Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Concurso SANEAGO
Português
O que é interpretar?
Dar a uma determinada coisa uma significação. Então interpretar um texto é dar significado a
ele.
Basicamente são as características de cada tipo de texto. Como por exemplo, a linguagem que
é utilizada no texto, o layout e etc.
2. Gênero Jurídico: Este gênero possui uma linguagem mais formal, linguagem que é utilizada
geralmente por pessoas do ramo do direito.
Ex: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
3.1. Narrativo: Esse gênero é caracterizado por narrar os fatos e acontecimentos reais ou
fictícios.
Era pela segunda vez que o gato chinês ainda morava em Xangai.
Um dia quando passava pelas ruas de Xangai avistou uma gatinha por quem se apaixonou,
mas por não ser sua namorada se magoou.
3.3 Dramático: Textos que foram escritos para serem encenados em forma de Teatro. Não
existe narrador neste tipo de texto. É dividido em personagens que entram em cena quando
lhes e chamado o nome.
Ex: Vc pode axar que sou besta. Mais eu so nunka duvide de mim.
5. Gênero Publicitário: Gênero que combina imagem e texto tentando atrair o consumidor.
INFERÊNCIA. Que é inferência? Inferência é a operação mental pela qual se extrai uma
conclusão (nova proposição) de uma ou mais proposições já conhecidas. A inferência pode ser
extraída também de alguma sensação. O ato de realizar uma INFERÊNCIA consiste em
deduzirmos informações implícitas do texto, possuem uma relação lógica dentro do contexto,
apesar de muitas vezes não poderem ser provadas textualmente. Ex.: O chão está molhado,
logo...Ex.: José está preocupado, pois não sabe como controlar as equipes durante a partida
de futebol.Se inferirmos que José é um técnico de futebol, teremos Dificuldades em
compreender porque ele está preocupado, já se inferirmos que ele é um árbitro tudo poderá se
tornar mais claro.
Interpretação de texto não verbal. A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não
se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é o de
expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros
meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.
Um ponto importante a ser salientado é o de que alguns textos literários (aqueles os quais a
forma de expressão do autor é, em grande parte, mais valorizada que a informação a ser
transmitida ao seu leitor, como o poema abaixo: Anatomia do monólogo:“ser ou não ser?
Qualidades e vícios de linguagem. Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades.
CLAREZA X OBSCURIDADE. CLAREZA: É a qualidade que faz um texto ser facilmente
entendido. OBSCURIDADE é o seu Contrário. Ex.: “O menino e seu pai foram hospedados em
hotéis diferentes o que o fez ficar triste.” ANÁLISE: * A leitura se torna ambígua em virtude do
mau uso do pronome obliquo “o”. Colocando o “o” pron. Obliquo no plural, caberia pluralizar
“ficar triste”. *Este erro faz o enunciado ficar obscuro, pois não sabemos quem ficouTriste.
CACOFONIA É o som desagradável, obsceno.- Hilca ganhou.- Vou-me já.- Ele marca gol.-
Boca dela.
ECO Repetição desagradável de terminações iguais.- Vicente já não sente dores de dente tão
freqüentemente como antigamente quando estava no Oriente.OBS: O eco na prosa é
considerado um vício, um defeito. Já na poesia é o fundamento da rima.
EXEMPLO
Fazem-se necessários:
d) Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAR x COMPREENDER
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é
um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema
desenvolvido.
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
equivocadas e, conseqüentemente, errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que
existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o
que o AUTOR DIZ e nada mais.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do
pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do
seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um,
valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto
traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome
relativo adequado a cada circunstância, a saber:
QUEM (PESSOA)
ONDE (LUGAR)
QUANDO (TEMPO)
QUANTO (MONTANTE)
EXEMPLO:
AS ENTIDADES DO TEXTO
Quem “fala”
Narração...............narrador
Descrição..............observador
Dissertação...........argumentador
Conteúdo
Narração..........ações, acontecimentos
Dissertação......opiniões, argumentos
Objetivo
Narração..........relatar
NARRAÇÃO
O texto narrativo apresenta uma história vivida por determinadas personagens, em tempo e
lugar definidos. Um narrador conta a história. Quando há trechos descritivos, servem para que
o leitor visualize melhor os acontecimentos narrados.
