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Volume 3
Prof. Célio Carlos Zattoni
Fevereiro de 2008.
Válvulas
1. VÁLVULAS
1.1. Introdução:
Válvula é um acessório que raramente percebemos o seu funcionamento e,
normalmente, ignoramos a sua importância. Sem os sistemas modernos de válvulas,
não haveria água pura e fresca em abundância nos grandes centros, o refino e
distribuição de produtos petrolíferos seriam muito lentos e não existiria aquecimento
automático nas casas.
Por definição, uma válvula é um acessório destinado a bloquear, restabelecer,
controlar ou interromper o fluxo de uma tubulação. As válvulas de hoje podem, além
de controlar o fluxo, controlar o nível, o volume, a pressão, a temperatura e a direção
dos líquidos e gases nas tubulações. Essas válvulas, por meio da automação,
podem ligar e desligar, regular, modular ou isolar.
Seu diâmetro pode variar de menos de uma polegada até maiores que 72
polegadas.
Podem ser fabricadas em linhas de produção, em bronze fundido, muito simples e
disponível em qualquer loja de ferramentas ou até ser o produto de um projeto de
precisão, com um sistema de controle altamente sofisticado, fabricada de uma liga
exótica de metal para serviço em um reator nuclear.
As válvulas podem controlar fluidos de todos os tipos, do gás mais fino a produtos
químicos altamente corrosivos, vapores superaquecidos, abrasivos, gases tóxicos e
materiais radioativos.
Podem suportar temperaturas criogênicas à de moldagem de metais, e pressões
desde altos vácuos até pressões altíssimas.
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cidades seguiram a liderança de Nova York em um curto tempo, diversas fábricas
foram estabelecidas para produzir seus produtos.
Eles se tornaram os principais usuários de válvulas indústrias como têxteis, papel e
celulose, química, alimentícias, farmacêutica e energia elétrica.
Mais tarde, a indústria do petróleo nasceu, e com ela, a demanda para válvulas de
alta performance que pudessem suportar as grandes pressões de óleo e gás vindas
dos poços para a superfície. Assim como as condições e requerimentos se tornaram
mais solicitadas, os fabricantes responderam com melhoras contínuas de
engenharia, em materiais e modelos de válvulas.
As primeiras válvulas foram a globo e a de retenção. Em 1920 surgiu o primeiro tipo
de válvula rotativa que podia ser aberta ou fechada por um simples giro de 90º de
um volante. As válvulas tipo plug tiveram um grande uso nas indústrias químicas e
de gás. Durante a Segunda Guerra Mundial, um oficial do exército Britânico inventou
a válvula tipo diafragma, sem vazamento, e resistente à corrosão que era
caracterizada por um disco de borracha engastado entre o corpo e o castelo. Esta
válvula se tornou muito popular na Europa. A Segunda Guerra Mundial apresentou
um desafio especial para a indústria da válvula. A Marinha dos Estados Unidos
descobriu que devido aos impactos das bombas perto dos navios criaram
rachaduras nas válvulas a bordo. Centenas de válvulas tiveram que ser substituídas
por válvulas resistentes ao impacto. E de novo, a indústria respondeu com novas
fundições e fábricas espalhadas por todo o país para suprir a demanda.
Grandes passos foram dados no desenvolvimento de materiais também. Antes as
válvulas eram comumente feitas de bronze, ferro e aço, até novas ligas serem
produzidas, assim como o titânio e o aço inox. Após a guerra, o desenvolvimento de
materiais sintéticos, como o Teflon®, que era quimicamente destinado para
praticamente qualquer serviço e ainda mais provido de capacidade de selar e vedar
deu novos ímpetos para as válvulas rotativas. Também, a válvula de fechamento
rápido, de quarto de volta, tipo borboleta se tornou popular. Até então, as válvulas
borboletas estavam limitadas a serviços de regulagem por não apresentar uma boa
estanqueidade. Os materiais sintéticos chegariam para dar um novo nível de
performance a essas válvulas.
Entre 1950 e 1960, o aumento de tamanho e sofisticação dos processos das
plantas, combinados com aumento de custo de mão de obra, resultou numa
crescente necessidade de sistemas automatizados de válvulas. As operações de
válvulas quarto de volta eram facilmente efetuadas eletricamente, hidraulicamente
ou pneumaticamente. Hoje, as válvulas em localizações distantes, por exemplo, a
tubulação de óleo no Alaska é controlada automaticamente e à distância.
Energia nuclear e combustível sintético fornece um desafio para a indústria de
válvula. Eles requerem válvulas que sejam fabricadas com normas de alta
performance e estrito controle de qualidade.
Válvulas gaveta, esfera, globo e retenção continuam a preencher as necessidades
tradicionais do mercado. Novas tecnologias de aplicação também fazem uso destas
válvulas assim como algumas válvulas de fechamento rápido.
A indústria de válvulas de hoje está orientada ao mercado e sensível às
necessidades de mudança de seus clientes, criando válvulas que podem suportar
pressões maiores que 20.000 psi e temperaturas acima de 815 graus Celsius.
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encontradas na maioria das plantas, ainda com equipamentos de CAD e CAM.
Microscópios para procura de elétrons são utilizados para resolver muitos problemas
metalúrgicos.
O investimento em mão de obra e material é grande assim como os equipamentos.
As empresas de válvulas investem fortemente em materiais de pesquisa, em novos
conceitos em projetos, na automação de produtos e em custo efetivo de re-projetos.
Enquanto algumas fábricas compram seus materiais fundidos, algumas operam suas
próprias fundições e forjarias para projetar, desenvolver e produzir os fundidos e
forjados que serão utilizados como componentes de suas válvulas.
Os materiais fundidos e os componentes devem ser fabricados em todos os
materiais que a empresa oferece em sua linha. E estão incluídos latão, bronze, ferro,
aço, aço inoxidável e outras ligas especiais. Amplamente usados estão o PTFE
(teflon®) e outros fluorcarbonetos e elastômeros para assentamentos e vedação das
válvulas. Há poucos anos, surgiram válvulas feitas totalmente de plásticos para uso
em aplicações especiais.
Entre os maiores mercados, a indústria de válvulas atende empresas do setor de
química, petroquímica, produção de petróleo, energia, água e esgoto, farmacêutica,
alimentícia e outras indústrias de processo.
1.4.Tipos de válvulas:
Existe uma grande variedade de válvulas, e, em cada tipo, existem diversos
subtipos, cuja escolha depende não apenas da natureza da operação a realizar, mas
também das propriedades físicas e químicas do fluido considerado, da pressão e da
temperatura a que se achará submetido, e da forma de acionamento pretendida.
1.5. Funções:
Para selecionar uma válvula é importante, primeiramente, estabelecer a sua função
e o que se espera dela. A própria avaliação dessa função irá influir na escolha da
válvula mais adequada. As válvulas são, normalmente, empregadas em duas
funções básicas de bloquear e restabelecer o fluxo e regulagem desse fluxo. Outras
funções podem ser consideradas, como a prevenção de contra fluxo, controles
diversos e segurança.
1.6. Especificação:
Existem vários fatores que precisamos considerar antes da escolha da melhor
válvula. Segue alguns dos itens necessários: temperatura e pressão do fluido e suas
propriedades, vazão, diâmetro da tubulação, modo de acionamento da válvula,
sistema de deslocamento da válvula, tipo de extremidade, material de construção,
classe de pressão, entre outras.
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Extremidades roscadas:
As válvulas com os extremos roscados são
empregadas onde se deseja a facilidade da
montagem e desmontagem ou ainda onde a solda se
torna difícil ou em muitos casos impossíveis.
Normalmente empregadas em válvulas de pequenos
diâmetros fabricadas em bronze, que são
especialmente indicadas para as instalações
residenciais e prediais e para as instalações
industriais de pequena responsabilidade como em
serviços de baixa pressão e temperaturas ambientes e
para fluidos não perigosos.
Válvulas de ferro fundido ou de aço forjado para altas
pressões e temperaturas também são fabricadas com
seus extremos roscados.
Encontramos no mercado dois tipos rosca para as
válvulas, a rosca segundo a norma americana ASME /
ANSI B1.20.1 (NPT) e a rosca segundo a norma
brasileira NBR NM ISO 7-1 (Antiga NBR 6414) (BSP).
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Extremidades com sodas de topo:
As válvulas com os extremos do tipo para solda de
topo são empregadas em instalações industriais de
grande responsabilidade e onde se deseja uma
estanqueidade perfeita. São indicadas para serviços
com altas pressões e temperaturas e para fluidos
perigosos.
Normalmente empregadas em válvulas de médios e
grandes diâmetros fabricadas em aço carbono
fundido ou aço inox fundido.
Também empregado em válvulas de pequenos
diâmetros onde não se pode empregar a solda de
encaixe.
Este tipo de ligação é normalizado pela norma
americana ASME / ANSI B16.25
Extremidades flangeadas:
As válvulas com os extremos flangeados são
empregadas nos mais diversos serviços industriais
desde os mais simples aos mais perigosos para as
mais variadas classes de pressão e temperatura.
Na fabricação de válvulas flangeadas são
empregados os mais diversos materiais como o
bronze, latão, alumínio, aços fundidos, aços forjados,
ferros fundidos e ainda outros mais sofisticados e
exóticos para aplicações especiais.
Este tipo de ligação é normalizado pelas normas
americanas ASME / ANSI B16.1, B16.5 e B16.24 e
pelas normas alemãs DIN.
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Corpo e tampa:
Para o corpo são empregados os mais diversos tipos
de materiais como o bronze fundido, alumínio, aços
carbono forjado ou fundido, aços inox forjados ou
fundidos, ferros fundidos e ainda outros mais
sofisticados e exóticos para aplicações especiais.
Na especificação do corpo de uma válvula deve ser
escolhido, de preferência o mesmo material do tubo
ou um material compatível com o material do tubo a
que se destina.
Internos:
Pode ser do mesmo material do corpo para as
válvulas mais simples ou ainda ser de material
compatível com o serviço a que se destinam pois
devem resistir à pressão, temperatura e as altas
velocidades decorrentes da operação de abertura e
fechamento.
Algumas válvulas necessitam de um elastômero para
sua completa estanqueidade.
Rosca interna
É o sistema usado para a ligação entre o corpo e a
tampa das válvulas mais simples e empregado em
válvulas de bronze para serviços em instalações
residenciais, prediais, comerciais ou ainda em
serviços industriais de baixa responsabilidade.
Nas instalações industriais seu emprego fica restrito
aos serviços de baixa pressão e baixas temperaturas.
Este sistema é empregado em válvulas de pequenos
diâmetros, no máximo até 4 polegadas.
Rosca externa:
É o sistema usado para a ligação entre o corpo e a
tampa das válvulas mais simples e empregado em
válvulas de bronze para serviços em instalações
industriais de pequena responsabilidade.
Nas instalações industriais seu emprego fica restrito
aos serviços de baixa pressão e baixas temperaturas
para serviços de água, óleo e gás.
Este sistema é empregado em válvulas de pequenos
diâmetros, no máximo até 4 polegadas.
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Rosca do tipo porca-união:
É o sistema usado para a ligação entre o corpo e a tampa
das válvulas empregadas em instalações industriais de
média ou alta responsabilidade.
Esse tipo de ligação entre o corpo e a tampa se faz em
válvulas de bronze fundido para médias e altas pressões
e para serviços de criogenia e serviços com temperaturas
moderadas.
Nas válvulas de aço forjado é empregado para médias e
altas pressões em temperaturas médias e altas.
Este sistema é empregado em válvulas de pequenos
diâmetros, no máximo até 4 polegadas
Flangeado ou aparafusado:
É o sistema usado para a ligação entre o corpo e a tampa
das válvulas empregadas em instalações industriais de
média ou alta responsabilidade por ser um sistema de alta
confiabilidade.
Este sistema é empregado em todas as válvulas com
diâmetro superior a 4 polegadas e também encontrado
em válvulas de pequenos diâmetros, para altas pressões
e temperaturas.
Soldado:
É o sistema usado para a ligação entre o corpo e a tampa das válvulas
empregadas em instalações industriais de alto risco por ser um sistema de
completa confiabilidade.
Este sistema é empregado em válvulas de quaisquer diâmetros para garantir a
estanqueidade total entre o corpo e a tampa.
Usado em sistemas de energia nuclear dentre outros.
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Haste e volante ascendentes com rosca interna.
A haste é fixa ao volante e o movimento de rotação do
volante confere à haste o movimento de rotação e de
translação. A cunha é encaixada na haste e
conseqüentemente também recebe o movimento de
translação que permite a abertura e o fechamento da
válvula. Esse tipo construtivo é usual nas válvulas
industriais empregadas em serviços de pequena
responsabilidade em baixas e médias pressões e baixas
temperaturas. Empregado também nos sistemas de
hidráulica e saneamento.
A vantagem em relação ao sistema anterior é a
possibilidade de se saber, visualmente, se a válvula está
aberta ou fechada.
Vedação do corpo.
Entre o corpo e a tampa deve existir uma junta de vedação
para promover a estanqueidade desta junção.
A junta a ser empregada depende principalmente da
responsabilidade do serviço a que a válvula se destina,
podendo variar desde um simples elastômero a um anel
metálico.
Para as válvulas empregadas em serviços de baixas
pressões e temperaturas é, geralmente, empregado a
junta de PTFE, para serviços de média responsabilidade
são empregadas as juntas espiraladas e para serviços de
responsabilidade são empregadas as juntas do tipo anel
(ring joint) em aço.
191
Vedação da haste:
Este sistema de vedação, também conhecido como
“engaxetamento da haste”, se processa por meio de
gaxetas dispostas em torno da haste e apertadas ou
ajustadas por meio de prisioneiros e aperta gaxetas.
As gaxetas são geralmente de anéis de PTFE,
aramida grafitada ou de grafite.
É o sistema que garante a vedação da haste,
impedindo que o vazamento do fluido pela haste.
Uma das razões que impede a instalação de válvulas
em linhas horizontais com o volante voltado para
baixo são, justamente, os inconvenientes provocados
por pequenos vazamentos da haste.
Um dispositivo cônico existente na haste pode tornar a
válvula reengaxetavel sob pressão.
192
Por meio de chave T.
Este tipo de acionamento é usado principalmente quando
as válvulas são instaladas abaixo da superfície de
operação, em tubulações enterradas no solo ou ainda sob
a laje de operação em estações de tratamento, estações
elevatórias, usinas, etc.
Neste caso a haste deverá ter a cabeça com quadrado
próprio para chave T.
Muito empregado nas redes de abastecimento público de
água potável.
Acionamento pneumático.
Neste caso o acionamento da válvula deixa de ser manual
e passa a ser chamado de “acionamento pneumático”. O
acionamento (volante / alavanca) é substituído por um
dispositivo, pistão ou diafragma, que funciona com a
pressão de entrada e saída de ar comprimido. O
suprimento do ar comprimido pode ser manual ou
automatizado.
Essas válvulas podem ter a função de bloqueio ou ainda de
regulagem e modulação do fluxo.
193
Acionamento elétrico.
Neste caso o acionamento da válvula deixa de ser manual
e passa a ser chamado de “acionamento elétrico”. O
acionamento (volante / alavanca) é substituído por um
motor elétrico, que pode ser de acionamento direto ou por
meio de redutores. A ligação elétrica pode ser manual ou
automatizada.
Essas válvulas podem ter a função de bloqueio ou ainda de
regulagem e modulação do fluxo.
Acionamento automático.
O acionamento das válvulas automáticas se processa sem
a interferência do operador, é a ação do próprio fluido que
faz com que a válvula seja acionada.
Neste tipo de acionamento podemos incluir as válvulas
unidirecionais, conhecidas como válvulas de retenção, as
válvulas reguladoras de pressão e as válvulas de
segurança e alívio.
Materiais construtivos:
194
Latão laminado.
O latão laminado ASTM B124 é empregado na construção da haste das válvulas de
corpo e castelo de bronze.
O latão laminado ASTM B16 é empregado na construção de hastes das válvulas de
corpo e castelo de ferro fundido.
Ferro fundido.
O ferro fundido cinzento ASTM A126/B é empregado na construção do corpo e
castelo das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o
flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces planas.
O ferro fundido cinzento ASTM A126/A é empregado na construção do corpo e
castelo das válvulas de pequenos diâmetros, do tipo grampo, com extremidades
roscadas conforme NBR NM ISO 7-1 (Antiga NBR 6414) (BSP) ou ASME/ANSI
B1.20.1 (NPT).
O ferro fundido dúctil NBR 7663 (ISO 2531) é empregado na construção do corpo e
castelo das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o
flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces com ressalto.
PTFE (Teflon).
O PTFE é o material mais usado na vedação das válvulas e por suas características
químicas não requer lubrificação e é quimicamente muito resistente, sua principal
limitação é a temperatura que pode variar entre -30 oC e 140oC.
195
Fibras de aramida.
As fibras de aramida são mais conhecidas pelo seu nome comercial, Kevlar marca
registrada da empresa Dupont, um tipo de fibra derivada de uma poliamida
aromática. Duas formas principais de fibras aramidas são produzidas: Kevlar 49
utilizado como carga para reforço em plásticos e elastômeros e o Kevlar 29 para
outros usos. Atualmente, após a proibição do amianto, as principais gaxetas são
produzidas com fibras de aramida envolvida com PTFE e grafite.
Carbono.
Um dos materiais mais novos usados na vedação das válvulas é o grafoil, material a
base de carbono e comercializado na forma de fitas. É um material de enorme
resistência química e resiste a altas temperaturas, que podem variar de -240 oC a
3000oC.
Pressão Nominal:
Designação simbólica para fins de referência.
Pressão de trabalho:
É a pressão máxima admissível para cada valor da temperatura de trabalho onde se
considera o binômio “pressão x temperatura” conforme estabelecido na norma
ASME/ANSI B16.34
196
Conforme API 602 – Válvulas de aço carbono forjado
2
Pressão de teste (kgf/cm )
Classe
Corpo Sede / Vedação
800 210,9 143,4
Válvula de bloqueio:
São as que predominantemente trabalham em condições de abertura e fechamento
(ON/OFF) total da passagem do fluido. Sua operação pode ocorrer manualmente,
por dispositivos elétricos, pneumáticos ou hidráulicos.
Válvula de regulagem:
São as que apresentam a capacidade de modulação do fluxo. A sua operação é
manual por meio de volante ou alavanca.
Válvula de controle:
São as que apresentam a capacidade inerente da modulação das características do
fluxo como a vazão, pressão ou temperatura automaticamente, sem a intervenção
manual. Algumas delas são idênticas às válvulas de bloqueio mas internamente
concebidas para modulação. As suas características são pré-estabelecidas para
cada aplicação.
Válvula auto-operada:
São as que apresentam um elemento sensor integrado internamente ao corpo da
válvula. São diversos tipos construtivos específicos para cada finalidade.
Válvula unidirecional:
São as que apresentam a capacidade de impedir o refluxo do fluido. São
consideradas como válvulas auto-operadas pois sua operação ocorre pela ação
direta do fluido.
197
AÇÃO SOBRE AS VÁLVULAS
PASSAGEM PLENA
FLUIDOS DENSOS
SOBRE PRESSÃO
BAIXA PRESSÃO
REGULAGEM DE
PREVENÇÃO DE
PREVENÇÃO DE
VÁLVULAS
ACIONAMENTO
CONTROLE DE
FREQÜENTES
DIFERENCIAL
REGULAGEM
OPERAÇÕES
BLOQUEIO
PRECISÃO
PRESSÃO
REFLUXO
RÁPIDO
x CONFIGURAÇÃO NORMAL
o CERTAS CONFIGURAÇÕES
AGULHA x x
ANGULAR x x x
BORBOLETA x x x x x x x
CONTROLE o x x o o x
DIAFRAGMA o o x o o o
ESFERA x x x x x o o
GAVETA o x x x
GLOBO x x x
GUILHOTINA o x x x x
MACHO x x x x o x
MANGOTE x x x x x
OBLÍQUA x x x
RETENÇÃO x
REDUTORA DE PRESSÃO x
SEGURANÇA E/OU ALÍVIO x
SOLENOIDE x x x x x x
TERMOSTÁTICA x x x x x
198
DECA
Unidade Industrial da Divisão Deca
Jundiaí – SP
Página: http://www.deca.com.br/
199
Lupatech S. A. (Valmicro)
Rua Dalton Lahn dos Reis, 201
95112-090 - Caxias do Sul – RS
Página: www.valmicro.com.br
200
Spirax Sarco Indústria e Comércio Ltda
Av. Manoel Lajes do Chão, 268
06705-050 - Cotia – SP
Página: www.spiraxsarco.com.br
201
Válvulas de Gaveta
2. VÁLVULAS DE GAVETA
2.1. Introdução:
É a válvula de bloqueio que até pouco tempo representava a maioria das válvulas
instaladas mas que a partir do final da década de 80 passou a perder espaço para
outras válvulas mais modernas, mais eficientes e de menor custo.
Sua principal característica é a baixa perda de carga devido à pequena obstrução do
fluxo quando totalmente abertas.
2.2. Aplicação:
São empregadas como válvulas de bloqueio (on/off) em serviços de água, óleo ou
gás (WOG) para fluidos sem sólidos em suspensão ou com poucos sólidos. Também
não devem ser empregadas onde os fluidos transportados venham a se solidificar no
interior das válvulas que é o caso de resinas, tintas e vernizes.
203
2.6. Sistema construtivo.
Solda de topo
Empregadas em qualquer diâmetro onde se deseja estanqueidade absoluta.
Empregada principalmente em serviços de altas pressões e temperaturas.
Extremidades flangeadas
Fabricadas em qualquer diâmetro e empregadas onde se deseja a facilidade de
montagem e desmontagem.
Internos:
Podem ser do mesmo material do corpo e ainda devem ser de material compatível
com o serviço a que se destinam pois devem ser resistentes à pressão, temperatura
e altas velocidades decorrentes da operação de abertura e fechamento da válvula.
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Rosca externa
Sistema empregado em válvulas de pequenos diâmetros em baixas pressões e
temperatura ambiente. Geralmente fabricadas de bronze e empregadas em serviços
de pequena responsabilidade.
Flangeado ou aparafusado:.
Empregado em válvulas industriais dos mais variados diâmetros para todas as
classes de pressão para serviços de maior responsabilidade.
Soldado.
Empregado em válvulas industriais dos mais variados diâmetros para altas pressões
e temperaturas.
205
HASTE E VOLANTE ASCENDENTE - ROSCA EXTERNA TAMPA FIXA POR MEIO DE GRAMPO
HASTE E VOLANTE ASCENDENTE - ROSCA INTERNA HASTE E VOLANTE ASCENDENTE - ROSCA INTERNA
206
Uma das vantagens em relação aos sistemas anteriores é de que a rosca da
haste sendo externa, não entra em contato com o fluido e a outra vantagem é a
possibilidade de se saber, visualmente, se a válvula está aberta, fechada ou semi-
aberta.
As principais desvantagens são as dimensões externas e o alto custo em relação
aos outros modelos desta mesma válvula.
Cunha flexível:
Composta de dois discos justapostos unidos internamente por ressaltos circulares.
Este tipo de cunha absorve movimentos de dilatação e contração do corpo.
É recomendada para água, óleo ou gás (WOG) para todas as temperaturas.
Cunha dupla.
A cunha é formada de dois discos paralelos e independentes dentro dos quais se
desloca um dispositivo de expansão que impõem aos mesmos movimentos de ajuste
à sede acarretando a vedação.
São empregados em serviços de água, óleo ou gás (WOG) para temperatura
ambiente e baixas pressões. Devem ser instaladas na posição vertical.
207
Quanto ao anel-sede.
A sede é a região do corpo da válvula que se ajusta à cunha para proporcionar a
vedação.
Anel-sede usinada:
São as mais comuns e empregadas em válvulas de pequenos diâmetros, geralmente
de bronze.
Anel-sede roscada:
São de fácil substituição, geralmente executados de material diferente do material do
corpo e são empregados quando existe a presença de fluidos agressivos e devem
ser construídos com materiais compatíveis com o fluido a ser transportados e sua
agressividade.
Anel-sede prensado:
São empregados para fluidos agressivos mas a sua substituição não é tão fácil
quanto as roscadas. Quanto ao material empregado também deve atender as
exigências da agressividade do fluido transportado.
208
2.7. Sistemas de vedação.
Vedação do corpo:
Entre o corpo e o castelo existe uma junta que é o elemento de vedação e a
estanqueidade se processa pelo aperto dessa junta ente o corpo e o castelo.
Vedação da haste.
Este sistema de vedação é conhecido como “engaxetamento da haste” e se
processa por meio de gaxetas enroladas na haste e apertadas por meio de um
dispositivo denominado preme-gaxetas.
Acionamento direto.
Por meio de volante fixo à haste.
Sistema usado em válvulas de uso doméstico e em válvulas industriais empregadas
em serviços de pequena responsabilidade, para todos os diâmetros, é o meio mais
comum de acionamento.
Neste caso podemos ter o volante e a haste fixos, usados principalmente em
válvulas de uso domiciliar ou ainda o volante e a haste ascendentes, sistema que é
usado em válvulas industriais e de saneamento, em serviços de baixa pressão e
temperatura ambiente.
209
Por meio de volante e engrenagens.
Este tipo de acionamento é empregado sempre que se deseja diminuir a força de
acionamento do volante ou ainda quando se deseja aumentar o tempo de abertura e
fechamento das válvulas.
O acionamento pode ser por meio de engrenagens paralelas, cônicas ou um sistema
combinado.
210
Acionamento com válvula de contorno (by pass).
Este tipo de acionamento, com válvula de contorno ou “by pass” é usado sempre
que se tem um diferencial de pressão muito alto entre montante e jusante da válvula.
A finalidade do by pass é a equalização das pressões de montante e jusante com o
objetivo de diminuir a pressão na cunha e com isso a consequente diminuição da
força de atrito entre cunha e anel sede facilitando a operação de abertura e
poupando os internos das válvulas.
A válvula de contorno pode ser uma gaveta ou uma globo, dependendo das
condições de operação mas o material da válvula de by pass deve ser no mínimo
igual ao da válvula principal.
Os pontos de by pass podem ser roscados ou soldados e devem obedecer os locais
estabelecidos.
Latão laminado.
O latão laminado ASTM B124 é empregado na construção da haste das válvulas de
corpo e castelo de bronze.
O latão laminado ASTM B16 é empregado na construção de hastes das válvulas de
corpo e castelo de ferro fundido.
211
Ferro fundido.
O ferro fundido cinzento ASTM A126/B é empregado na construção do corpo e
castelo das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o
flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces planas.
O ferro fundido cinzento ASTM A126/A é empregado na construção do corpo e
castelo das válvulas de pequenos diâmetros, do tipo grampo, com extremidades
roscadas conforme NBR NM ISO 7-1 (Antiga NBR 6414) (BSP) ou ASME/ANSI
B1.20.1 (NPT).
O ferro fundido dúctil NBR 7663 (ISO 2531) é empregado na construção do corpo e
castelo das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o
flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces com ressalto.
PTFE (Teflon).
O PTFE é o material mais usado na vedação das válvulas e por suas características
químicas não requer lubrificação e é quimicamente muito resistente, sua principal
limitação é a temperatura que deve variar entre -20 oC e 140oC.
Fibras de aramida.
As fibras de aramida são mais conhecidas pelo seu nome comercial, Kevlar marca
registrada da empresa Dupont, um tipo de fibra derivada de uma poliamida
aromática. Duas formas principais de fibras aramidas são produzidas: Kevlar 49
utilizado como carga para reforço em plásticos e elastômeros e o Kevlar 29 para
outros usos. Atualmente, após a proibição do amianto, as principais gaxetas são
produzidas com fibras de aramida envolvida com PTFE e grafite.
212
Carbono.
Um dos materiais mais novos usados na vedação das válvulas é o grafoil, material a
base de carbono e comercializado na forma de fitas. É um material de enorme
resistência química e resiste a altas temperaturas, que podem variar de -240 oC a
3000oC.
Pressão Nominal.
Designação simbólica para fins de referência.
Pressão de Trabalho.
É a pressão máxima admissível para cada valor da temperatura de trabalho onde se
considera o binômio pressão x temperatura conforme norma ANSI B16.34.
213
Fluido: vapor saturado
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 39,6 kgf/cm2
Temperatura: 250 ºC
214
2.12. Exemplo de folha de dados.
FOLHA DE DADOS:
FD-001 VÁLVULA DE GAVETA VGA-01
CLASSE DE PRESSÃO
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06 VOLANTE
07 ACIONAMENTO HASTE
08 ROSCA
09 PASSAGEM
10 CUNHA
11 CASTELO
12 PREME-GAXETA
13
14
15
16 CORPO E CASTELO
17 HASTE
18 INTERNOS ANEL SEDE
19 CUNHA
20 GAXETA
21 JUNTA
VEDAÇÃO
22
MATERIAIS
PARAFUSO
CORPO / CASTELO
23 PORCA
24 CORPO
25 PREME-GAXETA PARAFUSO
26 PORCA
27 BUCHA DE ACIONAMENTO
28 PORCA DO VOLANTE
29 VOLANTE
30 CONTRA-VEDAÇÃO
31 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
32
ACES.
33
34
35
36 FLUIDO
37 VAZÃO
FLUIDO
38 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
39 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
40 DENSIDADE
41 VISCOSIDADE
42 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
43
NORMAS
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
Folha
/
215
2.13. Tabelas Técnicas.
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI HASTE ASCENDENTE NÃO ASCENDENTE
VAPOR SATURADO 10,5 150
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 21,0 300
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,6 450
VEDAÇÃO 21,0 300
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA BSP
HASTE ASCENDENTE
1/4” 3/8” 1/2” 3/4” 1” 1.1/4” 1.1/2” 2” 2.1/2” 3” 4”
DN
6 10 15 20 25 32 40 50 65 80 100
A 48 50 54 60 73 81 87 98 114 125 149
B 116 116 113 142 169 196 231 273 316 372 472
B1 124 124 127 164 197 230 273 328 385 452 580
V 54 58 58 68 78 87 97 117 136 153 184
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
3. VAPOR SATURADO ATÉ 10,5 kgf/cm2 (185 °C)
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
216
VÁLVULA GAVETA MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI HASTE ASCENDENTE NÃO ASCENDENTE
VAPOR SATURADO 10,5 150
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 15,8 225
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,6 450
VEDAÇÃO 21,0 300
FLANGE
MEIO DE LIGAÇÃO
ANSI B16.24
HASTE ASCENDENTE
1/4” 3/8” 1/2” 3/4” 1” 1.1/4” 1.1/2” 2” 2.1/2” 3” 4”
DN
6 10 15 20 25 32 40 50 65 80 100
A - - 78 83 86 98 111 140 165 190 216
B - - 113 142 169 196 231 273 316 372 472
B1 - - 127 164 197 230 273 328 385 452 580
V - - 58 68 78 87 97 117 136 153 184
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
3. VAPOR SATURADO ATÉ 10,5 kgf/cm2 (185 °C)
217
VÁLVULA GAVETA MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI HASTE ASCENDENTE NÃO ASCENDENTE
VAPOR SATURADO 10,5 150
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 21,0 300
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,6 450
VEDAÇÃO 21,0 300
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA BSP
HASTE ASCENDENTE
1/4” 3/8” 1/2” 3/4” 1” 1.1/4” 1.1/2” 2” 2.1/2” 3” 4”
DN
6 10 15 20 25 32 40 50 65 80 100
A 54 56 64 75 84 94 102 118 140 152 -
B 119 119 105 142 160 195 228 280 360 370 -
B1 127 127 127 165 190 230 270 330 430 450 -
V 58 58 68 78 87 97 117 136 153 184 -
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
3. VAPOR SATURADO ATÉ 10,5 kgf/cm2 (185 °C)
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES
218
VÁLVULA GAVETA MATERIAIS BÁSICOS
CORPO AÇO FORJADO
MATERIAL: AÇO FUNDIDO
CLASSE: 800 LIBRAS CASTELO AÇO FORJADO
MODELO: HASTE ASCENDENTE
PREME GAXETA AÇO FORJADO
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
TEMPERATURA AMBIENTE 140,6 2000
454,5°C 56,25 800
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 210,9 3000
VEDAÇÃO 143,4 2040
PADRÃO DE FABRICAÇÃO
CONSTRUÇÃO API 602
TESTE DE INSPEÇÃO API 598
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO ROSCA BSP
ENCAIXE E SOLDA
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA ALTAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
219
VÁLVULA GAVETA MATERIAIS BÁSICOS
CORPO AÇO FUNDIDO
MATERIAL: AÇO FUNDIDO
CLASSE: 150 LIBRAS CASTELO AÇO FUNDIDO
MODELO: HASTE ASCENDENTE
PREME GAXETA AÇO FUNDIDO
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
TEMPERATURA AMBIENTE 20,4 285
430,0°C 10,5 150
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,6 450
VEDAÇÃO 22,1 315
PADRÃO DE FABRICAÇÃO
FACE A FACE ASME/ANSI B16.10
FLANGES ASME/ANSI B16.5
PONTA PARA SOLDA ASME/ANSI B16.25
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS E MÉDIAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
220
2.14. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Asvotec x
Brussantin x x x
Ciwal x x x x x x
CMC x x x x x
Deca x
Dox x x x x x
Friatec x x x x x
Grofe x
Incoval x x x
Indumetal x x x x x x
IVC Vanasa x x x x x
Mipel x
Niagara x x x x
Nova Americana x x x x x x x x
Scai x x x x
Tecval x x x x x x
Valcont x x x x x x
221
Válvulas de Esfera
3. VÁLVULAS DE ESFERA
3.1. Introdução:
É a válvula de bloqueio que até pouco tempo representava a minoria das válvulas
instaladas mas que à partir do final da década de 80 passou a ganhar o espaço
perdido pelas válvulas de gaveta, por serem mais eficientes e de menor custo.
Sua principal característica é a mínima perda de carga para os modelos de
passagem plena e a baixa perda de carga para os outros modelos devido à pequena
obstrução do fluxo quando totalmente abertas.
Podemos dizer que a válvula de esfera representa uma evolução da válvula de
macho.
3.2. Aplicação:
São empregadas como válvulas de bloqueio (on/off) em serviços de água, óleo ou
gás (WOG) para fluidos sem sólidos em suspensão. São usadas principalmente em
linhas de ar comprimido, ácidos e álcalis.
223
3.6. Sistema construtivo:
ROSCADA SOQUETADA
Extremidades flangeadas.
Fabricadas em qualquer diâmetro e empregadas onde se deseja a facilidade de
montagem e desmontagem.
FLANGEADA WAFER
224
Com pontas para solda de topo.
Empregadas em todos os diâmetros onde se deseja a facilidade de soldagem e a
continuidade proporcionada pela solda de topo.
Corpo:
Deve, de preferência, ser do mesmo material dos tubos em que as válvulas forem
instaladas ou ainda de material compatível com o material dos tubos.
Esfera e haste:
Normalmente construídas de aço inox mas em alguns modelos simples podem ser
construídas de latão.
Monobloco.
Válvulas de concepção simples, empregadas em pequenos diâmetros. O corpo é
inteiriço e a montagem da esfera se faz por uma das pontas e o aperto dos anéis
sobre a esfera se dá pelo aperto de uma bucha roscada ou de encaixe.
Corpo bipartido.
O corpo da válvula é constituído de duas partes que são aparafusados entre si.
Corpo tripartido.
O corpo é constituído de três partes, a central onde são alojadas a esfera e as duas
extremidades. As três partes são unidas por meio de parafusos.
225
Side entry.
Neste método construtivo, sem emendas visíveis quando montadas, é utilizado em
fluidos de maior responsabilidade.
Esfera flutuante.
A esfera se apoia somente no anel sede.
Esfera guiada.
A esfera é guiada por meio de eixo e mancal. Utilizada normalmente para altas
pressões.
Passagem plena.
Neste modelo a esfera tem um furo de diâmetro igual ao diâmetro nominal da
válvula. Indicada quando se deseja a mínima perda de carga.
Passagem reduzida.
Neste modelo a esfera tem um diâmetro inferior ao diâmetro nominal da válvula e
consequentemente uma passagem de diâmetro inferior ao diâmetro do tubo onde
está instalada. Indicada onde não se tem importância a perda de carga localizada na
válvula e onde se deseja economia pois custam menos que os modelos de
passagem plena. Esse tipo necessita de um torque menor em sua operação.
226
Passagem do tipo Venturi.
É uma válvula de passagem reduzida porém existe um redução contínua desde a
extremidade até o anel sede. Empregada onde se deseja a economia aliada a baixa
perda de carga.
Elastômeros:
Empregado para fazer a vedação da sede de apoio da esfera esses materiais devem
resistir a pressão e temperatura do fluido. Os principais elastômeros empregados
são o neoprene e a buna-n cuja máxima temperatura não deve exceder a 80 ºC.
PTFE + carga:
Material constituído basicamente da resina de teflon impregnada com outros
materiais tais como carbono, fibra de vidro ou molibdênio. O teflon com a carga pode
resistir a temperaturas de até 160ºC.
Metálico – fire-safe:
Constituído de material metálico mais material resiliente que bloqueia a esfera
mesmo após a queima do material resiliente. Empregada em serviços com produtos
inflamáveis.
Alavanca.
Sistema usado para válvulas de pequenos e médios diâmetros.
Volante.
Usado em válvulas de pequeno diâmetro, recomendado até o diâmetro de 1”.
227
ACIONAMENTO POR ALAVANCA ACIONAMENTO POR VOLANTE ACIONAMENTO POR REDUTOR
Latão laminado.
O latão laminado ASTM B124 é empregado na construção da esfera e da haste das
válvulas de corpo e tampa de bronze.
PTFE (Teflon).
O PTFE é o material mais usado na vedação das válvulas e por suas características
químicas não requer lubrificação e é quimicamente muito resistente, sua principal
limitação é a temperatura que deve variar entre -20 oC e 140oC.
Fibras de aramida.
As fibras de aramida são mais conhecidas pelo seu nome comercial, Kevlar marca
registrada da empresa Dupont, um tipo de fibra derivada de uma poliamida
aromática. Duas formas principais de fibras aramidas são produzidas: Kevlar 49
utilizado como carga para reforço em plásticos e elastômeros e o Kevlar 29 para
outros usos. Atualmente, após a proibição do amianto, as principais gaxetas são
produzidas com fibras de aramida envolvida com PTFE e grafite.
228
As válvulas são classificadas por classes de pressão.
Pressão Nominal: Designação simbólica para fins de referência.
Pressão de Trabalho: É a pressão máxima admissível para cada valor da
temperatura de trabalho onde se considera o binômio pressão x temperatura
conforme norma ASME/ANSI B16.34.
Como a válvula de esfera depende de um elastômero para vedação da sede, a
temperatura máxima de trabalho fica limitado à temperatura de trabalho deste
elastômero.
Fluido: ar comprimido
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 3,0 kgf/cm2
Temperatura: ambiente
229
3.12. Exemplo de folha de dados.
FOLHA DE DADOS
FD-002 VÁLVULA DE ESFERA VES-01
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06 NÚMERO DE VIAS
07 ALAVANCA
ACIONAMENTO
08 REDUTOR
09 PASSAGEM
10 MODELO (ESFERA)
11 FIRE-SAFE
12 HASTE
13 PREME-GAXETA
14
15
16 CORPO / TAMPA
17 HASTE
18 INTERNOS VEDAÇÃO
19 ESFERA
20 JUNTA
VEDAÇÃO
21 PARAFUSO
MATERIAIS
CORPO / TAMPA
22 PORCA
23 GAXETA
24 CORPO
25 PREME-GAXETA PARAFUSO
26 PORCA
27
28
29
30 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
31
ACES.
32
33
34
35 FLUIDO
36 VAZÃO
FLUIDO
37 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
38 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
39 DENSIDADE
40 VISCOSIDADE
41 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
42 CONSTRUÇÃO
43 MEDIDA FACE A FACE
NORMAS
44 EXTREMIDADES
45 TESTE DO CORPO
46 TESTE DA SEDE
47
48
49
GERAL
REFERÊNCIA
50
51
52
53
NOTAS
54
55
56
57
FOLHA
/
230
3.13. Tabelas Técnicas.
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
VAPOR SATURADO 3,5 50
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 34,5 500
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO
ISO 5208
VEDAÇÃO
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA BSP
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL.
3. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
4. VAPOR SATURADO ATÉ 10,5 kgf/cm2 (185 °C) – USAR TEFLON REFORÇADO
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
231
VÁLVULA DE ESFERA MATERIAIS
MATRIAL: AÇO FORJADO CORPO AÇO FUNDIDO
CLASSE: 300 LIBRAS
MODELO: TRIPARTIDO EXTREMIDADES AÇO FUNDIDO
PASSAGEM: PLENA
HASTE INOX
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
VAPOR SATURADO 3,5 50
ÁGUA, ÓLEO E GÁS
34,5 500
(AMBIENTE)
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO
ISO 5208
VEDAÇÃO
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO ROSCA BSP
ENCAIXE/SOLDA
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL.
3. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
4. VAPOR SATURADO ATÉ 10,5 kgf/cm2 (185 °C) – USAR TEFLON REFORÇADO
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
232
VÁLVULA DE ESFERA MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA, ÓLEO E GÁS
20,0 285
(AMBIENTE)
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,6 450
VEDAÇÃO 22,0 315
PADRÃO DE FABRICAÇÃO
FACE A FACE ASME/ANSI B16.10
FLANGES ASME/ANSI B16.5
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL.
3. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
4. VAPOR SATURADO ATÉ 10,5 kgf/cm2 (185 °C) – USAR TEFLON REFORÇADO
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
233
3.14. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Ciwal x x x x x x
Dox x x x x x x
Hiter x x x
Incoval x x
Indumetal x x x x x
IVC Vanasa x x x
Macotec x x x x x
Mipel x x
Nova Americana x x x x x x x x
Neles x x
Niagara x x x
Scai x x x x x x
Spirax Sarco x x x
Tag x x x x
Tecval x x x x x x
Valcont x x x x x
Valmicro x x x x
Valtec x x
Worcester x x x x
234
Válvulas de Macho
4. VÁLVULA DE MACHO
4.1. Introdução:
É o tipo de válvula cujo obturador é um macho paralelo ou cônico que gira em torno
da sua haste de modo a alinhar a sua abertura com as aberturas do corpo.
Com apenas um quarto de volta se faz a abertura ou o fechamento da válvula e o
fluxo é sempre suave e ininterrupto.
A passagem pode ser integral ou reduzida e os machos podem ser lubrificados ou
não e quando não lubrificados os machos podem incorporar dispositivos destinados
a reduzir o atrito entre as partes móveis, com o macho revestido com teflon e pode
ainda ser do tipo fire-safe.
Nas válvulas com machos lubrificados o lubrificante deve ser não solúvel no fluido
circulante e este tipo de válvula, com macho lubrificado, tem seu emprego destinado
ao manuseio de óleos, produtos graxos muito densos, refino de petróleo sob
altíssimas pressões, até 6000 psi e temperaturas entre -30 e 300 °C.
Existem válvulas de macho com duas, três ou até quatro vias.
4.2. Aplicação:
São empregadas como válvulas de bloqueio (on/off) em serviços de água, óleo ou
gás (WOG) para fluidos com ou sem sólidos em suspensão.
São usadas principalmente em linhas de ácidos, álcalis e produtos petrolíferos nas
instalações industriais.
236
4.6. Materiais construtivos:
Na fabricação das válvulas de macho são geralmente empregados o bronze, o ferro
fundido ou o aço fundido.
237
Fluido: Resina
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 2,0 kgf/cm2
Temperatura: ambiente
238
4.12. Exemplo de folha de dados.
FOLHA DE DADOS
FD-003 VÁLVULA DE MACHO VMA-01
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06 NÚMERO DE VIAS
07 ALAVANCA
ACIONAMENTO
08 REDUTOR
09 PASSAGEM
10 MODELO
11 FIRE-SAFE
12 LUBIFICAÇÃO
13 PREME-GAXETA
14 BUCHA DE PTFE
15
16 CORPO / TAMPA
17 VEDAÇÃO
18 INTERNOS MACHO
19 GAXETA
20 JUNTA
VEDAÇÃO
21 PARAFUSO
MATERIAIS
CORPO / TAMPA
22 PORCA
23 GAXETA
24 CORPO
25 PREME-GAXETA PARAFUSO
26 PORCA
27
28
29
30 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
31
ACES.
32
33
34
35 FLUIDO
36 VAZÃO
FLUIDO
37 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
38 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
39 DENSIDADE
40 VISCOSIDADE
41 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
42 CONSTRUÇÃO
43 MEDIDA FACE A FACE
NORMAS
44 EXTREMIDADES
45 TESTE DO CORPO
46 TESTE DA SEDE
47
48
49
GERAL
REFERÊNCIA
50
51
52
53
NOTAS
54
55
56
57
FOLHA
/
239
4.13. Tabelas técnicas.
MATERIAIS
VÁLVULA DE MACHO
MATERIAL: BRONZE FUNDIDO CORPO BRONZE ASTM B62
CLASSE: 150 LIBRAS MACHO BRONZE ASTM B62
TAMPA BRONZE ASTM B62
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE) 14,0 200
VAPOR SATURADO 10,5 150
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,6 450
VEDAÇÃO 21 300
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA BSP
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA OU ÓLEO PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL.
3. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
240
MATERIAIS
VÁLVULA DE MACHO
MATERIAL: FERRO FUNDIDO CORPO F. FUNDIDO ASTM A126/A
CLASSE: 125 LIBRAS MACHO F. FUNDIDO ASTM A126/A
TAMPA F. FUNDIDO ASTM A126/A
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE) 14,0 200
VAPOR SATURADO 8,8 125
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 24,6 350
VEDAÇÃO 14,1 200
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA OU ÓLEO PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL.
3. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
241
MATERIAIS
VÁLVULA DE MACHO
MATERIAL: FERRO FUNDIDO CORPO F. FUNDIDO ASTM A126/A
CLASSE: 125 LIBRAS MACHO F. FUNDIDO ASTM A126/A
TAMPA F. FUNDIDO ASTM A126/A
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE) 14,0 200
VAPOR SATURADO 8,8 125
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 24,6 350
VEDAÇÃO 14,1 200
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA OU ÓLEO PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL.
3. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
242
4.14. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Dox x x x
Macotec x x x x
Mipel x
Nova Americana x x x x x x x x
Valtec x
243
Válvulas de Guilhotina
5. VÁLVULA GULHOTINA
5.1. Introdução:
É o tipo de válvula normalmente empregada para trabalhos com líquidos ou
gazes contendo alta porcentagem de sólidos, polpas, pastas e fluidos muito
densos.
A válvula guilhotina não é indicada em serviços onde se necessita a
estanqueidade total.
Sua forma construtiva é semelhante às válvulas de gaveta, diferindo
basicamente no obturador que se caracteriza por ser uma lâmina que desliza
entre sedes paralelas promovendo a abertura e o fechamento.
As válvulas guilhotina também são conhecidas como válvula faca.
5.2. Aplicação:
São empregadas como válvulas de bloqueio (on/off) em serviços de água, óleo
ou gás (WOG) para fluidos com grade quantidade de sólidos em suspensão.
São usadas principalmente em linhas de polpas das indústrias de papel e
celulose e em linhas de produtos muito densos nas instalações industriais.
245
5.6. Materiais construtivos:
Na fabricação das válvulas de guilhotina são geralmente empregados o aço
fundido e o ferro fundido.
5.9. Acionamento:
O acionamento das válvulas de pequenos diâmetros é feito por meio de volante
de ação direta ou ainda com volante com engrenagem de redução.
Fluido: Pixe
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 3,0 kgf/cm2
Temperatura: 180 °C
246
5.12. Exemplo de folha de dados.
FOLHA DE DADOS
FD-004 VÁLVULA DE GUILHOTINA GUI-01
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06
07 VOLANTE
ACIONAMENTO
08 REDUTOR
09 PASSAGEM
10 MODELO
11 PREME-GAXETA
12 BUCHA DE PTFE
13
14
15
16 CORPO / TAMPA
17 VEDAÇÃO
18 INTERNOS GUILHOTINA
19 GAXETA
20 JUNTA
VEDAÇÃO
21 PARAFUSO
MATERIAIS
CORPO / TAMPA
22 PORCA
23 GAXETA
24 CORPO
25 PREME-GAXETA PARAFUSO
26 PORCA
27
28
29
30 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
31
ACES.
32
33
34
35 FLUIDO
36 VAZÃO
FLUIDO
37 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
38 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
39 DENSIDADE
40 VISCOSIDADE
41 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
42 CONSTRUÇÃO
43 MEDIDA FACE A FACE
NORMAS
44 EXTREMIDADES
45 TESTE DO CORPO
46 TESTE DA SEDE
47
48
49
GERAL
REFERÊNCIA
50
51
52
53
NOTAS
54
55
56
57
FOLHA
/
247
5.13. Tabelas técnicas.
MATERIAIS
VÁLVULA DE GULHOTINA
MATERIAL: FERRO FUNDIDO CORPO FERRO FUNDIDO
CLASSE: 125 LIBRAS GUILHOTINA AÇO INOX
TAMPA FERRO FUNDIDO
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE) 4,2 60
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO
VEDAÇÃO
APLICAÇÕES:
1. MASSA DE PAPEL E OUTROS FLUIDOS DENSOS EM BAIXAS PRESSÕES.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
248
MATERIAIS
VÁLVULA DE GULHOTINA
MATERIAL: AÇO FUNDIDO CORPO AÇO FUNDIDO
CLASSE: 150 LIBRAS GUILHOTINA AÇO INOX
TAMPA AÇO FUNDIDO
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE) 10,5 150
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO
API 598
VEDAÇÃO
PADRÃO DE FABRICAÇÃO
ANSI B16.10
CONSTRUÇÃO
MSS SP81
TESTES API 598
APLICAÇÕES:
1. MASSA DE PAPEL E OUTROS FLUIDOS DENSOS.
249
5.14. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Dox x x x x
Durcon Vice x x x x x
Omel x x x
250
Válvulas Globo
6. VÁLVULAS GLOBO
6.1 - Introdução
Válvulas globo têm esse nome universalizado devido à forma globular concebida
inicialmente no projeto de seu corpo. Também conhecida como registro de pressão,
assim como a de agulha, presta-se a regular vazão e bloquear o fluxo de fluidos em
uma tubulação. Existem desde as válvulas domésticas (a maioria das válvulas de
lavatórios, chuveiros e pias são válvulas de globo, com a vedação sendo chamada
de “carrapeta”), até válvulas com cerca de DN 300 (12”) ou até mesmo DN 400 (16”).
Seu funcionamento para abrir ou fechar é feito manualmente por um volante fixo à
extremidade da haste e quando girada, promoverá um movimento de translação em
sentido ascendente ou descendente do obturador acoplado à outra extremidade da
haste que atuará na sede localizada no corpo da válvula, abrindo, fechando ou
regulando a passagem do fluxo.
Existem quatro versões deste tipo de válvula, todas elas com características comuns
quanto ao funcionamento, mas com projetos de disposição do corpo de forma tal
que as diferenciam, proporcionando assim melhores opções aos projetistas e
instaladores em montagens de tubulações.
VÁLVULA GLOBO
6.2. Aplicação.
São empregadas como válvulas de regulagem bem como válvulas de bloqueio
(on/off) em serviços de água, óleo ou gás (WOG) para fluidos sem sólidos em
suspensão. Também não devem ser empregadas onde os fluidos transportados
venham a se solidificar no interior das válvulas que é o caso de resinas, tintas e
vernizes.
252
6.4. Principais desvantagens.
Entre as principais desvantagens no emprego das válvulas de globo, pode-se
enumerar que não admitem fluxo nos dois sentidos e a perda de carga excessiva
nos modelos com passagem em “S”.
253
6.6. Sistema construtivo.
Válvula Globo.
Conhecida simplesmente pelo nome de válvula globo, tem as extremidades de
entrada e saída coaxiais e a haste perpendicular à direção do fluxo, admitindo fluxo
pela extremidade de entrada (sempre determinada por uma seta indicativa de fluxo),
que ao adentrar a câmara inferior fará uma curva de 90º em relação ao seu eixo,
ultrapassando a região de passagem onde está localizada a sede, envolvendo a
câmara superior onde se localiza o obturador saindo pela extremidade oposta,
sendo novamente desviada a 90º, percorrendo um caminho em forma de “S”.
São válvulas com elevada perda de carga.
254
Válvula de globo tipo ponta de agulha
Também conhecida simplesmente por “válvula de agulha”, ou ainda como “globo
ponta de agulha” são as válvulas destinadas à regulagem precisa de vazão.
A válvula de agulha é uma variação das válvulas globo e portanto de funcionamento
idêntico. Ela difere basicamente no seu elemento de vedação (obturador) que se
caracteriza pelo seu formato cônico extremamente agudo, normalmente constituído
na própria extremidade da haste que promove os movimentos de abertura,
fechamento e principalmente regulagens.
Este tipo de válvula tem o orifício de passagem bastante reduzido em relação à
bitola da válvula para que se possa obter uma maior precisão nas regulagens de
vazão.
As válvulas de agulha são indicadas para serem utilizadas em aparelhos de
instrumentação de ar comprimido, gases e líquidos homogêneos em geral com baixa
viscosidade.
255
Solda de topo.
Empregadas em qualquer diâmetro onde se deseja estanqueidade absoluta.
Empregada principalmente em serviços de altas pressões e temperaturas.
Extremidades flangeadas.
Fabricadas em qualquer diâmetro e empregadas onde se deseja a facilidade de
montagem e desmontagem.
Internos.
Podem ser do mesmo material do corpo e ainda devem ser de material compatível
com o serviço a que se destinam pois devem ser resistentes à pressão, temperatura
e as altas velocidades decorrentes da operação de abertura, regulagem e
fechamento da válvula.
Rosca interna.
Sistema empregado em válvulas de pequenos diâmetros em baixas pressões e
temperatura ambiente. Geralmente fabricadas de bronze e empregadas em uso
doméstico.
Rosca externa.
Sistema empregado em válvulas de pequenos diâmetros em baixas pressões e
temperatura ambiente. Geralmente fabricadas de bronze e empregadas em serviços
de pequena responsabilidade.
256
Flangeado ou aparafusado.
Empregado em válvulas industriais dos mais variados diâmetros para todas as
classes de pressão para serviços de maior responsabilidade.
Soldado.
Empregado em válvulas industriais dos mais variados diâmetros para altas pressões
e temperaturas em serviços de grande responsabilidade.
257
Quanto ao anel-sede.
O anel-sede é a região do corpo da válvula que se ajusta ao disco (obturador) para
proporcionar a vedação. Pode ser do tipo integral, executada no próprio corpo da
válvula ou do tipo postiça, geralmente de material diferente do corpo da válvula.
Usinados.
São as mais comuns e empregadas em válvulas de pequenos diâmetros, geralmente
de bronze e são chamados sede integral pois são executados no próprio corpo da
válvula.
Roscados.
São de fácil substituição, geralmente executados de material diferente do material do
corpo e são empregados quando existe a presença de fluidos agressivos e devem
ser construídos com materiais compatíveis com o fluido a ser transportados e sua
agressividade.
Prensados.
São empregados para fluidos agressivos mas a sua substituição não é tão fácil
quanto as roscadas. Quanto ao material empregado também deve atender as
exigências da agressividade do fluido transportado.
Obturadores (disco).
Em válvulas globo convencional, angular ou oblíqua, podem ser utilizados vários
tipos de obturadores para as mais diferentes características de fluidos, de pressão e
temperatura. Eles podem ter formas construtivas diversas para melhor atender uma
condição mais específica de trabalho e para cada geometria do disco se tem um tipo
de regulagem.
Os tipos mais usuais são apresentados abaixo.
258
resistência mecânica, geralmente em inox, oferecem maior resistência às impurezas
contidas nos fluídos, como também a desgastes provocados por erosão, sobretudo
em escoamento de fluido em velocidade mais elevada.
Vedação do corpo:
Entre o corpo e o castelo existe uma junta que é o elemento de vedação e a
estanqueidade se processa pelo aperto dessa junta ente o corpo e o castelo.
Vedação da haste.
Este sistema de vedação é conhecido como “engaxetamento da haste” e se
processa por meio de gaxetas enroladas na haste e apertadas por meio de um
dispositivo denominado preme-gaxetas.
259
Acionamento direto.
O acionamento direto por meio de volante fixo à haste é o sistema usado em
válvulas de uso doméstico e industrial para todos os diâmetros, é o meio mais
comum de acionamento.
A haste pode ser fabricada com rosca interna para os serviços de menor
responsabilidade como as válvulas domiciliares e as válvulas destinadas aos
serviços de saneamento, as hastes com rosca externa são destinadas aos serviços
de maior responsabilidade.
Latão laminado.
O latão laminado ASTM B124 é empregado na construção da haste das válvulas de
corpo e castelo de bronze.
O latão laminado ASTM B16 é empregado na construção de hastes das válvulas de
corpo e castelo de ferro fundido.
Ferro fundido.
O ferro fundido cinzento ASTM A126/B é empregado na construção do corpo e
castelo das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o
flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces planas.
O ferro fundido dúctil NBR 7663 (ISO 2531) é empregado na construção do corpo e
castelo das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o
flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces com ressalto.
260
Aço carbono forjado.
O aço carbono forjado ASTM A105 é empregado na construção do corpo e castelo
das válvulas de pequenos diâmetros com extremidades roscadas conforme NBR NM
ISO 7-1 (Antiga NBR 6414) (BSP) ou ASME/ANSI B1.20.1 (NPT), extremidades para
solda de encaixe (SW) conforme ASME/ANSI B16.11 ou ainda flangeadas conforme
ASME/ANSI B16.5 com face com ressalto.
PTFE (Teflon).
O PTFE é o material mais usado na vedação das válvulas e por suas características
químicas não requer lubrificação e é quimicamente muito resistente, sua principal
limitação é a temperatura que deve variar entre -20 oC e 140oC.
Carbono.
Um dos materiais mais novos usados na vedação das válvulas é o grafoil, material a
base de carbono e comercializado na forma de fitas. É um material de enorme
resistência química e resiste a altas temperaturas, que podem variar de -240 oC a
3000oC.
Pressão Nominal.
Designação simbólica para fins de referência.
Pressão de Trabalho.
É a pressão máxima admissível para cada valor da temperatura de trabalho onde se
considera o binômio pressão x temperatura conforme norma ANSI B16.34.
261
6.11. Exemplos de especificação técnica.
Fluido: água potável
Instalação: aparente
Pressão de serviço: baixa
Temperatura: ambiente
262
Fluido: água industrial
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 10,0 kgf/cm2
Temperatura: ambiente
Fluido: ar comprimido
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 10,0 kgf/cm2
Temperatura: ambiente
263
Fluido: água quente
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 20,0 kgf/cm2
Temperatura: ambiente
264
6.12. Exemplos de folhas de dados.
FOLHA DE DADOS:
FD-008 VÁLVULA GLOBO VGL-01
CORPO / CASTELO
03 CLASSE DE PRESSÃO
04 EXTREMIDADES
05 FACE
FLANGE
06 ACABAMENTO
07 VOLANTE
08 ACIONAMENTO HASTE
09 ROSCA
10 PASSAGEM
11 OBTURADOR
12 CASTELO
13 PREME-GAXETA
14 GAXETA
15
16 CORPO E CASTELO
17 HASTE
INTERNOS
18 VEDAÇÃO
19 OBTURADOR
20 GAXETA
21 JUNTA
VEDAÇÃO
22
MATERIAIS
PARAFUSO
CORPO / CASTELO
23 PORCA
24 CORPO
25 PREME-GAXETA PARAFUSO
26 PORCA
27 BUCHA DE ACIONAMENTO
28 PORCA DO VOLANTE
29 VOLANTE
30 CONTRA-VEDAÇÃO
31
32 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
ACES.
33
34
35
36 FLUIDO
37 VAZÃO
FLUIDO
38 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
39 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
40 DENSIDADE
41 VISCOSIDADE
42 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
43
NORMAS
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
Folha
/
265
6.13. Tabelas Técnicas.
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
VAPOR SATURADO 8,8 125
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 14,1 200
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 21,0 300
VEDAÇÃO 14,1 200
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA BSP
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
3. VAPOR SATURADO ATÉ 8,8 kgf/cm2 (178 °C)
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
266
VÁLVULA GLOBO DE PASSAGEM RETA MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
VAPOR SATURADO 10,5 150
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 21,0 300
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,6 450
VEDAÇÃO 21,0 300
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA BSP
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
3. VAPOR SATURADO ATÉ 8,8 kgf/cm2 (178 °C)
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
267
VÁLVULA GLOBO MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
VAPOR SATURADO 56,3 800
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 140,6 2000
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 210,0 3000
VEDAÇÃO 66,1 2200
ENCAIXE/SOLDA
MEIO DE LIGAÇÃO ROSCA NPT
ROSCA BSP
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA ALTAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
3. VAPOR SATURADO ATÉ 56,3 kgf/cm2 (178 °C)
268
VÁLVULA GLOBO MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
VAPOR SATURADO 21,0 300
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 20,0 285
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 15,8 450
VEDAÇÃO 22,0 315
FLANGE
MEIO DE LIGAÇÃO ANSI B16.5
DIN
ASME/ANSI
NORMA DE FABRICAÇÃO
B16.10
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA MÉDIAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
3. VAPOR SATURADO ATÉ 21,0 kgf/cm2 (297 °C)
269
VÁLVULA GLOBO ANGULAR MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
VAPOR SATURADO 21,0 300
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 20,0 285
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 15,8 450
VEDAÇÃO 22,0 315
FLANGE
MEIO DE LIGAÇÃO ANSI B16.5
DIN
ASME/ANSI
NORMA DE FABRICAÇÃO
B16.10
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA MÉDIAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
3. VAPOR SATURADO ATÉ 21,0 kgf/cm2 (297 °C)
270
6.14. Fabricantes de Válvulas Globo
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Aerre x x x
Brava x x
Brussantin x
Ciwal x x x x x
Deca x
Dox x x x x x
Eicasa x x x x x
Friatec x x
Grofe x
Incoval x x x x
Indumetal x x x x x x
IVC Vanasa x x x x x
Mipel x x
Niagara x x x x x
Nova Americana x x x x x x x x
Scai x x x x x
Spirax Sarco x x
Tecval x x x x x x
Valcont x x x x x x
Valtec x x
Valvugás x x x x x
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Ciwal x x x
Dox x x x
Eicasa x x x
Grofe x
Mipel x
Niagara x x x x
Tecval x x x x x x x
Valcont x x x x x
271
Válvulas Borboleta
7. VÁLVULA BORBOLETA
7.1. Introdução:
A válvula borboleta, uma das mais antigas, recebe esse nome em função da
aparência se seu oburador, tem por função a regulagem e o bloqueio do fluxo em
uma tubulação e pode trabalhar em várias posições de fechamento parcial.
O fechamento da válvula é feito pela rotação de uma peça circular, chamada disco,
em torno de um eixo perpendicular à direção de escoamento do fluido.
Quase todas as válvulas de borboleta têm anéis de sede em elastômeros, com quais
se consegue uma excelente vedação.
7.2. Aplicação:
As válvulas de borboleta foram originalmente concebidas como válvulas de
regulagem, mas devido ao aprimoramento da sede pode também trabalhar como
válvulas de bloqueio.
É utilizada principalmente em sistemas de adução e de distribuição de água bruta ou
tratada, e em estações de tratamento de água e de esgotos e ainda é utilizada na
indústria química, petroquímica, farmacêutica e alimentícia.
Podem ser usadas em serviços de alta corrosão pois existem válvulas com
revestimento anticorrosivo tanto no corpo como na haste e no disco de fechamento.
São utilizadas em tubulações contendo líquidos, gases, inclusive líquidos sujos ou
contendo sólidos em suspensão, bem como para serviços corrosivos.
273
7.5. Identificação das partes de uma válvula borboleta:
Instalação
Pode ser instalada enterrada ou aérea em tubulações horizontais ou verticais e,
quando enterradas, devem ser instaladas em câmara de manobra.
Modelo do corpo.
Corpo inteiriço / haste e disco aparafusado.
O corpo é fabricado em uma única peça e, disco e haste são duas peças distintas
que serão unidas por meio de parafusos.
274
Meios de ligação.
Wafer.
Modelo de válvula que para a sua instalação são
utilizados dois flanges e a válvula é apertado entre esses
dois flanges por meio de parafusos.
Lug.
Modelo muito semelhante às válvulas do tipo wafer mas
apresentando uma orelha para cada parafuso. Essas
orelhas são dotadas de furos com roscas, das mesmas
características dos flanges a que se destinam, onde são
roscados parafusos estojos para a fixação na tubulação.
A vantagem em relação ao modelo wafer é a
independência proporcionada entre os trechos de
montante e jusante com a praticidade do corpo curto das
wafers.
Flangeada.
Modelo usado principalmente para válvulas de grandes diâmetros onde se deseja a
praticidade e a confiabilidade das ligações flangeadas.
Vedação da haste.
Este sistema de vedação é conhecido como “engaxetamento da haste” e se
processa por meio de gaxetas enroladas na haste e apertadas por meio de um
dispositivo denominado preme-gaxetas.
275
PNEUMÁTICO MANUAL
Acionamento manual.
276
Com volante Com chave T Com volante sobre pedestal
Acionamento Elétrico
O atuador elétrico tem um motor que fornece o torque para operar a válvula.
Atuadores elétricos são freqüentemente usados em válvulas que usam sistemas de
acionamento por meio da rotação da haste, como as gavetas ou globos. Com adição
de uma caixa de engrenagem de quarto de volta, os motores podem ser utilizados
numa válvula esfera, macho ou qualquer outra de acionamento rápido, do tipo quarto
de volta.
277
Corpo de aço inox.
O aço inox do tipo 304 (ASTM A351/CF8) ou 316 (ASTM A351/CF8M) é empregado
na construção do corpo das válvulas de pequenos e grandes diâmetros e o meio de
ligação utilizado é o flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.5, com faces
planas ou com ressalto ou para instalações do tipo “wafer”.
Corpo de alumínio.
O alumínio é um material raramente empregado na construção das válvulas de
borboleta.
Acionamento.
Normalmente o acionamento manual, por meio de alavanca ou por meio de volante,
é fabricado em ferro fundido nodular.
Gaxetas:
O PTFE (Teflon) é o material mais usado na vedação das válvulas e por suas
características químicas não requer lubrificação e é quimicamente muito resistente,
sua principal limitação é a temperatura que deve variar entre -20 oC e 140oC.
Atualmente, após a proibição do amianto, as principais gaxetas são produzidas com
fibras de aramida envolvida com PTFE e grafite.
Anel de vedação.
O anel de vedação das válvulas de borboleta é executado com um elastômero e
promove a vedação entre o corpo e o disco. O quadro abaixo apresenta as
características dos principais materiais utilizados na fabricação dos anéis de
vedação.
PROPRIEDADES DOS ELASTÔMEROS
DEFORMAÇÃO POR
ENVELHECIMENTO
RESISTÊNCIA AO
RESISTÊNCIA À
TEMPERATURA
ABSORÇÃO DE
COMPRESSÃO
RASGAMENTO
RESISTÊNCIA
ATMOSFERA
DIAFRAGMA
POR CALOR
DENSIDADE
LIMITES DE
OXIDAÇÃO
DE OZONA
ELÉTRICO
ISOLANTE
ABRASÃO
À CHAMA
DUREZA
SORE A
(g/cm )
ÁGUA
3
(°C)
VITON 60-90 1,8 -20 a 140 REG BOM REG. BOM ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO
BORRACHA
40-95 1 -20 a 80 REG REG. BOM RUIM BOM BOM REG. BOM RUIM
NATURAL
HYCAR 40-95 1 -20 a 80 REG. REG. BOM RUIM BOM BOM REG. BOM RUIM
NEOPRENE 40-95 1,23 -20 a 90 BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM
HYPALON 50-90 1,18 -20 a 100 REG. BOM REG. ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM
BUTIL 40-90 0,92 -20 a 120 BOM REG. REG. BOM BOM ÓTIMO BOM BOM ÓTIMO
EPDM 40-90 0,86 -20 a 130 REG. BOM BOM ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO RUIM
PTFE 55-65 2,18 -20 a 140 ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO RUIM
278
7.10. Classes de pressão.
As válvulas são classificadas por classes de pressão.
Pressão Nominal: Designação simbólica para fins de referência.
Pressão de Trabalho: É a pressão máxima admissível para cada valor da
temperatura de trabalho onde se considera o binômio pressão x temperatura
conforme norma ANSI B16.34.
279
Fluido: água bruta
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 10,0 kgf/cm2
Temperatura: ambiente
280
7.12. Exemplo de folha de dados.
FOLHA DE DADOS:
FD-007 VÁLVULA BORBOLETA VBO-01
CLASSE DE PRESSÃO
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06 ALAVANCA
07 ACIONAMENTO VOLANTE
08 REDUTOR
09 REVESTIMENTO DO CORPO
10 INDICADOR DE POSIÇÃO
11
12
13
14
15
16 CORPO
17 HASTE
18 INTERNOS VEDAÇÃO
19 DISCO
20
21 CORPO
22
MATERIAIS
PREME-GAXETA PARAFUSO
23 PORCA
24
25
26
27
28
29
30
31 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
32
ACES.
33
34
35
36 FLUIDO
37 VAZÃO
FLUIDO
38 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
39 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
40 DENSIDADE
41 VISCOSIDADE
42 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
43
NORMAS
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
Folha
/
281
7.13. Tabelas Técnicas.
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 10,5 150
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO
VEDAÇÃO
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
282
VÁLVULA BORBOLETA MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 10,5 150
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO
VEDAÇÃO
1.1/2” 2” 2.1/2” 3” 4” 5” 6” 8”
DN 125
40 50 65 80 100 150 200
A 270 270 270 270 270 270 270 470
B 214 235 252 269 302 331 357 425
C 82 100 110 125 156 180 210 270
ESP 38,0 40,0 42,0 44,0 46,0 48,0 50,0 60,0
kg 4,0 4,2 4,5 5,0 6,0 7,7 9,5 16,5
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO OU GÁS PARA BAIXAS PRESSÕES.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS E SEM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
283
7.14. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Asvotec x
Brusantin x x
Ciwal x x x
CMC x x
Dox x x
Friatec x x x x
Hiter x x x
Incoval x x
Indumetal x x x x
IVC Vanasa x x x x x
Neles x x
Niagara x x x x
RTS x x x x x x x
Valcont x x x x x
Valtec x x
284
Válvulas Diafragma
8. VÁLVULA DE DIAFRÁGMA
8.1. Introdução
Este tipo de válvula tem origem de seu nome ligada a um componente que realiza a
sua vedação: o diafragma. Trata-se de uma peça moldada e prensada feita de
borracha ou plástico.
De construção bastante simples estas válvulas se compõem de três unidades: corpo,
diafragma e tampa. Dispensam qualquer tipo de engaxetamento da haste. São de
fácil manutenção e normalmente dimensionadas para trabalho contínuo por longos
períodos, com uma condição mínima de manutenção.
A geometria de seu corpo representa um perfil angular permitindo receber vários
tipos de revestimentos, tais como: borracha, ebonite, vidro, teflon, etc.
Além disso, o mecanismo de acionamento é completamente isolado do fluido que
passa em seu corpo, evitando assim elementos como juntas e gaxetas.
8.2. Aplicação
A válvula diafragma suporta fluidos corrosivos, abrasivos, erosivos e podem também
ser aplicada para controle de gases industriais e processamento de fluidos com
partículas sólidas, como pastas e lamas.
Possibilitam respostas rápidas e regulagens e/ou bloqueio de fluidos em sistemas de
controle nas indústrias químicas e petroquímicas, de mineração, farmacêuticas,
alimentícias, bebidas, usinas de açúcar e álcool, saneamento básico, tratamento de
efluentes, siderúrgicas, cimento, tintas e vernizes, papel e celulose, fertilizantes, etc.
286
poder ser facilmente retirado e assim, substituído. Isto ocasiona menor tempo de
interrupção dos processos.
287
Castelo ou tampa
Consiste em conjunto contendo o mecanismo de acionamento da válvula composto
de: volante, haste, compressor e tampa. Este conjunto, através do compressor,
comprime o diafragma contra a sede da válvula para realizar a vedação.
Diafragma
Peça de borracha prensada que é acoplada no compressor. O diafragma garante o
isolamento total da válvula e realiza a vedação. Foram desenvolvidos vários tipos de
diafragmas construídos em borrachas prensadas ou materiais plásticos.
Corpo:
Fabricado normalmente em material fundido e, de acordo com o fluido, poderá
receber um revestimento interno.
Diafragma:
O diafragma pode ser fabricado de neoprene, viton, borracha natural, hycar,
hypalon, butil, EPDM e PTFE (teflon®).
ENVELHECIMENTO
RESISTÊNCIA AO
ATMOSFERA DE
RESISTÊNCIA À
TEMPERATURA
ABSORÇÃO DE
COMPRESSÃO
RASGAMENTO
RESISTÊNCIA
DIAFRAGMA
POR CALOR
DENSIDADE
LIMITES DE
OXIDAÇÃO
ELÉTRICO
ISOLANTE
ABRASÃO
À CHAMA
SHORE A
DUREZA
OZONA
(g/cm )
ÁGUA
3
(°C)
VITON 60-90 1,8 -20 a 140 REG BOM REG. BOM ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO
BORRACHA
40-95 1 -20 a 80 REG REG. BOM RUIM BOM BOM REG. BOM RUIM
NATURAL
HYCAR 40-95 1 -20 a 80 REG. REG. BOM RUIM BOM BOM REG. BOM RUIM
NEOPRENE 40-95 1,23 -20 a 90 BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM
HYPALON 50-90 1,18 -20 a 100 REG. BOM REG. ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM
BUTIL 40-90 0,92 -20 a 120 BOM REG. REG. BOM BOM ÓTIMO BOM BOM ÓTIMO
EPDM 40-90 0,86 -20 a 130 REG. BOM BOM ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO RUIM
PTFE 55-65 2,18 -20 a 140 ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO RUIM
Revestimento do corpo:
O corpo pode ter um revestimento interno conforme a necessidade do serviço a que
se destina. Os principais produtos para revestimento são: ebonite, ebonite grafitado,
borracha natural, neoprene, clorobutil, vidro, hypalon e o chumbo.
288
Exemplos de revestimentos:
289
8.9. Acionamento das válvulas
Manual:
A forma de acionamento mais comum é com o volante ou ainda por meio de
alavanca, do tipo fechamento rápido (1/4 de volta através). O volante é o dispositivo
que transmite força à haste para dar movimento ao compressor.
Pneumático:
Através de ar comprimido realiza-se a abertura ou fechamento da válvula.
Eletropneumático:
Através de atuação elétrica de solenóide e suprimento de ar comprimido, a válvula
realiza as operações de abertura e fechamento.
Fluido: gasolina
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 125 lb/pol2
Temperatura: 20º C
Válvula diafragma de acionamento manual,
tipo angular, corpo em ferro fundido,
diafragma em Hycar, extremidade roscada
conforme NBR NM ISO 7-1 (Antiga NBR
6414) (BSP).
Ref.: Ciwall – Tipo Saunders.
290
Fluido: hipoclorito
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 14 kg/cm2
Temperatura: 30º C
291
8.11. Exemplo de folha de dados.
FOLHA DE DADOS
FD-005
VÁLVULA DIAFRAGMA VDF-01
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06 NÚMERO DE VIAS
07 VOLANTE
ACIONAMENTO
08 ALAVANCA
09
10 MODELO
11 HASTE
12 PREME-GAXETA
13
14
15
16 CORPO/TAMPA
17 HASTE
18 INTERNOS VEDAÇÃO
19 ESFERA
20 JUNTA
VEDAÇÃO
21 PARAFUSO
MATERIAIS
CORPO/TAMPA
22 PORCA
23 DIAFRAGMA
24 REVESTIMENTO INTERNO
25
26
27
28
29
30 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
31
32
ACES
33
34
35 FLUIDO
36 VAZÃO
FLUIDO
37 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
38 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
39 DENSIDADE
40 VISCOSIDADE
41 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
42 CONSTRUÇÃO
43 MEDIDA FACE A FACE
NORMAS
44 EXTREMIDADES
45 TESTE DO CORPO
46 TESTE DA SEDE
47
48 REFERÊNCIA
49
GERAL
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
FOLHA
/
292
8.12. Tabelas técnicas.
MATERIAIS
VÁLVULA DE DIAFRAGMA
MATERIAL: BRONZE FUNDIDO CORPO BRONZE ASTM B62
CLASSE: 150 LIBRAS TAMPA BRONZE ASTM B62
VOLANTE FERRO NODULAR
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE) 5,0 80
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 5,0 80
VEDAÇÃO 5,0 80
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA BSP
APLICAÇÕES:
1. PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
293
MATERIAIS
VÁLVULA DE DIAFRAGMA
MATERIAL: BRONZE FUNDIDO CORPO FERRO FUND. ASTM A126/B
CLASSE: 150 LIBRAS TAMPA FERRO FUND. ASTM A126/B
VOLANTE FERRO NODULAR
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE) 5,0 80
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 5,0 80
VEDAÇÃO 5,0 80
APLICAÇÕES:
1. PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
294
8.13. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Alfa Laval x x x x x
Ciwal x x x x
Hiter x x x x
Omel x x x
Vallair x x x x
295
Válvulas
de Mangote
9. VÁLVULA DE MANGOTE
9.1. Introdução
É um tipo de válvula de concepção muito simples e basicamente, é constituída por
dois componentes, uma peça tubular de borracha, o mangote, e o mecanismo de
estrangulamento que atua externamente ao mangote, bloqueando ou regulando o
fluxo.
A principal característica da válvula de mangote é a mesma passagem do fluxo
totalmente livre e proporciona uma estanqueidade total, mesmo em fluidos com
sólidos em suspensão com as polpas, lamas e toda gama de fluidos com sólidos em
suspensão. Somente o mangote entra em contato com o fluido, o acionamento e o
corpo da válvula são totalmente externos.
9.2. Aplicação
As válvulas de mangote encontram uma vasta aplicação em praticamente qualquer
campo industrial, particularmente em sistemas em que características do fluido
transportado tornem a aplicação de válvulas comuns inviável. Sendo assim ideais
para operar com fluidos incomuns, tais como: líquidos abrasivos ou corrosivos, e
com grandes quantidades de sólidos em suspensão, lamas, polpas, minérios,
esgotos industriais e sanitários, manuseio de pós secos, etc.
297
Estrangulador
Elemento que comprime o mangote, para efetuar o fechamento da válvula. O
estrangulador pode ser acionado por sistema manual ou sistema automático.
Volante
Dispositivo que transmite força ao estrangulador, possibilitando o fechamento e a
abertura da válvula.
Mangote
Normalmente fabricado em borracha prensada, podendo ser utilizado em vários tipos
de borrachas ou plásticos.
Aberto.
São aquelas em que o mangote fica exposto. A finalidade básica para esse tipo é
o baixo peso.
Fechado.
São aquelas em que o mangote fica em um invólucro metálico, corpo em ferro
fundido bipartido. Este tipo é indicado para os pequenos diâmetros.
298
Quanto ao material
Corpo
O material mais comum é ferro fundido cinzento ASTM B126/B que é empregado
na fabricação do corpo das válvulas abertas e fechadas.
O alumínio é empregado sempre que se deseja um baixo peso dessas válvulas.
Mangote
ENVELHECIMENTO
RESISTÊNCIA AO
RESISTÊNCIA À
TEMPERATURA
ABSORÇÃO DE
COMPRESSÃO
RASGAMENTO
RESISTÊNCIA
ATMOSFERA
DIAFRAGMA
POR CALOR
DENSIDADE
LIMITES DE
OXIDAÇÃO
DE OZONA
ELÉTRICO
ISOLANTE
ABRASÃO
À CHAMA
DUREZA
SORE A
(g/cm )
ÁGUA
3
(°C)
VITON 60-90 1,8 -20 a 140 REG BOM REG. BOM ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO
BORRACHA
40-95 1 -20 a 80 REG REG. BOM RUIM BOM BOM REG. BOM RUIM
NATURAL
HYCAR 40-95 1 -20 a 80 REG. REG. BOM RUIM BOM BOM REG. BOM RUIM
NEOPRENE 40-95 1,23 -20 a 90 BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM BOM
HYPALON 50-90 1,18 -20 a 100 REG. BOM REG. ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM ÓTIMO BOM
BUTIL 40-90 0,92 -20 a 120 BOM REG. REG. BOM BOM ÓTIMO BOM BOM ÓTIMO
EPDM 40-90 0,86 -20 a 130 REG. BOM BOM ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO RUIM
PTFE 55-65 2,18 -20 a 140 ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO RUIM
299
Operação manual.
O sistema de operação manual empregado no acionamento das válvulas de
mangote é o volante de ação direta para a maioria das válvulas ou por meio de
volante com redutor, mas podendo ser encontradas as válvulas de fechamento
rápido, acionadas por meio de alavancas.
Operação automática.
Os atuadores mais empregados para o acionamento automático das válvulas
de mangote são o atuador pneumático, o hidráulico e o elétrico.
Pressão de Acionamento
A pressão de ar ou líquido a ser aplicada na válvula para obter seu fechamento
total e à prova de vazamentos é de aproximadamente 2.5/3.0 kg/cm 2 acima da
pressão da linha em que a válvula está montada. Para assegurar a máxima
vida ao elemento tubular da válvula, o máximo cuidado deve ser tomado para
nunca usar pressão acima daquela necessária para o fechamento completo.
300
Fluido: Polpa de minério
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 2,5 kg/cm2
Temperatura: 30º C
301
9.9. Exemplo de Folha de Dados
FOLHA DE DADOS
FD-006
VÁLVULA MANGOTE VMG-01
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06 MODELO
07 VOLANTE
ACIONAMENTO
08 ALAVANCA
09 ESTRANGULADOR
10
11
12
13
14
15
16 CORPO
17 MANGOTE
18 ESTRANGULADOR
19
20 PARAFUSO
21 PORCA
MATERIAIS
22
23
24
25
26
27
28
29
30 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
31
ACES.
32
33
34
35 FLUIDO
36 VAZÃO
FLUIDO
37 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
38 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
39 DENSIDADE
40 VISCOSIDADE
41 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
42 CONSTRUÇÃO
43 MEDIDA FACE A FACE
NORMAS
44 EXTREMIDADES
45 TESTE DO CORPO
46 TESTE DO MANGOTE
47
48 REFERÊNCIAS
49
GERAL
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
FOLHA
/
302
9.10. Tabelas técnicas.
MATERIAIS
VÁLVULA DE MANGOTE
MATERIAL: FERRO FUNDIDO CORPO FERRO FUND. ASTM A126/B
CLASSE: 125 LIBRAS ESTRANGULADOR FERRO FUND. ASTM A126/B
VOLANTE FERRO NODULAR
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE)
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
MANGOTE DE NEOPRENE
APLICAÇÕES:
1. PRODUTOS COM SÓLIDOS EM GERAL.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
303
MATERIAIS
VÁLVULA DE MANGOTE
MATERIAL: FERRO FUNDIDO CORPO FERRO FUND. ASTM A126/B
CLASSE: 125 LIBRAS ESTRANGULADOR FERRO FUND. ASTM A126/B
VOLANTE FERRO NODULAR
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE)
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
MANGOTE
APLICAÇÕES:
1. PRODUTOS COM SÓLIDOS EM GERAL.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
304
9.11. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
EnviroTech x x
Omel x x
305
Válvulas de
Retenção
10. VÁLVULA DE RETENÇÃO
10.1. Introdução
As válvulas de retenção caracterizam-se pela auto-operação proporcionada pelas
diferenças de pressão entre montante e jusante exercidas pelo fluido em
conseqüência do próprio fluxo, não havendo necessidade da atuação do operador.
10.2. Aplicação.
As válvulas de retenção são denominadas de “válvulas unidirecionais” e são
instaladas com a finalidade de evitar a inversão no sentido do fluxo, o refluxo.
Quando ocorre a interrupção no fornecimento de energia das bombas e,
conseqüentemente ocorre a parada do escoamento, as válvulas de retenção se
fecham impedindo o refluxo e retendo a coluna do fluido na tubulação. Como função
secundária, são importantes para a manutenção da coluna de líquido durante a
paralisação e fundamentais também para se evitar que a sobre-pressão causada por
golpes de aríete resultantes da parada brusca do escoamento chegue às bombas.
307
10.3. O emprego do "by-pass".
O chamado by-pass é uma passagem externa contornando a válvula, permitindo a
passagem paralela do fluído em relação à válvula. Esse dispositivo pode equipar
determinadas válvulas de retenção, trazendo como vantagens permitir o fluxo do
fluído para a parte da tubulação isolada pela válvula, o que facilita os trabalhos de
manutenção ou ainda proporcionar a escorva das bombas. No caso da válvula de
retenção não dispor de by-pass, se necessário deve ser executado na própria
tubulação, ligando montante e jusante da tubulação.
Aplicação:
As válvulas de retenção, tipo disco integral, são aplicáveis em líquidos e gases.
Caracterizam-se por reduzido tempo de fechamento, baixa perda de carga quando
comparada aos outros modelos, longa durabilidade e baixo custo de manutenção.
308
Identificação das partes de uma válvula de retenção tipo disco integral:
Materiais construtivos.
Classe 125# - Corpo em ferro fundido cinzento, internos em bronze e mola em aço
ligado.
Classes 150# e 300# - Corpo em aço fundido, internos em inox e mola em aço
ligado.
Meios de ligação.
As válvulas de retenção tipo disco integral são apresentadas com as extremidades
flangeadas ou roscadas.
By-pass.
As válvulas de retenção tipo disco integral não apresentam “by-pass”.
Instalação.
As válvulas de retenção tipo disco integral podem ser instaladas em qualquer
posição, mesmo em tubulações verticais ou inclinadas com o fluxo descendente. O
corpo das válvulas sempre apresenta a indicação do fluxo e havendo necessidade
de by-pass este deverá ser executado na própria tubulação.
Aplicação.
As válvulas de retenção tipo flap são próprias para aplicação em líquidos sob
pressão atmosférica, em sistemas de drenagem ou ainda nos sistemas de
esgotamento.
Caracterizam-se por sua robustez, elevada perda de carga e pela sua longa
durabilidade e baixo custo de manutenção.
Materiais construtivos.
Classes PN 10 e PN 16 - Corpo e portinhola em ferro fundido dúctil, e internos em
bronze, mola em aço inox e vedação por meio de um elastômero, geralmente
Buna-N.
Meios de ligação.
As válvulas de retenção tipo disco integral são apresentadas com as extremidades
flangeadas ou do tipo wafer, sendo mais comum as do tipo flangeada.
309
Identificação das partes de uma válvula de retenção tipo flap.
1 - CORPO
2 - PORTINHOLA
3 - ANEL DE VEDAÇÃO
4 - EIXO DA PORTINHOLA
5 - MOLA
6 - BUJÃO DO RETENTOR
7 - ARRUELAS DE ENCOSTO
By-pass.
As válvulas de retenção tipo disco integral não apresentam “by-pass”.
Instalação.
As válvulas de retenção tipo flap ou portinhola basculante devem ser instaladas em
tubulações horizontais e devem ser montadas conforme corte abaixo. Existe um
modelo próprio para ser instalado no final de linhas que pode ser flangeada ou
chumbada nas paredes de concreto. O corpo das válvulas sempre apresenta a
indicação do fluxo e havendo necessidade de by-pass este deverá ser executado na
própria tubulação.
Aplicação.
As válvulas de retenção tipo portinhola simples são próprias para aplicação em
líquidos homogêneos sob pressão, em tubulações industriais de líquidos e gazes,
sistemas de água e caracterizam-se por sua robustez, elevada perda de carga e
pela sua longa durabilidade e baixo custo de manutenção.
310
Meios de ligação.
As válvulas de retenção tipo portinhola simples são apresentadas com as
extremidades roscadas, soquetadas, para solda de topo ou ainda flangeadas.
Materiais construtivos.
Bronze fundido - utilizado para as válvulas das classes 125# com extremidades
roscadas.
Aço forjado - utilizado para as válvulas das classes 150#, 300# e 600# com
extremidades roscadas, soquetadas, para solda de topo ou flangeadas.
Aço fundido - utilizado para as válvulas das classes 150#, 300# e 600# com
extremidades para solda de topo ou flangeadas.
By-pass.
As válvulas de retenção tipo portinhola simples podem ser providas de “by-pass”.
Instalação.
As válvulas de retenção tipo portinhola simples podem ser instaladas em tubulações
horizontais e devem ser montadas conforme corte acima ou ainda em tubulações
verticais com o fluxo ascendente. O corpo das válvulas sempre apresenta a
indicação do fluxo.
Aplicação.
As válvulas de retenção tipo pistão são próprias para aplicação em serviços com
fluidos homogêneos sob alta pressão, em tubulações industriais de líquidos e gazes,
e caracterizam-se por elevada perda de carga, pela robustez do modelo e pela sua
longa durabilidade aliado ao baixo custo de manutenção.
311
Meios de ligação.
As válvulas de retenção tipo pistão são apresentadas com as extremidades
roscadas, com encaixe para solda, para solda de topo ou ainda flangeadas.
Materiais construtivos.
Bronze fundido - utilizado para as válvulas das classes 125# com extremidades
roscadas.
Aço forjado - utilizado para as válvulas das classes 150#, 300# e 600# com
extremidades roscadas, soquetadas, para solda de topo ou flangeadas.
Aço fundido - utilizado para as válvulas das classes 150#, 300# e 600# com
extremidades para solda de topo ou flangeadas.
By-pass.
As válvulas de retenção tipo pistão podem apresentar “by-pass”. O corpo das
válvulas sempre apresenta a indicação do fluxo e havendo necessidade de by-pass
este poderá ser executado na própria tubulação ou nos pontos indicados no corpo
da válvula.
Instalação.
As válvulas de retenção tipo pistão devem ser instaladas apenas em tubulações
horizontais na posição indicada acima. O corpo das válvulas sempre apresenta a
indicação do fluxo.
Aplicação.
As válvulas de retenção vertical tipo disco são próprias para aplicação em fluidos
homogêneos sob pressão, em tubulações industriais e prediais de líquidos e gazes e
caracterizam-se por elevada perda de carga, pela sua longa durabilidade e baixo
custo de manutenção.
Meios de ligação.
As válvulas de retenção vertical tipo disco são apresentadas com as extremidades
roscadas.
312
Materiais construtivos.
Bronze fundido - utilizado para as válvulas da classe 125# com extremidades
roscadas.
By-pass.
As válvulas de retenção vertical tipo disco não apresentam “by-pass”. O corpo das
válvulas sempre apresenta a indicação do fluxo e havendo necessidade de by-pass
este deverá ser executado na própria tubulação.
Instalação.
As válvulas de retenção vertical tipo disco devem ser instaladas apenas em
tubulações verticais com fluxo ascendente. O corpo das válvulas sempre apresenta
a indicação do fluxo.
Aplicação.
As válvulas de retenção tipo disco duplo ou duplex são próprias para aplicação em
líquidos homogêneos sob pressão, em tubulações industriais e prediais de líquidos e
gazes, sistemas de água e caracterizam-se por pequena perda de carga comparada
com os outros modelos, pela sua longa durabilidade e baixo custo de manutenção e
por ser um modelo bem compacto e bem mais econômico que as similares de
portinhola simples.
Meios de ligação.
As válvulas de retenção tipo disco duplo são apresentadas com as extremidades
flangeadas mas a mais comum é a do tipo wafer.
Materiais construtivos.
Bronze fundido - utilizado para as válvulas da classe 125# com extremidades do tipo
wafer.
Ferro fundido cinzento - utilizado para as válvulas da classe 125# com extremidades
do tipo wafer.
Ferro fundido nodular - utilizado para as válvulas da classe 150# e 300# com
extremidades do tipo wafer ou flangeadas.
313
Aço carbono fundido - utilizado para as válvulas da classe 150# e 300# com
extremidades do tipo wafer ou flangeadas.
Aço inox fundido - utilizado para as válvulas da classe 150# e 300# com
extremidades do tipo wafer ou flangeadas.
By-pass.
As válvulas de retenção vertical tipo disco não apresentam “by-pass”. O corpo das
válvulas sempre apresenta a indicação do fluxo e havendo necessidade de by-pass
este deverá ser executado na própria tubulação.
Instalação.
As válvulas de retenção tipo disco duplo ou duplex podem ser instaladas em
tubulações horizontais e em tubulações verticais com fluxo ascendente. O corpo das
válvulas sempre apresenta a indicação do fluxo.
Aplicação.
As válvulas de retenção de pé ou simplesmente chamadas de válvulas de fundo de
poço, tem por finalidade garantir a escorva de bombas de sucção. Normalmente são
apresentadas conjugadas com um crivo ou ralo.
Meios de ligação.
As válvulas de retenção de pé são apresentadas com as extremidades roscadas ou
flangeadas.
Materiais construtivos.
Bronze fundido - utilizado para as válvulas com extremidades roscadas.
Ferro fundido cinzento - utilizado para as válvulas com extremidades do tipo wafer
ou roscadas.
Ferro fundido nodular - utilizado para as válvulas com extremidades do tipo wafer ou
flangeadas.
314
Identificação das partes de uma válvula de pé.
Instalação.
As válvulas de retenção de pé devem ser instaladas nas tubulações de sucção dos
sistemas de bombeamento.
Fluido: ar comprimido
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 25,0 kgf/cm2
Temperatura: ambiente
315
Fluido: vapor
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 40 kgf/cm2
Temperatura: 250 °C
316
10.12. Exemplo de folha de dados.
FOLHA DE DADOS:
FD-009 VÁLVULA DE RETENÇÃO VRE-01
CLASSE DE PRESSÃO
03 EXTREMIDADES
04
05
06 FACE
FLANGE
07 ACABAMENTO
08
09 TIPO
10 TAMPA PARAFUSO
11 JUNTA
12
13
14
15
16 CORPO / TAMPA
17 DISCO
18 EIXO
INTERNOS
19 MOLA
20 VEDAÇÃO
21 PARAFUSO
22
MATERIAIS
33
34
35
36 FLUIDO
37 VAZÃO
FLUIDO
38 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
39 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
40 DENSIDADE
41 VISCOSIDADE
42 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
43 DIMENSÕES
NORMAS
44 CONSTRUÇÃO
45 EXTREMIDADES
46 TESTE
47
48 REFERÊNCIA:
49
GERAL
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
Folha
/
317
10.13. Tabelas Técnicas.
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E ÓLEO (AMBIENTE) 4,1 60
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO
VEDAÇÃO
ROSCA NPT
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA BSP
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO E OUTROS LÍQUIDOS.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
318
VÁLVULA DE PÉ COM CRIVO MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA, ÓLEO (AMBIENTE) 8,6 125
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO
VEDAÇÃO
FLANGE ANSI
MEIO DE LIGAÇÃO
FLANGE DIN
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO E OUTROS LÍQUIDOS.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
319
VÁLVULA RETENÇÃO TIPO PORTINHOLA MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 14,1 200
VAPOR 8,8 125
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 21,1 300
VEDAÇÃO 14,1 200
ROSCA BSP
MEIO DE LIGAÇÃO
ROSCA NPT
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO E OUTROS LÍQUIDOS.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
320
VÁLVULA RETENÇÃO TIPO PORTINHOLA MATERIAIS
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 20,0 285
VAPOR A 297 °C 10,5 150
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,7 450
VEDAÇÃO 221 315
B16.5-150#FR
MEIO DE LIGAÇÃO
DIN
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO E GÁS.
321
VÁLVULA RETENÇÃO DUPLEX MATERIAIS
o o
MATERIAL: AÇO FUNDIDO CORPO F F ASTM A536 GR. 65T
CLASSE: 150# DISCO
o o
F F ASTM A536 GR. 65T
o o
BRAÇO F F ASTM A536 GR. 65T
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA, ÓLEO E GÁS (AMBIENTE) 20,0 285
VAPOR A 297 °C 10,5 150
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
CORPO 31,7 450
VEDAÇÃO 221 315
B16.5-150#FR
MEIO DE LIGAÇÃO WAFER
DIN
PARAFUSO ESTOJO
o
N 4 4 4 8 - 8 8 12 12 12 16
5/8” 5/8” 5/8” 5/8” - 3/4” 3/4” 7/8” 7/8” 1” 1”
L 138 152 164 164 - 195 231 262 297 313 325
APLICAÇÕES:
1. ÁGUA, ÓLEO E GÁS.
OBS.: PARAFUSOS, PORCAS E ARRUELAS NÃO ACOMPANHAM A VÁLVULA, DEVENDO SER REQUISITADOS.
322
10.14. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Alfa Laval x x
Asvotec x
Brusantin x
Ciwal x x x x x x
CMC x x x x x
Eicasa x x x
Grofe x x
Incoval x x x x
Indumetal x x x x x x x
IVC Vanasa x x x x x
Macotec x x
Mipel x
Niagara x x x x x x
Nova Americana x x x x x x x
RTS x x x x x x x
Scai x x x x x x
Tecval x x x x x x
Valcont x x x x
Valvugás x x
323
Válvula Redutora
de Pressão
11. VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO
11.1. Introdução.
São válvulas destinadas a manter constante a pressão a jusante do ponto da
instalação, uma pressão menor que a de montante, dentro de uma faixa de pressão
pré-estabelecida. São conhecidas como válvulas reguladoras de pressão.
11.2. Aplicação.
São aplicadas sempre que se quer manter ou reduzir a pressão de uma tubulação e,
desta maneira, manter controle sobre pressão, vazão, níveis de água, sistemas de
bombeamento e outras aplicações em sistemas industriais e de condução e
distribuição de água e também redes de abastecimento para sistemas de irrigação.
325
11.5. Identificação das partes de uma válvula redutora de pressão.
Roscada.
Para as válvulas de bronze ou de ferro fundido tanto para os modelos de ação direta
como as do tipo de controle auto operada.
Flangeada.
Para as válvulas de bronze, ferro fundido ou aço fundido, tanto para os modelos de
ação direta como para as de controle auto operadas.
326
11.7. Materiais construtivos.
Ferro fundido.
O ferro fundido cinzento ASTM A126/B é empregado na construção do corpo e
tampa das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o
flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces planas.
O ferro fundido dúctil NBR 7663 (ISO 2531) é empregado na construção do corpo e
tampa das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o
flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces com ressalto.
Latão laminado.
O latão laminado é empregado para a construção do plug e do disco espaçador.
Elastômeros.
Neoprene reforçado com nylon é empregado na construção do diafragma.
Buna-N é empregado na vedação da junção do corpo com a tampa e no anel de
vedação do obturador.
327
Válvulas redutoras auto-operadas.
Disco V-Port.
328
Piloto redutor de pressão.
O “piloto” desempenha todas as principais funções
de um circuito de controle de duas vias. É uma
válvula de ação direta ativada por um diafragma
sensível à pressão que tende a equilibrar-se com
uma mola de tensão pré-determinada.
O piloto de pressão está normalmente aberto e tende
a fechar com o aumento de pressão a jusante. O
piloto sente a pressão diretamente, entretanto, um
sensor remoto externo pode ser instalado como
opcional. Uma válvula agulha interna atua como
restritora de escoamento a montante e como
reguladora da velocidade de fechamento
Fecho mecânico.
Este acessório, instalado no lugar do plug da tampa, permite fechamento
manual a ajustes de vazão independente do circuito externo de controle.
Indicador de Abertura.
Instalado no lugar do plug da tampa, permite a visualização da abertura e
possibilita a automação de sistemas (telemetria). Uma importante característica
é a sua alta resistência a vazamentos devido ao sistema de guia que permite a
haste do indicador girar independente da haste da válvula e ainda compensar
desvios com auto-centralização.
Filtro Especial.
Geralmente utilizado para água bruta.
Fluido: Ar comprimido
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 10,0 kg/cm2
Pressão de saída: 4,0 kg/cm2
Temperatura: 80º C (max.)
329
Fluido: Água potável
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 9,0 a 12,0 kg/cm2
Pressão de saída: 3,0 kg/cm2
Temperatura: 30º C (max.)
330
11.12. Exemplos de Folha de Dados.
FOLHA DE DADOS
FD-010
VÁLVULA REDUTORA DE AÇÃO DIRETA VRP-01
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16 CORPO/TAMPA
17 PARAFUSO DE AJUSTE
18 CONTRA-PORCA
19 MOLA
20 DIAFRAGMA
21 DISCO
MATERIAIS
22 VEDAÇÃO DO DISCO
23 GARFO
24
25
26
27
28
29
30 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
31
ACES.
32
33
34
35 FLUIDO
36 VAZÃO
FLUIDO
37 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
38 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
39 DENSIDADE
40 VISCOSIDADE
41 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
42 CONSTRUÇÃO
43 MEDIDA FACE A FACE
NORMAS
44 EXTREMIDADES
45 TESTE DO CORPO
46 TESTE DO DIAFRAGMA
47
48 REFERÊNCIAS
49
GERAL
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
FOLHA
/
331
FOLHA DE DADOS
FD-011
VÁLVULA REDUTORA AUTO-OPERADA VRP-02
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06 ENTRADA
PRESSÃO
07 SAÍDA
08 DISCO V-PORT
09 PILOTO REDUTOR DE PRESSÃO
10 PILOTO PARA ALÍVIO DE PRESSÃO
11 FECHO MECÂNICO
12 INDICADOR DE ABERTURA
13 FILTRO
14 CHAVE DE FIM DE CURSO
15
16 CORPO/TAMPA
17 PLUG DA TAMPA
18 ANEL O’RING DO PLUG
19 PARAFUSO DA TAMPA
20 DIAFRAGMA
21 DISCO ESPAÇADOR
MATERIAIS
22 DISCO DO DIAFRAGMA
23 HASTE
24 BUCHA
25 DISCO
26 VEDAÇÃO
27
28
29
30 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
31
ACES.
32
33
34
35 FLUIDO
36 VAZÃO
FLUIDO
37 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
38 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
39 DENSIDADE
40 VISCOSIDADE
41 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
42 CONSTRUÇÃO
43 MEDIDA FACE A FACE
NORMAS
44 EXTREMIDADES
45 TESTE DO CORPO
46 TESTE DO DIAFRAGMA
47
48 REFERÊNCIAS
49
GERAL
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
FOLHA
/
332
11.13. Tabelas técnicas.
MATERIAIS
VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO
MATERIAL: FERRO FUNDIDO CORPO FERRO FUND. ASTM A126/B
CLASSE: 125 LIBRAS TAMPA FERRO FUND. ASTM A126/B
MOLA AÇO CARB. TEMPERADO
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ENTRADA 10,5 150
DE 0,35 5
SAÍDA REGULÁVEL
A 6,3 90
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
APLICAÇÕES:
1. PRODUTOS COM SÓLIDOS EM GERAL.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
333
MATERIAIS
VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO
MATERIAL: FERRO FUNDIDO CORPO FERRO FUNDIDO DÚCTIL
CLASSE: PN10 TAMPA FERRO FUNDIDO DÚCTIL
MOLA AÇO CARB. TEMPERADO
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ENTRADA 10,5 150
DE
SAÍDA REGULÁVEL
A
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
APLICAÇÕES:
1. PRODUTOS COM SÓLIDOS EM GERAL.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
OBSERVAÇÃO:
1. EXISTEM PEQUENAS DIFERENÇAS NAS DIMENSÕES PARA OS DIVERSOS FABRICANTES.
334
11.14. Fabricantes de Válvulas Redutoras de Pressão
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
ASCA x x x
EICASA x x x x
GROFE x
HITER x x x
INCOVAL x x
IVC VANASA x x x x
SPIRAX SARCO x x x
VALTEK x x
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
BERMAD x
VALLOY x
335
Válvulas de
Segurança e Alívio
12. VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO
12.1. Introdução
São válvulas que têm por finalidade a proteção pessoal e a proteção de linhas
e equipamentos. É uma válvula de auto-operação, usando a energia do próprio
fluido para a sua operação, abertura ou fechamento.
Válvula de Segurança.
Dispositivo automático de alívio de pressão, atuada pela pressão estática na
entrada do obturador e caracterizada pela abertura instantânea e isso ocorre
quando o fluido é um vapor ou gás.
Válvula de Alívio.
Dispositivo automático de alívio de pressão, atuada pela pressão estática na
entrada do obturador e caracterizada pela abertura lenta à medida que a
pressão aumenta acima da pressão de ajuste, o que ocorre com o trabalho
com líquidos.
12.2. Aplicação.
São usadas na proteção de tubulações e equipamentos contra sobre-pressão
e, conseqüentemente na proteção das vidas humanas.
337
12.4. Instalação.
Extremidades flangeadas
Fabricadas em qualquer diâmetro e empregadas onde se deseja a facilidade de
montagem e desmontagem.
Flangeado ou aparafusado:.
Empregado em válvulas dos mais variados diâmetros para todas as classes de
pressão para serviços de maior responsabilidade.
338
12.6. Exemplos de especificações técnicas
Fluido: Água
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 12,0 kg/cm2
Pressão de abertura: 13,0 kg/cm2
Temperatura: 35º C (max.)
Local da instalação: Tubulação
Vazão: 5,0 l/s
Fluido: Ar comprimido
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 16,0 kg/cm2
Pressão de abertura: 17,0 kg/cm2
Temperatura: 40º C (max.)
Local da instalação: Tanque pulmão
Vazão: 60,0 Nm3/mim
339
12.7. Exemplo de Folha de Dados
FOLHA DE DADOS
FD-012
VÁLVULA SEGURANÇA / ALÍVIO VSA-01
03 EXTREMIDADES
04 FACE
FLANGE
05 ACABAMENTO
06 TIPO / MODELO
07 TIPO DE CASTELO
08
09 ALAVANCA
10
11
12
13
14
15
16 CORPO
17 CASTELO
18 MOLA
19 DISCO
20 VEDAÇÃO
21 HASTE
MATERIAIS
22 PARAFUSO
23 PORCA
24
25
26
27
28
29
30 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
31 FLUIDO
32 VAZÃO
33 PRESSÃO DE OPERAÇÃO
34 PRESSÃO DE ABERTURA
FLUIDO
35 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
36 DENSIDADE
37 VISCOSIDADE
38
39
40
41 SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
42 CONSTRUÇÃO
43 MEDIDA FACE A FACE
NORMAS
44 EXTREMIDADES
45 TESTE DO CORPO
46
47
48 REFERÊNCIAS
49
GERAL
50
51
52
53
54
NOTAS
55
56
57
FOLHA
/
340
12.8. Tabelas técnicas.
MATERIAIS
VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALIVIO
MATERIAL: AÇO CARBONO CORPO AÇO ASTM A234/WCB
CLASSE: 150 LIBRAS TAMPA AÇO ASTM A234/WCB
DISCO AÇO INOX
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E GÁS
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
FLANGEADA
MEIO DE LIGAÇÃO
ANSI B16.5
APLICAÇÕES:
1. PRODUTOS COM SÓLIDOS EM GERAL.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
341
VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALIVIO MATERIAIS
MATERIAL: AÇO CARBONO
CLASSE: 150 LIBRAS CORPO AÇO ASTM A234/WCB
TAMPA AÇO ASTM A234/WCB
DISCO AÇO INOX
2
PRESSÃO DE TRABALHO Kgf/cm PSI
ÁGUA E GÁS
2
PRESSÃO DE TESTE Kgf/cm PSI
FLANGEADA
MEIO DE LIGAÇÃO
ANSI B16.5
APLICAÇÕES:
1. PRODUTOS COM SÓLIDOS EM GERAL.
2. SERVIÇOS COM FLUIDOS HOMOGÊNEOS OU COM SÓLIDOS EM SUSPENSÃO.
342
12.9. Fabricantes
MATERIAIS
FABRICANTE
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
AERRE x x x x x
ASCA x x x
CORNERSOL x x
CROSBY x x x
DOX x x x
EICASA x x
GROFE x
MIPEL x
SPIRAX SARCO x x
W. BURGER x x x x x x
343
Acessórios
13. ACESSÓRIOS
13.1. Introdução
Acessórios são peças destinadas a dar qualidade ao fluxo e segurança à tubulação.
13.2. Aplicação:
São empregados com as mais diversas finalidades nas instalações hidráulicas e
industriais, tais como, filtragem, retirada do condensado em tubulações de gazes,
entrada e saída de ar das tubulações de líquidos, medição de temperatura e pressão
e totalização de vazão e outros.
13.3.Filtros.
Acessório destinado a garantir a qualidade do fluido quanto à quantidade e diâmetro
máximo dos sólidos em suspensão e podem ser classificados em filtros permanentes
e temporários.
Basicamente existem dois tipos de filtros permanentes o tipo “Y” e os de cesto e
também dois modelos de filtros temporários, os cônicos e os planos.
Instalação.
Devem ser instalados em linhas horizontais com o filtro voltado para baixo ou
inclinados, no máximo, a 45°. Também podem ser instalados em linhas verticais com
o fluxo descendente.
Fluido: água
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 3,0 kgf/cm2
Temperatura: ambiente
Fluido: água
Instalação: aparente
Pressão de serviço: 10,0 kgf/cm2
Temperatura: 90 °C
345
Filtros permanentes tipo Cesto.
Instalação.
Devem ser instalados em linhas horizontais com o filtro voltado para baixo. Os filtros
tipo cesto devem substituir os filtros do tipo y sempre que se fizer necessário uma
limpeza freqüente do elemento filtrante.
Filtros temporários.
Instalação.
São instalados para proteger equipamentos e posteriormente serem removidos,
geralmente após a pré-partida ou após manutenções. São fabricados em chapa de
aço carbono ou inox e instalados entre flanges, tipo wafer.
346
Tabela dos elementos filtrantes.
Instalação.
Podem ser instalados em linhas horizontais ou verticais e têm por finalidade a
confirmação visual da presença de fluxo em uma determinada linha.
Existem modelos para líquidos e para gases com palheta ou roda aletada, tipo
ventoinha, para indicar a presença de fluxo.
13.5. Ventosas.
Instalação.
Devem ser instalados nos pontos altos das linhas com a finalidade de expelir o ar
deslocado pelo líquido durante o enchimento da tubulação, expelir automaticamente
o ar acumulado durante a operação e admitir ar durante o processo de
esvaziamento da tubulação, bem como manter a pressão de esvaziamento dentro
dos limites previstos em projeto, evitando o colapso e protegendo a tubulação.
Existem dois modelos de ventosa, o primeiro denominado de “ventosa simples”, que
tem como função expelir continuamente o ar acumulado durante a operação da
linha. O segundo denominado de “ventosa de tríplice função” que tem como funções:
expelir continuamente o ar acumulado durante a operação, expelir o ar deslocado
durante o enchimento da linha e admitir ar durante o esvaziamento da linha.
Na instalação se requer uma válvula de bloqueio entre a ventosa e a linha, para
manutenção.
347
Ventosa de simples, PN 10, corpo e tampa
em ferro fundido, flutuador em EPDM, tampa
aparafusada no corpo, parafusos em aço
carbono galvanizado, niple de descarga em
latão, extremidade com flange conforme ISO
2531 / PN 10.
Ref. Saint Gobain mod. VSF10
348
13.7. Purgadores.
São acessórios destinados a eliminar automaticamente o fluido condensado em
linhas de gases e vapores. Para se ter idéia da quantidade de condensado, por
exemplo, um compressor de 3,0 Nm 3/min nas condições ambientais de 25 °C e 75%
de umidade relativa a 7,0 kgf/cm2, produzirá 60 litros de condensado por dia. No
mercado encontramos vários tipos de purgadores mas os mais comuns são o
purgador de bóia, o de balde invertido, os termodinâmicos e os eletrônicos.
Instalação.
Em oposição às ventosas devem ser instalados preferencialmente nos pontos baixos
das linhas, no final dos trechos horizontais onde se tem uma elevação da tubulação,
no final das linhas e nos longos trechos horizontais. De um modo geral, em linhas de
ar comprimido, deve-se instalar um purgador a cada 40,0m de tubulação.
Purgadores de bóia.
Recomendados para os sistemas de
vapor , de ar comprimido e outros gases
onde não se tem a presença de óleo
dissolvido no condensado.
Existem vários modelos de purgadores
de bóia.
Ref. Sarco PARA VAPOR PARA AR COMPRIMIDO
Purgadores termodinâmicos.
349
Purgador eletrônico.
Recomendados para os sistemas de ar comprimido, para
condensado com ou sem a presença de óleo, têm a instalação
e o funcionamento muito simples, sem necessidade de
manutenção constante. Funciona por meio de uma válvula
solenóide de ação direta, conjugado a dois temporizadores, o
primeiro controla a abertura, que pode ser ajustado para a
duração de 0,5 a 10s, e o segundo controla a freqüência das
aberturas, que pode ser ajustada de 30s a 45min.
Ref. Sarco modelo EDT 1
13.8. Manômetros.
São acessórios destinados a medir a pressão em tubulações e equipamentos e o
sistema sensor pode ser do tipo bourdon para serviços gerais ou do tipo fole para
serviços de baixas pressões em aplicações de alta precisão.
Podem ser de montagem local ou em painéis e existem várias escalas padronizadas.
Os manômetros podem apresentar diversos diâmetros de mostradores.
Selo de diafragma.
Amortecedor de pulsação.
Para linha de pressão pulsante pois estabiliza o ponteiro do
manômetro e evita o desgaste do mecanismo interno.
Existem modelos com esfera interna e outros com disco
interno.
Tubo sifão.
350
Extensão capilar.
Usado para instalação remota do
manômetro ou instalação em painéis ou
ainda para o distanciamento entre o selo
diafragma e o acoplamento do
manômetro.
Tubo capilar, diâmetro do orifício de
1,8mm, em inox com conectores em inox
com rosca 1/4” ou 1/2” com rosca NPT
ou BSP. O comprimento do tubo capilar
pode variar de 1,5m a 30,0m.
Ref. Willy
Válvula de esfera.
Válvulas de esfera, tipo monobloco, de latão forjado, com três
vias.
Essas válvulas de esfera, próprias para manômetros, quando
fechadas, dão escape à pressão retida no manômetro.
Ref. Worcester
13.9. Termômetros.
São acessórios destinados a medir a temperatura em tubulações e equipamentos e
o sistema sensor pode ser do tipo “par bi-metálico”, os mais usuais, ou atuado a gás.
Podem ser de montagem local ou em painéis e existem várias escalas padronizadas.
Os termômetros podem apresentar diversos diâmetros de mostradores.
351
Acessórios para termômetros.
352
14. GLOSSÁRIO
A
lto-Forno (Blast Furnace) Forno onde elementos sólidos como minério de ferro, coque
e fundentes são combinados em alta pressão com um sopro de ar quente, reduzindo
continuamente o minério de ferro em ferro líquido.
Anodo (Anode) Eletrodo no qual ocorrem reações de oxidação. No anodo há uma tendência
em aumentar o número de íons do metal em solução, a massa do anodo também tende a
diminuir (corrosão).
Anodo de sacrifício Recobrimento ou peça soldada que vai corroendo, protegendo o aço dos
agentes corrosivos atmosféricos.
Austenita (Austenite) Fase do aço cúbica de face centrada (CFC), com boa resistência
mecânica, apreciável tenacidade, não magnética, com solubilidade máxima de carbono de 2%.
B
oretação Tratamento termoquímico em que se promove enriquecimento superficial com
boro. Utiliza-se para peças que necessitam de alta resistência à abrasão.
Brasagem (Brazing) Junção de duas partes metálicas pela fusão de um outro metal com ponto
de fusão mais baixo, esta técnica é chamada de solda forte.
C
ementação (Cementing; Cementation; Carburizing; Casehardening) Tratamento
termoquímico em que se promove enriquecimento superficial com carbono, por
difusão.Utiliza-se para peças que necessitem de alta dureza superficial, alta resistência
à fadiga de contato e submetidas a cargas superficiais elevadas.
Coque (Coke) Carvão tratado ao forno para a evacuação dos elementos voláteis. Basicamente
carbono puro, é um dos elementos da combustão do alto-forno.
353
D
eformação (Deformation; Distortion) Alteração do comprimento por unidade de
comprimento inicial.
Deformação Elástica (Elastic Strain; Elastic Deformation) Regime de deformação onde não
ocorre mudança dimensional permanente, isto é, com o fim do carregamento, o material volta
ao estado inicial.
Diagrama de Equilíbrio (Phase Diagram) Apresentação gráfica das relações das fases com a
composição e os fatores ambientes. Também conhecido como "Diagrama de Fases".
E
lasticidade Tensão máxima que ainda provoca deformação elástica.
F
adiga Tendência à ruptura sob carga inferior ao limite de resistência à tração, quando o
material é sujeito a ciclos repetidos de tensões.
Ferrita Fase do ferro com estrutura cúbica de corpo centrado (CCC), com boa ductilidade.
Ferro Gusa Produto do alto-forno que será posteriormente refinado na aciaria ou que pode ser
vendido tal qual.
Fluência Fenômeno pelo qual os metais e ligas tendem a sofrer deformações plásticas,
quando submetidos por longos períodos a tensões constantes, porém inferiores ao limite de
resistência normal do material. Normalmente ocorre a altas temperaturas.
354
Forjamento (Forging) Processo de fabricação descrito por deformação mecânica de um metal
aquecido através de martelamento ou prensagem.
Fundente Agente limpador de ferro, reagente que carrega a escória para o topo, permitindo
purificar o ferro.
G
alvanização Recobrimento de aço com uma fina camada de zinco para aumentar a
resistência à corrosão.
Grãos (Grain) Cristal individual de mesma orientação de rede cristalina num agregado
policristalino.
I
mpureza Qualquer substância metálica ou não, estranha à composição específica dos
metais e ligas, que aparece geralmente como consequência do processo de fabricação.
L
aminação Processo de deformação plástica dos metais no qual o material passa entre
rolos, com altas tensões compressivas devido à ação de prensagem dos rolos, e com
tensões cisalhantes superficiais resultante da fricção entre os rolos e o metal.
Laminação a Frio Etapa final do processo de laminação que tem por objetivo o acabamento do
metal, no qual o mesmo, inicialmente recebido da laminação a quente como chapa grossa, tem
sua espessura reduzida para valores bem menores, normalmente à temperatura ambiente.
Limite de Fadiga Tensão máxima cíclica que pode ser aplicada num material de modo que ele
resista sem romper a um número infinito de ciclos.
Limite de Resistência Tensão máxima suportada sem rompimento da peça ou corpo de prova.
355
Lingote Produto bruto resultante da solidificação do metal líqüido em molde metálico,
geralmente destinado a posterior conformação plástica.
M
aleabilidade Propriedade que permite a conformação de uma liga metálica por
deformação.
Minério Mineral comercialmente explorável no estado puro ou como fonte de outro elemento.
N
itretação Tratamento termoquímico em que se promove enriquecimento superficial com
nitrogênio. Utiliza-se para peças que necessitam de alta resistência á fadiga de contato,
alta resistência ao atrito adesivo e submetidas a cargas superficiais baixas.
P
assivação Aderência de uma camada de óxidos na superfície do material, protegendo-o
da corrosão.
356
Polimento sanitário É o padrão de acabamento com rugosidade inferior a 1,0 micra que se
aplica aos aços inox para uso em serviços chamados sanitários.
R
ecobrimento Processo de deposição e cobertura de um material com outro que confira
as propriedades superficiais requeridas, como, por exemplo, resistência à corrosão.
Revenido Ou Revenimento. Tratamento térmico que elimina a maior parte dos inconvenientes
provocados pela têmpera. Remove tensões internas, corrige dureza excessiva e fragilidade,
aumentando a dutilidade e tenacidade do material.
S
ensitização: chamamos de sensitização dos aços inox, à formação de carbonetos
complexos de cromo, resultante da combinação do cromo com o carbono livre.
Este fenômeno ocorre em altas temperaturas, entre 400°C e 850°C, sendo máximo por
volta de 650°C. O aço sensitizado fica vulnerável à corrosão inter-granular.
T
arugo Produto semi-acabado longilíneo de seção geométrica simples para posterior
processamento.
357
Tratamento térmico Operação ou conjunto de operações realizadas no estado sólido que
compreendem aquecimento, permanência em determinadas temperaturas e resfriamento,
realizados com a finalidade de conferir ao material determinadas características.
Trefilação Conformação a frio de material passando por uma matriz com redução de área da
seção.
358
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