SUICÍDIO
sui = si mesmo
caedes = ação de matar
“ A PESSOA QUE ESTÁ MELHOR
APARELHADA PARA COMPREENDER A
MORTE É A PESSOA QUE ESTÁ
MORTA”
SARTRE
AUTO-ASSASSINATO; AUTO-
HOMICÍDIO; AUTO-MASSACRE;
AUTO-DESTRUIÇÃO
TERMOS USADOS ANTERIORMENTE
PARA SE DENOMINAR A MORTE
VOLUNTÁRIA
HISTÓRICO
1642 – Sir Thomas Browne
SELF-KILLING X SUICIDIUM
1661 – Oxford English Dictionary
1734 – Desfontaines
“o assassinato ou a morte de si mesmo”
Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa 1986 – a palavra suicídio é
conceituada como: a pessoa que se matou
a si própria, ato de que se participa com a
certeza de morrer, ou como que com essa
certeza
Epidemiologia
OMS – 2020 – 1.53 milhão pessoas
morrerá por suicídio
10 – 20% mais pessoas tentarão suicídio
um caso de morte por suicídio a cada 20
seg / uma tentativa de suicídio a cada 2
seg
Brasil – pesquisas na déc 80
Ranking por número absoluto – 9º lugar
(Índia; China; EUA; Rússia; Japão;
Alemanha; França;)
Gênero – 3.6H:1M
Idade – idosos como grupo etário que mais
se suicida; jovens como grupo etário que
apresentou maior crescimento nas taxas
tentativas 3 vezes maior em mulheres
ato consumado maior em homens
transtornos psiquiátricos associados
15% pacientes com 1ª tentativa, repetiram
em um ano/ 45% procuraram o PS
anteriormente
70% pacientes com doenças crônicas
associadas a fatores desencadeantes
60% pacientes liberados do PS sem
avaliação psiquiátrica
50% pacientes com intoxicação alcoólica
prévia
80% das tentativas de suicídio ocorrem por
envenenamento e correspondem a 31%
dos suicídios
CLASSIFICAÇÃO CID-10
Não é classificado como um Transtorno
Mental
Codificado no capítulo: Causas externas de
morbidade e de mortalidade V01-Y98
X60-X84 – lesões/envenenamentos
voluntários
Y10-Y34 – eventos/fatos cuja intenção é
indeterminada
“ o suicídio deve ser considerado como uma
espécie peculiar de morte que envolve três
elementos internos: o elemento de morrer, o
elemento de matar e o elemento de ser morto”
“ o sujeito é, ao mesmo tempo, o agente passivo
e ativo, a vítima e o assassino, o desejo de
morrer e ser morto e o desejo de matar”
Menninger 1970
Características Clínicas
Ideação suicida – pensamentos sobre o
desejo de morrer
Tentativas de suicídio – comportamento
potencialmente autolesivo, porém não fatal,
e com evidência de que a pessoa pretendia
se matar
Suicídio – desfecho como morte
Tentativas x Suicídio completo
sexo Mulheres Homens
idade < 35 anos > 60 anos
meio Baixa letalidade Alta letalidade
HD < comuns – 50% não têm Comuns: depressão,
diagnóstico Psiquiátrico alcooclismo, TP
PLJ Impulsivo Cuidadoso
amb Público/fácil observação Privado, isolado
disp aj Alta Pequena
método Medicamento; cortar-e Enforcamento e arma fogo
As tentativas
métodos violentos – enforcamento, salto de
elevações, mutilações, disparos e arma
branca
métodos não violentos – superdosagem de
drogas e inalação de gases tóxicos
GRAVE – necessidade de hospitalização e
suporte clínico-cirúrgico
Psicopatologia do Suicídio
obsessiva
idéia
IMPULSIVIDADE ato suicida
conteúdo de morte
DESEJO prevalente
INTENÇÃO
PLANEJAMENTO
CONTEXTO DE VIDA
Auto-agressão deliberada sem
intenção suicida
ausência de intenção/planos
não há comportamentos de despedidas
ato público
ato ritualístico e repetitivo
presença de mais problemas de relacionamento
interpessoal
habilidades mais pobres na solução de
problemas/poucos recursos
baixa-autoestima
Fatores de Risco
fatores demográficos
fatores psiquiátricos
fatores médicos
fatores familiares
fatores relacionados ao comportamento
Fatores Demográficos
idade: idosos e adolescentes
gênero: masculino
raça: branca
estado civil: viúvo, divorciado, separado
orientação sexual: homossexuais e
bissexuais
solidão, isolamento social, desemprego
profissões: dentistas, médicos, policiais
lutos próximos
problemas financeiros
porte de arma fogo
Fatores Psiquiátricos
Transtornos do Humor
Dependência e Abuso de drogas
Transtornos Psicóticos
Transtornos de Personalidade
Transtornos Ansiosos
Transtornos Alimentares
Fatores Médicos Gerais
HIV
Câncer
Epilepsia
Esclerose Múltipla
Coréias
lesões medulares
Fatores Familiares
história familiar de suicídio
história familiar de história psiquiátrica
abuso físico e sexual na infância
distúrbios e violência no ambiente familiar
Fatores relacionados ao
comportamento
tentativas de suicídio prévias
desesperança
melancolia
impulsividade
agressividade
Ficções envolvendo o suicídio
pessoas que falam em suicídio não cometem o
suicídio
suicidas têm intenção absoluta de morrer
suicídios ocorrem sem aviso
melhora após a crise significa que o risco acabou
nem todos os suicídios podem ser previnidos
uma vez suicida, sempre suicida
Idéias equivocadas
se eu perguntar sobre suicídio, poderei
induzir o paciente a isso
ele está ameaçando o suicídio apenas para
me manipular
quem vai se matar não avisa
quem quer se matar se mata mesmo
veja se da próxima vez se mata mesmo
Tratamento
medicações – antidepressivos;
benzodiazepínicos; estabilizadores do
humor; antipsicóticos
internações – totais e parcias; domiciliares
Autópsia psicológica
1959- Robins - 143 casos de suicídio
2003- Cavanagh – 150 casos
Variável constante – presença de
transtornos psiquiátricos (1 ou mais)
Bilhetes de adeus
“esses documentos contêm revelações especiais da
mente humana e há muito que se pode aprender
com eles”
Shneidman 1996
apenas 25% deixaram explicações
discussões sobre veracidade e papel nas
pesquisas
entre 10 e 800 palavras
“eu não podia mais aguentar”; “estou cansado de
viver”; “não há razão para prosseguir”
TRANSTORNOS DO HUMOR
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
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