DESCRIÇÃO
O texto descritivo apresenta um observador. O olhar desse observador pode ser objetivo ou
subjetivo, profundo ou superficial. Uma pessoa do século I e uma do século XXI, por exemplo,
observariam de forma bem diferente um mesmo fenômeno.
DISSERTAÇÃO
Na dissertação, o autor defende seu ponto de vista com uma série de argumentações, com o
propósito de convencer o leitor. O tema pode estar na 1ª ou na 3ª pessoa. O texto dissertativo
costuma ter três partes principais: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
DISCURSO
A produção de um texto oral ou escrito ocorre com base em uma situação ou contexto, do qual
fazem parte: a pessoa que fala, com quem ela dialoga, o porquê da conversação, qual a
intenção de quem fala etc. A compreensão integral do texto se realiza através da organização
clara desses diversos aspectos.
Discurso é a atividade comunicativa entre interlocutores que apresenta sentido e está inserida
em um contexto.
TIPOS DE DISCURSO
Nas frases acima, o narrador conta o que as personagens (professora Ana e um aluno)
disseram, reproduzindo as suas palavras. Tem-se aí o discurso indireto.
Neste outro texto, há um discurso misto: o discurso do narrador (“Ela o cumprimentou arisca...
não apareceu mais.”) e as falas das personagens que se introduzem, revelando o seu fluxo de
pensamento (“E a prima? Disse ao se despedir, já no cavalo. Deixa pra lá, tem dessas
esquisitices de ausência de moça solteira, desculpou o pai.”) A mistura do discurso indireto do
narrador é chamada discurso indireto livre.
Discurso Direto
A fala aparece na 1ª pessoa do singular (eu) ou do plural (nós), sendo possível também
encontrar “você” e “senhor(a)”. Exemplo:
Presente do Indicativo
Presente do Subjuntivo
Imperativo
- Experimente a sobremesa.
A mãe disse:
- Vamos jantar.
Discurso Indireto
Futuro do Pretérito
Ausência de pontuação depois do verbo de elocução, que vem seguido do conectivo que.
MONÓLOGO
Injunção
O modo injuntivo consiste no encadeamento de ideias com a finalidade de persuadir o destinatário a
praticar atos ou ter atitudes. Uma de suas características é o emprego do imperativo.
Exposição: O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou
fato específico, enumerando suas características por meio de uma linguagem clara e concisa.
Os gêneros que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento,
artigo científico, seminário etc.
«A vida é o dia de hoje, / A vida é um ai que mal soa,/ A vida é sombra que foge, / A vida é
nuvem que voa, / A vida é sonho ao leve, /que se desfaz como neve/ E como fumo se esvai»
(João de Deus, A Vida).
Parágrafo: O parágrafo é uma parte do texto que encerra em si uma ideia. Ele pode ser
constituído de duas ou mais linhas, mas deve ter pelo menos uma ideia principal e uma ideia
secundária. O primeiro período do parágrafo deve expor o ponto de vista do autor, ou seja, a
ideia centro do parágrafo. O segundo período deve fundamentar e desenvolver este assunto.
Já o terceiro período serve para reforçar a ideia centro e encerrar o parágrafo. Dica: nunca
esqueça aquela regrinha que você aprendeu na escola: deixe sempre um espaço de dois
dedos no início de cada parágrafo.
Período
É a frase construída de uma ou mais orações. O período inicia com letra maiúscula e termina
com ponto (final, interrogação ou exclamação) ou reticências.
1. Período simples - quando formado por uma só oração (or. absoluta). "Ele escreve
muito bem."
2. Período composto - quando formado por duas ou mais orações. Que pode ser
composto por coordenação, por subordinação ou por coordenação e subordinação. "O
pai fala / e os filhos escutam." (por coord.) "Eu sei / que a Terra é redonda." (por
subord.) "Eu sei / e todo mundo sabe / que a Terra é redonda." (por coord. e subord.).
ORAÇÃO
– Corra!
Pontuação
Ponto, dois-pontos e travessão são exemplos de sinais de pontuação que utilizamos. A
pontuação recupera recursos específicos da língua falada, como entonação e pausas. Os
sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar
recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.
c) nas abreviaturas
2 - Dois-pontos ( : )
c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas
que seja infinito enquanto dure.”
3 - Reticências ( ... )
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-
rosa...” (Cecília - José de Alencar)
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)
4- Parênteses ( ( ) )
Dicas:
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.
5- Ponto de Exclamação ( ! )
a) Após vocativo
b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição
6- Ponto de Interrogação ( ? )
a) Em perguntas diretas
7 - Vírgula ( , )
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos
por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma
unidade sintática.
Dicas:
Podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode
separá-los por meio de vírgula.
a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça
na ordem inversa)
A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar o vocativo.
Exemplos:
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)
Dicas:
Termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.
Exemplos:
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso
da vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
Atenção:
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.
2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).
3) quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não retratarem sentido de adição
(adversidade, consequência, por exemplo)
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo
apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar)
Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”
Dicas:
Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.
8- Ponto e vírgula ( ; )
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.
b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham
utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite
crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios
grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
9- Travessão ( — )
Dicas:
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas
10- ASPAS ( “ ” )
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos,
palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplos:
Dicas:
Se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas
aspas, estas serão simples. (' ')
Parágrafo ( § )
Chave ( { } )
Colchete ( [ ] )
Barra ( / )
Tipos de Discursos
Discurso é a prática humana de construir textos, sejam eles escritos ou orais. Sendo assim,
todo discurso é uma prática social. A análise de um discurso deve, portanto, considerar o
contexto em que se encontra, assim como as personagens e as condições de produção do
texto.
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso: o discurso direto, o
discurso indireto e o discurso indireto livre. Não necessariamente estes três discursos estão
separados, eles podem aparecer juntos em um texto. Dependerá de quem o produziu.
Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre
normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens
sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das
personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das
personagens sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.
Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das
falas.
Ex.
“O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele -
Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É
escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas
para reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.
Ex.
“Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de Assis)
“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois
estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra,
imaginava podiam ser onze horas.” (Lima Barreto).
Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história,
mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo
assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.
Ex.
“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia
mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!”
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no
próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos).
Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes
do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem
avisar ao leitor.
Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do
texto, do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que
um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica entre as
ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um
todo significativo que é o texto.
A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem
ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.
Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras
que se repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que
substituem a ideia apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos
pronomes, dos advérbios e outros.
Coesão Lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado ou que
pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos,
entre outros.
Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A instituição está
literalmente caindo aos pedaços.
Gêneros textuais
Estilo e registro: Estilística é o ramo da linguística que estuda as variações da língua e sua
utilização, incluindo o uso estético da linguagem e as suas diferentes aplicações dependendo
do contexto ou situação. O objeto preferencial de estudos estilísticos é a literatura, não
exclusivamente a "alta literatura", mas outras formas de textos escritos, na publicidade, política
ou religião. A Estilística divide-se em:
Figuras de sintaxe ou de construção - das quais as mais importantes são a elipse (com a
subespécie zeugma), pleonasmo, polissíndeto, inversão
(hipérbato, anástrofe, prolepse e sínquise), anacoluto, silepse, onomatopéia e repetição.
Figuras de palavras - onde tem-se a metáfora, a metonímia (e seu caso especial:
a sinédoque), catacrese e antonomásia.
Figuras de pensamento - antítese, apóstrofe, eufemismo, disfemismo, hipérbole, ironia
(antífrase), personificação e retificação.
Segundo ainda essa divisão a ela cabe, também, o estudo dos chamados Vícios de linguagem,
tais como a ambiguidade (anfibologia), barbarismo, cacofonia, estrangeirismo, colisão,
eco, solecismo e obscuridade.
O registro linguístico é a utilização seletiva de uma linguagem para adaptar a expressão a
um determinado auditório ou finalidade. Certas escolhas, especialmente as lexicais e sintáticas,
mas também o tom e o grau de liberdade em relação às regras da língua permitem ajustar a
comunicação a uma situação: as pessoas se expressam de forma diferente conforme o ouvinte
seja um parente, um desconhecido, uma criança ou um superior hierárquico, e segundo a sua
idade, meio social e nível cultural.
Na linguagem falada, em grau decrescente de formalidade, o registo pode ser oratório, formal,
coloquial tenso, coloquial distenso ou familiar. Na linguagem escrita, o registro pode ser
literário, formal, informal ou pessoal. Outra classificação, simplificada, é a distinção entre
linguagem formal e informal, válida tanto para a língua falada quanto para a escrita.
Formalidade e informalidade
A linguagem informal também pode ser oral e escrita. É geralmente empregada quando há um
certo grau de intimidade entre os interlocutores, em situações informais, como na
correspondência entre amigos e familiares.
A estrutura da linguagem informal é mais solta, com construções mais simples, e permite
abreviações, diminutivos, gírias e até construções sintáticas que não seguem a norma culta.
Lembre-se de que usar essa linguagem não significa que o emissor não saiba (ou não possa)
se comunicar de outra forma quando necessário. Compondo o quadro do padrão informal da
linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações
de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Variação Linguística
A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida
por intermédio das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma
oficial, a língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes. Como não é um
sistema fechado e imutável, a língua portuguesa ganha diferentes nuances. As variações
acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é compreensível
que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas. Os
diferentes falares devem ser considerados como variações, e não como erros. Quando
tratamos as variações como erro, incorremos no preconceito linguístico que associa,
erroneamente, a língua ao status.
Formas de Tratamento
As formas de tratamento se constituem nos modos pelos quais nos dirigimos às autoridades,
quer por meio de correspondência oficial, quer de forma verbal em atos solenes. Inúmeras são
as situações em que devemos nos expor ou apresentar os nossos saberes, perante os outros.
Estabelecemos quatro níveis para essas formas de tratamento, a saber: 1. Formas
pronominalizadas, isto é, palavras e expressões que equivalem a verdadeiros pronomes de
tratamento, como as formas você, o senhor, a senhora. 2. Formas nominais, constituídas por
nomes próprios, nomes de parentesco, nomes de funções (como professor, doutor, etc.). 3.
Formas vocativas, isto é, palavras desligadas da estrutura argumental do enunciado e usadas
para designar ou chamar a pessoa com quem se fala. Normalmente, essas são acompanhadas
por pronomes pessoais explícitos ou implícitos. 4. Outras formas referenciais, isto é, palavras
usadas como referência à pessoa de quem se fala.
Propriedade Lexical
Léxico: é o acervo de palavras pertencentes a determinada língua. Tendo em vista que toda
língua tem como característica básica a mutabilidade, o léxico de um idioma não é finito. O
campo lexical é formado por:
campo lexical de trabalho: trabalhador, trabalhar, salário, equipe, patrão, chefe, funcionário,
carteira de trabalho, profissional, profissão etc.
palavras formadas por composição (quando uma nova palavra é formada pela junção de um ou
mais radicais) ou derivação (quando uma nova palavra é formada por uma palavra que já
existe, chamada de primitiva):
Adequação Comunicativa
O interlocutor
Lembre-se que você não conversa com a sua mãe do mesmo jeito que fala com o seu amigo e
nem com o seu professor.
Ambiente
A linguagem também é definida a partir do ambiente. Não é possível usar o mesmo tipo de
linguagem entre os amigos e em um ambiente de trabalho, por exemplo; ou em uma igreja e
em uma festa.
Assunto
Intencionalidade
Qualquer texto, seja oral ou escrito, tem um objetivo, ou seja, é carregado de intenção. E, para
cada intenção, há uma forma de linguagem adequada.
Acentuação
Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo nos ditongos abertos oi e ei. Nas
palavras oxítonas esses ditongos continuam acentuados.
ideia;
europeia;
jiboia;
boia;
joia.
Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos oo e ee.
deem;
leem;
veem;
voo;
enjoo.
Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo na vogal i e na vogal u quando aparecem
após ditongos.
baiuca;
feiura.
Uso do trema
O trema foi abolido de todas as palavras portuguesas e aportuguesadas. Apenas deverá ser
utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como mülleriano (de Müller) e
hübneriano (de Hübner).
Acento diferencial
Foi abolido o acento diferencial de vários pares de palavras, cuja distinção deverá ser feita pelo
contexto em que ocorrem. Mantém-se apenas os acentos diferenciais de pôr e por, pôde e
pode.
para;
pelo;
pera;
polo.
demos e dêmos;
cantamos e cantámos;
estudamos e estudámos.
Dupla grafia
Está prevista a dupla grafia de diversas palavras, sendo correta a utilização do acento
circunflexo no Brasil e do acento agudo em Portugal.
gênero e género;
bebê e bebé;
purê e puré;
antônimo e antónimos;
sinônimo e sinónimo.
Estão previstos dois paradigmas de acentuação verbal, sendo correta a forma acentuada no
Brasil e a forma não acentuada em Portugal.
enxágue e enxague;
averígue e averigue;
delínquo e delinquo;
apazígua e apazigua.
Os verbos ter e vir mantêm acento agudo na 3.ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3.ª
pessoa do plural. Os verbos derivados dos verbos ter e vir mantêm acento agudo na 3. ª
pessoa do singular e com acento circunflexo na 3 ª pessoa do plural.
Hífen
O hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra
ou quando a segunda palavra começa com h. Nas restantes situações, o prefixo é escrito junto
à segunda palavra. Quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com as
consoantes r ou s, ocorre duplicação dessas consoantes.
micro-ondas;
anti-inflamatório;
contra-ataque;
sobre-humano;
supra-hepático.
autoestima;
contracheque;
sobreaviso;
antissocial;
antirrugas.
segunda-feira;
meio-dia;
decreto-lei;
ano-luz;
guarda-chuva.
paraquedas;
paraquedista;
paraquedismo.
O hífen não será utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,
prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas locuções consagradas pelo uso que, sendo
exceções a esta regra, mantêm o hífen. Também palavras que designam espécies botânicas e
zoológicas mantêm o hífen.
cor-de-rosa;
mais-que-perfeito;
pé-de-meia;
bem-me-quer;
erva-doce;
andorinha-do-mar.
fim de semana;
dia a dia;
à toa;
sala de jantar;
cão de guarda.
emprestou-me;
ler-me-á;
disse-te;
vê-lo;
abri-lo.
hei de;
hás de;
há de;
hão de.
Maiúsculas e minúsculas
O atual acordo ortográfico trouxe algumas alterações ao uso da letra maiúscula e da letra
minúscula.
A letra maiúscula deverá ser utilizada em nomes próprios de pessoas, animais, lugares
(cidades, países, continentes,...), acidentes geográficos, rios, instituições e entidades. Deverá
também ser usada em nomes de festas e festividades, em nomes astronômicos, em títulos de
periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Nos nomes dos pontos cardeais deverá ser
usada apenas se empregues absolutamente, indicando uma região.
Tiago;
Brasil;
Marte;
Amazonas;
Cruz Vermelha;
Carnaval;
O Estado do São Paulo;
ONU.
A letra minúscula passou a ser utilizada nos nomes dos dias de semana, meses e estações do
ano, nos nomes dos pontos cardeais (quando utilizados genericamente, indicando uma
direção) e nas palavras fulano, sicrano e beltrano.
segunda-feira;
outubro;
primavera;
sul;
fulano.
Alfabeto
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Palavras com x, y, w:
darwinismo;
malawiano;
download;
software;
playground;
kart;
km.
Consoantes mudas
Nas sequência consonânticas cc, cç, ct, pc, pç e pt interiores são eliminadas a consoante c e a
consoante p quando mudas, sendo mantidas quando pronunciadas.
teto;
ação;
atividade;
ótimo;
batizar.
adepto;
pacto;
rapto;
erupção;
convicção.
Está previsto a utilização facultativa dessas duas consoantes em diversas palavras, conforme a
pronúncia culta da região, sendo retiradas quando mudas e mantidas quando pronunciadas. O
mesmo acontece com outras consoantes (g, b, m).
fato e facto;
concepção e conceção;
recepção e receção;
suntuoso e sumptuoso;
indenizar e indemnizar.
Simplificando:
PORQUÊ – substantivo.
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os
termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.
As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, bem como
contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.
Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, pela,
pelo,...
As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.
Flexões verbais= Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de
flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a:
Número – Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais.
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em:
Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo
sujeito.
Flexão Nominal
De gênero
A maioria dos substantivos têm duas formas: uma para o masculino, e outra para o feminino.
São os substantivos biformes. Veja algumas regras de formação do feminino:
2) Substantivos terminados em -ão mudam para -ã, outros para -oa e ainda para -ona (neste
caso, em aumentativos). o capitão = a capitã o tecelão = a tecelã/ teceloa o chorão = a chorona
4) Alguns substantivos terminados em -or podem fazer feminino mudando essa terminação
para -eira. o arrumador = a arrumadeira o lavador = lavadeira o trabalhador = trabalhadeira 0
sufixo -eira pode indicar qualidade e, portanto, adjetivação: mulher trabalhadeira; pessoa
faladeira
5) Alguns substantivos com terminação -e podem fazer o feminino mudando a terminação para
-a. o infante = infanta o governante = a governanta o elefante = a elefanta
Há ainda substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o sentido com que se
acham empregados:
a cabeça (parte do corpo)/ o cabeça (o chefe) a grama (relva)/ o grama (unidade de peso)
De números
Aos substantivos que terminam em vogal, ditongo oral e consoante ‘n’ devem ser acrescidos a
consoante ‘s’ ao final da palavra.
Observe os exemplos:
herói – heróis
irmão – irmãos
plâncton – plânctons
Aos substantivos que terminam em consoante ‘m’ devem ser acrescidos as consoantes ‘ns’ ao
final da palavra.
Observe os exemplos:
abordagem – abordagens
modelagem – modelagens
homem – homens
Aos substantivos que terminam com as consoantes ‘r’ e ‘z’ devem ser acrescidos ‘es’ ao final
da palavra.
Observe os exemplos:
hambúrguer – hambúrgueres
chafariz – chafarizes
colher – colheres
Nos substantivos que terminam em ‘al’, ‘el’, ‘ol’, ‘ul’, deve ser substituída a consoante ‘l’ por ‘is’
Observe os exemplos:
girassol – girassóis
vogal – vogais
azul – azuis
* Há duas exceções:
mal – males
cônsul – cônsules
anil – anis
juvenil – juvenis
inútil – inúteis
réptil – répteis
paz – pazes
algoz – algozes
férias – férias
ônibus – ônibus
doação – doações
emoção – emoções
alemão – alemães
pão – pães
córtex – córtex
Pronome
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que
acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Advérbio
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio
advérbio. Os advérbios, além de modificarem o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio, também
podem modificar a oração inteira. Nesse caso, o advérbio pode ocorrer em qualquer posição.
Os advérbios são classificados de acordo com as circunstâncias que exprimem. Eles podem
ser de afirmação, de negação, de modo, de lugar, de dúvida, de intensidade, de tempo e
interrogativos. A seguir, uma lista com os principais advérbios de cada tipo.
Exs.:
Advérbios de modo: bem, mal, melhor, pior, certo, também, depressa, devagar e, em geral, os
adjetivos femininos acrescidos do sufixo -mente.
Exs.:
Advérbios de lugar: aqui, ali, lá, além, perto, longe, fora, dentro, onde, acima, adiante.
Exs.:
Exs.:
Advérbios de intensidade: muito, pouco, bastante, menos, mais, tão, tanto, todo,
completamente, excessivamente.
Exs.:
Advérbios de tempo: agora, já, logo, cedo, tarde, antes, depois, sempre, nunca, jamais, hoje,
ontem, amanhã.
Exs.:
Advérbios interrogativos: onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa)
Exs.:
Ex.:
A Joana também vai viajar.
Ex.:
Locução adverbial
Quando duas ou mais palavras (geralmente preposição + substantivo ou advérbio) formam
uma expressão que equivale a um advérbio chamamos de locução adverbial. As principais são:
às vezes, às pressas, vez por outra, de qualquer modo, de propósito, em breve, à toa, às
escondidas, à noite, de repente, de súbito.
Exs.:
Adjetivo
Adjetivo é a classe de palavras encarregada de atribuir características aos substantivos, ou
seja, ele indica suas qualidades e estados.
Os adjetivos são termos que variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e
plural) e grau (comparativo e superlativo), sendo classificados em: simples, composto, primitivo
e derivado.
Tipos de Adjetivos
Adjetivo Simples - apresenta somente um radical. Exemplos: pobre, magro, triste.
