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Resumo
1.INTRODUÇÃO
A Espondilite Anquilosante é uma doença inflamatória sistêmica de padrão reumatismal que
atinge de forma predominante a coluna vertebral , sofrendo as articulações sacro-ilíacas,
inflamação das inserções de ligamentos, cápsulas articulares e tendões, nomeadamente ao
nível da face plantar do calcanhar e dos contornos da bacia.
A forma juvenil da doença costuma aparecer inicialmente com artrite periférica , na maioria
dos casos nas grandes articulações dos membros inferiores, a espondilite anquilosante tem o
ápice de sua evolução após alguns anos , já na fase adulta , geralmente com a lombalgia
inflamatória ,já nessa fase a evolução da doença é muito agressiva e praticamente impossível
a não utilização de medicação e fisioterapia para o portador da espondilite anquilosante ter as
mínimas condições na sua vida diária. O diagnóstico da espondilite anquilosante
normalmente é tardio , pois, os sinais e sintomas são semelhantes as patologias mais comuns
da coluna , como dores causadas pela má postura e dores traumáticas.
Para o diagnóstico da espondilite anquilosante anquilosante são necessárias alguns critérios
clínicos , critério radiológico , além de exames laboratoriais para a confirmação da inflamação
na coluna.
O exame radiológico serão avaliados as articulações sacroilíacas e da coluna ,onde poderá
revelar alguns sinais da doença , porém na fase inicial as imagens adquiridas no exame de raio
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¹ Pós-graduando em Ortopedia e Traumatologia
² Orientadora , fisioterapeuta especialista em metodologia do ensino superior , mestranda
em bioética e direito em saúde .
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x , podem ser normal , com isso dificultando ainda mais o diagnóstico da espondilite
anquilosante.
Geralmente inicia-se no adulto jovem, preferencialmente no sexo masculino, comum em
populações brancas, onde a prevalência do HLA-B27 (antígeno leucocitário humano), é
significativamente maior. Entre as manifestações clínicas, tanto as articulações sacroilíticas
como a sínfise pubiana serão comprometidas pelo processo inflamatório, geralmente a
primeira manifestação da espondilite anquilosante, será uma sacroílite (SATO, 2004).
A evolução costuma ser ascendente, acometendo progressivamente a coluna dorsale cervical,
contribuindo para o desenvolvimento da “postura do esquiador”, caracterizada pela retificação
da lordose lombar, acentuação da cifose dorsal e retificação da lordose cervical (com projeção
da cabeça para a frente). Dependendo da sua atividade e gravidade, altera a qualidade de vida
do paciente, acarretando diferentes graus de incapacidade física, social, econômica ou
psicológica.
Devido os acometimentos na coluna vertebral, acima citados, esses pacientes podem
apresentar desequilíbrios musculares, onde a cadeia muscular anterior fica contraída e a
cadeia muscular posterior fica alongada, ocorrendo a diminuição da flexibilidade dos
músculos levantador da escápula, esternocleidomastóideo, escalenos e subocciptal, eretores da
espinha cervical anterior , torácicos superiores e músculos abdominais. Os músculos do tórax
anteriores (intercostais), os músculos peitorais maior e menor, grande dorsal, serrátil anterior,
eretores da espinha torácica, rombóides e trapézio médio, extensores do quadril, extensores
lombares e flexores do quadril ficam contraídos.
De acordo com Kisner (2005), deve-se aplicar técnicas de alongamento nas estruturas que
encontram-se contraídas e fortalecer os grupos musculares que estão com a flexibilidade
diminuída e alongadas, extensão na coluna dorsal, rotação de tronco e pescoço.
Os programas domiciliares são de grande importância em todos os aspectos patológicos
crônicos do aparelho locomotor. Sem dúvida, na espondilite anquilosante esta importância, é
ainda maior, já que o único tratamento efetivo de que se dispõe para lutar contra a anquilose é
o exercício físico (GABRIEL, 2001).
A intervenção fisioterapêutica é parte fundamental do tratamento. Atua de maneira preventiva
ou retardando as complicações, com o objetivo de preservar os movimentos, manutenção de
uma postura funcional e evitar incapacidades funcionais físicas, intervindo na melhora das
atividades de vida diária dos portadores desse aspecto patológico.
Portanto, será fundamental insistir na motivação do paciente, procurando, a mudança de
hábitos sedentários por outros mais ativos, com sessões curtas de exercícios ativos de
intensidades leves, onde o paciente possa sentir-se a vontade e confortável na prática do
mesmo.
2. A INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
A intervenção da fisioterapia atua de maneira preventiva ou retardando as complicações da
espondilite anquilosante, com o objetivo de preservar os movimentos, manutenção de uma
postura funcional e evitar incapacidades funcionais físicas , com isso possibilitando ao
portador da espondilite anquilosante uma significante melhoria nas atividades diárias e
consequentemente na qualidade de vida desse indivíduo,existem meios mais eficientes para
conseguir ganhar ou simplesmente aumentar a amplitude de movimento é trabalhar de forma
mais categórica as atividades funcionais dentro dos programas de alongamentos para usar
cada vez mais a amplitude conquistada com a partir da intervenção da fisioterapia , porém
sem que essa amplitude de movimento cause dor ao paciente.As principais atividades , devem
trabalhar os movimentos ativos dos pacientes tanto de membros superiores e inferiores
.repetindo aquela situação básica , sem causar dor ao paciente , e ainda possibilitando o
mesmo a voltar a praticar no mínimo as mais simples atividades diárias , e com isso ocorrerá
uma enorme melhora funcional e qualidade de vida do paciente.
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Uma das prioridades da reabilitação desses pacientes deverá ser dirigida ao aparelho
respiratório. Devido diminuição da mobilidade da caixa torácica, pode causar doenças
respiratórias como pneumonia, atelectasia. Os músculos intercostais internos e externos podem
ficar contraídos com aderência. Com isso sobrecarrega o diafragma que fica fadigado, devido o
aumento do trabalho respiratório, empregando exercícios respiratórios como: inspiração
profunda, compressão-descompressão, redirecionamento de fluxo, respiração associada aos
membros superiores, liberação diafragmática, que visam a conservação ou aumento da
expansibilidade torácica, prevenindo complicações respiratórias.
Podemos também, intervir auxiliando na confecção de órtoses, na ergonomia da residência do
acometido. Para isso, será fundamental insistir na motivação do paciente, procurando a
mudança de hábitos sedentários por outros mais ativos, assim melhorando suas atividades de
vida diária.
O relato deste estudo demonstra que o acometimento articular periférico é caracterizado pela
presença de oligoartrite e entesopatias. A oligoartrite predomina-se em grandes articulações
de membros inferiores, como tornozelos, joelhos e coxofemorais. Ombros,
esternoclaviculares e articulações costocondrais (causando dor torácica) também podem ser
acometidas. As entesopatias (inflamações nas inserções dos tendões e/ou ligamentos nos
ossos) costumam ser manifestações iniciais na doença de início juvenil e acometem
preferencialmente a inserção de tendão de Aquiles e a fáscia plantar. Devido essas áreas
acometidas poderá aplicar crioterapia e eletroterapia, para minimizar dor, onde facilitará seus
exercícios Dziedzic (2001).
Por outro lado, Sato (2004), estudou alterações patológicas que afetam basicamente as
fixações ligamentares aos ossos, acometimento das articulações sacro-ilíacas juntamente com
artropatia inflamatória periférica. Em cima desse quadro clínico, indicou termoterapia com
infravermelho e compressa quente, para minimizar dor, espasmo muscular, melhorar
amplitude de movimento.
De acordo com Kisner (2005), devemos examinar se há sinais de diminuição da flexibilidade
muscular, restrições articulares, fraqueza muscular e comprometimentos do equilíbrio. Iniciar
os exercícios e os procedimentos de mobilização em um grau apropriado à condição do
paciente.
A espondilite anquilosante, dependendo da sua atividade e gravidade, altera a qualidade de
vida do paciente, acarretando diferentes graus de incapacidade física, social, econômica ou
psicológica. Portanto, exige um conjunto de medidas terapêuticas, através da reparação ou
manutenção da capacidade de executar tarefas no seu dia-a-dia, ou seja, reparação ou
manutenção da capacidade funcional, promovendo a melhora na qualidade de vida (BUSS et
al., 2004).
A Fisioterapia atua de maneira preventiva ou retardando as complicações da espondilite
anquilosante, com o objetivo de preservar os movimentos, manutenção de uma postura
funcional e evitar incapacidades funcionais físicas, e com isso, adotando medidas
terapêuticas, através da reparação ou manutenção da capacidade de executar tarefas no seu
dia-a-dia, promove melhora na qualidade de vida (BUSS et al., 2004).
O meio mais eficaz de conseguir aumentos permanentes na ADM (amplitude de movimento)
é integrar as atividades funcionais no programa de alongamento para usar a amplitude
adquirida.
Segundo Rebelatto (2004), um dos principais problemas enfrentados pelas pessoas portadoras
dessa patologia é a dificuldade de realizar suas atividades da vida diária, tais como: realizar
seus cuidados pessoais de pentear cabelo, escova os dentes, fazer a barba, vestir-se e enxugar-
se sozinho, necessita-se de auxilio para alimentar-se, para realizar transferência na cama, para
sentar, até mesmo o calçar sapato, fazer o uso de escadas e tomar banho.
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hidroterapia alia exercícios específicos, o que ajuda a corrigir a postura corporal, relaxar e
alongar os músculos respiratórios contribuindo para a melhora da função pulmonar . Também,
podemos melhorar a flexibilidade e fortalecer a musculatura da coluna vertebral, onde facilita
a recuperação funcional, proporcionando um ambiente que aumente a habilidade, tanto do
paciente como do fisioterapeuta. Com o objetivo de facilitar exercícios de amplitude de
movimento, favorecer o relaxamento do paciente atividade com descarga de peso, simulação
de atividades funcionais. A flutuabilidade dá ao paciente uma ausência relativa de peso e
retira as cargas das articulações permitindo a realização de movimentos ativos com maior
facilidade e permite ao profissional um acesso tridimencional ao mesmo. Aplicam-se as
técnicas de halliwick (equilíbrio, independência individual, reeducação postural), watsu
(alongamento com movimentos rotacionais, relaxamento), bad ragaz (promove reeducação,
fortalecimento, alongamento e inibição do tônus muscular).
A utilização da eletroterapia em pacientes reumáticos , incluindo pacientes com espondilite
anquilosante , são bem aceitos , pois as diversas formas e técnicas da eletroterapia dentro da
fisioterapia, atuam em vários seguimentos na recuperação do paciente , como a diminuição da
analgesia , a diminuição da rigidez muscular e articular , desencadeada pela patologia , com
isso contribuindo na melhora funcional do paciente , e com isso buscar a melhora da
qualidade de vida ou no mínimo a realização das atividades de vida diária ( AVD’S).
As técnicas ou melhor dizendo os equipamentos utilizados (na eletroterapia) , no auxílio do
tratamento fisioterapêutico podem ser o TENS , Ondas curtas e o Laser.
O Tens trabalha diretamente com o relaxamento muscular e a diminuição da analgesia do
paciente , com isso buscando sempre a melhora funcional do mesmo.
Em relação ao ondas curtas a sua utilização no tratamento em pacientes com espondilite
anquilosante , só poderá ser indicado na fase não aguda da patologia , pois a utilização do
calor aumenta o metabolismo do paciente e outras alterações fisiológicas também. Efeitos
fisiológicos , sendo a principal peça do tratamento da espondilite anquilosante através das
ondas curtas , a utilização das ondas curtas na fase não aguda da espondilite , seria o efeito
térmico em relação ao paciente , e com isso aumentando o fluxo sanguíneo , melhorando as
inflamações adquiridas , podendo ganhar ainda mais elasticidade do tecido ,diminuição da
rigidez articular ,diminuição dos espasmos musculares , mas principalmente diminuição da
dor , com isso melhorando consideravelmente a mobilidade do paciente , prejudicada por
conseqüência da espondilite anquilosante. Porém vale ressaltar que a utilização dos ondas
curtas no tratamento da espondilite anquilosante só poderá ser indicada na fase não aguda ,
ou seja , no início da doença , contudo esta é o principal problema relacionada a espondilite
anquilosante , que é o diagnóstico , geralmente o paciente só vai descobrir que tem espondilite
anquilosante , num estágio mais avançando ,onde as suas limitações já estão alojadas e até
mesmo as mais simples atividades não são mais realizadas.
