialista.