Vous êtes sur la page 1sur 6

HOFF – MARX WORLDWILDE

- Concentra-se no debate que ocorreu na Alemanha Ocidental entre as décadas de 1960


e 1970.

- A tarefa mais importante que se apresentou na década de 1960 foi “a redescoberta e a


reapropriação da crítica da economia política ‘madura’ de Marx”, após o período do
Nacional-Socialismo e da ênfase nos primeiros escritos de Marx no pós-guerra.

- O estudo de Rosdolsky sobre os Grundrisse realizou um “impulso efetivo” para o


desenvolvimento deste movimento.

- Antes de 1933, o debate sobre O Capital na Alemanha era bastante preliminar. Teve os
trabalhos principalmente sobre o método, de Grossmann.

- Basta notar que o estudo de Rosdolsky contribuiu para a abertura de um novo


horizonte temático na Alemanha Ocidental para o envolvimento com Marx nas décadas
seguintes e para a demarcação de importantes áreas problemáticas em novas pesquisas.
Como por exemplo, sobre os planos de trabalho de Marx concebidos originalmente para
O Capital, o debate sobre o conceito de “capital em geral” e a gênese da obra magna de
Marx (76).

- O debate sobre O Capital associado ao movimento estudantil do final da década de


1960 deve ser considerado em parte no contexto das interpretações de Marx que foram
desenvolvidas no meio do Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt no final da década
de 1950 e início da década de 1960. (78).

(1) deve-se destacar antes de mais nada o estudo de Alfred Schmidt, aluno de
Horkheimer, “O Conceito de Natureza em Marx”, escrita entre 1957 e 1960 e
publicada em 1962. Este trabalho, apesar de não ser dirigido a um estudo da
crítica da economia política de Marx, ele serviu como um importante ímpeto ao
debate. Como destaca o próprio autor ao registrar que ele foi a primeira tentativa
de articular os estudos maduros de Marx, O Capital e os Grundrisse, com uma
interpretação filosófica do autor (pós-escrito de 1971), indo além das
interpretações centradas apenas nos primeiros escritos de Marx.

(1a) Houve uma influencia da leitura de Adorno sobre Marx que envolveu este
engajamento durante os anos 1960. Para Backhaus (prefácio do alemão, p. 29)
“As anotações do verão de 1962, publicadas no apêndice deste volume, podem
dar uma visão do intelectual e atmosfera política que deu o ímpeto a uma nova
leitura de Marx no início da metade dos anos 1960, e que também desempenhou
um papel na formação do contexto intelectual para o movimento de protesto” e
em 1974 escreveu (livro alemão, p. 75) que Adorno e Horkheimer trataram a
teoria do valor no debate sobre o positivismo alemão de “forma
metodologicamente inadequada”, com “pouco cuidado” e não é surpreendente
que tenham ignorado a “analise da forma-valor”. Ver Bonefeld 2014, 2016,
sobre isso.

(2) (79) O legado teórico da Escola de Frankfurt exerceu forte influência sobre o
debate do O Capital há época. A geração mais jovem não focou a sua leitura de
Marx na “visão de mundo do proletariado”, muito comum no marxismo
tradicional, baseado numa “dialética da natureza” inspirada no Anti-Duhring de
Engels. Ao contrário, ela baseiou-se não apenas no Capital, mas também nos
Grundrisse que fori negligenciado pelo marxismo tradicional. Backhaus assim
afirmou sobre o novo momento de debate: “A "Nova Marx-Leitura" surgiu no
meio da Escola de Frankfurt e, portanto, deve-se sobretudo à crítica [do último]
da teoria da reflexão, da dialética da natureza e do teorema base-superestrutura.
Relaciona-se de maneira ortodoxa apenas em relação à crítica de Marx à
economia política e de uma maneira completamente revisionista em relação a
certas concepções filosóficas fundamentais de Marx e Engels. Em função dessa
posição ambivalente, a corrente "lógica" da interpretação do Capital poderia ser
denominada como neo-ortodoxa” (livro alemão, p. 138). A influência da
EFrankfurt sobre a nova geração foi uma condição prévia determinante para esta
“neo-ortodoxia” – ao mesmo tempo ortodoxa e revisionista – em oposição a
ortodoxia tradicional.