Adjetivo Composto - apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-brasileiro,
superinteressante.
Adjetivo Primitivo - palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: bom, alegre, puro.
Adjetivo Derivado - palavras que derivam de substantivos ou verbos. Exemplos: escultor (verbo
esculpir), formoso (substantivo formosura).
Saiba mais sobre os tipos de adjetivos nos artigos:
Adjetivo Simples
Adjetivo Composto
Adjetivos Primitivos e Derivados
Gênero dos Adjetivos
Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e masculino).
Exemplo: feliz.
Adjetivos Biformes - a forma varia conforme o gênero (masculino e feminino). Exemplo:
carinhoso, carinhosa.
Número dos Adjetivos
Os adjetivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o número do substantivo
a que se referem. Assim, a sua formação se assemelha à dos substantivos.
Conheça as regras em Flexão dos Adjetivos.
Grau dos Adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em:
Comparativo: utilizado para comparar qualidades.
Superlativo: utilizado para intensificar qualidades.
Grau Comparativo
Comparativo de Igualdade - O professor de matemática é tão bom quanto o de geografia.
Comparativo de Superioridade - Marta é mais habilidosa do que a Patrícia.
Comparativo de Inferioridade - João é menos feliz que Pablo.
Grau Superlativo
Superlativo Absoluto:
o Analítico - A moça é extremamente organizada.
o Sintético - Luiz é inteligentíssimo.
Superlativo Relativo de:
o Superioridade - A menina é a mais inteligente da turma.
o Inferioridade - O garoto é o menos esperto da classe.
Saiba tudo sobre a formação dos graus comparativos e superlativo em: Grau dos
Adjetivos e Grau Superlativo.
Adjetivos Pátrios
Chamados também de "adjetivos gentílicos", os adjetivos pátrios indicam o local de origem ou
nacionalidade da pessoa, por exemplo: brasileiro, carioca, paulista, europeu, espanhol.
Locução Adjetiva
A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo.
Exemplos:
Amor de mãe - Amor maternal
Doença de boca - doença bucal
Pronome Adjetivo
Os pronomes adjetivos são aqueles em que o pronome exerce a função de adjetivo. Surgem
acompanhados do substantivo, modificando-os. Exemplos:
Este livro é muito bom. (acompanha o substantivo livro)
Aquela é a empresa onde ele trabalha. (acompanha o substantivo empresa).
Preposição
A preposição é uma palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando um ao
outro. A preposição estabelece ainda, uma certa relação de dependência entre elas. Essa
relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há
sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é
dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula.
Moravam em Maceió
Gostava de chocolate
É possível percebermos que o termo introduzido por preposição pode estar se referindo a
um verboou a um nome. Observe os casos em que a preposição pode estar ligando duas
orações de um período, subordinando uma à outra:
Preposições essenciais
São palavras que funcionam basicamente como preposição: a, ante, até, após, de, desde, em,
entre, com, contra, para, por, perante, sem, sobe e sob.
Preposições acidentais
São palavras de outras classes gramaticais que, perdendo sua significação original, passam a
exercer o papel de preposição: como, conforme, segundo, durante, fora, exceto etc..
Locução prepositiva
Chamamos de locução prepositiva o conjunto de palavras com valor e emprego de
preposições: atrás de, através de, embaixo de, a fim de, de acordo com, por causa de, longe
de, perto de, ao redor de, junto a, ao lado de, apesar de, por trás de, acerca de, cerca de, em
favor de, de conformidade com etc.
Eram agradáveis para com os amigos
Combinações e contrações
As proposições podem se unir a palavras de outras classes gramaticais por combinação ou
contração. Se, na junção de elementos, não há alteração fonética, ocorre combinação; caso
contrário, ocorre contração.
Combinação
Exemplos:
a + o(s) = ao(s)
a + onde = aonde
Contração
Exemplos:
de + o(s) = do(s)
de + a(s) = da(s)
em + o(s) = no(s)
em + a(s) = na(s)
em + ele(s) = nele(s)
em + ela(s) = nela(s)
de + ali(s) = dali
de + ele(s) = dele(s)
de + ela(s) = dela(s)
a + a(s) = à(s)
a + aquele(s) = àquele(s)
a + aquela(s) = àquela(s)
a + aquilo = àquilo
Na linguagem formal, não se deve fazer a contração da preposição de com o artigo que
encabeça o sujeito de um verbo.
