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reformaradical.hol.es /2012/03/reconhecendo-limitacoes.html
Não exijo que a vida do cristão seja um evangelho puro e perfeito, embora o devamos desejar e esforçar-
nos por esse ideal. Não exijo, pois, uma perfeição cristã de tal maneira estrita e rigorosa que me leve a
não reconhecer como cristão a quem não tenham alcançado. Porque, se fosse assim, todos os homens
do mundo seriam excluídos da igreja, visto que não se encontra nem um só que não esteja bem longe
dela, por mais que tenha progredido. E a maioria ainda não avançou nada ou quase nada. Todavia, nem
por isso os devemos rejeitar. Que fazer então?
Certamente devemos ter diante dos nossos olhos como nossa meta a perfeição que Deus ordena, para a
qual todas as nossas ações devem ser canalizadas e à qual devemos visar. Repito: temos que nos
esforçar para chegar à meta. Sim, pois não é lícito que compartilhemos com Deus apenas aceitando uma
parte do que nos é ordenado em sua Palavra e deixando o restante a cargo da nossa fantasia. Porque
Deus sempre nos recomenda, em primeiro lugar, integridade [Gn 17.1]. Com essa palavra ele se refere a
uma pura singeleza e sinceridade de alma, destituída e limpa de toda fantasia ou ficção e contrária à
dobrez do coração. Como, porém, enquanto estamos nesta prisão terrena, nenhum de nós tem a presteza
necessária, e, na verdade a maior parte de nós é tão fraca e débil que vacila e coxeia pouco podendo
avançar, prossigamos avante, cada um segundo a sua pequena capacidade, e não deixemos de seguir o
caminho no qual começamos. Ninguém caminhará tão pobremente que não avance ao menos um pouco
por dia, ganhando terreno.