TRABALHO DE SISTEMA DE PRODUÇÃO

ACADÊMICOS

Isaque Leme
Fernanda Duarte França
Marcelo Henrique Pante

Caxias do Sul, abril de 2018

 Prestação de serviço de montagem de forros em gesso, seguindo a seguinte
lógica de produção.

1-Matéria prima (placas de gesso para forro e gesso em pó);

Chegam as placas de gesso e os sacos de gesso em pó, e são separadas
conforme serão utilizadas em cada ambiente ou mais próximo de sua utilização,
caso de ambiente de grande volume.
2-Marcação de nivelamento para montagem de forro;
Após a chegada da matéria prima, certificados da continuidade no serviço, dá-
se início aos preparativos, marcando o nivelamento.
3-Montagem inicial do apoio do forro (comumente chamado de negativo);
A montagem propriamente dita do apoio do forro, onde serão encaixadas as
placas posteriormente.
4-Acabamento no negativo;
Retoques finais no negativo.
5-Furacões no teto;
Fazer os furos pré-determinados e necessários para sustentação.
6-Uso de buchas e parafusos para encaixes do teto;
Preparo dos furos.
7-Amarração de arames fortes para sustentação das placas de gesso;
Última preparação.
8-Montagem do forro de gesso em placas;
Prestação de serviço propriamente dito.
9-Acabamento do forro de gesso em placas (comumente chamado de
repasse, é o acabamento com uma massa líquida feita da mistura do gesso em pó
com água e deixada em espera por alguns minutos até adquirir uma certa
viscosidade)
Nessa etapa todas as faltas de material serão preenchidas, deixando leve
excesso.
10-Acabamento final;
Retirada dos excessos de rebarbas dos cantos das placas.
 7 Perdas

1 - Perda por SUPERPRODUÇÃO

Quantitativa e de Antecipação não são cabíveis nesse caso, pois nem existe
excesso de produção por antecipação, visto que é feito sob encomenda na exata
proporção e tudo não utilizado nessa montagem é reaproveitado na próxima e nem
se pode falar em quantitativa pois é uma produção por metro quadrado, metro a
metro até completar a metragem contratada.

2 - Perda por TRANSPORTE

No ato da descarga, o montante é agrupado para conferência e devidamente
distribuído no local que será usado, no caso de diversos ambientes e no caso de
apenas um, feito grupos mais próximos de onde será utilizado, dessa forma,
evitando o transporte por longa distância e eventual estrago de material, visto ser
frágil.

3 - Perda por PROCESSAMENTO

De acordo com as etapas de produção e montagem, as etapas que
antecedem a montagem das placas são assim distribuídas para padronização do
serviço e possibilitar a manutenção da técnica produtiva.

4 - Perda por FABRICAR PRODUTOS DEFEITUOSOS

Provavelmente a maior perda encontra-se aqui, pois para acabamento, é
necessário deixar sobre material na etapa em que se fecham todos os espaços
vazios para a etapa posterior de acabamento. Sem esse sobre material, multiplica
a probabilidade de erro ao lixar e dar acabamento, podendo mesmo, dobrar o custo
e o trabalho.

5 - Perdas por ESTOQUES

Não existe perda por estoque. O serviço é contratado e o material é comprado
na mais exata medida possível.
 6 - Perda por ESPERA
Não existe perda por espera, visto que o material de produção se encontra
diretamente no ambiente de trabalho. Apenas a falta de entrega do material poderia
atrasar por espera, mas nesse caso, nem mesmo se iniciaria o serviço.

7 – Perda por MOVIMENTAÇÂO

Esta perda deve ser considerada de forma relativa, porque não existe
repetição de ambiente. O serviço é prestado em ambientes diversos e de formas
diferentes. Cada cliente estipula o formato do rebaixo, se deseja algum desenho ou
formato extra. Assim, a repetição sistêmica de um movimento é pouco provável.

Concluímos que apesar de ser uma prestação de serviço, de longa data e por
isso, naturalmente ajustada as intempéries produtivas nacionais, AS 7 PERDAS
podem ajudar a corrigir alguns erros existentes na condução do serviço, tornando-
o mais eficiente e quando não, mais “azeitado”, fluindo melhor.
Talvez fosse mais fácil demonstrar essas perdas em uma linha de produção
convencional com várias etapas produtivas, mas fica aqui a mostra de uma
prestação de serviço familiar, em fase de passagem de pai para filho, que
instintivamente se adaptou, sem conhecimento de sistemas de controle, a evitar a
grande maioria das 7 perdas. Talvez por isso tenha perdurado. Ainda assim, uma
olhada mais atenta demonstra existis uma pequena margem de perda.