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Apostila.

Concurso SANEAGO

Português

Leitura e Interpretação de Texto de variados gêneros discursivos.

O que é interpretar?

Dar a uma determinada coisa uma significação. Então interpretar um texto é dar significado a
ele.

O que são gêneros discursivos?

Basicamente são as características de cada tipo de texto. Como por exemplo, a linguagem que
é utilizada no texto, o layout e etc.

Quais são os gêneros discursivos?

1.Gênero Jornalístico: A função desse gênero é a informação. De forma clara, simples e


objetiva.

Ex: Presos cerca de 50 envolvidos em crimes em PE.

A polícia prendeu cerca de 50 pessoas suspeitas de envolvimento em cinco quadrilhas


especializadas em homicídios, assaltos, tráfico de drogas e de armas, entre outros crimes.

2. Gênero Jurídico: Este gênero possui uma linguagem mais formal, linguagem que é utilizada
geralmente por pessoas do ramo do direito.

Ex: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

3.Gênero Literário: Gênero divido em três grupos:

3.1. Narrativo: Esse gênero é caracterizado por narrar os fatos e acontecimentos reais ou
fictícios.

Ex: O gato de Xangai.

Era pela segunda vez que o gato chinês ainda morava em Xangai.

Um dia quando passava pelas ruas de Xangai avistou uma gatinha por quem se apaixonou,
mas por não ser sua namorada se magoou.

Pensava nela todo dia, mas ela não aparecia. (...)


3.2. Lírico: Se faz na maioria das vezes em versos e explora a musicalidade das palavras.

Ex: Canção do Exílio (Gonçalves Dias)

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

3.3 Dramático: Textos que foram escritos para serem encenados em forma de Teatro. Não
existe narrador neste tipo de texto. É dividido em personagens que entram em cena quando
lhes e chamado o nome.

Ex: Comportamento Humano- Traição.

4. Gênero Interpessoal: É o gênero usado em grande escala na internet. Com uso de


abreviaturas e gírias.

Ex: Vc pode axar que sou besta. Mais eu so nunka duvide de mim.

5. Gênero Publicitário: Gênero que combina imagem e texto tentando atrair o consumidor.

CURSO DE LINGUÍSTICA APLICADA À INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

Podemos dividir estes conhecimentos em três etapas distintas: Conhecimentos contextuais:


São conhecimentos que nos permitem entender a situação de produção a qual o texto está
inserido: ( quem escreveu? Quando? Onde? Para quem quem foi feito? É sobre o quê? E para
quem?Assim estamos entendo o CONTEXTO. HIERARQUIA DE SENTIDOS DO TEXTO E
SITUAÇÃO COMUNICATIVA Devemos saber associar TEXTO E CONTEXTO, pois as
circunstâncias em que um texto é produzido são PRIMORDIAIS para sua Compreensão. No
caso de textos verbais, a eficácia comunicativa advém da compreensão do significado das
palavras no texto.
DENOTAÇÃO: É a palavra em seu sentido único, restrito. 1. Ex.: A cascável é uma cobra
venenosa.Aqui a palavra cobra foi usada da forma que lhe é atribuída no léxico.CONOTAÇÃO:
É a palavra com sentido amplo, figurado. 2. Ex.: Aquela mulher é uma cobra venenosa.Aqui a
palavra teve seu espectro de significação Ampliado, pois já não significa animal peçonhento,
mas uma pessoa falsa, em quem não podemos confiar, isto também é SEMÂNTICA.
POLISSEMIA E AMBIGUIDADE: A polissemia: é o jogo de palavras, o duplo sentido.São as
possibilidades de várias Interpretações, levando-se em consideração as situações de
aplicabilidade em seus contextos. Há uma infinidade de outros exemplos em que podemos
verificar a ocorrência da polissemia, como por exemplo: Esta mulher é uma tremenda gata. O
gato do vizinho é peralta. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.

A AMBIGUIDADE É concebida a partir do jogo de palavras / do duplo sentido.VEJAMOS: Em


um outdoor na saída de Florianópolis há a seguinte mensagem de uma empresa de
telecomunicações:“ AGORA VOCÊ SABE PORQUE TODO MUNDO FALA BEM DE
FLORIANÓPOLIS”CONTEXTUALIZANDO: Aqui percebemos claramente a ambiguidade, a
qual foi concebida de forma inteligente, Pois FALAR BEM DE FLORIPA, pode ser em virtude
da cidade acolhedora, bem como da ótima qualidade da empresa de telecomunicações. Aqui
nenhum dos significados é mais importante do que o outro, apenas mais adequado ou propício
a uma dada situação comunicativa.

PRESSUPOSIÇÃO E INFERÊNCIA: Podemos definir como PRESSUPOSTOS as ideias


apresentadas implicitamente pelo texto, ou seja, são as ideias que não estão escritas, mas
podem ser verificadas por certas palavras e expressões contidas no texto. Exemplos: O
concurseiro deixou de sair aos sábados para estudar mais. (pressuposto: o concurseiro saía
todos os sábados.) O novo fiscal de rendas continua estudando para concursos. (pressuposto:
o fiscal estudava antes de passar.) A espera dos candidatos pelo gabarito oficial acabou.
(pressuposto: os candidatos estavam esperando o resultado.)

INFERÊNCIA. Que é inferência? Inferência é a operação mental pela qual se extrai uma
conclusão (nova proposição) de uma ou mais proposições já conhecidas. A inferência pode ser
extraída também de alguma sensação. O ato de realizar uma INFERÊNCIA consiste em
deduzirmos informações implícitas do texto, possuem uma relação lógica dentro do contexto,
apesar de muitas vezes não poderem ser provadas textualmente. Ex.: O chão está molhado,
logo...Ex.: José está preocupado, pois não sabe como controlar as equipes durante a partida
de futebol.Se inferirmos que José é um técnico de futebol, teremos Dificuldades em
compreender porque ele está preocupado, já se inferirmos que ele é um árbitro tudo poderá se
tornar mais claro.

Interpretação de texto não verbal. A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não
se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é o de
expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros
meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.
Um ponto importante a ser salientado é o de que alguns textos literários (aqueles os quais a
forma de expressão do autor é, em grande parte, mais valorizada que a informação a ser
transmitida ao seu leitor, como o poema abaixo: Anatomia do monólogo:“ser ou não ser?

A INTERTEXTUALIDADE consiste no conjunto de citações que um texto faz a outros textos já


produzidos antes dele. É preciso entender aqui o texto em sentido amplo ( verbal, não verbal,
oral, enfim toda forma de comunicação entre um emissor e um receptor), para dizer que a
INTERTEXTUALIDADE parte de um conhecimento de Mundo prévio, partilhado pelo emissor e
receptor.

PARÁFRASE.Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras as ideias de um texto,


ou seja, você reescreve o texto com outras palavras, porém mantendo a essência inicial do
mesmo. Neste caso convém antenar para a não ocorrência de extrapolção, redução nem
contradição.
EXEMPLOS DE PARÁFRASE: Substituição vocabular: 1 A regra mais importante na vida é ser
feliz. 2 A regra principal na vida é ser feliz.b) Inversão gramatical (deslocamentos): 1. A regra
mais importante na vida é ser feliz.2. Na vida, a regra mais importante é ser feliz.

Qualidades e vícios de linguagem. Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades.
CLAREZA X OBSCURIDADE. CLAREZA: É a qualidade que faz um texto ser facilmente
entendido. OBSCURIDADE é o seu Contrário. Ex.: “O menino e seu pai foram hospedados em
hotéis diferentes o que o fez ficar triste.” ANÁLISE: * A leitura se torna ambígua em virtude do
mau uso do pronome obliquo “o”. Colocando o “o” pron. Obliquo no plural, caberia pluralizar
“ficar triste”. *Este erro faz o enunciado ficar obscuro, pois não sabemos quem ficouTriste.

PLEONASMO Repetição desnecessária de uma expressão.- Criar novos… - Hemorragia de


sangue- Subir para cima- Panorama geral- Antecipar para antes. SOLECISMO É o desvio em
relação à sintaxe. Pode ser: De concordância - Haviam pessoas. (o certo seria havia)- Fazem
dois meses. (o certo seria faz)- Faltou muitos alunos. (o certo seria faltaram) De regência-
Obedeça o chefe. (o certo seria ao chefe)- Assisti o filme. (o certo seria ao filme)De colocação -
Tinha ausentado-me.- Não espere-me.

CACOFONIA É o som desagradável, obsceno.- Hilca ganhou.- Vou-me já.- Ele marca gol.-
Boca dela.

ECO Repetição desagradável de terminações iguais.- Vicente já não sente dores de dente tão
freqüentemente como antigamente quando estava no Oriente.OBS: O eco na prosa é
considerado um vício, um defeito. Já na poesia é o fundamento da rima.

TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo


significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E
DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO.
Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de
seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele
inicial.

INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros


autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a


identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das
questões apresentadas na prova.

Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:

1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um


processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem
o tempo).

2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações


do texto.

3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a


respeito.

4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.

5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.

EXEMPLO

TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES


A INTEGRAÇÃO DO MUNDO
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE
"O HOMEM UNIDO” A UNIÃO DO HOMEM
HOMEM + HOMEM = MUNDO
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)

CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR

Fazem-se necessários:

a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e


prática;

b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;


OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e
parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem,
entre outros.

c) Capacidade de observação e de síntese e

d) Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAR x COMPREENDER

INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA


- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, - INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO
TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR. QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO.
- TIPOS DE ENUNCIADOS - TIPOS DE ENUNCIADOS:
• Através do texto, INFERE-SE que... • O texto DIZ que...
• É possível DEDUZIR que... • É SUGERIDO pelo autor que...
• O autor permite CONCLUIR que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar a afirmação...
que... • O narrador AFIRMA...

ERROS DE INTERPRETAÇÃO

É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais


frequentes são:

a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.

b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é
um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema
desenvolvido.

c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
equivocadas e, conseqüentemente, errando a questão.

OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que
existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o
que o AUTOR DIZ e nada mais.

COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases


e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome
relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta
entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do
pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do
seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um,
valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto
traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome
relativo adequado a cada circunstância, a saber:

QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS DEPENDE DAS


CONDIÇÕES DA FRASE.

QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR.

QUEM (PESSOA)

CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O OBJETO


POSSUÍDO.
COMO (MODO)

ONDE (LUGAR)

QUANDO (TEMPO)

QUANTO (MONTANTE)

EXEMPLO:

Falou tudo QUANTO queria (correto)


Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).

• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO,


SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem expressões que são mal
empregadas, e, por força desse hábito cometem-se erros graves como:

- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte.


- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto é
O.
- “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso.

MODOS DE ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E DISCURSO

AS ENTIDADES DO TEXTO

Há três modos básicos de organização de um texto: o narrativo, o descritivo e o dissertativo.


Todo texto é apresentado por um “eu” que não tem existência real. Há uma diferente entidade
para cada modo de organização de texto. Essas entidades não são os autores do texto, mas
aqueles que “falam” no texto.

O modo de organização é determinado também pelo conteúdo e construído conforme


o objetivo da produção do texto. Observe a seguir:

Quem “fala”

Narração...............narrador

Descrição..............observador

Dissertação...........argumentador

Conteúdo

Narração..........ações, acontecimentos

Descrição.........seres, objetos, cenas, processos

Dissertação......opiniões, argumentos
Objetivo

Narração..........relatar

Descrição.........identificar, localizar, qualificar

Dissertação......discutir, informar, expor

É importante lembrar: não existem textos exclusivamente narrativos, descritivos ou


dissertativos. Mas sempre há o predomínio de um dos três modos sobre os demais.

NARRAÇÃO

O texto narrativo apresenta uma história vivida por determinadas personagens, em tempo e
lugar definidos. Um narrador conta a história. Quando há trechos descritivos, servem para que
o leitor visualize melhor os acontecimentos narrados.

DESCRIÇÃO

O texto descritivo apresenta um observador. O olhar desse observador pode ser objetivo ou
subjetivo, profundo ou superficial. Uma pessoa do século I e uma do século XXI, por exemplo,
observariam de forma bem diferente um mesmo fenômeno.

A descrição, em geral, aparece dentro de um texto narrativo ou dissertativo. Toda descrição


tem um tema-núcleo, que pode ser um objeto, um ser animado ou inanimado ou mesmo um
processo.

DISSERTAÇÃO

Na dissertação, o autor defende seu ponto de vista com uma série de argumentações, com o
propósito de convencer o leitor. O tema pode estar na 1ª ou na 3ª pessoa. O texto dissertativo
costuma ter três partes principais: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

DISCURSO

A produção de um texto oral ou escrito ocorre com base em uma situação ou contexto, do qual
fazem parte: a pessoa que fala, com quem ela dialoga, o porquê da conversação, qual a
intenção de quem fala etc. A compreensão integral do texto se realiza através da organização
clara desses diversos aspectos.

Discurso é a atividade comunicativa entre interlocutores que apresenta sentido e está inserida
em um contexto.

TIPOS DE DISCURSO

Há três tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre.


No discurso direto, o narrador introduz a personagem e termina a frase com dois pontos. Em
seguida, faz um novo parágrafo e coloca um travessão, seguido da fala da personagem.

Normalmente, há um verbo de elocução (verbo que introduz a fala da personagem: dizer,


responder, falar, perguntar, pedir, etc.), que pode ser colocado também no meio ou depois da
fala. Observe:

Ana Paula olhou para a classe e indagou:

- Vocês estudaram para a prova?

Veja agora estas outras frases: A


professora Ana disse que daria prova naquele dia. Depois um aluno pediu que ela deixasse a
prova para a aula seguinte.

Nas frases acima, o narrador conta o que as personagens (professora Ana e um aluno)
disseram, reproduzindo as suas palavras. Tem-se aí o discurso indireto.

Se fosse usado o discurso direto, teríamos:

A professora Ana disse

- Vou dar prova hoje.

Leia este outro texto:

“Ela o cumprimentou arisca meio de longe, estendendo-lhe as pontas dos dedos, os


olhos no chão. Depois saiu ligeira para os fundos da casa, não apareceu mais. E a prima?
Disse ao se despedir, já no cavalo. Deixa pra lá, tem dessas esquisitices de ausência de moça
solteira, desculpou o pai.”

DOURADO, Autran. Uma vida em segredo.


Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.

Neste outro texto, há um discurso misto: o discurso do narrador (“Ela o cumprimentou arisca...
não apareceu mais.”) e as falas das personagens que se introduzem, revelando o seu fluxo de
pensamento (“E a prima? Disse ao se despedir, já no cavalo. Deixa pra lá, tem dessas
esquisitices de ausência de moça solteira, desculpou o pai.”) A mistura do discurso indireto do
narrador é chamada discurso indireto livre.

Na passagem do discurso direto para o indireto e vice-versa, ocorrem algumas modificações.


Veja abaixo.

Discurso Direto

A fala aparece na 1ª pessoa do singular (eu) ou do plural (nós), sendo possível também
encontrar “você” e “senhor(a)”. Exemplo:

- (Nós) jantaremos daqui a pouco.

O verbo pode aparecer nos seguintes tempos verbais:

Presente do Indicativo

- Você está com fome.


Pretérito Perfeito do Indicativo

- A dona Marli já fez o macarrão.

Futuro do Presente do Indicativo

- Bianca não comerá em casa.

Presente do Subjuntivo

- Espero que Bianca não chegue tarde.

Imperativo

- Experimente a sobremesa.

Uso dos dois pontos e do travessão, depois do verbo de elocução.

A mãe disse:

- Vamos jantar.

Discurso Indireto

A fala da personagem aparece na 3ª pessoa do singular ou do plural. Exemplo:

O garoto disse que queria macarrão com molho.

O verbo pode aparecer nos seguintes tempos verbais:

Pretérito Imperfeito do Indicativo

O garoto disse que queria macarrão com molho.

Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo

O marido perguntou se dona Marli cozinhara o molho de tomate.

Futuro do Pretérito

João arriscou que Bianca não comeria em casa naquela noite.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Depois veio a mulher dizer que ele provasse a sobremesa.

Ausência de pontuação depois do verbo de elocução, que vem seguido do conectivo que.

A mãe disse-lhes que se servissem.

MONÓLOGO

Monólogo é a forma do discurso em que a personagem extravasa de maneira ordenada e


lógica os seus pensamentos e emoções sem dirigir-se especificamente a qualquer ouvinte.
Argumentação
O modo argumentativo consiste no encadeamento das ideias com a finalidade de defender uma
opinião e convencer o interlocutor. Na argumentação, que se organiza essencialmente pela lógica,
manifestam-se relações de causa, condição, concessão, contraste, conclusão, etc.

Injunção
O modo injuntivo consiste no encadeamento de ideias com a finalidade de persuadir o destinatário a
praticar atos ou ter atitudes. Uma de suas características é o emprego do imperativo.

Exposição: O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou
fato específico, enumerando suas características por meio de uma linguagem clara e concisa.
Os gêneros que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento,
artigo científico, seminário etc.

A figura de retórica enumeração

A enumeração é um recurso retórico que consiste na «adição ou inventário de coisas


relacionadas entre si, cuja ligação se faz quer por polissíndeto quer por assíndeto.

É frequente a presença da enumeração nas descrições e nas narrações em que o narrador se


preocupa em apresentar todas as particularidades de uma determinada situação, apresentando
uma série de características dos locais e do ambiente, listando as qualidades e os defeitos das
personagens, referindo o processo pormenorizado das ações. Através deste recurso, o sujeito
procura representar fidedignamente o pormenor da realidade sobre a qual falam/escrevem.
«Entre os vários processos, podemos lembrar: o desenvolvimento da definição, o emprego de
exemplos, o uso de comparações, contrastes, etc.

São exemplos de enumerações:

«A vida é o dia de hoje, / A vida é um ai que mal soa,/ A vida é sombra que foge, / A vida é
nuvem que voa, / A vida é sonho ao leve, /que se desfaz como neve/ E como fumo se esvai»
(João de Deus, A Vida).

Nota: Alguns retóricos propõem que à enumeração exaustiva se chame inventário

O diálogo, uma interação entre interlocutores sem a interferência de um narrador. Ou também


os esquemas retóricos, ideias encadeadas e sequenciadas de tal maneira a atingir o objetivo
de quem escreve.
Estrutura textual: progressão temática= A progressão temática é um procedimento utilizado
pelos enunciadores para dar sequência a seus textos, orais ou escritos. Ela consiste em fazer o
texto avançar apresentando informações novas sobre aquilo de que se fala que é o tema. Um
requisito para a construção do texto, conhecido por todos os falantes, é que ele tenha unidade
temática (mantenha ‘o fio da meada’), e, ao mesmo tempo, apresente informações novas sobre
o tema. Assim, do ponto de vista funcional, a organização e hierarquização das unidades
semânticas do texto se concretizam por meio de dois eixos de informação,
denominados tema (tópico) e rema (comentário). Considera-se como tema do enunciado o que
se toma como base da comunicação, aquilo de que se fala, e como rema aquilo que se diz
sobre o tema. De modo geral, o tema é uma informação dada, já apresentada ao ouvinte ou
leitor, ou que pode ser facilmente inferida; depreendida por ele, a partir do contexto ou do
próprio texto. O rema apresenta informação nova que é introduzida no texto.

Parágrafo: O parágrafo é uma parte do texto que encerra em si uma ideia. Ele pode ser
constituído de duas ou mais linhas, mas deve ter pelo menos uma ideia principal e uma ideia
secundária. O primeiro período do parágrafo deve expor o ponto de vista do autor, ou seja, a
ideia centro do parágrafo. O segundo período deve fundamentar e desenvolver este assunto.
Já o terceiro período serve para reforçar a ideia centro e encerrar o parágrafo. Dica: nunca
esqueça aquela regrinha que você aprendeu na escola: deixe sempre um espaço de dois
dedos no início de cada parágrafo.

Período

É a frase construída de uma ou mais orações. O período inicia com letra maiúscula e termina
com ponto (final, interrogação ou exclamação) ou reticências.

1. Período simples - quando formado por uma só oração (or. absoluta). "Ele escreve
muito bem."
2. Período composto - quando formado por duas ou mais orações. Que pode ser
composto por coordenação, por subordinação ou por coordenação e subordinação. "O
pai fala / e os filhos escutam." (por coord.) "Eu sei / que a Terra é redonda." (por
subord.) "Eu sei / e todo mundo sabe / que a Terra é redonda." (por coord. e subord.).

ORAÇÃO

A oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja estrutura


caracteriza-se, obrigatoriamente, pela presença de um verbo. Na verdade, a oração é
caracterizada, sintaticamente, pela presença de um predicado, o qual é introduzido na língua
portuguesa pela presença de um verbo. Geralmente, a oração apresenta um sujeito, termos
essenciais, integrantes ou acessórios.

Observe alguns exemplos de orações:

– Corra!

– Esses doces parecem muito gostosos.

– Chove muito no inverno.

Pontuação
Ponto, dois-pontos e travessão são exemplos de sinais de pontuação que utilizamos. A
pontuação recupera recursos específicos da língua falada, como entonação e pausas. Os
sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar
recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.

Divisão e emprego dos sinais de pontuação:


1 - Ponto ( . )

a) indicar o final de uma frase declarativa.

Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) separar períodos entre si.

Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) nas abreviaturas

Ex.: Av.; V. Ex.ª

2 - Dois-pontos ( : )

a) iniciar a fala dos personagens:

Ex.: Então o padre respondeu:


- Parta agora.

b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que


explicam, resumem ideias anteriores.

Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

c) antes de citação

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas
que seja infinito enquanto dure.”

3 - Reticências ( ... )

a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.

Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.

Ex.: - Alô! João está?


- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de


ideia.

Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-
rosa...” (Cecília - José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)

4- Parênteses ( ( ) )

a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.


Exemplos:

Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.


"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois
duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)

Dicas:
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

5- Ponto de Exclamação ( ! )

a) Após vocativo

Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos)

b) Após imperativo

Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição

Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional

Ex.: Que pena!

6- Ponto de Interrogação ( ? )

a) Em perguntas diretas

Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação

Ex.: - Quem ganhou na loteria?


- Você.
- Eu?!

7 - Vírgula ( , )

É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos
por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma
unidade sintática.

Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.

Dicas:
Podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode
separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula:

a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça
na ordem inversa)
A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:

a) separar o vocativo.
Exemplos:

Maria, traga-me uma xícara de café.


A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.

b) separar alguns apostos.


Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.

c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.


Exemplos:

Chegando de viagem, procurarei por você.


As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) separar elementos de uma enumeração.

Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.

e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.

Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.

f) separar conjunções intercaladas.

Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

g) separar o complemento pleonástico antecipado.

Ex.: A mim, nada me importa.

h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.

Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.

i) separar termos coordenados assindéticos.

Ex.: "Lua, lua, lua, lua,


por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)

j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

Dicas:
Termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.
Exemplos:

Conversaram sobre futebol, religião e política.


Não se falavam nem se olhavam.
Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.

Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso
da vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.

A vírgula entre orações

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.

Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.

b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela


conjunção “e”).
Exemplos:

Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho.


Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.

Atenção:
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:

1) quando as orações coordenadas possuírem sujeitos diferentes.

Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).

Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não retratarem sentido de adição
(adversidade, consequência, por exemplo)

Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se


estiverem antepostas à oração principal.

Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo
apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar)

d) separar as orações intercaladas.

Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

Dicas:
Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.

Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

e) separar as orações substantivas antepostas à principal.

Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.

8- Ponto e vírgula ( ; )
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.

Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:


I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes ao Direito
Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham
utilizado a vírgula.

Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite
crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios
grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

9- Travessão ( — )

a) dar início à fala de um personagem

Ex.: O filho perguntou:


— Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos

Ex.: - Doutor, o que tenho é grave?


- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom

c) unir grupos de palavras que indicam itinerários

Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.

Dicas:
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas

Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.

10- ASPAS ( “ ” )

a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos,
palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplos:

Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.


A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual


Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face,
desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

Dicas:
Se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas
aspas, estas serão simples. (' ')

Recursos alternativos para pontuação:

Parágrafo ( § )
Chave ( { } )
Colchete ( [ ] )
Barra ( / )

Tipos de Discursos
Discurso é a prática humana de construir textos, sejam eles escritos ou orais. Sendo assim,
todo discurso é uma prática social. A análise de um discurso deve, portanto, considerar o
contexto em que se encontra, assim como as personagens e as condições de produção do
texto.

Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso: o discurso direto, o
discurso indireto e o discurso indireto livre. Não necessariamente estes três discursos estão
separados, eles podem aparecer juntos em um texto. Dependerá de quem o produziu.

Vejamos cada um deles:

Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre
normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens
sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das
personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das
personagens sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.

Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das
falas.

Ex.

“O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele -
Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”

“- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!”

Características do Discurso Direto


 Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo
"dizer". São chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar,
declarar, exclamar, dentre outros.
 Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.
 Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.

Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É
escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas
para reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.

Ex.
“Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de Assis)

“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois
estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra,
imaginava podiam ser onze horas.” (Lima Barreto).

Características do Discurso Indireto


 O discurso é narrado em terceira pessoa.
 Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar,
indagar, declarar, exclamar. Contudo não há utilização do travessão, pois geralmente as
orações são subordinadas, ou seja, dependem de outras orações, o que pode ser marcado
através da conjunção “que” (verbo + que).

Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história,
mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo
assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.

Características do Discurso Indireto Livre


 Liberdade sintática.
 Aderência do narrador ao personagem.

Ex.

“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia
mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!”

“Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que


raiva...” (Ana Maria Machado)

“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no
próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos).

Mecanismos de estabelecimento da coerência

A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual.