No exemplo, a criança é o sujeito do verbo brincar, por isso não podemos contrair a
preposição decom o artigo a que encabeça o sujeito. Essa regra vale também para pronomes
pessoais:
Sendo assim, ele é sujeito do verbo sair, por isso não se pode contrair a preposição com o
sujeito. O sujeito é sempre o termo regente. O termo que antecede a preposição é denominado
regente; o termo introduzido por uma preposição é denominado regido. O sujeito é sempre
termo regente, o que significa que não pode vir introduzido por preposição.
Morfossintaxe da preposição
A preposição não desempenha função sintática dentro da oração. Ela apenas estabelece
conexão entre termos de uma oração; por isso é considerada conectivo ou palavra relacional.
Apesar de não exercer função sintática, o uso adequado das preposições é de fundamental
importância para a coesão textual.
Conjunção
A conjunção é uma palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de
uma mesma oração.
Vejamos a seguir:
Logo, a segunda oração está ligada à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à
segunda por meio do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações.
Conjunções coordenadas
As conjunções coordenativas também conhecidas como conjunções coordenadas,
estabelecem uma ligação entre as orações coordenadas. No entanto, é importante destacar
que estas orações não dependem sintaticamente das outras, assim como também ligam
termos que têm a mesma função gramatical.
Locução conjuntiva
Há ainda a locução conjuntiva, que ocorre quando duas ou mais palavras exercem a função de
conjunção. Como os casos de: ainda que, desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo
que:
assim, então, logo, pois (depois do verbo), Farei todos os exercícios, logo
Conclusivas
por conseguinte, por isso, portanto... terei bom desempenho.
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas são os termos que ligam duas orações sintaticamente
dependentes. É o contexto da frase o que determina o tipo de relação estabelecida pela
conjunção, portanto o contexto é fundamental. As conjunções não desempenham função
sintática na oração e são ligadas somente pelos conectivos. As conjunções subordinativas
dividem-se em: causais, concessivas, condicionais, comparativas, finais, proporcionais,
temporais, comparativas, consecutivas e integrantes.
Para que, a fim de que, porque (no sentido de É tarde para que reverta o
Finais
que), que. estrago.
À medida que, ao passo que, à proporção que,
enquanto, quanto mais... (no sentido de mais),
quanto mais... (no sentido de tanto mais),
quanto mais... (no sentido de menos), quanto Não gostava de João, quanto
Proporcionais
menos... (no sentido de menos), quanto mais de Margarida.
menos... (no sentido de tanto menos), quanto
menos (no sentido de mais), quanto menos
(tanto mais).
Conjunções Causais
São aquelas que expressam uma oração subordinada que denota causa:
Exemplos:
Conjunções concessivas
São as conjunções que indicam uma oração em que se admite um fato contrário à ação
principal, mas incapaz de impedi-la:
Exemplos:
Conjunções condicionais
Iniciam uma oração subordinada em que é indicada uma hipótese ou uma condição necessária
para que seja realizada ou não o fato principal:
Exemplos:
Exemplos:
Conjunções finais
As conjunções finais iniciam uma oração subordinada indicando a finalidade da oração
principal.
Exemplos:
Conjunções proporcionais
As conjunções proporcionais iniciam uma oração subordinada em que mencionamos um fato
realizado para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.
Exemplos:
Conjunções temporais
As conjunções temporais são aquelas que indicam uma oração subordinada indicadora de
circunstância de tempo:
Exemplos:
Conjunções comparativas
São aquelas que iniciam uma oração que encerra o segundo integrante de uma comparação,
de um confronto.
Exemplo:
Conjunções consecutivas
São conjunções consecutivas aquelas que iniciam uma oração na qual é indicada a
consequência do que foi declarado na oração anterior.
Exemplos:
Os fatos eram tão absurdos que tentou escapar da situação.
Conjunções integrantes
São as conjunções utilizadas para introduzir a oração que atua como sujeito, objeto direto,
objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração.
Exemplos: