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Informação e Sociedade: Educação à Distância

4. Ensino à distância em Portugal

Pelo trabalho já realizado pode considerar-se que o ensino à distância é


uma inovação em Portugal. Em 1928 já estava editado um curso de ensino
por correspondência na área da Contabilidade e, posteriormente, muitos
outros projectos foram surgindo. Entre as instituições que desenvolveram
ensino por correspondência, contam-se o Centro de Estudos por
Correspondência, a Escola Lusitana de Ensino por Correspondência nos
anos 40, a Escola Comercial Portuguesa por Correspondência e o Instituto
de Estudos por Correspondência nos anos 50. Em 1958 os Correios
desenvolveram um curso por correspondência de geografia económica
destinados aos seus trabalhadores espalhados pelos postos existentes em
todo o pais.

Saliente-se ainda os projectos Rádio Escolar e a Telescola


implementados na segunda metade deste século. No que se refere à
Telescola, que agora se encontra em desactivação, existem estudos que
comprovam que os alunos de meios rurais provenientes deste sistema com
elevado grau de aprendizagem à distância, tinham mais sucesso nos seus
estudos posteriores que os alunos que tinham realizado o ensino regular.

Portugal tem, hoje, várias entidades que oferecem cursos variados no


âmbito do ensino à distância. Podemos destacar:

- Programa Prologo da Universidade Católica Portuguesa,


com cursos nas áreas de Gestão e Administração, Turismo,
Marketing,… (http://www.dislogo.ucp.pt)

- Universidade Aberta, com cursos que vão desde as áreas


da Educação até às áreas tecnológicas (http://www.univ-
ab.pt)

- Ensino à Distância na Universidade de Aveiro, com


disciplinas como Física, Química, Informática e Cálculo
(http://www.cemed.ua.pt/ed/)

- Open University, do Reino Unido


(http://www.open.ac.uk/). Esta Universidade possui um
Centro de Apoio em Portugal
(http://www.britcounpt.org/education/open.htm),
coordenado pelo British Council
- Instituto de Formação Bancária, com cursos como o
Euro, Gestão de Produtos Financeiros, o Cheque e outros
meios de pagamento, … (http://www.ifb.pt/)

- Tele-ensino em ambiente Internet – Argus


(em http://www.argus.pt/ptstart.htm)

- Unidade de Ensino à Distância, do Instituto Politécnico


do Porto, com cursos em Access, Algoritmia, AS400, Java
e html (pode ser visto em http://www.ded.ipp.pt/ )

5. A magia da Internet

Para muitas pessoas a Internet ainda é isso mesmo: o lugar que serve
apenas para gastar dinheiro ou mais um lugar de depravação para os nossos
jovens. Embora em constante crescimento, o conhecimento da Internet em
Portugal ainda é baixo quando comparado com outros paises da Europa. A
diferença é ainda mais notória quando comparado com o dos Estados
Unidos onde já na escola primária se começa a navegar e a ter contacto
com a Internet.

Tal como na generalidade dos países, foi também na década de 80 que a


Internet passou a ser utilizada em Portugal. Ao princípio, tratava-se apenas
do acesso remoto por terminal (via rede telefónica) a computadores de
universidades estrangeiras (especialmente na Grã-Bretanha e nos EUA),
por parte de ex-estudantes de pós-graduação que mantinham as suas contas
nesses sistemas.

Em meados da década de 80 é instalado o primeiro nó da EARN em


Portugal (Lisboa) e, por iniciativa do PUUG (Portuguese Unix User
Group), é instalado o nó português da EUnet. Mas foi a criação, em 1986,
da Fundação de Cálculo Científico Nacional (FCCN, hoje designada
Fundação para a Computação Científica Nacional), que se iria dar origem à
instalação da primeira rede verdadeiramente nacional: a RCCN (Rede da
Comunidade Científica Nacional).

No entanto, até aos primeiros anos da década de 90, o acesso e


utilização da Internet estavam praticamente circunscritos a algumas
centenas de pessoas na comunidade académica e científica portuguesa, em
particular na área da informática e computação. De facto, foi apenas nos
últimos anos que o acesso à Internet se começou a generalizar em Portugal.
Primeiro, através de uma utilização mais alargada nas Universidades e
Centros de I&D. E, nos últimos anos, com o aparecimento de diversos
fornecedores de serviços Internet (ISP - Internet Service Provider), e a
ligação de um número cada vez maior de empresas, organismos públicos e
utilizadores individuais. Os preços de acesso à Internet e o facto de ser
disponibilizado um serviço de chamadas locais, em todo o pais, também
influenciou o aumento do número de utilizadores.

A esta generalização da Internet em Portugal não são alheias


algumas destas entidades ligadas à Internet que provocaram uma maior
visibilidade social, principalmente os jornais, que disponibilizam versões
das suas edições na Internet, as rádios e televisões.

Até 1994 apenas os universitários disponibilizavam informação na


Internet, mas agora são várias as entidades, tanto públicas como privadas,
assim como individuais que possuem a sua página publicada num media
com o tamanho do Mundo.

O mundo dos negócios português começa a perceber que a relação


custo beneficio de uma página é entusiasmante. Nos últimos dois anos, os
domínios portugueses registados aumentaram numa proporção de 10 para
100.

Hoje é difícil não se ter já ouvido falar na Internet. Em quase todos


os media, diariamente, vem um artigo ou uma história acerca dela. Mas
porquê só agora se fala tanto sobre uma coisa que já existe há mais de vinte
anos? A resposta é simples: a Internet deixou de ser um paraíso para os
cientistas e génios dos computadores, deixou para trás a sua aparência gasta
e pouco amigável e reinventou-se, tornando-se fácil de utilizar, até mesmo
por aqueles que nunca tiveram contacto com um computador.

Na Web tudo parece mágico. Uma vez instalado um browser e


ligando-se à rede, basta um simples clique num botão para se viajar para
algum sitio do nosso interesse. Num segundo está-se com a informação
requerida no nosso monitor de algum Web Site ou Home Page. Nesta
página normalmente existe um índice que nos liga a outra informação no
site. Esta ligação é feita através de hyperlinks, ou seja, clicando num
determinado sitio mais informação é automaticamente descarregada para o
nosso monitor. Pode-se continuar a fazer browsing e o sistema de
hyperlinks leva-nos a outras páginas nesse site ou a outros sites. Isto tudo
podendo estar a acontecer a milhares de quilómetros da nossa presença
física, através da conectividade global da Web.

A Internet encerra benefícios potenciais, oferecendo a oportunidade sem


precedentes para dar mais poderes aos cidadãos e para os ligar a
importantes fontes de informação digital, fazendo cair as barreiras do
acesso à divulgação de informação a nível local e global.
A Internet tem sido já utilizada em diversos países para ligar a
Administração Central aos cidadãos, bem como os indivíduos ou as
associações que publicam informações acerca das respectivas actividades,
para o grande público e a baixo custo. Entre nós, o recente livro "Livro
Verde para a Sociedade Da Informação" aponta como medidas a
implementar a criação da Administração Pública Electrónica, acessível ao
cidadão sem sair de casa, bem como a disponibilização de arquivos
públicos e sua digitalização, a publicação electrónica do Diário da
República - aliás já implementada -, e a universalização do pagamento
electrónico. Como primeira experiência, os contribuintes puderam
preencher a declaração do Modelo 2 do IRS em 1996, através da Internet.
Outras se lhe seguiram.

Todo este potencial pode ser aproveitado, não só na educação, mas


também em todas as actividades científicas e comerciais. Exemplo disso é
o cada vez maior número de negócios realizado pela Internet. O comércio
electrónico está aí. As empresas virtuais também!

6. Internet na Escola

Muitos são os projectos que têm vindo a ser implementados para


introduzir nas escolas e bibliotecas acesso à Internet. Muitos dos
financiamentos partem das próprias empresas. No Canadá, em Março de
1996, uma aliança de empresas de telecomunicações anunciaram um plano
para ligar todas as escolas do país à Internet até ao final do ano escolar
1996/97. A Microsoft e a Oracle estão a dar grandes donativos para equipar
as escolas e as bibliotecas com equipamento para responder à explosão da
Internet. Bill Gates, da Microsoft, e a sua mulher anunciaram que estão a
criar a “Gates Library Foundation” que gastará centenas de milhões de
dólares, durante estes anos, para levar computadores e acesso à Internet a
bibliotecas em zonas pobres. A Oracle anunciou que está a dar 100 milhões
de dólares a uma nova Fundação sem fins lucrativos, a Oracle Promise, que
pretende colocar nas escolas norte americanas, em todas as secretárias, um
NC (Network Computer).

NetDay é outro projecto que mobilizou centenas de milhar de pessoas


para abastecer 40 mil salas de aula com o objectivo de levar a Internet até,
pelo menos, 5 salas de aula e à biblioteca em todas as escolas dos Estados
Unidos.

A Comissão Europeia também criou o NetDay Europa para estimular a


utilização pedagógica da Internet na escola. O NetDay é dirigido às Escolas
dos ensinos primário e secundário, e escolas profissionais.
O European Schoolnet é outro dos projectos europeus. Foi
desenvolvido por representantes de 15 ministérios da Educação dos
diferentes estados membros, com o objectivo de apoiar a implementação e
a expansão da rede telemática de escolas na Europa e encorajar o
desenvolvimento de recursos multimédia no ensino, nomeadamente da
Internet.

Em Portugal, o Programa Nónio, lançado em 1996, tem sido o


representante português deste grande projecto. Este é o programa de
Tecnologia de Informação e Comunicação criado pelo Ministério da
Educação, que tem como objectivos a formação de professores, a produção
de software educativo e o incentivo à participação em redes de
comunicação … educar melhor na Sociedade de Informação!

O Ministério da Ciência e Tecnologia lançou, também, o programa


Internet nas Escolas, com o objectivo de equipar todas as escolas do país
com um computador multimédia com ligação à Internet, através da Rede
Telemática.

Acções destas são sempre bem vindas, embora devessem ser


complementadas com acções de formação, também estas mais do que
necessárias no painel de docentes.

É evidente que a falta de informação e de acesso às tecnologias é causa


de novas exclusões. A Sociedade de Informação pode diminuir as
diferenças. Por isso e na tentativa de combater a info-exclusão, o Livro
Verde para a Sociedade de Informação, prevê a instalação de infra-
estruturas tecnológicas em escolas, bibliotecas, museus, arquivos, etc. …

7. Os problemas da Internet

A Internet constitui o exemplo mais visível de uma rede telemática


de grande distância de cobertura internacional.

É evidente que nem tudo é um mar de rosas. Com a massificação da


utilização da Internet suscitam-se questões prementes, designadamente, de
interesse público, e de carácter político, económico, social, comercial,
técnico e, evidentemente, jurídico.

As empresas já começaram a invadir a Internet e, assim, encomendar


flores, livros, ver casas, procurar emprego e até mesmo realizar
teletrabalho, são já possibilidades reais para milhares de pessoas. E à
medida em que todos os sectores vão passando para a rede colocam
grandes desafios ao Direito.

A informática tornou-se, definitivamente, numa fonte de inquietação


sempre crescente para os juristas, na medida em que implica uma evolução
rápida do Direito. O Direito, sentindo-se ultrapassado pelo avanço
tecnológico, tem tentado acompanhar o passo para conformar as novas
realidades relevantes do domínio digital.

Mas a Internet trouxe consigo importantes factores de


"desestabilização" jurídica, como sejam o aspecto transnacional de uma
rede que não conhece fronteiras nacionais, e a desmaterialização da
informação.

Genericamente, as fronteiras territoriais delimitam áreas dentro das


quais diversos conjuntos de normas são aplicáveis.É, também, necessária a
existência de uma autoridade investida de poderes para fiscalizar a
aplicação das normas e, em caso de desrespeito, para sancionar a infracção.
A Internet é uma enorme rede mundial onde as várias ordens jurídicas não
existem. No mundo on-line não há limite físico nem fronteiras.

O conceito de soberania nacional dos Estados depara com sérias


dificuldades quando encontra uma rede planetária como a Internet, pois
dados, fluxos monetários e documentos diversos circulam através das redes
sem que haja fronteiras geográficas nem controlo.

Os esforços que alguns governos desenvolveram no sentido de


interromper ou de regular os fluxos de informação electrónica dentro das
respectivas fronteiras físicas foi inútil, pelo menos em países que aspiram a
participar no comércio electrónico global. O volume de comunicações
electrónicas que cruzam as fronteiras territoriais é simplesmente demasiado
grande em relação aos meios de que dispõem as autoridades
governamentais.

A Internet não existe juridicamente, por enquanto, nem tem dono que
nela mande; ela é composta por muitos milhões de utilizadores que, em
conjunto, formam uma comunidade virtual. A proveniência dos seus
utilizadores é tão diversa que seria muito difícil harmonizar as leis dos
países de origem.

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