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A Teoria Psicossocial do Desenvolvimento de E.

Erickson com foco na Fase :


Autonomia X Vergonha e Dúvida

Érick Homburger Erickson nasceu em Frankfurt na Alemanha. Começou a carreira


inicialmente na vertente artística, mas foi convidado a trabalhar em uma escola para pacientes
submetidos à psicanálise, entrando assim em contato com Anna Freud e seguindo adiante com
estudos nessa vertente. Sendo assim se tornou o primeiro psicanalista infantil americano.

O estudo da identidade tornou-se estratégico para Erickson, que era de uma época onde a
Psicanálise deslocava o foco do id e das motivações inconscientes para os conflitos do ego.
Em Freud, o ego aparece na maioria das vezes condescendente ao id. Anna Freud, filha de
Sigmund Freud, que deu continuidade aos seus estudos, conferiu ao ego uma autonomia maior, com
uma maior poder de decisão e de atuação. E com essa teoria, Anna transformou também, os estágios
psicossexuais de Freud em estágios que se baseiam na busca de domínio do ego, que deu base aos
estudos de Erik Erickson.

Sendo assim, em meados do século XX, Erickson começa a construir sua própria teoria
psicossocial do desenvolvimento humano, na qual repensa vários conceitos de Freud, e sempre
considerando o ser humano como um ser social, um ser que vive em grupo e sofre pressão e a
influência deste.
Ele optou, como outro psicanalistas da época, distribuir os desenvolvimento humano em
fases. Porém com algumas características peculiares, como: Desviar o foco fundamental da
sexualidade para as relações sociais; Envolver outras artes do ciclo vital além da infância nas
propostas de estágios psicossociais. Não há a negação do estágio infantil, mas é observado que o
que contruímos na infância em termos de personalidade não é fixo e pode ser de alguma forma
modificado por experiências posteriores; A cada etapa o indivíduo crescer a partir de exigências
internas de seu ego, como também das exigências do mundo em que vive, sendo então essencial a
análise do meio meio cultural e da sociedade na qual vive o sujeito; Em cada estágio o ego passa
por uma crise (que dá nome ao estágio). Crise esta que pode ter o desfecho positivo (ritualização)
ou negativo (ritualismo); Portanto, sendo da solução positiva, surge um ego mais rico e forte e da
negativa, um ego mais fragilizado; E por fim, a cada crise, a personalidade do indivíduo vai se
reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências vividas, enquanto o ego vai se
adaptando aos seus sucessos e fracassos.
Erickson criou alguns estágios, chamados de psicossociais, nos quais, ele descreve algumas
crises que o ego passa ao longo do ciclo vital. Estas crises seriam estruturadas de forma que, ao sair
delas, o indivíduo sairia com um ego (no sentido freudiano) mais fortalecido ou mais frágil, de
acordo com a vivência do conflito, e este final de crise influenciaria diretamente o próximo estágio,
de forma que o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo estaria completamente sobrepostas
no seu contexto social. Com isso, segue a etapa foco deste trabalho: Autonomia X Vergonha e
Dúvida.

Nesta fase, que corresponde ao estágio anal de Freud, a criança, com controle de seus
músculos, inicia a atividade exploratória do seu meio. E é neste momento que os pais surgem para
limitar essa exploração. Há coisas que a criança não deve e não pode fazer. E é neste momento que
os pais se utilizam de certos meios para as crianças respeitarem certas regras sociais. Esta crise
culminará ma estruturação da autonomia. Porém, logo a criança percebe que não pode usar sua
energia exploratória à vontade, que tem que respeitar certas regras sociais e incluí-las ao seu ser,
fazendo assim junção entre a manutenção muscular, conservação e controle.
A aceitação deste controle social pela criança implica no aprendizado, ou no que se espera
dela, quais são seus privilégios, obrigações e limitações. Deste aprendizado surge também a
capacidade e as atitudes sentenciosas, ou seja, surge o poder de julgamento da criança, já que ela
está aprendendo regras.
O problema está na forma como os adultos fazem as crianças aprenderem tais regras. Como
ir no banheiro, por exemplo, fazem o uso da vergonha e ao mesmo tempo do encorajamento para
dar o nível certo de autonomia. Os pais, na grande maioria das vezes, usam sua autoridade de forma
a deixar a criança um pouco envergonhada, para que ela aprenda determinadas regras. Mas ao expor
a criança à vergonha constante, o adulto pode estimular o descaramento e a dissimulação, como
formas reativas de defesa, ou o sentimento permanente de vergonha e dúvida de suas capacidades e
potencialidades.
Numa explicação mais a fundo sobre vergonha, Erickson diz tratar-se, na verdade, de raiva
dirigida a si mesmo, já que a pessoa pretendia fazer algo sem estar exposto aos outros, o que não
aconteceu. A vergonha precederia a culpa, sendo esta a última derivada da vergonha avaliada pelo
superego.
Na aprendizagem do controle, seja do autocontrole ou do controle social, temos o
nascimento da força básica da vontade que, manifestada de livre escolha, é o precedente essencial
para o crescimento sadio da autonomia. Essa vontade se manifesta em várias situações práticas,
como manipulação de objetos, a verbalização do eu se inicia, a locomoção que avança em suas
capacidades, tudo que possibilite uma atividade exploratória mais autônoma e independente.
Se ao invés do controle toma a forma de uma regra a ser cumprida a qualquer preço, algo
mau e perseguidor, a criança começa a se tornar legista, ou seja, ela começa a achar que a punição
tem q ser aplicada de qualquer forma como uma regra não for respeitada. E neste momento a
punição vence a compaixão; se a criança se mobiliza pela punição do colega que perdeu o controle
de uma regra, ou então se sente aliviado quando é punido por algo. Neste estágio o principal
cuidado que os pais devem tomar é dar o garu certo de autonomia à criança. Se ela for exigida
demais, verá que pode não conseguir dar conta e sua auto-estima vai baixar e se for pouco exigida,
pode vir a ter a sensação de abandono e de dúvida das suas capacidades. E se a criança é amparada
e protegida demais pode se tornar frágil, insegura e envergonhada.
Vemos desta forma que os pais tem que dar à criança, sempre, a sensação de autonomia e, ao
mesmo tempo, estar sempre presente, prontos para auxiliá-la nos momentos em que as tarefas não
estiverem ao seu alcance.

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