FMEA Aula

QUALIDADE EM
SISTEMAS
Profa. Dra. Vanderli Correia Prieto
vanderli.prieto@ufabc.edu.br
Análise de Modos
e
Efeitos de Falha
FMEA
Qualidade em Sistemas Profa. Vanderli Correia Prieto

2
Page 1
Objetivos
Entender um método estruturado de planejamento de
produtos e processos
Entender a importância do uso do FMEA como ferramenta
de prevenção de problemas
Conhecer as definições propostas pela ferramenta

3
FMEA - DEFINIÇÃO
FMEA - Failure Mode and Effects Analysis

(Análise dos Modos e Efeitos de Falha)
Técnica utilizada para definir, identificar e eliminar falhas,
problemas ou erros potenciais ou conhecidos do sistema,
projeto, processo e/ou serviço antes que eles cheguem
ao usuário.

4
Page 2
FMEA - Método sistemático p/ analisar todas as maneiras
em que falhas podem ocorrer
• Falhas analisadas quanto a:

– efeito,
– gravidade,
– ocorrência (frequência) e
– facilidade de detecção.
• FMEA identifica ações corretivas que previnam a
ocorrência de falhas.

5
Propriedades do FMEA
• Identifica modos de falha conhecidos e potenciais

• Identifica causas e efeitos de cada modo de falha
• Prioriza modos de falha de acordo com o RPN
(risk priority number), produto da frequência de
ocorrência, severidade e detecção
• Elenca ações corretivas

6
Page 3
ESQUEMA DO FMEA DE PROJETO
FUNÇÃO
MODO DE
FALHA
CAUSAS (OCO) EFEITOS (SEV)
CONTROLE CONTROLE
PREVENTIVO DETECTIVO (DET)
NPR=SEVxOCORxDET

7
FORMULÁRIO FMEA

8
Page 4
FMEA - DEFINIÇÃO

9
QUEM CONDUZ O FMEA?
Equipe:
– específica para cada projeto
– multidisciplinar
• Condução do FMEA por um único indivíduo pode levar a
informações incompletas e avaliações tendenciosas

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Page 5
Distribuição das tarefas de preenchimento
do FMEA mediante tempo limitado

11
Quando aplicar o FMEA
Pode-se aplicar a análise FMEA nas seguintes situações:

• para diminuir a probabilidade da ocorrência de falhas em
projetos de novos produtos ou processos;
• para diminuir a probabilidade de falhas potenciais (ou
seja, que ainda não tenham ocorrido) em
produtos/processos já em operação;
• para aumentar a confiabilidade de produtos ou
processos já em operação por meio da análise das falhas
que já ocorreram;
• para diminuir os riscos de erros e aumentar a qualidade
em procedimentos administrativos.

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Page 6
Em quais partes aplicar o FMEA
EXEMPLO
Sistema: Veículo
Subsistemas e desdobramento em subconjuntos ou
componentes
Motor: tucho, platô, cabeçote, disco de embreagem, colar
embreagem, pistão, junta cabeçote, bloco do motor,
vedação comando arv. Int.
Combustível: válvula estilete, boia, bomba de gasolina,
diafragma da bomba, câmara do abafador
Eixos: amortecedor dianteiro, rolamento duplo de roda,
caixa de direção, capa prot. Amortecedor, rolamento da
roda, árvore inf. Direção, batente de borracha, apoio
coluna sustentação
Exemplos Apostila SETEC
13
DIAGRAMA DE BLOCOS FUNCIONAL
Objetiva a divisão de um sistema ou produto complexo em
partes menores, que por sua vez podem ser melhor
administradas
Permite analisar o relacionamento entre os componentes
principais de um sistema ou produto, indicando os limites
para os trabalhos de FMEA de projeto

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Page 7
Desenvolvimento
1. Identificar os principais elementos do sistema e
desenhá-los em caixas
2. Organizar as caixas e conectá-las através de linhas
indicando como os elementos interagem e onde
ocorrem interfaces
3. Desenhar uma linha ao redor dos componentes do
sistema que devem ser considerados na análise
4. Identificar interferências externas de entrada e saída
que cruzam os limites da análise

15
Letras: componentes ____ fixado, unido .........com interface, sem união
Incluido na análise
http://www.estv.ipv.pt/PaginasPessoais/amario/.../FMEA.pdf

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Page 8
M
Palheta Para-brisa
M
Sistema:
Limpador de
Mecanismo de
M
Para-brisa movimentação
M Carroçaria
Motor Elétrico M
E
Sistema de
Acionamento M = conexão mecânica
E = conexão elétrica
do Motor
Elétrico
Apostila SETEC
17
PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO FMEA

18
Page 9

19

20
Page 10

21
Exemplo:
Chassi do espelho retrovisor
Função: Prover travamento do conjunto todo na posição normal
Modo de falha:
. o conjunto trava fora das posições de travamento
. Conjunto destrava com facilidade

22
Page 11

23
Exemplo:
Modo de falha:
. Vazamento da mangueira do radiador
. Efeito do modo da falha: procurar assistência técnica
Modo de falha:
. Rompimento da mangueira do radiador
. Efeito do modo da falha: parar o veículo; remoção para AT

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25

26
Page 13

27

28
Page 14
ESCALA PARA SEVERIDADE (S)

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Exemplo:
Modo de falha:
Efeito do modo da falha: procurar assistência técnica
Causa Potencial da Falha
Especificação de torque de aperto das abraçadeiras insuficiente
para a pressão máxima do sistema

30
Page 15

31
ESCALA PARA OCORRÊNCIA

32
Page 16
Exemplo:
Modo de falha:
Efeito do modo da falha: procurar assistência técnica
Causa Potencial da Falha
Especificação de torque de aperto das abraçadeiras insuficiente
para a pressão máxima do sistema
Método de detecção
Teste cíclico sob pressões até 30% superiores à pressão
máxima prevista para o sistema de arrefecimento

33

34
Page 17
ESCALA PARA DETECÇÃO

35
RPN (Risk Priority Number)

Medida de Risco
INDICE DE RISCO = INDICE DE SEVERIDADE

X
INDICE DE OCORRÊNCIA
X
INDICE DE DETECÇÃO
Independente/ do NPR resultante, atenção especial deve
ser dedicada quando a severidade é elevada (problemas
que afetam a segurança ou regulamentações
governamentais

36
Page 18

37

38
Page 19

39
EXEMPLOS

40
Page 20
Exemplo de FMEA de Projeto - Projeto de
um ventilador p/ automóveis

41
Processo de
Fazer uma
caipirinha

42
http://xa.yimg.com/kq/groups/19625568/555778824/name/FMEA.pdf
Page 21
FMEA aplicado ao projeto de um chuveiro elétrico de baixo
custo:
http://www.labceo.com.br/bibliografia/archive/files/e-
6_082efb5f84.pdf

43
Exemplos
Porta parte inferior sem forros
Fonte: QS 9000 – apostila BOSCH

https://www.google.com.br/search?hl=pt&as_q=formul%C3%A1rio+para+fmea&as_epq=&as_oq=&as_eq=&as_nlo=&as_nhi=&lr=&cr=&as_qdr=all&as_sitesearch=&as_occt=any&safe=images&as_filetype=ppt&as_rights=

44
Page 22
ANÁLISE DE MODO E EFEITOS DE FALHA
POTENCIAL
Sistema FMEA Número 1234 .
(FMEA DE PROJETO)
X Subsistema Pág. 1 de 1 .
Componente 01.03/encerramento do veículo . Responsável pelo Projeto Eng.de Carroceria . Preparado por A. Tate – X6412 – Eng. de Carroceria .
Ano Modelo(s) veículo(s) 199xLion 4 dr/Wagon . Data Chave 9X 03 01 ER . Data FMEA (Inic.) 8X 03 22 (Rev.) 8X 07 14 .
Equipe T. Fender – Desenvolvimento de Produto (carro); Childers – Produção; J. ford – Oper. Montagem (Dalton, Fraser, Henley – Plantas de Montagem) .
S C O D N. Resultados da Ação
Item e l c e R.
v a o t P. S O D N.
Causa(s) e
Modo de Efeitos(s) e s r Controles Controles e e c e P.
Mecanismo(s) Ações Responsável
Falha Potencia(is) r s r. Atuais do Projeto Atuais do Projeto c. Ações v o t R.
Potencial(is) Recomendadas e Prazo
Potencial da Falha i i Prevenção Detecção Tomadas e r e
da Falha
d. f. r. r. c.
Função
Porta Dianteira Painel Interior Vida útil da porta 7 Limite superior para 6 Teste de durabilidade 7 294 Adicionar Teste de A. Tate Baseando no 7 2 2 28
L. Esq. Inferior da porta Diminuída devido a: aplicação de cera Geral do veículo corrosão Eng. Carroc. resultado do teste
HBHX-0000-A corroído • Aparência protetora do painel T-118 8x 09 30 (teste n° 1481)
insatisfatória interno da porta é T-109 limite superior de
• Entrada e devido a ferrugem muito baixa T-301 aplicação de cera
saída do aumentando em
veículo • Funcionamento 125 mm
irregular do
• Proteção dos mecanismo
ocupantes à interno da porta 7 Espessura 4 Teste de durabilidade 7 196 Adicionar Teste de Teste Resultado de teste 7 2 2 28
especificada para geral do veículo igual corrosão acelerada verif. Local n° 1481 mostra
chuva, vento,
camada de cera é acima no laboratório aplic.cera que a camada
frio, ruídos e
insuficiente Conduzir projeto especif.
colisões
de experimentos A. Tate é adequada.
laterais
(DOE) na espess. Eng. Carroc. Projeto de Exper.
da camada de cera 9X 01 15 demonstra que
• Ferragens da
porta e 25% de variação
suportes na espessura da
incluindo camada aceitável
espelho,
dobradiças, Nenhum
7 Composição da cera é 2 Teste de laboratório físico 2 28
fechaduras e
inapropriada e químico relatório n°1265
regulador de
vidro
7 Ar aprisionado impede 5 Desenho ajuda na 8 280 Criar um grupo Eng. Carroc. Baseado no teste3, 7 1 3 21
• Prover uma para avaliação
que a cera penetre nos investigação do não & Montagem furos adicionais de
superfície usando o equipam. 8X 11 15
cantos e bordas funcionamento do bico de respiro foram
apropriada p/ de jatear e cera
jateamento abertos na área
itens de específica afetada
aparência
• Pintura e 7 Espaço insuficiente 4 Avaliação do desenho que 4 112 Criar um grupo de Eng. Avaliação 7 1 1 7
tapeçaria entre os painéis da representa o acesso do avaliação usando Carroc.& mostrou acesso
porta p/ acesso do bico bico de jateamento desenho do Montagem adequado
de jateamento de cera suporte de apoio e 8X 09 15
bico de jateamento