- importante destacar que Backhaus abandona essa proposta de neo-


ortodoxia. Como é visto na terceira parte do “Materiais para a
reconstrução” publicada em 1978, pois isso seria inapropriado dada os
“dado os (supostos) problemas que poderiam ser identificados dentro
dele.”

- (3) Outro fator de influência foi uma descoberta fortuita feita por Backhaus em
torno de 1963 na biblioteca de Herman Brill. A descoberta em questão foi a
primeira edição do Capital, publicada em 1867, que era pouco conhecida na
época (pelo menos na Alemanha Ocidental), "mesmo à primeira vista", escreveu
Backhaus em retrospectiva, "as diferenças categoriais eram evidentes em a
formação de conceitos em, e também nas questões colocadas pela teoria dos
valores - diferenças que só são sugeridas na segunda edição. Este texto antigo
tinha sido completamente ignorado em cem anos de discussão sobre a teoria do
valor de Marx ... " (livro alemão, p. 29). Com isso se inaugurou um
desenvolvimento em que a interpretação das diferenças nos termos de teoria do
valor e teoria da forma-valor entre essas duas edições do primeiro volume de
Capital e permitiu abrir novas questões a serem abordadas como o lógico e o
histórico na exposição de Marx, a problemática da análise de formas e a teoria
da ação, ou a questão da popularização da teoria marxista realizada pelo próprio
Marx. (80).

- O ponto alto do novo compromisso de Frankfurt com a crítica da economia política de


Marx foi em 1967 em um colóquio em Frankfurt no contexto do centenário da
publicação da primeira edição do Livro I de O Capital. Alfred Schmidt identificou
diversos temas importantes da obra que ainda estão sendo retomadas, como por
exemplo a relação entre a obra “jovem” e “madura” de Marx e afirmou que “os
primeiros escritos de Marx e Engels, que foram longamente considerados como
contendo o conteúdo filosófico e humanista original do marxismo, só podem ser
completamente compreendidos com base em a análise histórica e econômica de O
capital”.

- Além disso, Schmidt afirmara que a interpretação de Marx teria que ir além dos textos
do autor e do trabalho filológico necessário, como ocorreu em seguida. E mais, segundo
Hoff “Além disso, Schmidt argumentou que a autocompreensão de Marx - tão
importante como esta - permanece muitas vezes bem atrás de "o que Marx oferece
teoricamente em sua análise material". Talvez não seja exagerado afirmar que o artigo
de Schmidt representa uma espécie de "documento de nascimento" para o que era um
fenômeno novo na Alemanha Ocidental pós-guerra: o envolvimento intensivo e
sofisticado com a crítica da economia política.” (80).

- Assim, desde a década de 1960, Backhaus e Reichelt “colocaram um foco central em


uma problemática especificamente "qualitativa" na obra de Marx - uma problemática
sobre a qual o envolvimento com a crítica da economia política de Marx deve ser
concentrado”. O primeiro afirmara que apesar da crítica de Marx transcender a ciência
econômica, a análise da forma-valor supera as “antinomias da economia como
disciplina especializada” e assim abriu caminho com o artigo de 1969 (Dialetica da FV,
baseado na dissertação de 1968) para uma discussão na alemanha ocidental da natureza
da crítica da economia política.

- Em 1969, na sua dissertação, Reichelt criticou a leitura reduzida da crítica da


economia politica de Marx, através da disciplina especializada da ciência econômica.

- Para Hoff a publicação de O conceito de natureza em Marx de Schmidt marca o inicio


da primeira “onda” de um novo compromisso da Escola de Frankfurt com Marx, “a
interpretação de 1970 de Reichelt da teoria do valor de Marx, o dinheiro e o capital
marcam seu fim”.

- “A dissertação de Reichelt trata da exposição elaborada por Marx para a explicação de


categorias econômicas e representa uma tentativa de retraçar parte da progressão desta
exposição - ou, mais precisamente, do movimento da mercadoria e do dinheiro para a
forma mais abstracta do capital. De acordo com Reichelt, Marx insiste em uma
derivação estrita da gênese das formas econômicas.23 O trabalho de Reichelt se localiza
no contexto da onda internacional de leituras do Grundrisse dos anos 1960 e 1970.
Reichelt argumenta que é mais evidente no Grundrisse que "o modo de expressão
hegeliano abstruso" é realmente um componente integral da crítica marxista. A
intricação é tão estreita entre, por um lado, as circunstâncias materiais que
tradicionalmente são consideradas como sendo o domínio da ciência econômica e, por
outro lado, uma forma de exposição dessas circunstâncias materiais, orientada para a
lógica hegeliana, que a um não pode mais ser criado de forma isolada do outro.24” (82).

- “Nos países de língua alemã, a série de ensaios de Backhaus dos anos 1970,
Materialien zur Rekonstruktion der Marxschen Werttheorie, em particular a segunda
parte de 1975, fundou a corrente interpretativa da "teoria monetária do valor" ou da
leitura do valor marxista teoria como uma crítica das teorias pré-monetárias do valor.
Backhaus declarou sua visão sucintamente da seguinte maneira: "A teoria do valor de
Marx é concebida como uma crítica das teorias pré-monetárias do valor - no nível de
exposição correspondente à circulação simples, é essencialmente a teoria do dinheiro"
.27 Backhaus atribuiu estritamente " caráter lógico para a exposição de Marx de sua
crítica à economia política e criticou a leitura "lógica-histórica" da exposição de Marx
(que remonta a Engels) 28, embora, posteriormente, em 1978, ele chamou seus próprios
pontos de vista a esse respeito no terceiro parte de Materialien zur Rekonstruktion der
Marxschen Werttheorie.”

- Após a publicação dos trabalhos de Backhaus e Reichelt uma nova geração de


estudiosos se desenvolveu moldando as teses principais dos autores, entre eles Helmut
Brentel, Diethard Behrens e mais recentemente Nadja Rakowitz. Em comum a estas três
“gerações de pesquisadores de Frankfurt” temos: (i) o distanciamento crítico de sua
interpretação de Marx da ortodoxia marxista-leninista e / ou do entendimento de
Friedrich Engels sobre a crítica marxista da economia política; (ii) uma insistência na
interligação específica entre a teoria do valor e a teoria do dinheiro em Marx e (iii)
pesquisa sobre a interligação específica entre a esfera da circulação simples e do capital.
(203)

- “Em particular, a abordagem adoptada por Hans-Georg Backhaus para investigar a


unidade específica da teoria do valor e a teoria do dinheiro exerceu uma influência
muito além da discussão em língua alemã; Isso também ocorreu indiretamente, através
da contribuição do projeto de pesquisa internacional em Sydney e Konstanz acima
mencionado, que elaborou uma abordagem inspirada em Backhaus para a teoria do
valor a partir do final da década de 1970 e tornou isso acessível a um público
internacional. Mais recentemente, o projeto internacional do "Marxismo aberto"
contribuiu para a disseminação no mundo anglófono dos resultados da pesquisa de
Hans-Georg Backhaus e Helmut Reichelt.”

- “Hans-Georg Backhaus e Helmut Reichelt levantam a questão do modo específico de


ser do objeto da ciência econômica. De acordo com esses teóricos, as categorias
econômicas correspondem a uma "realidade sui generis" além da dualidade do subjetivo
e do objetivo. Nesta visão, as categorias econômicas devem ser reconstruídas como
formas "objetivas subjetivas" ou como "formas objetivas de pensamento". Backhaus
pretende fornecer uma teoria fundamental do objeto econômico. Seu foco central aqui
não é as questões colocadas por uma economia que é entendida como uma ciência
principalmente "quantitativa"; Em vez disso, ele está preocupado, em primeiro lugar,
com problemas essencialmente "qualitativos". De acordo com a Backhaus, a ciência
econômica que atualmente predomina não é suficientemente sensível a determinadas
linhas de pesquisa qualitativamente qualitativas que deveriam ser buscadas no contexto
de uma compreensão adequada do objeto. Em conexão com sua pesquisa sobre a
compreensão de Marx sobre seu objeto, Backhaus também pretende reconstruir o
conteúdo conceitual do conceito de crítica de Marx, 11 e o método original de Marx;
avaliando a história do desenvolvimento da obra de Marx, Backhaus sustenta que,
depois de atingir um certo ponto no decorrer da elaboração de sua crítica da economia
política, Marx "escondeu" esse método original, com o resultado que se tornou
irreconhecível em sua especificidade .12” (205)

Vous aimerez peut-être aussi