Para que um texto seja eficaz na transmissão da sua mensagem é essencial que faça sentido
para o leitor.
Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma segura, natural e
agradável aos ouvidos.
A COERÊNCIA é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as
outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto. A coerência como
uma propriedade do texto tem quatro regras:
1. Repetição: Diz respeito à necessária retomada de elementos no decorrer do discurso. Um
texto coerente tem unidade, já que nele há a permanência de elementos constantes no seu
desenvolvimento. Um texto que trate a cada passo de assuntos diferentes sem um explícito
ponto comum não tem continuidade. Um texto coerente apresenta continuidade semântica
na retomada de conceitos, ideias. Isto fica evidente na utilização de recursos linguísticos
específicos como pronomes, repetição de palavras, sinônimos, hipônimos, hiperônimos etc.
Os processos coesivos de continuidade só se podem dar com elementos expressos na
superfície textual; um elemento coesivo sem referente expresso, ou com mais de um
referente possível, torna o texto mal-formado.
2. Progressão: O texto deve retomar seus elementos conceituais e formais, mas não deve
limitar-se a isso. Deve, sim, apresentar novas informações a propósito dos elementos
mencionados. Os acréscimos semânticos fazem o sentido do texto progredir. No plano da
coerência, percebe-se a progressão pela soma das ideias novas às que são já tratadas. Há
muitos recursos capazes de conferir sequenciação a um texto.
3. Não-contradição: um texto precisa respeitar princípios lógicos elementares. Não pode
afirmar A e o contrário de A. Suas ocorrências não podem se contradizer, devem ser
compatíveis entre si e com o mundo a que se referem, já que o mundo textual tem que ser
compatível com o mundo que representa. Esta não-contradição expressa-se nos elementos
linguísticos, no uso do vocabulário, por exemplo. Em redações escolares, costuma-se
encontrar significantes que não condizem com os significados pretendidos. Isso resulta do
desconhecimento, por parte do emissor, do vocabulário a que recorreu.
4. Relação: um texto articulado coerentemente possui relações estabelecidas, firmemente,
entre suas informações, e essas têm a ver umas com as outras. A relação em um texto
refere-se à forma como seus conceitos se encadeiam, como se organizam, que papeis
exercem uns em relação aos outros. As relações entre os fatos têm que estar presentes e
ser pertinentes.
A coerência textual não está na superfície do texto: a construção de sentidos será feita de
acordo com o conhecimento prévio de cada leitor

 Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:


 Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias
 Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes
 Princípio da Relevância - ideias que se relacionam

Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a


CONTINUIDADE TEMÁTICA e a PROGRESSÃO SEMÂNTICA.

Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes
do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem
avisar ao leitor.

Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas


informações para dar sequência a um todo significativo (que é o texto). A sensação do
leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que interessa, ao
objetivo final da mensagem.

Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do
texto, do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que
um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica entre as
ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um
todo significativo que é o texto.

A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem
ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.
Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras
que se repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que
substituem a ideia apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos
pronomes, dos advérbios e outros.
Coesão Lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado ou que
pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos,
entre outros.
Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A instituição está
literalmente caindo aos pedaços.

Gêneros textuais

Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos


apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo.
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores
(emissor e receptor) de determinado discurso.

Tipos de Gêneros Textuais


Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais
dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas
textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-
argumentativo, expositivo e injuntivo.
Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura
da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:
 Romance
 Novela
 Crônica
 Contos de Fada
 Fábula
 Lendas
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar,
acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou
apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor).
São exemplos de gêneros textuais descritivos:
 Diário
 Relatos (viagens, históricos, etc.)
 Biografia e autobiografia
 Notícia
 Currículo
 Lista de compras
 Cardápio
 Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).
Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
 Editorial Jornalístico
 Carta de opinião
 Resenha
 Artigo
 Ensaio
 Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Veja também: Texto Dissertativo.
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos
como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação.
Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:
 Seminários
 Palestras
 Conferências
 Entrevistas
 Trabalhos acadêmicos
 Enciclopédia
 Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de
modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso,
apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo.
Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:
 Propaganda
 Receita culinária
 Bula de remédio
 Manual de instruções
 Regulamento
 Textos prescritivos

Estilo e registro: Estilística é o ramo da linguística que estuda as variações da língua e sua
utilização, incluindo o uso estético da linguagem e as suas diferentes aplicações dependendo
do contexto ou situação. O objeto preferencial de estudos estilísticos é a literatura, não
exclusivamente a "alta literatura", mas outras formas de textos escritos, na publicidade, política
ou religião. A Estilística divide-se em:

 Figuras de sintaxe ou de construção - das quais as mais importantes são a elipse (com a
subespécie zeugma), pleonasmo, polissíndeto, inversão
(hipérbato, anástrofe, prolepse e sínquise), anacoluto, silepse, onomatopéia e repetição.
 Figuras de palavras - onde tem-se a metáfora, a metonímia (e seu caso especial:
a sinédoque), catacrese e antonomásia.
 Figuras de pensamento - antítese, apóstrofe, eufemismo, disfemismo, hipérbole, ironia
(antífrase), personificação e retificação.
Segundo ainda essa divisão a ela cabe, também, o estudo dos chamados Vícios de linguagem,
tais como a ambiguidade (anfibologia), barbarismo, cacofonia, estrangeirismo, colisão,
eco, solecismo e obscuridade.
O registro linguístico é a utilização seletiva de uma linguagem para adaptar a expressão a
um determinado auditório ou finalidade. Certas escolhas, especialmente as lexicais e sintáticas,
mas também o tom e o grau de liberdade em relação às regras da língua permitem ajustar a
comunicação a uma situação: as pessoas se expressam de forma diferente conforme o ouvinte
seja um parente, um desconhecido, uma criança ou um superior hierárquico, e segundo a sua
idade, meio social e nível cultural.
Na linguagem falada, em grau decrescente de formalidade, o registo pode ser oratório, formal,
coloquial tenso, coloquial distenso ou familiar. Na linguagem escrita, o registro pode ser
literário, formal, informal ou pessoal. Outra classificação, simplificada, é a distinção entre
linguagem formal e informal, válida tanto para a língua falada quanto para a escrita.

Formalidade e informalidade

O que é linguagem formal?

É aquela que segue os princípios da gramática. É empregada na escola, no trabalho, nos


jornais e nos livros em geral. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita,
restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos
da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse
exercer total soberania sobre as demais. A linguagem formal pode ser oral ou escrita. É
geralmente empregada quando nos dirigimos a um interlocutor com quem não temos
proximidade: solicitação de algo a uma autoridade, entrevista de emprego, por exemplo. A
polidez e a seleção cuidadosa de palavras são suas características marcantes.

A linguagem formal segue a norma culta. É usada em situações formais, como


correspondência entre empresas, artigos de alguns jornais e revistas, textos científicos, livros
didáticos.

A linguagem informal também pode ser oral e escrita. É geralmente empregada quando há um
certo grau de intimidade entre os interlocutores, em situações informais, como na
correspondência entre amigos e familiares.
A estrutura da linguagem informal é mais solta, com construções mais simples, e permite
abreviações, diminutivos, gírias e até construções sintáticas que não seguem a norma culta.
Lembre-se de que usar essa linguagem não significa que o emissor não saiba (ou não possa)
se comunicar de outra forma quando necessário. Compondo o quadro do padrão informal da
linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações
de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.

Variação Linguística

A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida
por intermédio das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma
oficial, a língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes. Como não é um
sistema fechado e imutável, a língua portuguesa ganha diferentes nuances. As variações
acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é compreensível
que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas. Os
diferentes falares devem ser considerados como variações, e não como erros. Quando
tratamos as variações como erro, incorremos no preconceito linguístico que associa,
erroneamente, a língua ao status.

Tipos de variação linguística


→ Variedade regional
São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos habitantes de diferentes regiões
do país, diferentes estado e cidades. Por exemplo, os falantes do Estado de Minas Gerais
possuem uma forma diferente em relação à fala dos falantes do Rio de Janeiro.
Variedades sociais
São variedades que possuem diferenças em nível fonológico ou morfossintático. Veja:

 Fonológicos - “prantar” em vez de “plantar”; “bão” em vez de “bom”; “pobrema” em vez de


“problema”; “bicicreta” em vez de “bicicleta”.
 Morfossintáticos - “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi ela” em vez de “eu a vi”; “eu truci”
em vez de “eu trouxe”; “a gente fumo” em vez de “nós fomos”.
→ Variedades estilísticas
São as mudanças da língua de acordo com o grau de formalidade, ou seja, a língua pode variar
entre uma linguagem formal ou uma linguagem informal.

 Linguagem formal: é usada em situações comunicativas formais, como uma palestra, um


congresso, uma reunião empresarial, etc.
 Linguagem Informal: é usada em situações comunicativas informais, como reuniões
familiares, encontro com amigos, etc. Nesses casos, há o uso da linguagem coloquial.
 Gíria ou Jargão
É um tipo de linguagem utilizada por um determinado grupo social, fazendo com que se
diferencie dos demais falantes da língua. A gíria é normalmente relacionada à linguagem de
grupos de jovens (skatistas, surfistas, rappers, etc.). O jargão é, em geral, relacionadao à
linguagem de grupos profissionais (professores, médicos, advogados, etc.).

Formas de Tratamento

As formas de tratamento se constituem nos modos pelos quais nos dirigimos às autoridades,
quer por meio de correspondência oficial, quer de forma verbal em atos solenes. Inúmeras são
as situações em que devemos nos expor ou apresentar os nossos saberes, perante os outros.
Estabelecemos quatro níveis para essas formas de tratamento, a saber: 1. Formas
pronominalizadas, isto é, palavras e expressões que equivalem a verdadeiros pronomes de
tratamento, como as formas você, o senhor, a senhora. 2. Formas nominais, constituídas por
nomes próprios, nomes de parentesco, nomes de funções (como professor, doutor, etc.). 3.
Formas vocativas, isto é, palavras desligadas da estrutura argumental do enunciado e usadas
para designar ou chamar a pessoa com quem se fala. Normalmente, essas são acompanhadas
por pronomes pessoais explícitos ou implícitos. 4. Outras formas referenciais, isto é, palavras
usadas como referência à pessoa de quem se fala.
Propriedade Lexical

Léxico: é o acervo de palavras pertencentes a determinada língua. Tendo em vista que toda
língua tem como característica básica a mutabilidade, o léxico de um idioma não é finito. O
campo lexical é formado por:

palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento;

campo lexical de trabalho: trabalhador, trabalhar, salário, equipe, patrão, chefe, funcionário,
carteira de trabalho, profissional, profissão etc.

palavras formadas por composição (quando uma nova palavra é formada pela junção de um ou
mais radicais) ou derivação (quando uma nova palavra é formada por uma palavra que já
existe, chamada de primitiva):

campo lexical de mar: marítimo, marinheiro, marujo, marinha, beira-mar etc.