O Principal o objetivo do laser no tratamento da espondilite anquilosante é na diminuição da
dor , o paciente com dor de imediato apresentará algumas limitações funcionais e articulares ,
limitações essas características da espondilite anquilosante , com isso agravando ainda mais
o quadro do paciente portador da espondilite anquilosante. O laser entrará como técnica ,de
alternativa e principalmente de auxiliar no tratamento da espondilite anquilosante , entenda-
se que diminuindo a dor , aumenta a mobilidade articular e como conseqüência a melhora nas
atividades de vida diária (AVD’S) do paciente , sendo essa a primeira meta a ser alcançado
durante o tratamento fisioterapêutico em pacientes portadores da espondilite anquilosante.
Uma das técnicas mais utilizadas pelos fisoterapeutas é a crioterapia ,porém ,no tratamento da
espondilite anquilosante, a crioterapia vem sendo muito questionada nos últimos anos. A
espondilite anquilosante é uma patologia de origem reumática , tendo a utilização do gelo
(crioterapia) para combater a analgesia e os processos inflamatórios desencadeados pela
espondilite anquilosante , sendo que , a analgesia e a inflamação são dois dos principais
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achado ser uma simples doença desconhecida, pois, foi visto que existem muitos casos na
população.
Observou-se que há poucos trabalhos disponíveis que mostrem a efetividade da intervenção
fisioterapêutica em espondilite anquilosante, e o comprometimento cinésio-funcional. Apesar
dessas dificuldades, podemos alcançar objetivos no tratamento, que estão relacionadas na
redução da dor, da rigidez articular, da inflamação, e da sua conseqüente incapacidade
funcional, através da prevenção das deformidades osteoarticulares, em principal na coluna
vertebral e no quadril, com uma visão paralela psicossocial e profissional do paciente.
Um ponto muito importante ,porém muito difícil de ser alcançado dentro da relação
tratamento da espondilite anquilosante e a fisioterapia seria o trabalho de prevenção da
doença, difícil porque, geralmente a o portador da espondilite anquilosante , só vai saber que
tem a doença geralmente num estágio de intermediária para avançado , com isso tornando-se
mais complexo o tratamento da espondilte anquilosante.
O tratamento preventivo seria importante , uma vez que a gravidade da doença , ocorre com a
calcificação da coluna vertebral já consolidada , e o portador da espondilte anquilosante , já
apresentando problemas posturais , problemas respiratórios ,analgesia, processos
inflamatórios ,perda funcional e problemas na marcha ou seja o portador da espondile , já
encontra-se num nível da doença no mínimo intermediário , e com isso as chances de sucesso
com a fisioterapia (como tratamento) são menores.
A espondilite anquilosante ,como as demais doenças de origem reumática dependeria de um
diagnóstico bem antecipado e preciso ,quase que perfeito , pois o diagnóstico especificamente
da espondilite e complexo , visto que os sinais e sintomas da doença ,geralmente só são
identificados num estágio mais avançado da doença , ou seja com calcificação já alojada no
paciente portador da espondilite anquilosante.
Portanto, seria importante um estudo mais aprofundado voltados para diagnosticar de forma
preventiva a espondilite anquilosante,com isso o fisioterapeuta estaria mais preparado para
contribuir com a melhora e recuperação do seu paciente portador de espondilite anquilosante
,chegando ao primeiro objetivo que qualquer fisioterapeuta planeja em seu paciente com
espondilite , que é no minímo melhorar as atividades de vida diária de seus pacientes.
Desta forma seria de grande relevância estudos mais aprofundados relacionados a espondilite
anquilosante , tais como estudos de casos , pesquisas de campo a longo prazo , com isso
publicar novas literaturas ,para resultados mais específicos , e com isso melhorar ou até
mesmo criar novas técnicas e métodos para um tratamento fisioterapêutico mais eficaz ,
dando aos pacientes uma possibilidade de melhora de sua possível e provável incapacidade
funcional , mas com o principal objetivo de melhorar a capacidade vital ou simplesmente a
melhoria nas atividades de vida diária (AVD’S) de cada paciente portador de espondilite
anquilosante .
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