45
ANÁLISE DE MODO E EFEITOS DE FALHA

POTENCIAL FMEA Número 1450 .
(FMEA DE PROCESSO)
Pág. 1 de 1 .
Item Porta da frente L. Esq./H8HX-000-A . Responsável pelo Projeto Eng.de Carroc./Oper. Montagem . Preparado por J. Ford – X6521 – Oper. Montagem .
Ano Modelo(s) veículo(s) 199xLion 4 dr/Wagon . Data Chave 9X 03 01 ER 9X 08 26 Trab. #1 . Data FMEA (Inic.) 9X 05 17 (Rev.) 9X 11 06 .
Equipe A. Tate Eng. Carroceria, J. Smith-OC, R. James-Produção, J. Jones-Manutenção .

S C O D N. Resultados da Ação
Item e l c e R.
Causa(s) e S O D N.
Modo de Efeitos(s) v a o Controles Controles t P. Ações
Mecanismo(s) Responsável e c e P.
Falha Potencia(is) e s r Atuais do Processo Atuais do Processo e Recomendad
Potencial(is) e Prazo Ações v o t R.
Potencial da Falha r s r. Prevenção Detecção c. as
da Falha Tomadas e r e
i i
Função r. r. c.
d. f.
Aplicação Cobertura Vida útil da porta 7 Bico de jateamento 8 Checagem visual a 5 280 Instalar um Eng. Processo Instalado um "fim 7 2 5 70
manual de cera insuficiente de diminuída devido a: posicionado cada 1 hora por turno. "fim de 9X 10 15 de curso" no
na parte interna cera sobre a manualmente não está Medir profundidade da curso" no jateador e checado
da porta superfície posicionado suficiente camada jateador na linha
• Aparência
específica insatisfatória longe
Automatizar Eng. Processo Rejeitado devido à
devido a corrosão jateador 9X 12 15 complexidade das
diferentes portas
• Funcionamento na mesma linha de
irregular do montagem
mecanismo
7 Bico jateador entupida 5 Teste do Jateador Checagem visual a 5 175 Usar Eng. Processo Foram 7 1 5 35
interno da porta
no começo do cada 1 hora por turno. projetos de 9X 10 01 determinados
• Viscosidade trabalho e após Medir profundidade da experimento limites de temp. e
Cobrir parte muito alta s (DOE) na
longos períodos sem camada pressão e
interna da porta, • Temperatura viscosidade
uso, e programa de implantados cartas
superfície muito baixa x
manutenção de controle que
inferior com • Pressão muito baixa temperatura
preventiva p/ limpar mostram que o
camada mínima x pressão
os bicos processo está sob
de cera para
controle Cpk =
retardar
1,85
corrosão
7 Bico jateador 2 Programas de Checagem visual a 5 70 Nenhum
deformado devido ao manutenção cada 1 hora por turno.
impacto (batidas) preventiva para Medir profundidade da
manter jateador em camada
boas condições
7 Tempo de jateamento 8 Instituições do 7 392 Instalar um Manutenção "Timer" automático 7 1 7 49

insuficiente operador e "timer" no 9X 09 15 instalado no
amostragem de lotes jateador jateador.
(10 portas/turno) p/ Operador começa o
checar aplicação de jateamento, o
cera nas áreas críticas "timer" controla
parada automática.
Cartas de controle
mostram que o
processo está sob
controle CPK = 2,05
Page 23
Exercício – Construção FMEA DE PROJETO
1. Selecione um sistema ou subsistema desenvolvido pela
sua empresa ou que seja do seu conhecimento
2. Defina as partes para aplicar FMEA
3. Construa o FMEA de projeto

47
Referências
Apostila de FMEA do Prof. Flavio Fogliatto

Slack, Chambers e Johnston . Administração da Produção.
Apostila disponível em:
http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_
port/pag_conhec/FMEAv2.html

48
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Objetiva a divisão de um sistema ou produto complexo em

partes menores, que por sua vez podem ser melhor

Permite analisar o relacionamento entre os componentes

principais de um sistema ou produto, indicando os limites

para os trabalhos de FMEA de projeto

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