Adequação Comunicativa

A adequação linguística é compreendida como a habilidade que os falantes possuem de


adaptar a linguagem de acordo com a necessidade do momento.

Existem dois diferentes registros da Língua Portuguesa: a variedade padrão e a


variedade popular, também conhecida como linguagem coloquial. Cada uma das duas
variedades citadas deve ser empregada em situações específicas e cumpre bem o seu
papel específico na comunicação.

O interlocutor

Os interlocutores (emissor e receptor) participam igualmente do processo de comunicação e,


por isto, é um dos fatores determinantes para a adequação linguística. Quando nos
comunicamos com alguém, precisamos nos fazer entender, não é mesmo? O objetivo de toda
e qualquer comunicação é busca pelo sentido, ou seja, é necessário que haja o entendimento
entre os interlocutores.

Lembre-se que você não conversa com a sua mãe do mesmo jeito que fala com o seu amigo e
nem com o seu professor.

Ambiente

A linguagem também é definida a partir do ambiente. Não é possível usar o mesmo tipo de
linguagem entre os amigos e em um ambiente de trabalho, por exemplo; ou em uma igreja e
em uma festa.

Assunto

A escolha do assunto também é um fator de adequação linguística, pois é necessário adequar


a linguagem ao que será dito. Por exemplo, um convite para uma festa não pode ser feito da
mesma maneira que um convite para uma missa de 7º dia.

Intencionalidade

Qualquer texto, seja oral ou escrito, tem um objetivo, ou seja, é carregado de intenção. E, para
cada intenção, há uma forma de linguagem adequada.

Norma padrão: Ortografia


A ortografia oficial de uma língua é o conjunto de regras e padrões que definem a forma correta
de escrita das palavras, bem como o uso correto dos sinais de acentuação e dos sinais de
pontuação. As regras ortográficas têm como base características etimológicas e fonológicas da
língua portuguesa, encontrando-se convencionadas em acordos ortográficos.

Acentuação

O atual acordo ortográfico trouxe diversas alterações às regras de acentuação.

Acentuação dos ditongos abertos oi e ei

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo nos ditongos abertos oi e ei. Nas
palavras oxítonas esses ditongos continuam acentuados.

Ditongos oi e ei sem acento:

 ideia;
 europeia;
 jiboia;
 boia;
 joia.

Acentuação dos ditongos oo e ee

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos oo e ee.

Ditongos oo e ee sem acento:

 deem;
 leem;
 veem;
 voo;
 enjoo.

Acentuação da vogal i e u antes de ditongos

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo na vogal i e na vogal u quando aparecem
após ditongos.

Vogal i e u sem acento:

 baiuca;
 feiura.

Uso do trema

O trema foi abolido de todas as palavras portuguesas e aportuguesadas. Apenas deverá ser
utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como mülleriano (de Müller) e
hübneriano (de Hübner).

Palavras sem trema:


 frequente;
 cinquenta;
 consequência;
 tranquilo;
 pinguim.

Acento diferencial

Foi abolido o acento diferencial de vários pares de palavras, cuja distinção deverá ser feita pelo
contexto em que ocorrem. Mantém-se apenas os acentos diferenciais de pôr e por, pôde e
pode.

Palavras sem acento diferencial:

 para;
 pelo;
 pera;
 polo.

Acento diferencial facultativo

A utilização do acento na diferenciação entre a 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do


indicativo e a 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo passou a ser facultativa. Em fôrma
e forma a utilização do acento diferencial também é facultativa.

Palavras com acento facultativo:

 demos e dêmos;
 cantamos e cantámos;
 estudamos e estudámos.

Dupla grafia

Está prevista a dupla grafia de diversas palavras, sendo correta a utilização do acento
circunflexo no Brasil e do acento agudo em Portugal.

Palavras com dupla grafia:

 gênero e género;
 bebê e bebé;
 purê e puré;
 antônimo e antónimos;
 sinônimo e sinónimo.

Dois paradigmas de acentuação verbal

Estão previstos dois paradigmas de acentuação verbal, sendo correta a forma acentuada no
Brasil e a forma não acentuada em Portugal.

Palavras com dupla acentuação verbal:

 enxágue e enxague;
 averígue e averigue;
 delínquo e delinquo;
 apazígua e apazigua.

Acentuação verbal não alterada pelo acordo

Os verbos ter e vir mantêm acento agudo na 3.ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3.ª
pessoa do plural. Os verbos derivados dos verbos ter e vir mantêm acento agudo na 3. ª
pessoa do singular e com acento circunflexo na 3 ª pessoa do plural.

Palavras com acentuação verbal não alterada:

 ele tem e eles têm;


 ele vem e eles vêm.
 ele mantém e eles mantêm;
 ele contém e eles contêm.

Hífen

O atual acordo ortográfico trouxe diversas alterações às regras de hifenização.

Hifenização nas palavras formadas por prefixação

O hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra
ou quando a segunda palavra começa com h. Nas restantes situações, o prefixo é escrito junto
à segunda palavra. Quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com as
consoantes r ou s, ocorre duplicação dessas consoantes.

Prefixação com hífen:

 micro-ondas;
 anti-inflamatório;
 contra-ataque;
 sobre-humano;
 supra-hepático.

Prefixação sem hífen:

 autoestima;
 contracheque;
 sobreaviso;
 antissocial;
 antirrugas.

Casos específicos: mal-estar, bem-humorado, recém-nascido, sub-bibliotecário, sub-região,


copiloto, cooperar, pré-fabricado, predeterminar, circum-navegação, pan-americano, ex-diretor,
vice-presidente,...

Hifenização nas palavras compostas


O hífen mantém-se nas palavras compostas por justaposição sem elementos de ligação, cujos
elementos formam uma unidade com significado próprio. Contudo, foi abolido nas palavras
compostas por justaposição quando já não é significativa esta noção de composição.

Palavras compostas com hífen:

 segunda-feira;
 meio-dia;
 decreto-lei;
 ano-luz;
 guarda-chuva.

Palavras compostas sem hífen:

 paraquedas;
 paraquedista;
 paraquedismo.

Hifenização nas locuções

O hífen não será utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,
prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas locuções consagradas pelo uso que, sendo
exceções a esta regra, mantêm o hífen. Também palavras que designam espécies botânicas e
zoológicas mantêm o hífen.

Locuções com hífen:

 cor-de-rosa;
 mais-que-perfeito;
 pé-de-meia;
 bem-me-quer;
 erva-doce;
 andorinha-do-mar.

Locuções sem hífen:

 fim de semana;
 dia a dia;
 à toa;
 sala de jantar;
 cão de guarda.

Hifenização na colocação pronominal

O hífen é utilizado na ênclise e na mesóclise, ligando o pronome oblíquo átono ao verbo.


Contudo, já não deverá ser utilizado nas formas monossilábicas do verbo haver, quando
conjugado com a preposição de.

Colocação pronominal com hífen:

 emprestou-me;
 ler-me-á;
 disse-te;
 vê-lo;
 abri-lo.

Colocação pronominal sem hífen:

 hei de;
 hás de;
 há de;
 hão de.

Maiúsculas e minúsculas

O atual acordo ortográfico trouxe algumas alterações ao uso da letra maiúscula e da letra
minúscula.

Uso de letra maiúscula

A letra maiúscula deverá ser utilizada em nomes próprios de pessoas, animais, lugares
(cidades, países, continentes,...), acidentes geográficos, rios, instituições e entidades. Deverá
também ser usada em nomes de festas e festividades, em nomes astronômicos, em títulos de
periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Nos nomes dos pontos cardeais deverá ser
usada apenas se empregues absolutamente, indicando uma região.

Palavras com letra maiúscula:

 Tiago;
 Brasil;
 Marte;
 Amazonas;
 Cruz Vermelha;
 Carnaval;
 O Estado do São Paulo;
 ONU.

Uso de letra minúscula

A letra minúscula passou a ser utilizada nos nomes dos dias de semana, meses e estações do
ano, nos nomes dos pontos cardeais (quando utilizados genericamente, indicando uma
direção) e nas palavras fulano, sicrano e beltrano.

Palavras com letras minúsculas:

 segunda-feira;
 outubro;
 primavera;
 sul;
 fulano.

Uso facultativo de maiúscula ou minúscula


O uso da letra maiúscula ou da letra minúscula é facultativo em títulos de livros (totalmente em
maiúsculas ou apenas com maiúscula inicial), em palavras de categorizações (rio, rua,
igreja,…), em nomes de áreas do saber, matérias e disciplinas, em versos que não iniciam o
período e em palavras ligadas a uma religião.

Palavras com maiúscula ou minúscula facultativa:

 Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas;


 Rio Amazonas ou rio Amazonas;
 Matemática ou matemática;
 São ou são.

Alfabeto

O atual acordo oficializou as letras k, w, y, anteriormente consideradas letras estrangeiras,


como letras do alfabeto português, que passou a ser formado por vinte e seis letras:

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

As letras k, y, w podem ser usadas em nomes próprios estrangeiros de pessoas e seus


derivados, em nomes próprios estrangeiros de lugares e seus derivados, em siglas, símbolos,
unidades de medida e unidades monetárias e em estrangeirismos de uso frequente.

Palavras com x, y, w:

 darwinismo;
 malawiano;
 download;
 software;
 playground;
 kart;
 km.

Consoantes mudas

Nas sequência consonânticas cc, cç, ct, pc, pç e pt interiores são eliminadas a consoante c e a
consoante p quando mudas, sendo mantidas quando pronunciadas.

Palavras sem c e p mudos:

 teto;
 ação;
 atividade;
 ótimo;
 batizar.

Palavras com c e p pronunciados:

 adepto;
 pacto;
 rapto;
 erupção;
 convicção.

Está previsto a utilização facultativa dessas duas consoantes em diversas palavras, conforme a
pronúncia culta da região, sendo retiradas quando mudas e mantidas quando pronunciadas. O
mesmo acontece com outras consoantes (g, b, m).

Palavras com consoantes facultativos:

 fato e facto;
 concepção e conceção;
 recepção e receção;
 suntuoso e sumptuoso;
 indenizar e indemnizar.

Uso dos Porquês

 Porque (junto e sem acento) – o “porque” é uma conjunção explicativa. É um


substituto da palavra “pois”. Então, quando couber essa substituição pode errar sem
medo o “porque” junto e sem acento. Exemplo: eu estou gripado porque tomei suco
gelado.
 Por que (separado e sem acento) – o “por que” é utilizado no início de perguntas, ou
como substituto de “o motivo pelo qual”. Exemplo (pergunta): por que você foi para o
bar?. Outro exemplo (motivo pelo qual): ninguém explicou por que nós brigamos.
 Porquê (junto e com acento) – “porquê” nada mais é que um substantivo. Ele vem
acompanhado de artigo, numeral, adjetivo ou pronome. Exemplo: ainda me pergunto
o porquê desta multa.
 Por quê (separado e com acento) – É usado no final de frases interrogativas.
Exemplo: você deixou o livro no armário por quê?

Simplificando:

PORQUE – substitui por pois.

POR QUE – início de pergunta ou substitui por motivo pelo qual.

PORQUÊ – substantivo.

POR QUÊ – final de pergunta.

Regência verbal e nominal

A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os
termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

Regência verbal com verbos transitivos diretos


Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, não sendo
necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal. O objeto direto responde,
principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando o elemento que sofre a ação verbal.
Exemplos:

 Você já fez os deveres?


 Eu quero um carro novo.
 A criança bebeu o suco.

Regência verbal com verbos transitivos indiretos


Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido, sendo
obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal. O objeto indireto
responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem? em quem?,
indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal.
Exemplos:

 O funcionário não se lembrou da reunião.


 Ninguém simpatiza com ele.
 Você não respondeu à minha pergunta.

As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, bem como
contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.
Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, pela,
pelo,...
As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

 Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...


 Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...
 Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...
 Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...
 Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...
 Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,...

Regência nominal: principais preposições


As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em, para, por.

 Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...


 Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...
 Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...
 Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...
 Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...

Concordância Verbal e Nominal

Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade estabelecida


entre cada componente da oração.
Enquanto a concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, a concordância
nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:
concordância verbal = sujeito e verbo
concordância nominal = classes de palavras

Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.


Na oração acima, temos esses dois tipos de concordância:
Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos), estamos diante de um caso de
concordância verbal.
Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam com o adjetivo (complicados),
estamos diante de um caso de concordância nominal.
Concordância verbal
1. Sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural.
Exemplo:
Maria e José conversaram até de madrugada.
2. Sujeito composto depois do verbo
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural como pode
concordar com o sujeito mais próximo.
Exemplos:
Discursaram diretor e professores.
Discursou diretor e professores.
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo também
deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem
prioridade.
Isso quer dizer que 1.º pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem
prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).
Exemplos:
Nós, vós e eles vamos à festa.
Tu e ele falais outra língua?
Saiba mais sobre esse tema em Concordância verbal e Exercícios de Concordância Verbal.
Concordância nominal
1. Adjetivos e um substantivo
Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem concordar em
gênero e número com o substantivo.
Exemplo:
Adorava comida salgada e gordurosa.
2. Substantivos e um adjetivo
No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há
duas formas de concordar.
2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo.
Exemplo:
Linda filha e bebê.
2.1. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.
Exemplos:
Pronúncia e vocabulário perfeito.
Vocabulário e pronúncia e perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia e perfeitos.

Flexão verbal / flexão nominal

Flexões verbais= Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de
flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a:

Pessoa – Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo


singular, quanto no plural.

Número – Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais.

Tempo – Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotando a ideia de um


processo ora concluído, em fase de conclusão ou que ainda está para concluir, representado
pelo tempo presente, pretérito e futuro.

Modo – Revela a circunstância em que o fato verbal ocorre. Assim expresso:

Modo indicativo – exprime um fato certo, concreto.


Modo subjuntivo – exprime um fato hipotético, duvidoso.
Modo imperativo – exprime uma ordem, expressa um pedido.
Voz

A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em:

Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal.

Os professores aplicaram as provas.

Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.

As provas foram aplicadas pelos professores.

Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação verbal.

O garoto feriu-se com o instrumento.

Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo
sujeito.

Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente.

Flexão Nominal

Flexões Nominais indicam gênero e número.

Exemplos: casa – casas, gato – gata

De gênero

Os substantivos masculinos são antecedidos pelo artigo “o”.

Como exemplo temos os substantivos o lança-perfume, o tapa, o champanha, o dó, o diabetes.

Já os substantivos femininos são antecedidos pelo artigo “a”.

É o caso de a agravante, a bacanal, a fênix, a alface, a ênfase, a poetisa.

A maioria dos substantivos têm duas formas: uma para o masculino, e outra para o feminino.
São os substantivos biformes. Veja algumas regras de formação do feminino:

1) Substantivos terminados em -o mudam para -a. o sapo = a sapa o canário = a canária o


piloto = a pilota

2) Substantivos terminados em -ão mudam para -ã, outros para -oa e ainda para -ona (neste
caso, em aumentativos). o capitão = a capitã o tecelão = a tecelã/ teceloa o chorão = a chorona

3) Substantivos terminados em -or formam o feminino com o acréscimo de -a. o doutor =


doutora o coletor = coletora o trabalhador = trabalhadora

4) Alguns substantivos terminados em -or podem fazer feminino mudando essa terminação
para -eira. o arrumador = a arrumadeira o lavador = lavadeira o trabalhador = trabalhadeira 0
sufixo -eira pode indicar qualidade e, portanto, adjetivação: mulher trabalhadeira; pessoa
faladeira
5) Alguns substantivos com terminação -e podem fazer o feminino mudando a terminação para
-a. o infante = infanta o governante = a governanta o elefante = a elefanta

6) Substantivos terminados em -ês, -L e -z fazem o feminino com o acréscimo de -a. o freguês


=a freguesa, o oficial = oficiala, o juiz = juíza

Há ainda substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o sentido com que se
acham empregados:

a cabeça (parte do corpo)/ o cabeça (o chefe) a grama (relva)/ o grama (unidade de peso)

De números

Os nomes ( substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ), de modo geral admitem a flexão de


número: Singular e plural.

Plural dos substantivos simples

Aos substantivos que terminam em vogal, ditongo oral e consoante ‘n’ devem ser acrescidos a
consoante ‘s’ ao final da palavra.

Observe os exemplos:

herói – heróis

irmão – irmãos

plâncton – plânctons

Aos substantivos que terminam em consoante ‘m’ devem ser acrescidos as consoantes ‘ns’ ao
final da palavra.

Observe os exemplos:

abordagem – abordagens

modelagem – modelagens

homem – homens

Aos substantivos que terminam com as consoantes ‘r’ e ‘z’ devem ser acrescidos ‘es’ ao final
da palavra.

Observe os exemplos:

hambúrguer – hambúrgueres

chafariz – chafarizes

colher – colheres

Nos substantivos que terminam em ‘al’, ‘el’, ‘ol’, ‘ul’, deve ser substituída a consoante ‘l’ por ‘is’

Observe os exemplos:
girassol – girassóis

vogal – vogais

azul – azuis

* Há duas exceções:

mal – males

cônsul – cônsules

Os substantivos que terminam em ‘il’ são pluralizados de duas formas:

a) Em palavras oxítonas terminadas em ‘il’:

anil – anis

juvenil – juvenis

b) Em palavras paroxítonas terminadas em ‘il’:

inútil – inúteis

réptil – répteis

Os substantivos terminados em consoante ‘s’ fazem o plural de duas formas:

a) Em substantivos monossilábicos ou oxítonos, há o acréscimo de ‘es’.

paz – pazes

algoz – algozes

b) Os substantivos paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis.

férias – férias

ônibus – ônibus

Os substantivos terminados em ‘ão’ podem ser pluralizados de três formas:

a) Substituindo o ‘ão’ por ‘es’:

doação – doações

emoção – emoções

b) Substituindo o ‘ão’ por ‘ães’:

alemão – alemães

pão – pães

c) Substituindo o ‘ão’ por ‘ãos’:


cidadão – cidadãos

Os substantivos terminados em consoante ‘x’ são invariáveis

córtex – córtex

Pronome

Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que
acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.

Classificação dos pronomes

♦ Pronomes pessoais: subdividem-se em pronomes pessoais do caso reto, pronomes pessoais


oblíquos e pronomes pessoais de tratamento;
♦ Pronomes possessivos: indicam relação de posse, algo que pertence a uma das pessoas do
discurso. São eles: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas,
nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas;
♦ Pronomes demonstrativos: indicam posicionamento, o lugar de um ser em relação a uma das
três pessoas gramaticais. São eles: este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas,
isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Palavras que podem atuar como pronomes
demonstrativos: o, a, os, as, mesmo, mesma, mesmos, mesmas, próprio, própria, próprios,
próprias, tal, tais, semelhante, semelhantes;
♦ Pronomes interrogativos: são utilizados para interrogar, isto é, para formular perguntas de
modo direto ou indireto. São eles: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas;
♦ Pronomes relativos: são empregados para retomar um substantivo (ou um pronome) anterior
a eles, substituindo-o no início da oração seguinte. São eles: que, quem, onde, o qual, a qual,
os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas;
♦ Pronomes indefinidos: são aqueles que se referem de modo indeterminado, vago, à terceira
pessoa gramatical. São eles: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, algum,
algumas, nenhuns, nenhuma, todo, todos, outra, outras, muito, muita, pouco, poucos, certo,
certa, vários, várias, tanto, tantos, quanta, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes.
♦ Pronomes adjetivos: sua função é acompanhar os substantivos, fazendo o papel de um
adjetivo ao determinar e modificar o substantivo;
♦ Pronomes substantivos: são utilizados para substituir o substantivo em uma oração.
É importante ressaltar a importância dos pronomes para o processo de construção da coesão
em um texto. Por meio da coesão é estabelecida a relação semântica (relações de sentido
entre as palavras) entre os elementos do discurso, desde que os conectivos, entre eles os
pronomes, sejam empregados de maneira correta, o que possibilitará o encadeamento lógico
das ideias do texto.

Advérbio
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio
advérbio. Os advérbios, além de modificarem o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio, também
podem modificar a oração inteira. Nesse caso, o advérbio pode ocorrer em qualquer posição.

Os advérbios são classificados de acordo com as circunstâncias que exprimem. Eles podem
ser de afirmação, de negação, de modo, de lugar, de dúvida, de intensidade, de tempo e
interrogativos. A seguir, uma lista com os principais advérbios de cada tipo.

Advérbios de afirmação: sim, perfeitamente, pois sim, positivamente, efetivamente, certamente.

Exs.:

 A Maria sabe ler perfeitamente em francês.


 Jonas certamente conhecia a estrada.

Advérbios de negação: não, nunca, nada, jamais.


Exs.:

 Mariana nunca teve um animal de estimação.


 Jamais faça bagunça na biblioteca!

Advérbios de modo: bem, mal, melhor, pior, certo, também, depressa, devagar e, em geral, os
adjetivos femininos acrescidos do sufixo -mente.

Exs.:

 Joana caminhava depressa.


 A menina segurava a boneca delicadamente.

Advérbios de lugar: aqui, ali, lá, além, perto, longe, fora, dentro, onde, acima, adiante.

Exs.:

 Marina mora perto de Sofia.


 O cachorro está fora do quintal.

Advérbios de dúvida: talvez, porventura, provavelmente.

Exs.:

 Talvez o João tenha viajado.


 Provavelmente a Maria não volta para o jantar.

Advérbios de intensidade: muito, pouco, bastante, menos, mais, tão, tanto, todo,
completamente, excessivamente.

Exs.:

 Maria trabalha bastante para sustentar os seus filhos.


 Carlos dormiu pouco esta noite.

Advérbios de tempo: agora, já, logo, cedo, tarde, antes, depois, sempre, nunca, jamais, hoje,
ontem, amanhã.

Exs.:

 João chegou agora da fábrica.


 Amanhã viajaremos para o Canadá.

Advérbios interrogativos: onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa)

Exs.:

 Onde você está?


 Quando você volta de São Paulo?
 Como vamos voltar para casa?
 Por que vocês brigaram?

Advérbios de inclusão: até, também.

Ex.:
 A Joana também vai viajar.

Advérbios de exclusão: exclusivamente, somente.

Ex.:

 Somente Joaquim estava brincando.

Locução adverbial
Quando duas ou mais palavras (geralmente preposição + substantivo ou advérbio) formam
uma expressão que equivale a um advérbio chamamos de locução adverbial. As principais são:

às vezes, às pressas, vez por outra, de qualquer modo, de propósito, em breve, à toa, às
escondidas, à noite, de repente, de súbito.

Exs.:

 Carlos fez o trabalho às pressas.


 Joana errou a letra da música de propósito.

Adjetivo
Adjetivo é a classe de palavras encarregada de atribuir características aos substantivos, ou
seja, ele indica suas qualidades e estados.
Os adjetivos são termos que variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e
plural) e grau (comparativo e superlativo), sendo classificados em: simples, composto, primitivo
e derivado.
Tipos de Adjetivos
 Adjetivo Simples - apresenta somente um radical. Exemplos: pobre, magro, triste.
 Adjetivo Composto - apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-brasileiro,
superinteressante.
 Adjetivo Primitivo - palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: bom, alegre, puro.
 Adjetivo Derivado - palavras que derivam de substantivos ou verbos. Exemplos: escultor (verbo
esculpir), formoso (substantivo formosura).
Saiba mais sobre os tipos de adjetivos nos artigos:
 Adjetivo Simples
 Adjetivo Composto
 Adjetivos Primitivos e Derivados
Gênero dos Adjetivos
Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e masculino).
Exemplo: feliz.
Adjetivos Biformes - a forma varia conforme o gênero (masculino e feminino). Exemplo:
carinhoso, carinhosa.
Número dos Adjetivos
Os adjetivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o número do substantivo
a que se referem. Assim, a sua formação se assemelha à dos substantivos.
Conheça as regras em Flexão dos Adjetivos.
Grau dos Adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em:
 Comparativo: utilizado para comparar qualidades.
 Superlativo: utilizado para intensificar qualidades.
Grau Comparativo
 Comparativo de Igualdade - O professor de matemática é tão bom quanto o de geografia.
 Comparativo de Superioridade - Marta é mais habilidosa do que a Patrícia.
 Comparativo de Inferioridade - João é menos feliz que Pablo.
Grau Superlativo
 Superlativo Absoluto:
o Analítico - A moça é extremamente organizada.
o Sintético - Luiz é inteligentíssimo.
 Superlativo Relativo de:
o Superioridade - A menina é a mais inteligente da turma.
o Inferioridade - O garoto é o menos esperto da classe.
Saiba tudo sobre a formação dos graus comparativos e superlativo em: Grau dos
Adjetivos e Grau Superlativo.
Adjetivos Pátrios
Chamados também de "adjetivos gentílicos", os adjetivos pátrios indicam o local de origem ou
nacionalidade da pessoa, por exemplo: brasileiro, carioca, paulista, europeu, espanhol.
Locução Adjetiva
A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo.
Exemplos:
Amor de mãe - Amor maternal
Doença de boca - doença bucal
Pronome Adjetivo
Os pronomes adjetivos são aqueles em que o pronome exerce a função de adjetivo. Surgem
acompanhados do substantivo, modificando-os. Exemplos:
Este livro é muito bom. (acompanha o substantivo livro)
Aquela é a empresa onde ele trabalha. (acompanha o substantivo empresa).

Preposição
A preposição é uma palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando um ao
outro. A preposição estabelece ainda, uma certa relação de dependência entre elas. Essa
relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há
sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é
dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula.

É uma questão fácil de resolver

Moravam em Maceió

Gostava de chocolate

É uma novela imprópria para crianças

É possível percebermos que o termo introduzido por preposição pode estar se referindo a
um verboou a um nome. Observe os casos em que a preposição pode estar ligando duas
orações de um período, subordinando uma à outra:

Fiz de tudo para te esquecer.

Foi advertido por estar se comportando mal.

Preposições essenciais
São palavras que funcionam basicamente como preposição: a, ante, até, após, de, desde, em,
entre, com, contra, para, por, perante, sem, sobe e sob.

Preposições acidentais
São palavras de outras classes gramaticais que, perdendo sua significação original, passam a
exercer o papel de preposição: como, conforme, segundo, durante, fora, exceto etc..

Locução prepositiva
Chamamos de locução prepositiva o conjunto de palavras com valor e emprego de
preposições: atrás de, através de, embaixo de, a fim de, de acordo com, por causa de, longe
de, perto de, ao redor de, junto a, ao lado de, apesar de, por trás de, acerca de, cerca de, em
favor de, de conformidade com etc.
Eram agradáveis para com os amigos

A proposta estava de acordo com o pedido

Combinações e contrações
As proposições podem se unir a palavras de outras classes gramaticais por combinação ou
contração. Se, na junção de elementos, não há alteração fonética, ocorre combinação; caso
contrário, ocorre contração.

Combinação
Exemplos:

a + o(s) = ao(s)

a + onde = aonde

Contração
Exemplos:

de + o(s) = do(s)

de + a(s) = da(s)

em + o(s) = no(s)

em + a(s) = na(s)

em + ele(s) = nele(s)

em + ela(s) = nela(s)

de + ali(s) = dali

de + ele(s) = dele(s)

de + ela(s) = dela(s)

a + a(s) = à(s)

a + aquele(s) = àquele(s)

a + aquela(s) = àquela(s)

a + aquilo = àquilo

Emprego das preposições


As preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.

Chegou de carro (meio)

Voltou de Pirapetinga (origem)

Saiu com os colegas (companhia)


Vivia sem dignidade (falta ou ausência)

Trabalhava para sobreviver (finalidade)

Morava em um local deserto (lugar)

Morreu de desgosto (causa)

Usava um vestido de algodão (matéria)

O carro de Margarida é antigo (posse)

Conversamos sobre cinema (assunto)

Na linguagem formal, não se deve fazer a contração da preposição de com o artigo que
encabeça o sujeito de um verbo.

Está na hora de a criança ir brincar (E não: Está na hora da criança ir brincar)

No exemplo, a criança é o sujeito do verbo brincar, por isso não podemos contrair a
preposição decom o artigo a que encabeça o sujeito. Essa regra vale também para pronomes
pessoais:

Chegou a hora de ele sair . ( E não: Chegou a hora dele sair)

Sendo assim, ele é sujeito do verbo sair, por isso não se pode contrair a preposição com o
sujeito. O sujeito é sempre o termo regente. O termo que antecede a preposição é denominado
regente; o termo introduzido por uma preposição é denominado regido. O sujeito é sempre
termo regente, o que significa que não pode vir introduzido por preposição.

Morfossintaxe da preposição
A preposição não desempenha função sintática dentro da oração. Ela apenas estabelece
conexão entre termos de uma oração; por isso é considerada conectivo ou palavra relacional.
Apesar de não exercer função sintática, o uso adequado das preposições é de fundamental
importância para a coesão textual.
Conjunção

A conjunção é uma palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de
uma mesma oração.

Vejamos a seguir:

O garoto segurou o brinquedo e mostrou quando chegou da escola.

A partir do exemplo podemos analisar três informações:

 O garoto segurou o brinquedo.


 O garoto mostrou.
 O garoto chegou da escola.

Logo, a segunda oração está ligada à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à
segunda por meio do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações.

Conjunções coordenadas
As conjunções coordenativas também conhecidas como conjunções coordenadas,
estabelecem uma ligação entre as orações coordenadas. No entanto, é importante destacar
que estas orações não dependem sintaticamente das outras, assim como também ligam
termos que têm a mesma função gramatical.

Locução conjuntiva
Há ainda a locução conjuntiva, que ocorre quando duas ou mais palavras exercem a função de
conjunção. Como os casos de: ainda que, desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo
que:

Ele participará da festa, desde que você faça a sua parte.

As conjunções coordenativas recebem o mesmo nome dos tipos de orações coordenadas


sindéticas, a saber:

 Conjunções aditivas - expressam soma.


 Conjunções adversativas - expressam oposição.
 Conjunções alternativas - expressam alternância.
 Conjunções conclusivas - expressam conclusão.
 Conjunções explicativas - expressam explicação.

Tipos Conjunções Exemplos

Gosta de chocolate, mas também


Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
de vegetais.

contudo, entretanto, mas, não obstante, no Correu muito, no entanto não


Adversativas
entanto, porém, todavia... consegui chegar.

já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…,


Alternativas Não ouvia ou fingia não ouvir.
quer…, quer…

assim, então, logo, pois (depois do verbo), Farei todos os exercícios, logo
Conclusivas
por conseguinte, por isso, portanto... terei bom desempenho.

pois (antes do verbo), porquanto, porque, Venci porque sou a melhor


Explicativas
que... cozinheira.

Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas são os termos que ligam duas orações sintaticamente
dependentes. É o contexto da frase o que determina o tipo de relação estabelecida pela
conjunção, portanto o contexto é fundamental. As conjunções não desempenham função
sintática na oração e são ligadas somente pelos conectivos. As conjunções subordinativas
dividem-se em: causais, concessivas, condicionais, comparativas, finais, proporcionais,
temporais, comparativas, consecutivas e integrantes.

Tipos Conjunções Exemplos

Porque, pois, porquanto, como (no sentido de


Causais porque), pois que, por isso que, á que, uma Estava bem porque dormi.
vez que, visto que, visto como, que

Embora, conquanto, ainda que, mesmo que,


Embora ficasse calma,
Concessivas posto que, bem que, se bem que , apesar de
sempre tremia.
que, nem que, que.

Se, caso, quando, conquanto que, salvo se,


Se tivesse viva, não a
Condicionais sem que, dado que, desde que, a menos que,
reconheceria.
a não ser que.

Conforme, como (no sentido de conforme),


Conformativas Aflita como coração de mãe.
segundo, consoante.

Para que, a fim de que, porque (no sentido de É tarde para que reverta o
Finais
que), que. estrago.
À medida que, ao passo que, à proporção que,
enquanto, quanto mais... (no sentido de mais),
quanto mais... (no sentido de tanto mais),
quanto mais... (no sentido de menos), quanto Não gostava de João, quanto
Proporcionais
menos... (no sentido de menos), quanto mais de Margarida.
menos... (no sentido de tanto menos), quanto
menos (no sentido de mais), quanto menos
(tanto mais).

Quando, antes que, depois que, até que, logo


Desaprovou o comportamento
que, sempre que, assim que, desde que, todas
Temporais do marido assim que soube
as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que
do acontecimento.
(desde que).

Que, do que (usado depois de mais, menos, As ideias


Comparativas maior, menor, melhor, pior) chegavam como entrega
rápida.
Qual (usado depois de tal)

Que (precedido de tão, tal, tanto), De modo Os fatos eram tão


Consecutivas
que, De maneira que inusitados que tentou escapar.

Integrantes que e se. A verdade é que te adoro.

Conjunções Causais
São aquelas que expressam uma oração subordinada que denota causa:

Exemplos:

Cozinho bem porque pratiquei muito.

Saiu mais cedo visto que o filho ligou.

Conjunções concessivas
São as conjunções que indicam uma oração em que se admite um fato contrário à ação
principal, mas incapaz de impedi-la:

Exemplos:

Embora ficasse nervosa, sempre se saía bem.

Margarida, posto que muito emocionada, voltou-se para a rua.

Conjunções condicionais
Iniciam uma oração subordinada em que é indicada uma hipótese ou uma condição necessária
para que seja realizada ou não o fato principal:

Exemplos:

Se a encontrasse novamente, não a reconheceria.

Tudo o que quiser, desde que coma todo o jantar.


Conjunções conformativas
São chamadas conjunções conformativas aquelas que iniciam uma oração subordinada em
que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.

Exemplos:

Conforme o presidente, os juros têm que cair no próximo semestre.

O artista repassa as impressões como lhes chegam à alma.

Conjunções finais
As conjunções finais iniciam uma oração subordinada indicando a finalidade da oração
principal.

Exemplos:

É tarde para que venha até aqui.

Apertei o ferimento a fim de que diminuísse a dor.

Conjunções proporcionais
As conjunções proporcionais iniciam uma oração subordinada em que mencionamos um fato
realizado para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.

Exemplos:

À medida em que o tempo passava, confortava-se.

Não gostava de Nova York, quanto mais de Los Angeles.

Conjunções temporais
As conjunções temporais são aquelas que indicam uma oração subordinada indicadora de
circunstância de tempo:

Exemplos:

Desaprovou a decisão do conselho assim que soube do ocorrido.

Apenas pegou a blusa e saiu a correr pelas ruas do Rio de Janeiro.

Conjunções comparativas
São aquelas que iniciam uma oração que encerra o segundo integrante de uma comparação,
de um confronto.

Exemplo:

As ideias eram boas como na época da escola.

Conjunções consecutivas
São conjunções consecutivas aquelas que iniciam uma oração na qual é indicada a
consequência do que foi declarado na oração anterior.

Exemplos:
Os fatos eram tão absurdos que tentou escapar da situação.

O som estava tão alto que as paredes da sala tremiam.

Conjunções integrantes
São as conjunções utilizadas para introduzir a oração que atua como sujeito, objeto direto,
objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração.

Exemplos:

A verdade é que não vivo sem você.

Não sei se você percebeu que as cortinas são novas.

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