PUB

Quinta-feira • 12 de abril de 2018 • •1

Novas Instalações
Rua Marquês de Pombal, nº 45 Rch Também nas

GUARDA PASSAMOS ATESTADOS PARA CARTA DE CONDUÇÃO

Tel. 969 431 832 • Tel. 271 227 360
(ao lado da Papelaria Véritas)
Galerias do Intermarché (Guarda)
www.ergovisaoguarda.com Tel. 924 290 689 • Tel. 271 225 114

PUB

955
12 abril 2018
Ano 18
quinta-feira
e 0.70 iva incluído
Diretor: Luís Baptista-Martins
semanário

Câmara da Guarda acusada

de gastar dinheiro dos SMAS
Socialistas dizem ter ficado confirmado que o «principal objetivo» da integração dos SMAS na autarquia era
ter dinheiro disponível. Álvaro Amaro respondeu que vai repor os 1,5 milhões de euros usados quando a
Câmara receber apoios contratualizados dos fundos comunitários Pág.5

Miguel Portugal, um
COVILHÃ PSD
Viagem de Concelhia da
finalistas Guarda com
terminou em
tragédia andarilho com 20 mil número recorde
de votantes

quilómetros nas pernas

João Nuno Fiadeiro, de 18 anos, O partido do poder na Guarda vai
aluno da Escola Secundária Frei a votos no sábado. Tiago Gonçal-
Heitor Pinto, faleceu na sequên- ves e Júlio Santos corporizam as
cia do despiste do autocarro que duas tendências existentes na
regressava de Espanha com estu- secção da Guarda do PSD, uma
De mochila às costas e com mais de 20 mil
dantes da Covilhã e Belmonte _8 próxima de Álvaro Amaro e a
quilómetros nas pernas, Miguel Portugal só
outra nem por isso __________ 4
descansa quando passar por todas as capi-
tais de distrito e 278 sedes de concelho de
CELORICO DA BEIRA Portugal Continental. A Guarda foi paragem
Piscinas obrigatória na semana passada e daqui a
dois meses tenciona chegar ao seu “último”
PS
municipais estão destino Pág.6 Celorico e Seia
fechadas há mais sustentam
de uma década liderança de
PS acusa Carlos Ascensão de não Pedro Fonseca
cumprir promessa de reabrir
equipamento e de desviar fi- Congresso federativo do últi-
nanciamento para a iluminação mo sábado ficou marcado por
pública. Autarca contrapõe que muitas dúvidas sobre a capa-
estrutura precisa de um estudo cidade de liderança do novo
«sério e aprofundado» e não se presidente e o futuro do partido
compromete com datas __ 12 na Guarda ______________ 7

REGIÃO ECONOMIA
Fornos de NERGA lança
Algodres é o cartão de
município mais descontos para
transparente ____ 5 associados _________ 7
PUB

TODOS OS DIAS DAS 9H AS 20H

DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H30 AS 13H
E DAS 14H30 AS 19H
(Junto às Piscinas Municipais) • B.º Sr.ª dos Remédios | Estr. Barracão 6300-309 GUARDA
Tlm. 961 720 980 • Tel. 271 232 480 • Fax. 271 232 489 • roadyguarda@hotmail.com
 2• • Quinta-feira • 12 de abril de 2018
navalha
Maria do Rosário
Cristóvão
da
O ensaio “Que possível ensaio sobre a
verdade em Vergílio Ferreira”, de Maria do
fio
Rosário Cristóvão, venceu o Prémio Literário
Vergílio Ferreira 2018. O nome da professora
de Filosofia, residente em Portimão, foi
no
divulgado no sábado e segundo Alípio de
Melo, representante da autarquia no júri, o
galardão foi atribuído «por unanimidade».
Sp. Covilhã
Depois de na Páscoa ter sofrido uma
dura derrota frente ao Académico de Viseu e
de ter descido para o 13º lugar da IIª Liga, o
Sp. Covilhã recuperou e no último jogo, dis-
putado com o Varzim, levou a melhor. Numa
época muito irregular, com mais derrotas do
que vitórias, os dois golos dos leões da serra
permitiram à formação da Covilhã retomar
ao 12º lugar e reavivaram a esperança dos
adeptos covilhanenses.
Municípios
As autarquias da região continuam
mal na fotografia do Índice de Transpa-
rência Municipal, que mede a informação
de interesse público disponível nos ‘sites’
dos 308 municípios portugueses. Apesar de
muitos delas terem melhorado significati-
vamente em 2017, caso da Guarda e Fornos
de Algodres, grande parte das Câmaras
continua no fundo da tabela da trans-
parência, privilegiando, pelo contrário,
estratégias de comunicação e propaganda
e fugindo ao escrutínio público.
Celorico da Beira
Há mais de 10 anos que as piscinas
municipais de Celorico da Beira estão
encerradas e parece que é assim que vão
continuar. Nenhum dos executivos munici-
pais tem sido capaz de resolver o problema
que se arrasta ao longo de anos. Entretanto,
os celoricenses continuam à espera de so-
luções para verem as piscinas municipais
reabertas e, enquanto os anos passam, o
equipamento vai-se degradando cada vez
mais. Um equipamento que custou milhões
ao erário público e que vai apodrecendo
enquanto a população continua a não ter
acesso à sua utilização.
CARA
ENTREVISTA
A P
CARA
«Há muito para
conhecer e para
descobrir sobre
a comunidade
cigana»
P - Em que consiste o programa de
rádio que a Beira Serra está a promover
para dar voz à comunidade cigana de
Belmonte?
R - É uma das atividades principais do
projeto SIM – Sensibilizar, Incluir e Mobilizar,
promovido pela Beira Serra em parceira com a
comunidade cigana de Belmonte, o município
e o Agrupamento de Escolas Pedro Álvares
Cabral e apoiado pelo Alto Comissaria-
do para as Migrações, no âmbito do
Fundo de Apoio à Estratégia Nacional
Integração das Comunidades Cigana.
É um projeto comprometido com as
prioridades nacionais estabelecidas
na estratégia, quer na promoção do
combate à discriminação e sensi-
bilização da opinião pública quer na
valorização da história e cultura cigana. A pri-
meira emissão está prevista para 24 de junho,
Dia Nacional das Comunidades Ciganas, e será
um programa mensal de uma hora. Um dos
compromissos deste projeto é a implicação
das comunidades ciganas locais em todas as
fases e a sua capacitação para a defesa dos
valores da interculturalidade, justiça social e
cidadania. A equipa técnica inclui uma pessoa
cigana sendo também uma das que integra
o Grupo Representativo das Comunidades
Locais, parceiro no SIM. Durante os 18 meses
do projeto decorrerão três fóruns, as “Tardes à
Escuta”, sobre saúde, educação e associativismo,
com transmissão direta, em antena aberta ou
“livestream”. Haverá ainda, no final, uma pu-
blicação “SIM?! Quem fala?”, com algumas das
histórias e entrevistas transmitidas na rádio.
P - Por que decidiram avançar com
este projeto?
R - A Beira Serra tem desenvolvido
inúmeros projetos relacionados com as co-
munidades ciganas, quer na inclusão social
e escolar de crianças e jovens, na formação
de professores e profissionais de saúde, no
acompanhamento das famílias. Conhece os
seus problemas no quotidiano e também
do enorme desconhecimento da sociedade
relativamente à história, cultura e ao povo
cigano no mundo e particularmente na
Península Ibérica, onde residem há mais de
500 anos. Este desconhecimento contribui
para a cristalização de uma imagem negativa
muitas vezes associada à comunidade cigana,
sendo necessário o reconhecimento dos
inúmeros exemplos positivos e da enorme
heterogeneidade desta comunidade. Com o
FAPE 2018 pudemos continuar e melhorar
um trabalho iniciado em 2015, quando o
fundo apoiou apenas 11 projetos inovadores
e experimentais a nível nacional. A Beira
Serra, também em parceria com o município
de Belmonte e as comunidades ciganas locais,
realizou quinze emissões de rádio emitidas
semanalmente na Rádio Caria e online através
da sua página no “soundcloud”, tendo ter-
minado com um concerto do grupo Ciganos
D’Ouro. Este projeto teve uma avaliação muito
positiva, com impacto a nível local, regional e
mesmo nacional, e foi um impulso positivo de
afirmação da cultura cigana, de autoestima e
reforço no exercício da cidadania, determi-
nante para o empenho neste novo SIM. Por
outro lado, queremos ver reforçada a voca-
ção inclusiva de Belmonte, cuja integração
da comunidade judaica tem tido projeção
nacional e internacional, com a inclusão das
comunidades ciganas. Aliada a esta vontade
há uma relação sedimentada com as famílias
ciganas que ali residem há muitas décadas e a
boa avaliação do SIM!, que foi referenciado no
Estudo de Avaliação Externa da Implementa-
ção do FAPE 2015 e 2016 como um dos três
projetos com atividades inovadores no total
dos 32 desenvolvidos.
P - Como vai funcionar e como se po-
derá ouvir essa rádio?
R - Foi proposta a emissão na Antena 1,
procurando aumentar o auditório do progra-
ma, queremos ainda manter a possibilidade
de ouvir em diferido através de um “podcast”
acessível a todos com ligação à internet. Cada
programa abordará uma temática específica
e o alinhamento contará com música, entre-
vistas e/ou reportagens. Os convidados serão
personalidades de âmbito local e nacional,
que se destaquem pelo seu contributo na
promoção do diálogo intercultural, pelo seu
desempenho no exercício da profissão ou com
histórias de vida singulares. A reportagem
incidirá sobre o tema de cada programa, que
serão história, educação, o associativismo,
a Estratégia Nacional, a gastronomia, entre
outros. Os momentos musicais permitirão dar
a conhecer os intérpretes portugueses ciga-
nos que se destaquem pela qualidade do seu
trabalho e sobretudo valorizar os contributos
da cultura cigana nos mais variados géneros
E R F I L
Marisa Marques
Coordenadora do projeto SIM – Sensibilizar,
Incluir e Mobilizar
Idade: 42 anos
Naturalidade: Oliveira do Hospital
Profissão: Técnica de Intervenção Social
Currículo: Licenciatura em Antropologia pela
FCSH da Universidade Nova de Lisboa, mestra-
do em Design Urbano pela Faculdade de Belas
Artes da Universidade de Barcelona, técnica de
Intervenção Social da Beira Serra desde 2008
Livro preferido: “As Cidades Invisíveis”, de
Italo Calvino
Filme preferido: “Les Roseaux Sauvages”,
André Téchiné
Hobbies: Tricotar e bordar
musicais. Cada programa tem um grupo de
trabalho específico consoante a temática, com
convidados, ciganos e não ciganos, que, pelos
seus conhecimentos e experiência, possam
contribuir para a construção do alinhamento.
P - O que é que as pessoas poderão
ouvir?
R - Para além da voz e do cajon que car-
rega toda a ancestralidade de uma cultura
riquíssima, poderão ouvir histórias pessoais
que irão certamente desmitificar uma
série de mitos e factos associados às
comunidades ciganas. A história, a
origem do povo cigano, acontecimen-
tos históricos, as várias migrações,
são factos desconhecidos e de enor-
me curiosidade por parte de grande
maioria da população mesmo entre
os próprios ciganos. Há muito para co-
nhecer e para descobrir. Não é só na música,
pelo mundo os ciganos têm-se destacado no
cinema, na poesia, na pintura, na política,
no associativismo, e é urgente que haja esse
reconhecimento por parte de todos.
P - Como tem reagido a comunidade
cigana ao projeto?
R – Algumas das pessoas ciganas resi-
dentes em Belmonte estão envolvidas no pro-
jeto desde o início da candidatura. O impacto
é muito positivo, os problemas e as aspirações
são diferentes de família para família, de
pessoa para pessoa, no entanto é unânime o
reconhecimento de como é importante haver
projetos específicos para a comunidade cigana,
que valorizem a história e cultura e promovam
o combate à discriminação, sobretudo num
concelho onde a comunidade judaica, também
minoritária, tem tido tanto destaque, e com a
qual partilham um passado de repressão.
P - Que outros projetos estão previs-
tos nesta área?
R – A Beira Serra tem outros projetos
que trabalham diretamente com famílias
ciganas, nomeadamente no âmbito do “Pro-
grama Escolhas”, somos entidade promotora
do projeto “Talentos E6G”, que trabalha com
um extenso consórcio de entidades públicas
e privadas nos bairros da Alâmpada e das
Nogueiras, nas freguesias da Boidobra e Tei-
xoso, respetivamente. Ali vivem algumas das
famílias ciganas do concelho da Covilhã que
participam ativamente nas atividades, seja na
gestão doméstica, mediação familiar, apoio ao
estudo, encaminhamento e capacitação para a
vida profissional. Em Belmonte iniciámos em
2015 um trabalho que virá a ter repercussões
noutros projetos. Já há outras propostas da
comunidade e o facto de trabalhar em rede
com os parceiros locais irá certamente ser dis-
seminador do reconhecimento das comuni-
dades ciganas e do combate à discriminação.

opinião
António Ferreira
antonio.ferreira.adv@netvisao.pt
O turbodiesel parecia a solução para muitos pro-
blemas: carros com consumos baixos, desempenhos
competitivos, mecânica fiável, baixas emissões. Tudo
tão bom que parecia bom de mais para ser verdade.
Como se viu, não era verdade e com o escândalo dos
motores a gasóleo da Volkswagen foi tudo posto a
nu. Afinal, para se obterem esses consumos baixos
e esses bons desempenhos era necessário que os
motores fossem muito mais poluentes do que é
admissível e, para passarem nas inspeções automó-
veis, era necessário um software que detetasse que
o carro estivesse a ser inspecionado e que, enquanto
o estivesse, limitasse artificialmente as emissões
poluentes. Descobriu-se também que não eram ape-
nas os motores Volkswagen que estavam em causa,
fazendo batota, mas sim toda a indústria automóvel.
Não havia milagres.
Já se sabia há muito que o dióxido de enxofre,
produzido pela queima de gasóleo, era muito prejudi-
cial à saúde. Sabe-se agora que provoca pelo menos
38.000 mortes por ano, apenas pelo falhanço em se
respeitarem os limites das emissões legais.
Quando as autoridades se aperceberam da
fraude e da sua dimensão, houve consequências um
pouco por todo o lado. Um tribunal alemão decidiu
que a Volkswagen era obrigada a recomprar todas
as viaturas afetadas pela fraude e, só nos EUA, viu
serem-lhe devolvidos centenas de milhares de car-
ros, agora notoriamente “estacionados” num deserto
californiano. Muitos serão “recondicionados”, outros
serão simplesmente destruídos. Entretanto, rumores
PUB
Ativos tóxicos
recentes sugerem que as marcas automóveis recome-
çaram a recorrer a software fraudulento para enganar
as inspeções.
O recurso à batota durante tanto tempo, e a sua
insistência agora, revela a impossibilidade de conjugar,
no diesel, os baixos consumos e elevados desempenhos
com emissões aceitáveis de gases poluentes. Segundo
revela a DECO, 45% dos proprietários de viaturas re-
paradas pela Volkswagen queixam-se de que os carros
passaram a consumir mais, a ter desempenhos medío-
cres e que os motores passaram a fazer mais barulho.
Milhões de consumidores, milhares de empresas e
instituições estão pouco a pouco a concluir terem sido
enganados. Só em Portugal circulam nas estradas mais
de milhão e meio de viaturas a gasóleo em desrespeito
dos limites máximos de emissões poluentes. Estes limi-
tes terão de diminuir obrigatoriamente, e com urgência,
tal a gravidade da ameaça à saúde pública. Por todo o
lado anunciam-se restrições à circulação de veículos a
gasóleo e por todo o lado os proprietários começam a
preocupar-se. O OLX viu aumentar exponencialmente
a oferta de viaturas a gasóleo em segunda mão e os
preços começaram a baixar. Quem os tem não os quer
e os possíveis compradores estão desconfiados. Quem
se arrisca a comprar um carro que não tem a garantia de
poder andar na estrada daqui a alguns anos?
Quanto ao outro problema, o do prejuízo que
os proprietários desses carros vão ter, em valor do
bem adquirido, ou das expectativas frustradas, ou
da fraude de que foram vítimas, a Justiça terá uma
palavra a dizer.
Quinta-feira • 12 de abril de 2018 • •3
editorial Luís Baptista-Martins
baptista-martins@ointerior.pt
A ditadura da demografia
O despovoamento é um problema para o interior a todos os níveis.
Também em termos políticos. E de representatividade. Depois de nas
últimas eleições autárquicas ter havido concelhos que, por terem perdido
eleitores, “baixaram” na sua “categoria”, descendo o número de eleitos
para a Assembleia ou para os executivos autárquicos – em vários con-
celhos, depois de anos habituados a assistir à disputa dos sete lugares
de vereação passámos a ter maiorias de três mandatos contra dois (em
Trancoso e Pinhel, por exemplo).
Na última edição de O INTERIOR olhámos para o futuro à procura
das consequências da descida vertiginosa da população nos círculos
eleitorais nas próximas legislativas. «Guarda pode perder um deputado em
2019» foi o nosso título de manchete, antecipando um futuro conjuntivo
indesejável, em que, aparentemente, ninguém quer acreditar, mas que
está aí… as próximas eleições legislativas serão dentro de ano e meio e
o distrito da Guarda só deverá eleger três deputados – salvo se acontecer
algum milagre que permita estagnar a sangria demográfica da região, e
do distrito em concreto.
De acordo com o diploma da Secretaria-Geral da Administração
Interna – Administração Eleitoral, publicado a 1 de março no “Diário da
República”, o distrito da Guarda tinha 156.736 eleitores no final do ano
de 2017, enquanto no recenseamento divulgado em julho de 2017 tinha
158.884 eleitores (e utilizado nas autárquicas). Ou seja, de julho para
dezembro, em apenas seis meses, o distrito da Guarda perdeu 2.108
eleitores, se esta “debandada” continuar é provável que nas próximas
legislativas os cadernos eleitorais tenham menos de 150 mil cidadãos
com direito a voto.
A incapacidade ancestral de inverter a tendência de despovoamento
vai, pois, ter mais uma consequência negativa para a Guarda que é a
diminuição de estatuto e o perder a sua já pouco expressiva represen-
tatividade que passará por ter menos um deputado: Em 1976 tinha seis
deputados e uma representatividade de 2,28% que passou para 1,74%
(em 1976 o distrito elegeu seis deputados; nas legislativas de dezembro
de 1979 passou a eleger cinco; a partir das eleições de 6 de outubro de
1991 o distrito da Guarda passou a eleger quatro deputados). Nas contas
de sumir da representação parlamentar Portalegre leva a dianteira elegendo
apenas dois deputados, Beja elege três, Évora também elege três, Bragança
passou a eleger três em 2009, Castelo Branco elege quatro desde 2009
e deverá manter esta representação.
Entretanto, há propostas para alterar a lei eleitoral visando uma nova
equação na representatividade parlamentar que possa permitir, para além
da demografia, dar aos territórios algum tipo de majoração eleitoral. É
improvável que venha a haver alterações nesse sentido, até porque isso
implicaria que os distritos mais populosos perdessem representatividade
e partidos como o PCP ou o Bloco perdessem deputados. Por outro lado,
os mais populistas defendem a redução de deputados à Assembleia da
República (porque «os políticos não produzem») e há inclusive muitos
“especialistas” que defendem a diminuição do número de deputados de
230 para 180… Ou seja, a redução da representatividade dos cidadãos
no seu todo, e das regiões periféricas em particular. Talvez fosse bom
recordar que a maioria dos países europeus têm duas câmaras represen-
tativas: uma câmara baixa, o parlamento, mais política e legislativa, eleita
proporcionalmente pela população; e uma câmara alta, representativa da
geografia, dos territórios, das regiões, da desconcentração do poder, das
minorias e de coesão nacional – em Portugal houve duas câmaras durante
alguns anos na Monarquia Constitucional (entre 1870 e 1875) e durante
a Primeira República (entre 1913 e 1925) que o populismo de então e o
emergir da ditadura encerraram. A representatividade eleitoral e política da
população, mas também das minorias e das regiões periféricas (que têm
de ser defendidas, não apenas onde há mais votos), não pode diminuir
- o interior não pode perder mais lugares de representação parlamentar.
4• • Quinta-feira • 12 de abril de 2018
Júlio Santos e Tiago
Gonçalves disputam
concelhia da Guarda
do PSD
Tiago Gonçalves promete concelhia
«solidária» com Álvaro Amaro
«As próximas eleições podem ser facilmente perdidas se dermos tiros nos pés»,
avisa Tiago Gonçalves
Tiago Gonçalves considera que a
concelhia do PSD da Guarda tem que ter
«vida própria», mas sublinha com ele a
liderar será «solidária» e vai «trabalhar
ativamente» com os órgãos autárquicos
para os ajudar «a projetar o futuro» da
cidade e do concelho. O objetivo é conse-
guir uma «nova e retumbante vitória» nas
autárquicas de 2021.
O primeiro candidato da lista B que
concorre às eleições de sábado divulgou
as suas listas na sexta-feira num auditório
do Paço da Cultura lotado por militantes e
simpatizantes. «É uma equipa heterogénea
com gente da cidade e das freguesias ru-
rais, militantes mais antigos e outros mais
recentes, porque este é o momento de re-
conciliar o PSD com a sua história, que é de
muitos amores e ódios», disse Tiago Gon-
çalves. Alfredo Freire, militante mais antigo
e fundador do partido na Guarda, concorre
à mesa do plenário, tendo como vice Isabel
Andrade e secretário Luís Prata. À comissão
política concelhia candidatam-se Cecília
Amaro e Pedro Nobre (vice-presidentes),
bem como António Mendes (secretário-
geral), Luís Baía, Luís Fernandes, Afonso
Proença, António Venâncio Gonçalves e
Paula Ribas, entre outros. Já a comissão de
honra é presidida por Carvalho Rodrigues
e inclui Joaquim Brigas, António Peres de
Almeida, António Morgado, Helena Ravas-
co, Rui Quinaz e Jorge Godinho.
Na sessão Tiago Gonçalves considerou
LM
que no sábado os militantes vão escolher
entre dois projetos diferentes para o futuro
do PSD na Guarda e que já sabem que a
lista adversária, liderada por Júlio Santos,
«não tem muito que ver com o apoio e so-
lidariedade aos nossos eleitos» na Câmara,
Assembleia Municipal e freguesias. «O que
represento é muito próximo dos nossos
autarcas, ajudando-os e contribuindo
para que em 2021 a vitória possa ser do
mesmo tamanho da que obtivemos em
2017», afirmou o ex-diretor de campanha
de Álvaro Amaro. O candidato denunciou
ainda que a candidatura de António Júlio
Aguiar à mesa do plenário de secção «não
tem nada de independente, porque vai
concorrer sobre a mesma letra da lista
adversária». Alertou também que «muitos
já esqueceram os 37 anos que o PSD esteve
na oposição na Guarda», apelando à união
do partido porque «as próximas eleições
podem ser facilmente perdidas se dermos
tiros nos pés».
Aumentar o número de militantes,
descentralizar reuniões do plenário e
comissão política, organizar «grande»
convenção autárquica e criar gabinete de
estudos para «projetar a Guarda de 2030»,
mas também reunir com as concelhias
sociais-democratas da Covilhã e Fundão
para «lutar por políticas diferenciadoras»
para a região, são algumas das propostas
de Tiago Gonçalves. O advogado anunciou
ainda que se candidata a dois mandatos.
Júlio Santos concorre contra a
«municipalização» do partido
Júlio Santos defende relação de «ganho mútuo» com a Câmara para gerar «complementaridade
e evitar servilismo e apatia»
Júlio Santos concorre para unir o PSD
local e «contra a municipalização do par-
tido e a politização da autarquia». O líder
da lista A apresentou os seus candidatos
na noite de segunda-feira, na sede laranja,
perante algumas dezenas de apoiantes.
«Connosco, a concelhia estará dispo-
nível para uma relação de ganho mútuo
com a Câmara para gerar complemen-
taridade e evitar servilismo e apatia»,
sublinhou o atual presidente da mesa
do plenário de secção, não sem antes
garantir «apoio inequívoco» às políticas
desenvolvidas pela autarquia. Na sua
intervenção o candidato declarou que as
suas listas são formadas por pessoas que
«não dependem da política» e são «livres
pensadores» no seio da social-democra-
cia guardense. Júlio Santos disse ainda
que será «a voz das bases, às quais todos
devem lealdade», e garantiu que, se for
eleito, vai exigir que a maior concelhia do
distrito seja reconhecida «nas decisões
do partido, o que não tem acontecido nos
últimos tempos». Aos jornalistas, acres-
centou que o PSD está «muito bem» com
Álvaro Amaro na Câmara, mas ressalvou
«que deve haver uma dualidade e não
confusão entre autarquia e o partido».
E acrescentou: «Obviamente que
estamos com Álvaro Amaro, adoramos
Álvaro Amaro, que veio tirar a cidade
do estado anestésico em que estava»,
reconheceu Júlio Santos, que vê na lista
EmFoco
O partido do poder na
Guarda vai a votos no
sábado. Tiago Gonçalves e
Júlio Santos corporizam as
duas tendências existentes
na secção da Guarda do
PSD, uma próxima de Álvaro
Amaro e a outra nem por
isso. Nestas eleições há 526
militantes em condições
de votar, mais 111 que nas
últimas diretas, quando
Santana Lopes venceu Rui
Rio.
Luis Martins
LM
adversária «imensas ligações» à autar-
quia. «Tiago Gonçalves deve preocupar-se
com os assuntos da Assembleia Municipal
e deixar para o partido o trabalho político,
de militantes e militância, senão come-
ça a baralhar-se tudo», exemplificou.
O candidato considerou também que
na campanha de 2013, quando o PSD
derrotou o PS nas autárquicas, «muitos
militantes, de base, de história, foram
ignorados. São esses que queremos cha-
mar para o partido outra vez». Criar um
conselho de opinião com os militantes
mais antigos e um conselho executivo
para apresentar ideias e projetos para a
Guarda, mas também realizar encontros
e eventos informais de militantes, como
sardinhadas, são algumas das propostas
do programa de Júlio Santos, para quem
«faz falta convívio» ao PSD guardense.
Na lista para comissão política con-
celhia candidatam-se Manuela Monteiro,
Jorge Granja de Sousa (vice-presidentes),
Irene Amado (secretária), Odete Ganilha
(tesoureira), Pedro Gomes, Fernando
Madeira, Carlos Baía, Vítor Cunha, Sónia
Marques e Mário Madeira, entre outros.
À mesa do plenário concorrem António
Júlio Aguiar, Tânia Cameira e Ana Sousa.
Na comissão de honra constam nomes
como António Alves da Cunha, António
Soares Gomes, Orminda Sucena, José
Duarte, Jorge Pires, Maria Alcina Fonseca
e Amândio Cruz, entre outros militantes.
EmFoco
COVILHÃ
Câmara reduz passivo em
12,8 milhões de euros
Em 2017 a Câmara da
Covilhã conseguiu reduzir o
passivo em 12,8 milhões de
euros, dos quais 9,6 milhões
diziam respeito à dívida ban-
cária. O anúncio foi feito na
reunião do executivo na pas-
sada sexta-feira.
Segundo o presidente da
autarquia, Vítor Pereira, no
final do ano passado, o passi-
vo era ainda de 92,5 milhões
de euros, valor que obriga a
que continuem a ser adotados
«procedimentos tendentes a
conter a nossa despesa, como
temos feito nos últimos anos».
Na sessão foi aprovado por
maioria o Relatório e Contas
relativo a 2017, ano em que
o orçamento da Câmara tinha
inscrito o valor de 37,2 milhões
de euros. Na apreciação do do-
cumento, o autarca frisou que
a execução orçamental foi de
78 por cento, sendo «uma das
maiores taxas alcançadas nos
últimos 17 anos». Vítor Pereira
justificou que tal «é resultado de
uma política responsável, que
tem sido trilhada de forma firme
e determinada para devolver ao
município a sustentabilidade
financeira de que ele carece».
O autarca aproveitou ainda
pra recordar que pagamentos
Fornos de Algodres é o município
mais transparente da região
Fornos de Algodres é o mu-
nicípio da Beira Interior melhor
classificado no Índice de Trans-
parência Municipal de 2017,
cujos resultados foram hoje
anunciados pela Transparência
e Integridade - Associação Cívica
(TIAC). O município ocupa a 31ª
posição e destaca-se ainda por
ser o que mais subiu no ‘ranking’
em relação a 2016, que segundo
os dados divulgados esta quarta-
feira subiu 274 lugares, num
índice liderado por Alfândega
da Fé e de Vila do Bispo, ambos
empatados no primeiro lugar.
Bem perto está também o
município do Sabugal, na 39ª
posição, subindo 49 lugares
relativamente em 2016. Ainda
no top 100 está o Fundão, na
81ª posição, tendo piorado em
comparação a 2016, quando
ocupava a 30ª posição. Aguiar
da Beira é o município que se
segue 127º lugar, com um pior
resultado que no ano anterior,
caiu 12 posições.
A Covilhã melhorou 40
lugares e em 2017 ocupa o
162º lugar, atrás está a Guarda,
no 175º lugar, melhorando 77
lugares, em 2016 aparecia na
252ª posição. Trancoso surge no
199º lugar, melhorou 55º luga-
relacionados com problemas
judiciais pendentes há vários
anos têm influência nas contas
do município e obrigaram a um
aumento da dívida bancária.
Os dados apresentados não
convenceram Adolfo Mesquita
Nunes, vereador do CDS, que
preferiu abster-se por conside-
rar que nas contas apresenta-
das «aumenta a dívida a curto
prazo a terceiros, aumenta o
resultado líquido negativo e
este aumenta de forma bas-
tante considerável, passando
de 1,8 milhões de euros para
2,4 milhões de euros». O elei-
to fez ainda referência a «um
prejuízo acumulado de 10,5
milhões de euros» referentes
ao «resultado da gestão» dos
últimos quatro anos. Para o
centrista, a autarquia «utiliza
vários artifícios orçamentais
para apresentar uma taxa de
execução global que aparenta
um bom resultado, mas depois
é possível ver rubricas cruciais
com taxas de execução muito
baixas, caso da construção e
infraestruturas ou de estradas
municipais». Na resposta, Vítor
Pereira referiu que essas taxas
são mais baixas porque as
obras em estradas são feitas no
âmbito da empresa municipal.
res. Seguem-se Gouveia (221º),
Seia (234º) e Vila Nova de Foz
Côa, todos eles com pior clas-
sificação que em 2016. A Mêda
surge na 275ª posição e logo a
seguir está Pinhel (277º), caiu
52 lugares em 2017, Celorico da
Beira (278º), também com uma
queda de 4 lugares e Manteigas
(279), pirou 44 lugares.
Já no fim da tabela de um
total de 308 municípios estão
Belmonte (295º), piorou dois
lugares, Almeida (302º) que caiu
da 223ª posição que ocupou em
2016. O pior classificado da região
é Figueira de Castelo Rodrigo, na
304ª posição, piorando 13 lugares
quando comparado a 2016.
O Índice de Transparência
Municipal (ITM) baseia-se, des-
de 2013, no levantamento da
informação de interesse público
disponível nos ‘sites’ dos 308
municípios, segundo 76 indi-
cadores, agrupados em áreas,
e não representa um índice de
corrupção, nem significa su-
cesso eleitoral ou satisfação do
eleitorado. A média dos 308 mu-
nicípios portugueses está nos
51 pontos, «uma descida ligeira
face aos 52 pontos atingidos na
edição de 2016», informou a
associação.
PS acusa
Câmara de
gastar dinheiro
dos SMAS
Executivo aprovou criação de nova Área de Reabilitação Urbana (ARU) na zona da Estação
Luis Martins
Socialistas dizem ter
ficado confirmado que
o «principal objetivo»
da integração dos
SMAS na autarquia
era ter dinheiro
disponível. Álvaro
Amaro respondeu
que vai repor os 1,5
milhões de euros
usados quando a
Câmara receber apoios
contratualizados dos
fundos comunitários.
A Câmara da Guarda já usou
1,5 milhões de euros do saldo
positivo dos Serviços Municipa-
lizados de Água e Saneamento
(SMAS), integrados na autarquia
no início do ano com 8 milhões
de euros disponíveis, e o assunto
não passou despercebido aos
vereadores do PS.
Os socialistas já desconfia-
vam dos objetivos desta inte-
gração e confirmaram na última
reunião do executivo, realizada
na segunda-feira, que a medida
contribuiu «para maior liquidez
financeira da Câmara», disse
Pedro Fonseca aos jornalistas no
final da sessão. O assunto surgiu
após o eleito ter questionado
a maioria sobre o estado dos
pagamentos a fornecedores em
consequência de uma cativação
de 900 mil euros por causa do
Quinta-feira • 12 de abril de 2018 •
diferendo judicial com a massa
insolvente do grupo Gonçalves
& Gonçalves no caso do antigo
edifício do “Bacalhau”. «Confir-
ma-se o que dissemos no final
de 2017. A Câmara já foi buscar
1,5 milhões de euros aos SMAS
para suprir dificuldades de
tesouraria. O “Bacalhau” serviu
apenas de argumento político
para o fazerem», acrescentou
Eduardo Brito.
O socialista reiterou que
esta integração dos serviços de
água e saneamento na autarquia
não foi justificada com «uma
revisão estratégica ou de funcio-
namento» dos SMAS: «Havia era
dinheiro disponível, fruto das
tarifas pagas pelos munícipes
e das faturas por pagar à Águas
do Vale do Tejo», acrescentou o
vereador. Na resposta, Álvaro
Amaro confirmou a operação e
acrescentou que podia transfe-
rir o dinheiro «quando quises-
se», não sem antes recordar que
o executivo de Joaquim Valente
«gastou todo o dinheiro que os
SMAS recebiam para pagar salá-
rios». No seu caso, o presidente
da Câmara justificou tratar-se
de uma decisão acertada: «Para
mantermos o nível de pagamen-
tos a fornecedores nos 30 dias
e atendendo a que nos foram
bloqueados 900 mil euros por
causa do “Bacalhau”, fomos a
esse fundo pedir emprestado
1,5 milhões de euros que iremos
repor quando recebermos ver-
•5
AR
bas dos fundos comunitários»,
adiantou.
Contudo, Álvaro Amaro não
deixou de lamentar que os so-
cialistas não tenham feito estas
críticas na reunião do executivo,
acusando a oposição de «má-fé,
ignorância e incompetência».
Nesta sessão foi aprovado por
unanimidade o arranjo urbanís-
tico das rotundas da Dorna e de
Maçaínhas por mais de 144 mil
euros mais IV. Na primeira será
criado um cenário com pedras
e água e na segunda ficará uma
calandra, máquina da indústria
têxtil oferecida por um privado.
O executivo aprovou ainda,
também por unanimidade, a
criação de uma nova Área de Re-
abilitação Urbana (ARU) na zona
da Estação. «É um instrumento
de planeamento essencial para
obtermos financiamentos co-
munitários e fazer reabilitação
urbana noutros pontos impor-
tantes da cidade sem “derreter”
as finanças da Câmara», afirmou
Álvaro Amaro, acrescentando
que a zona de influência desta
ARU vai agora ser definida. O
edil anunciou também que o
município já começou a pagar
à Águas do Vale do Tejo, tendo
liquidado as faturas de janeiro
e fevereiro. «O Governo espera
ter pronto até julho o decreto-
lei que permitirá às Câmaras
pagarem dívidas ao sistema
multimunicipal de abastecimen-
to», revelou.
6• • Quinta-feira • 12 de abril de 2018
S no nome e mais de
Sociedade
TUNAS
Festival
“Ribeirinha”
regressa este
fim-de-semana
à Guarda
O “Ribeirinha” – Festi-
val de Tunas Femininas da
Guarda está de volta este fim-
de-semana à cidade “mais
alta”, numa organização da
Egitúnica – Tuna Feminina
do Instituto Politécnico da
Guarda (IPG).
A concurso na décima
edição do evento estarão a
Sirigaitas (Tuna Feminina
da Faculdade de Farmácia
da Universidade do Porto),
a Cientuna (Tuna Feminina
de Ciências do Porto), a C’a
Tuna aos Saltos (Tuna Médica
Feminina da Universidade
da Beira Interior) e a Tuna
Sadina (Tuna Feminina da
Escola Superior de Educa-
ção de Setúbal). O evento
arranca amanhã (21h30)
com serenatas no Auditório
da Associação Académica da
Guarda, enquanto no sába-
do, pelas 21h30, decorrerá
o tradicional espetáculo no
pequeno auditório do TMG.
SOLIDARIEDADE
MedUBI apoia mais
desfavorecidos
O Núcleo de Estudantes
de Medicina da Universidade
da Beira Interior (MedUBI)
tem no terreno a ação de
voluntariado “Na Primeira
Pessoa” até outubro.
A iniciativa consiste
numa série de atividades
pontuais de voluntariado
que, através de dinâmicas
ligadas à cultura e educação,
pretende incentivar a in-
clusão social de grupos mais
desfavorecidos da sociedade,
nomeadamente crianças,
jovens, idosos e pessoas com
menores posses económicas,
adiantam os promotores. No
final, as pessoas abordadas,
os materiais usados e as ex-
periências recolhidas serão
reveladas numa exposição.
Miguel tem Portugal
20 mil quilómetros
nas pernas
Sara Guterres
De mochila às costas
e com mais de 20
mil quilómetros
nas pernas, Miguel
Portugal só descansa
quando passar por
todas as capitais de
distrito e 278 sedes de
concelho de Portugal
Continental. A Guarda
foi paragem obrigatória
na semana passada
e daqui a dois meses
tenciona chegar ao
seu “último” destino:
Penela.
Em março de 2014 Mi-
guel Portugal decidiu partir de
Biarritz (França), onde estava
emigrado, em direção aos Cami-
nhos de Santiago (Espanha). Os
primeiros passos estavam dados
e quando regressou ao seu país
natal deu corda aos sapatos
para caminhar entre as capitais
de distrito e as 278 sedes de
concelho. Há quatro anos que
palmilha Portugal de lés-a-lés.
Sempre com a “casa” às cos-
tas, ou melhor dizendo, a mochila,
Miguel tem Portugal no nome e
garante que esta viagem é por
amor à pátria: «Larguei tudo.
Conhecer as pessoas, as regiões e
as tradições é o que me motiva»,
admite o viajante, que é natural
de Coimbra. «Trago roupa, a
tenda, o saco de cama, algumas
recordações que me dão pelo
caminho, produtos de higiene e os
carimbos que recolho nos locais,
que provam o que estou a fazer»,
adianta Miguel Portugal, cujo fiel
companheiro nesta jornada é
um mapa carregado de fita-cola.
Na semana passada os caminhos
trouxeram-no até à Guarda. De
Manteigas a Maçainhas, passando
por Valhelhas e Fernão Joanes,
Miguel Portugal não se coibe de
dizer que «a região é lindíssima»
e, conhecendo o país como a pal-
ma da mão, garante que «é pena
não ser melhor aproveitado».
Cinco dias foram o suficiente
para descobrir os recantos do dis-
trito e, sem mais demora, partiu
na passada quinta-feira rumo a
Figueira de Castelo Rodrigo. Mas
Com 40 anos, Miguel Portugal caminha entre dez a 12 horas diárias
antes, já a pensar na próxima eta-
pa, que consiste em bater serras,
rios e castelos de Norte a Sul até
junho de 2020, deu corda aos
sapatos em direção ao Sabugal
para visitar as fortalezas de Vila
do Touro, Vilar Maior e Castelo
Mendo. De olhos postos no mapa,
Miguel Portugal desenhou o per-
curso para as próximas semanas:
«De Figueira vou direito a Freixo
de Espada à Cinta, para depois
fazer Alfândega da Fé e Mirandela,
onde já estive, mas não tenho o
carimbo da Câmara Municipal»,
enumerou. Daí descerá a Torre de
Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa,
Mêda, Trancoso, Pinhel, Celorico
da Beira e Fornos de Algodres.
Com mais alguns quilómetros nos
20 mil que já “tem” nas pernas,
caminhará em direção a destinos
mais a Norte – Maia, Valongo e
Gondomar –, para depois descer
até Pombal e Penela, onde tencio-
na estar «dentro de dois meses».
Como diz o provérbio, “pa-
rar é morrer” e nem a chuva,
acompanhada do frio, impediu o
conimbricense de se fazer ao ca-
minho. Pior do que as condições
climatéricas «são os sítios impro-
visados onde durmo», reconhece
Miguel Portugal, que já passou
noites em casas abandonadas,
postos de vigia, praias fluviais
ou antigos sanatórios. «A minha
primeira tenda foi destruída por
um javali. A partir daí andei dois
anos só com o saco de cama», re-
corda o caminheiro, confessando
que o que mais lhe custou quando
partiu nesta aventura foi «ficar
sem o conforto» da sua casa. Mes-
DR
DR
mo sem as comodidades a que
estava habituado, a vontade de
terminar aquilo que considera
uma “missão de vida” manteve-
se mais forte e a palavra desistir
não consta no dicionário deste
conimbricense: «Não é por ter
uma facilidade ou uma dificul-
dade que vou parar», garante.
Por estrada ou terra batida, a
subir ou a descer, Miguel Portugal
chegou a caminhar três dias se-
guidos, mas não repete a dose e a
sua média diária é entre as dez e
as 12 horas. Na cabeça, faça chuva
ou faça sol, anda sempre com um
boné, cuja pala está cheia de pins
personalizados: «Não os posso
meter no coração, mas tenho-os
sempre na cabeça. São os nossos
brasões e os meus amuletos da
sorte», sublinha, entre risos. Mas
no caminho nem tudo são rosas e
a história mais triste, que recorda
com emoção, «foi quando perdi a
minha avó». Em contrapartida,
«o mais alegre é as pessoas que
conheço, são uma família», consi-
dera Miguel Portugal, que já caiu,
já foi quase atropelado e até já
esteve rodeado por touros bravos.
Apesar das dores nos joelhos, nos
braços ou nas costas, o “bichinho”
está lá e o conimbricense não vê
o futuro sem a caminhada. Mais
tarde, «gostava de fazer um
livro ou uma exposição com as
fotos que tiro», revela Miguel
Portugal, que diz ter autarquias
interessadas no projeto.
 Quinta-feira • 12 de abril de 2018 • •7

Celorico e Seia Novo Cartão de

sustentam liderança
de Pedro Fonseca
Congresso federativo decorreu no sábado em Figueira da Castelo Rodrigo
Ana Eugénia Inácio
Os socialistas do
distrito da Guarda
estiveram reunidos em
congresso, no passado
sábado, em Figueira de
Castelo Rodrigo, onde
votaram a composição
da comissão política
distrital.
Depois de ter sido eleito
presidente da Federação Distrital
do PS da Guarda, Pedro Fonseca
voltou a levar a melhor sobre Ale-
xandre Lote, desta vez na votação
para a Comissão Política Distrital
(CPD). Com 94 votos, a lista A, de
Pedro Fonseca, conseguiu eleger 31
Descentralização está entre os anseios
elementos, contra 20 afetos à lista B,
que obteve 63 votos. Houve ainda
um voto em branco e outro nulo.
Candidato à presidência da
Federação derrotado na primeira
volta, José Luís Cabral, de Celorico
da Beira, teve uma palavra a dizer
na constituição da lista apresenta-
da pelo novo líder, sendo que sete
dos 31 militantes eleitos para a
CPD pertencem à concelhia celo-
ricense. Entre eles estão o próprio
José Luís Cabral, Olga Marques e
Samaina Fernandes, esposa de
José Albano. Também a secção de
Seia conseguiu uma representa-
ção de peso, com seis eleitos, en-
tre os quais Carlos Filipe Camelo
na presidência do órgão máximo
federativo, enquanto a concelhia
da Guarda tem menor destaque.
AEI
O mesmo não acontece entres os
eleitos de Alexandre Lote, pois
seis são da secção guardense.
Aos jornalistas, Pedro Fon-
seca explicou que reuniu com os
candidatos derrotados para «con-
versarmos sobre uma solução
equitativa que se iria refletir nos
órgãos federativos» e que apenas
José Luís Cabral manifestou dis-
ponibilidade. «Mas nada impede
que este entendimento se possa
estender a outros camaradas»,
acrescentou, pois o seu objetivo
é «estabelecer pontes e gerar
consensos», sendo a prova dessa
abertura a presença de militantes
de Celorico da Beira na sua lista.
Quanto a uma possível influência
do histórico José Albano Marques,
atual presidente da concelhia de
Celorico da Beira, foi encarada
como «natural». «Foi presidente
da distrital durante oito anos e
Associado do NERGA
dá descontos
Associação empresarial da Guarda estima
que as regalias concedidas vão chegar a
mais de 3.000 pessoas numa fase inicial
O NERGA – Associação Em-
presarial da Região da Guarda
acaba de lançar um novo cartão
de associado que contempla
descontos para os empresários
na aquisição de bens e serviços.
O projeto foi apresentado
na passada quinta-feira, numa
sessão em que foram assinados
vários protocolos com algumas
das 24 entidades parceiras do
projeto, que também vai benefi-
ciar os funcionários das empre-
sas inscritas no NERGA através
de um cartão identificador es-
pecífico. Os descontos vão dos
combustíveis à saúde, passando
pelos seguros, energia, trans-
portes, restauração, hotelaria,
educação e lazer. Segundo Pedro
Tavares, presidente da associa-
ção empresarial, as regalias des-
te novo cartão vão chegar, «num
primeiro momento, a mais de
3.000 pessoas». O dirigente
considera que esta medida é um
«contributo importante» para o
reforço do movimento associa-
tivo e contribuirá para «apoiar
a economia local, em particular
o comércio e os prestadores
de serviço» da região. «A ideia
é formar uma rede enorme de
parceiros no comércio distrital»,
acrescentou Pedro Tavares.
Curiosamente, o novo car-
tão surge numa altura em que
o NERGA está a admitir comer-
ciantes como associados, mas
o dirigente empresarial nega
que a ideia seja substituir a As-
sociação Comercial da Guarda.
«Todos somos empresários e
livres de escolher quem nos
representa. Não pretendemos
ocupar o lugar de ninguém,
estamos é a dar resposta a as-
sociados que já temos e a mani-
festar recetividade para receber
outros do género», acrescentou
o responsável. De resto, o NERGA
já é associado da Confederação do
Comércio e Serviços de Portugal
(CCP), o que permite o acesso
a fundos e programas de apoio
específicos para estas atividades
económicas que a associação em-
presarial «nunca teve». De acordo
com Pedro Tavares, os comercian-
tes que se inscreverem no NERGA
vão pagar a quota mínima, de 60
euros anuais.
Entretanto, Pedro Tavares
vai recandidatar-se à presidên-
cia da direção da associação
empresarial, cujas eleições es-
tão marcadas para 24 de abril.
João Cardoso, da Coficab, é o
candidato à presidência da
Assembleia-Geral.
LM

de Pedro Fonseca tenho muito a aprender com ele,

assim como com os presidentes
anteriores», afirmou Pedro Fon-
Já no discurso de encerramento, Pedro Fonseca lembrou que seca. O novo líder considera «im-
os «partidos políticos servem para servir a sociedade» e que só portante é que haja uma vontade
assim o PS da Guarda «pode ambicionar vencer os desafios do de trabalhar pelo partido e abri-lo
presente e do futuro». Desafios esses que espera que passem tam- à sociedade civil», pelo que está
bém pela coesão territorial, lembrando o Governo que é preciso aberto à discussão de ideias.
«fazer nesta área o mesmo que fez noutras, com a económica Da parte de Alexandre Lote
e financeira, tornando-se uma referência para toda a Europa e também há o desejo de união,
até para o mundo». O líder da distrital disse estar «confiantes mas o militante de Fornos de
que, no quadro das novas políticas de descentralização, o nosso Algodres deixou claro que não
governo seja eficiente». poderão contar com ele «para
Um anseio também partilhado por José Manuel Mesquita, que falsas alianças ou falsos sentimen-
participou no encerramento do congresso em representação do tos de solidariedade. A confiança
secretariado nacional. O dirigente referiu que «não faz sentido que tem de se construir», avisou. No
seja Lisboa, a centenas de quilómetros de distância, a dizer como entanto, o candidato derrotado à
e quando se devem implementar políticas públicas de proximida- presidência da Federação disse-
de», acrescentando que «consagrar a descentralização é aumentar se «disponível para apresentar
a eficácia das políticas públicas e reduzir as desigualdades». José ideias». Mas neste congresso
Manuel Mesquita alertou, no entanto, para a necessidade de «um ficaram patentes muitas dúvidas
programa político comum de unidade e ação das 14 concelhias», sobre a capacidade de liderança
pois «o sucesso da descentralização e o combate à interioridade de Pedro Fonseca e ao futuro do
começa aqui e não em Lisboa». partido na Guarda.
NERGA conta para já com 24 parceiros neste projeto
AUTOMOBILISMO
II Rampa da Guarda adiada para setembro
A II Rampa da Guarda, pre- portiva, entidade organizadora,
vista para 21 e 22 de abril, foi adianta que decidiu, «face ao re-
adiada para o primeiro fim-de- gulamentado, juntamente com a
semana de setembro. Câmara da Guarda e a FPAK, adiar
O trajeto escolhido para a realização das provas para o fim-
realizar as provas, que consistia de-semana de 1 e 2 de setembro»,
na subida desde a barragem protelando também a IX Perícia
do Caldeirão até à entrada da da Guarda para 9 de setembro.
localidade dos Trinta, foi objeto «O Guarda Unida Desportiva e
de uma vistoria por parte da a autarquia, juntamente com a
Federação Portuguesa de Au- FPAK, estudaram já alternativas,
tomobilismo e Karting (FPAK), que em breve serão apresenta-
incluindo um observador FIA, das, no sentido da possibilidade
e não apresentava um desnível de haver na Guarda uma prova
mínimo de 300 metros. Em co- do Campeonato Nacional de
municado, o Guarda Unida Des- Montanha», é referido.
8• • Quinta-feira • 12 de abril de 2018
Viagem de finalistas da
Covilhã terminou em tragédia
Ana Eugénia Inácio
Centenas de pessoas
assistiram ao funeral da
única vítima mortal do
acidente, na terça-feira,
no Tortosendo. Palmas
e lágrimas marcaram a
despedida do jovem de
18 anos.
Qualquer viagem de finalis-
tas costuma terminar cheia de
histórias para contar, mas esta
terminou com a pior de todas.
Depois de uma semana em Punta
Umbría, no sul de Espanha, já no
regresso à Covilhã, a cerca de 100
quilómetros de distância, o auto-
carro que transportava jovens, en-
tre os 18 e 23 anos, dos concelhos
da Covilhã e Belmonte, despistou-
se no IP2, na zona de Nisa (entre
o nó de Arez e o Fratel).   ra, a Xtravel. Três dos ocupantes
Do brutal acidente ocorrido
no domingo, cerca das 18 horas,
resultou uma vítima mortal. João
Nuno Fiadeiro tinha 18 anos,
feitos a 27 de março, era natural
do Tortosendo (Covilhã) e estu-
dava na Escola Secundária Frei
Heitor Pinto. Terá tido morte no
local do acidente, tendo o corpo
sido depois transportado para
os serviços de Medicina Legal
do Hospital de Portalegre para
a realização da autópsia. No
mesmo autocarro viajava a irmã
gémea, juntamente com outros
46 estudantes, o motorista, que
FOTOLEGENDA
“Educar o sonho: Ética e envolvimento
parental na prática desportiva”
O livro “Educar o sonho:
Ética e envolvimento parental
na prática desportiva”, de Vitor
Santos, foi apresentado, no
passado fim-de-semana, na
livraria Bertrand do La Vie, na
Guarda.
Luís Baptista-Martins, jor-
nalista e diretor de O INTERIOR,
e André Mendes, treinador
de futebol e scout, foram os
oradores convidados. Na apre-
sentação falou-se nalguns dos
temas que o livro aborda, como
o impacto do despovoamento do
interior no desporto, a postura
dos dirigentes dos clubes e a
participação dos pais na prática
desportiva. O autor não tem dú-
vidas da importância do despor-
to na formação das crianças e,
com este livro, Vítor Santos pro-
cura passar a mensagem de que
«mais importante do que ser-se
DR
Autocarro com 48 estudantes despistou-se perto das 18 horas de domingo
pertencia à empresa Turicorvo e
um guia da empresa organizado-
foram considerados feridos gra-
ves e 28 sofreram ferimentos li-
geiros, tendo sido transportados
para os hospitais de Portalegre,
Abrantes e Castelo Branco. Os
restantes foram assistidos no
local do acidente. A maioria
dos passageiros teve alta ainda
durante a noite. O motorista, por
precaução física e psicológica,
apenas saiu ao final da manhã
de segunda-feira.
As causas do acidente são
ainda desconhecidas, estando
a decorrer um inquérito para
apurar as circunstâncias em
competitivo, é assegurar que
se formam homens, que serão
melhores pessoas», alertando
para a pressão que muitas vezes
que tudo se passou. Segundo as
autoridades no local, o acidente
«aconteceu com condições ad-
versas e numa zona com muita si-
nistralidade». À hora do acidente
chovia muito e, à SIC, umas das es-
tudantes que viajava no autocarro
disse que o motorista «não estava
a conduzir nada bem e não teve
atenção à chuva». Admitiu ainda
que ela e a maioria dos colegas
não usava cinto de segurança.
Quando o autocarro tombou os
estudantes terão também caído
no chão, conseguiram  sair da
viatura quando um deles partiu
um vidro traseiro, tendo contado
também com a ajuda do motorista
que quebrou o vidro da frente.  manente. A Câmara Municipal da
AEI
os pais, treinadores e dirigentes
criam no jovem desportista «que
muitas vezes leva ao abandono
do desporto.
Vítimas recebem apoio
psicológico
No autocarro viajavam 35
alunos que pertencem ao Agrupa-
mento de Escolas Frei Heitor Pinto,
que, de imediato, garantiu que iria
«ajudar todos os alunos», embora
não tivesse sido a escola a organi-
zar a viagem. Foram mobilizadas a
psicólogas da escola para prestar
o apoio necessário e também o
Centro Hospital Cova da Beira
anunciou que Serviço de Psicologia
se encontra à disposição dos jovens
que sofreram o acidente, colegas
e familiares, para atendimento e
acompanhamento de forma per-
TURISMO
Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”
na Guarda em maio
Para debater o presente e
o futuro do turismo nacional, a
Guarda acolhe a 7 e 8 de maio a
quinta edição do Fórum de Tu-
rismo Interno “Vê Portugal”, pro-
movido pela Entidade Regional de
Turismo do Centro de Portugal.
Na conferência de apresen-
tação do programa, realizada na
segunda-feira, Pedro Machado
referiu que o mercado interno «é
provavelmente o melhor mercado
para combater» a sazonalidade, a
litoralidade e para aumentar a du-
ração das dormidas dos turistas.
«A Guarda será, provavelmente,
das cidades que tem melhor situ-
ação geográfica privilegiada para
combater a ideia da interioridade
e, cada vez mais, colocarmos o
foco numa cidade e numa região
da Serra da Estrela que tem aqui
esta equidistância entre aquilo que
é o litoral atlântico e aquilo que é a
base do nosso primeiro mercado,
que é o mercado espanhol», defen-
Covilhã também prontamente se
disponibilizou para prestar «todo o
apoio possível aos familiares e aos
próprios alunos». Decretou ainda
dois dias de luto municipal e emitiu
um voto de pesar.
Modelo das viagens
de finalistas «deve
ser revisto»
A Associação de Pais da
Escola Frei Heitor Pinto, na
Covilhã, considera que o aci-
dente registado no domingo,
no IP2, com um autocarro que
transportava alunos daquele
estabelecimento de ensino,
demonstra que o modelo das
viagens de finalistas deve ser
revisto. «Vemos com muita pre-
ocupação o sucedido e a priori-
dade tem de ser a ajuda aos jo-
vens e às famílias, mas também
não podemos deixar de apontar
que vemos com igual preocupa-
ção a forma como estas viagens
são organizadas, sem qualquer
intervenção das escolas ou das
entidades escolares. Portanto, é
preciso mudar o figurino destas
viagens», disse, em declarações
à agência Lusa, José Pina Simão,
presidente da Associação de
Pais da Escola Frei Heitor Pin-
to, estabelecimento de ensino
onde estuda a maior parte
dos alunos que seguiam no
autocarro acidentado.
deu o presidente do Turismo do
Centro. O encontro, dirigido a todos
os interessados no setor, decorrerá
no TMG e deverá contar com cerca
de 400 participantes.
Durante dois dias, atores e
especialistas, nacionais e interna-
cionais, na área do turismo darão
o seu contributo em cinco painéis
e uma mesa redonda. Destaques
para a participação de Miguel
Freitas, secretário de Estado das
Florestas e do Desenvolvimento
Rural; Francisco Martín Simon,
Diretor-Geral de Turismo da
Junta da Extremadura (Espanha);
Domingos Xavier Viegas, coor-
denador do Centro de Estudos
sobre Incêndios Florestais da
Faculdade de Ciências e Tecnolo-
gia da Universidade de Coimbra;
João Paulo Catarino, coordenador
da Unidade de Missão para a Va-
lorização do Interior; e de Paula
Araújo da Silva, Diretora-Geral do
Património Cultural
Quinta-feira • 12 de abril de 2018 • •9

PUB
10 • • Quinta-feira • 12 de abril de 2018
PROTESTO
Amanhã há marcha lenta contra portagens na A23
Está agendada para amanhã uma
marcha lenta contra as portagens na
A23 e A25 e pela reposição das SCUT
(autoestradas sem custos para os uti-
lizadores).
O protesto é organizado pela Pla-
taforma P’la Reposição das SCUT’s na
A23 e A25, que espera uma «forte mo-
bilização» da comunidade local nesta
ação e por «uma questão que afeta a
todos, residentes e quem nos visita,
trabalhadores e empresas, e que põe
em causa o próprio desenvolvimento
1ª ETAPA - 13 DE ABRIL
MÊDA - F.C. RODRIGO
2ª ETAPA - 14 DE ABRIL
SABUGAL - SEIA
3ª ETAPA - 15 DE ABRIL
GOUVEIA - GUARDA
Seia
económico e social da região». Se-
gundo os promotores, a marcha lenta
terá dois pontos de partida (Covilhã e
Castelo Branco) em direção à rotunda
da Lardosa. A concentração na Covilhã
está marcada para as 15h30, no Jardim
das Artes, e para meia hora depois em
Castelo Branco. A iniciativa é uma das
resoluções aprovadas no Fórum Público
pela Reposição das Scut’s, realizado a 6
de março na Covilhã, estando previstas
outras ações, nomeadamente uma mar-
cha lenta na A25 e uma ação de protesto
13 a 15 de Abril
em Lisboa, junto à residência oficial do
primeiro-ministro, ambas a decorrer
entre abril e maio, em data a anunciar
brevemente.
A Plataforma de Entendimento, que
junta associações empresariais, comis-
sões de utentes, empresários e sindicatos
da região, reitera que a imposição das
portagens, «além de travar o desenvol-
vimento socioeconómico do interior, tem
contribuído para um aumento signifi-
cativo da sinistralidade rodoviária nas
estradas nacionais». A Associação Em-
PUB
presarial da Beira Baixa (AEBB), a Asso-
ciação de Empresários p’la Subsistência
do Interior, a Associação Empresarial da
Região da Guarda (NERGA), as comissões
de utentes da A23 e A25, bem como as
Uniões de Sindicatos de Castelo Branco
e da Guarda reclamam do Governo uma
«solução urgente» para colmatar o «im-
pacto negativo» das portagens, mas todos
os contactos com a tutela não tiveram
«quaisquer efeitos práticos, sendo esta
questão adiada de forma passiva e pouco
transparente», lamenta a plataforma.
SEIA
Câmara abre
concurso para
integrar 78 precários
O município abriu concursos na
segunda-feira para a regularização ex-
traordinária dos vínculos precários de
78 trabalhadores, ao abrigo do programa
lançado pelo Governo. Os procedimentos
decorrem até dia 20.
O programa é destinado às pessoas
que exerçam ou tenham exercido funções
correspondentes ao conteúdo funcional
de carreiras gerais, ou especiais, e que
satisfaçam necessidades permanentes
dos órgãos ou serviços das autarquias
locais, com sujeição ao poder hierárquico,
à disciplina ou direção dessas entidades,
sem vínculo adequado. Nessas condições
estão 12 técnicos superiores, 8 assisten-
tes técnicos e 58 assistentes operacionais,
numa lista aprovada na reunião de Câma-
ra de 12 de março. «Reúnem as condições
para concorrer a estes concursos públicos
um total de 351 pessoas, as quais já foram
informadas da abertura do procedimento
concursal para a constituição de relação
jurídica de emprego público, na modali-
dade de contrato de trabalho em funções
públicas por tempo indeterminado»,
refere a autarquia em comunicado. Para
Carlos Filipe Camelo, autarca senense, um
objetivo desta medida é «resolver a falta
de recursos humanos em áreas de elevado
interesse público».
BELMONTE
Semana do Brasil começa
na segunda-feira
O Brasil está de regresso a Belmonte.
A partir de segunda-feira o município assi-
nala a Semana do Brasil com diversas ativi-
dades para dar a conhecer o património de
Belmonte e estreitar relações, promovendo
ao mesmo tempo o passado da vila com
ligações ao “país irmão”.
Até à próxima sexta-feira estão previs-
tas visitas guiadas ao Museu dos Descobri-
mentos, a peça de teatro “Cartas do novo
Mundo”, exposições de Dora e Rosarlette
Meirelles e uma sessão de “live cooking”
de comida brasileira por Valdir Lubave. De
resto, cabe ao chef da Pousada de Belmonte
abrir a Semana com um cocktail brasileiro
na noite de segunda-feira, no Museu dos
Descobrimentos. A participação carece de
inscrição prévia até amanhã. A Semana do
Brasil antecede as Festas do Concelho, que
têm início no dia 20.
Quinta-feira • 12 de abril de 2018 • • 11

PUB
12 • • Quinta-feira • 12 de abril de 2018

SEIA

Apresentado Polémica em torno

anteprojeto de
regeneração das piscinas de
urbana do
centro da Celorico da Beira
cidade
A Câmara de Seia apresentou na
semana passada o anteprojeto de rege-
neração urbana “Seia Porta da Estrela”
sem fim à vista
Sara Guterres
DR

que vai desenvolver-se na área central

da cidade.
Integrada no PEDU Seia 2020
(Plano Estratégico de Desenvolvimento
Encerradas há mais de
Urbano), a intervenção contempla a re-
uma década, as piscinas
qualificação da Avenida 1º de Maio, en-
municipais de Celorico da
tre o Largo Marques da Silva e o edifício
Beira continuam a dar que
da ex-PT, para dar origem a uma praça
falar. O equipamento esteve
linear. Ali ficarão instalados um “hub
em funcionamento até à
intermodal” de transportes, o “Welcome
chegada do PS à Câmara, em
Center”, quiosques, esplanadas e au-
2005, mas fechou poucos
mentadas as áreas pedonais e cicláveis.
meses depois devido a danos
O projeto estabelece ainda a transfor-
estruturais no edifício e no
mação da zona da feira em parque mul-
tanque.
tiusos para eventos ao ar livre e área de
O mais recente motivo de controvér-
estacionamento. Já o parque municipal
sia remete para um plano de eficiência
será «um espaço verde qualificado de
energética, elaborado pelo anterior exe-
referência da cidade», refere a autarquia.
cutivo socialista, para aplicar nas piscinas
«Este programa de intervenção assenta As piscinas municipais de Celorico da Beira estão fechadas há mais de dez anos
e que representava um investimento de
numa estratégia em que se reafirma
mais de 260 mil euros, cofinanciados poupança para o concelho e, se essa pou- de segurança, hoje não víamos necessidade
Seia como referência indissociável do
em 95 por cento. Mas a verba foi usada pança é maior, depois pode ser canalizada de se ter feito esta transferência da verba»,
acesso e ligação com a Serra da Estrela.
pela atual maioria na substituição da para a intervenção nas piscinas», con- critica o eleito da oposição. Carlos Ascensão
Mas é também um desafio da cidade e
iluminação pública por LED, pelo que sidera Carlos Ascensão (PSD). Opinião contrapõe que não se pode cair nos erros
um projeto para a comunidade, pelo seu
as piscinas continuam encerradas e sem diferente tem o vereador socialista José do passado, pelo que a maioria eleita em
impacto na melhoria da imagem de Seia,
data de reabertura. Albano Marques, que não compreende a 2017 decidiu «fazer um estudo sério e
pela dinamização do seu centro urbano
«Essa verba pode ser utilizada de «desistência da candidatura» e receia que aprofundado de uma possível reformulação
e pelos desafios para dinamização social,
maneira diversa consoante as nossas o «encerramento definitivo» das piscinas da própria estrutura».
económica e sustentabilidade ambien-
opções», justifica o presidente da Câmara, esteja próximo. «É verdade que esta O edil promete que «iremos ultrapas-
tal», considera Carlos Filipe Camelo,
para quem a iluminação LED é prioritá- estrutura está fechada há muitos anos. sar os problemas e reabrir as piscinas»,
presidente do município.
ria: «Implica um retorno maior a nível de Mas se noutros tempos foi por questões reiterando que o município não quer
«correr o risco de desperdiçar ali muito
PUB dinheiro». Quanto à decisão de transferir a
verba para a iluminação pública, o autarca
celoricense assegura que foi uma opção
de «segurança e poupança»: «Este é um
investimento seguro, contrariamente ao
que seria feito nas piscinas», sustenta Car-
los Ascensão, que assume intervir «o mais
rápido possível dentro das condicionantes
a que estamos sujeitos». Mas sem adiantar
datas para a reabertura das piscinas: «Não
queremos fazer o que outros fizeram, que
apontaram datas precisas e depois não se
concretizou», recorda o social-democrata.
Contudo, José Albano Marques não esquece
que na última campanha autárquica «um
dos compromissos do atual executivo era
abrir imediatamente» as piscinas. «Todos
os políticos fazem promessas. Mas acho que
verem isto com uma perfeita normalidade,
depois de falarem constantemente na
questão, não me parece bem enquanto
cidadão», condena o vereador do PS.
Na sua opinião, as piscinas «não vão
gerar emprego», mas são «um equipa-
mento social para ser usufruído pelos
celoricenses». E acrescenta: «Espero
que no futuro os celoricenses possam
avaliar se a iluminação pública foi uma
prioridade em termos da satisfação das
suas necessidades», desafiou o socialista,
segundo o qual o descontentamento da
população «é bastante grande».
 Quinta-feira • 12 de abril de 2018 • • 13

TMG DISTINÇÃO

Últimos dias para ver pintura Professora de Filosofia vence Prémio

de Pedro Calapez
Tem até sábado para ver os
desenhos e pinturas do concei-
tuado artista plástico Pedro Ca-
lapez na galeria de arte do TMG.
A exposição intitula-se
“Acordo de Noite Subitamen-
te” e reúne obras sobre tela e
alumínio, bem como de grafite
sobre papel, pertencentes a di-
ferentes séries realizadas entre
2012 e 2017. Estão patentes 32
trabalhos, de diferentes dimen-
sões, que revelam as diversas
aproximações que o artista fez a
materiais, suportes, técnicas ou
“modos de fazer” que marcado
a sua prática artística. Para cada
série de trabalhos, por vezes
Pedro Calapez escreve um texto.
O que acontece nesta mostra
com algumas das séries apre-
DR
(1953), o artista iniciou a apre-
sentação do seu trabalho nos
anos 70, integrado na eclosão
do Pós-Modernismo, e realizou
a primeira exposição individual
em 1982. A afirmação da sua
carreira como pintor deu-se na
primeira metade da década de
80, em exposições como “De-
pois do Modernismo” (1983) e
Literário Vergílio Ferreira
O ensaio “Que possível en-
saio sobre a verdade em Vergílio
Ferreira”, de Maria do Rosário
Cristóvão, é o vencedor do Prémio
Literário Vergílio Ferreira 2018,
instituído pela Câmara de Gouveia.
O nome da vencedora foi
divulgado no sábado por Alípio
de Melo, representante da au-
tarquia no júri, segundo o qual o
galardão foi atribuído «por una-
nimidade» a esta professora de
Filosofia, residente em Portimão,
que concorreu com o pseudónimo
Sebastião Moura. O prémio tem
TEATRO
“Portugal não é um país pequeno” no TMG
Depois da apresentação na úl-
o valor pecuniário de cinco mil
euros e a obra vencedora será
agora editada pelo município de
Gouveia. Este ano concorreram 31
trabalhos, na categoria de ensaio,
entre os quais uma «significativa»
participação de concorrentes bra-
sileiros. Além de Alípio de Melo,
integraram o júri José Manuel
Mendes (Associação Portuguesa
de Escritores) e Cristina Robalo
Cordeiro (professora universitária).
A sessão terminou com uma
homenagem póstuma ao poe-
ta, romancista e jornalista José
Correia Tavares, falecido a 18
de janeiro, que foi membro do
júri deste prémio literário desde
1997 até 2016. Na ocasião foi
apresentada a sua obra póstuma
“Herdeiro Universal”, editado pela
Associação Portuguesa de Escri-
tores, editora Húmus e município
de Gouveia. O Prémio Literário
Vergílio Ferreira foi criado em
1997 para homenagear o autor
de “Manhã Submersa”, natural
da freguesia de Melo, e defender
e divulgar a criação literária em
língua portuguesa.
DR

sentadas. Nascido em Lisboa “Arquipélago” (1985). tima edição do Festival Y, na Covilhã,

PUBLICAÇÃO
“A Lã e a Neve: Releituras Travessias,
Metamorfoses” apresentado na Covilhã
O livro “A Lã e a Neve:
Releituras Travessias, Meta-
morfoses”, organizado por
José M. S. Rosa, presidente da
Faculdade de Artes e Letras
da UBI, é apresentado amanhã
(21 horas) na biblioteca muni-
cipal da Covilhã.
A sessão inclui a projeção
de um pequeno filme sobre a
o grupo Hotel Europa apresenta
amanhã no TMG a peça de teatro
documental “Portugal não é um país
pequeno”, de André Amálio.
O espetáculo reflete sobre a
ditadura e a presença portuguesa
ligação de Ferreira de Castro
em África, em particular a vida
(1898-1974) à Covilhã e in-
dos antigos colonos através dos
tervenções de Ricardo Antó-
seus testemunhos reais. O texto
nio Alves (diretor do Museu
foi criado através de um processo detalhada pesquisa historiográ- ve o criador e intérprete André
Ferreira de Castro, Sintra),
de verbatim, que significa copia- fica. «Estou interessado na forma Amálio a propósito desta criação.
Gabriel Magalhães (escritor
do palavra por palavra, o que se como o teatro pode contribuir A peça terá sessões para os estu-
e professor na Faculdade de
traduziu na escrita de um texto para a reescrita da história, dando dantes (15 horas) e público geral
Artes e Letras da UBI) e Antó-
de teatro que utiliza fielmente as voz a um grupo silenciado, traba- (21h30) no pequeno auditório.
nio Ferreira Bento (diretor da
palavras das pessoas entrevista- lhando assim na transmissão da A interpretação está a cargo de
biblioteca da UBI).
das, complementadas com uma memória entre gerações», escre- André Amálio e Pedro Salvador.

PINTURA
Ilídio Salteiro expõe no Museu
de Lanifícios
O pintor Ilídio Salteiro inau-
gura hoje (17 horas) uma expo-
sição na Real Fábrica Veiga do
Museu de Lanifícios, na Covilhã.
Intitulada “Uma Viagem
na Minha Terra”, a mostra está
patente até 13 de maio e revela
um conjunto de trabalhos de
pintura aguada, acrílica e a
óleo, sobre tela e papel realiza-
dos recentemente pelo artista.
As obras, enquadradas pelos
títulos “Faróis e tempestades”
EXPOSIÇÃO
Pintora RVieira mostra a sua arte
no Sabugal
O Museu Municipal do
Sabugal acolhe desde ontem
a exposição de pintura “Luz”,
de RVieira.
Com curadoria de Francis-
co Lacerda, a mostra apresenta
uma seleção de obras de arte
«de elevada qualidade», ela-
boradas entre 2015 e 2018. O
trabalho de RVieira explora «a
relação entre arte e a natureza,
o corpo e o espaço envolvente,
a Luz e a Água», desafiando
ideias e atitudes convencionais
e “Viagem na minha terra”,
correspondem ao que o autor
considera ser a Pintura, «como
um assunto de visualidades
que, no entanto, mais do que
servir para ser vista, sirva para
ser feita, para ter existências
e para ocupar espaço na pe-
renidade relativa do tempo».
Além de pintor, Ilídio Salteiro
é investigador e professor de
pintura na Faculdade de Belas-
Artes da Universidade de Lisboa.
através da luz e da transparên-
cia. A artista plástica demons-
tra também «um interesse e
preocupação pela natureza e
as suas fragilidades, o que aca-
ba por se transformar numa
investigação e advertência
para o perigo da não proteção
dos mares, oceanos, florestas,
animais e preservação da na-
tureza», refere o município
em comunicado. Com entrada
livre, a exposição fica patente
até 6 de maio.
CINEMA
Filme produzido na UBI selecionado para o IndieLisboa
Um filme de Flávio Moreira de cinema independente que se docente do Departamento de Co-
produzido na Universidade da realiza em Portugal. A película faz municação e Artes da Faculdade
Beira Interior (UBI) está selecio- parte da secção competitiva “Novís- de Artes e Letras. O filme é prota-
nado para o IndieLisboa Inter- simos”, reservada a jovens cineastas gonizado por Margarida Moreira
national Film Festival deste ano. que estão a dar os primeiros passos e tem no elenco Erica Rodrigues,
Intitulado “Fidalga”, o trabalho na Sétima Arte. Flávio Ferreira é Romi Soares, Rosa Quiroga, Jorge
foi apresentado para obtenção do licenciado e mestre em Cinema Albuquerque e António Paixão,
grau de mestre em Cinema, sendo pela UBI e concorre ao IndieLis- entre outros. Passa-se na aldeia de
o primeiro filme da UBI a ser nome- boa com um trabalho realizado Mata, no concelho de Torres No-
ado para o mais importante festival sob orientação de Luís Nogueira, vas, onde Flávio Ferreira cresceu.
PROJETO
ASTA ensina matemática e língua através do teatro DR
A companhia de teatro ASTA,
da Covilhã, está em Örkelljunga
(Suécia) para mais uma etapa do
projeto “Tell Me”, vocacionado para
o ensino não formal da língua e da
matemática, tendo como ferramen-
ta o teatro.
Em curso há dois anos, esta
metodologia inovadora consiste
em ensinar as populações migran-
tes na aprendizagem da língua
e da matemática ao chegarem a
um país desconhecido, com uma
língua desconhecida. A iniciativa Portugal, sendo seu coordenador - Associazione Nuovi Linguaggi, de
tem percorrido os vários países de Sérgio Novo, presidente e diretor Loreto. A última etapa do projeto
onde são oriundas as estruturas artístico da companhia. Participam decorre em Bolonha (Itália), em
que a desenvolvem com finan- também as associações IFALL - In- junho, onde serão apresentadas
ciamento da União Europeia ao tegration for Alla de Örkelljunga as conclusões, bem como todos os
abrigo do programa Erasmus +. (Suécia) e os organismos italianos materiais didáticos desenvolvidos
A covilhanense ASTA representa Nuovo Comitato, de Gubio, e a ANL nestes dois anos de trabalho.
14 • • Quinta-feira • 12 de abril de 2018 Publicidade

PUB

Prof. Doutor
PUB
MÉDICO
Diogo Cabrita
Cirurgião geral L. Taborda Barata
tratamento de varizes
e suas complicações, Imunoalergologista
pequenas cirurgias,
hérnias, hidrocelos,
vesícula Litiásica.
Asma e Doenças Alérgicas
Marcações : (Clínica
Cembi) Rua Comendador Campos Melo, nº 29 – 1º Esq, Covilhã;
Tel: 275334876
Telef.: 271213445
Cliniform, Rua Mouzinho da Silveira nº 15 R/C, Guarda;
Protocolo com a Médis Tel: 271211905

António Gil Advogado

Tel. / Fax 271 238 344
Contacte-nos! R. Dr. Lopo de Carvalho, 30-2º • 6300-700 Guarda
Tel: 271212153
Tlm: 964246413 antonio.gil-5388C@adv.oa.pt

Dr. José João Dr. Luís Teixeira

Garcia Pires Médico especialista em ortopedia
Especialista pelos Hospitais da Universidade de Coimbra e traumatologia pelos hospitais da
Universidade de Coimbra.
ORTOPEDIA Patologia da coluna vertebral.
Assistente da Faculdade de Medicina.
Consultas: CLIFIG – Clínica Fisiátrica da Guarda
Rua Pedro Álvares Cabral, Edíficio Gulbenkian Consultas na Egiclínica Guarda
Telef.: 271 231 397 Telefone: 271211416

PROF. CELSO PEREIRA Dra Assunção Vaz Patto J. Alexandre Marques

Imuno-Alergologia
(Doenças Alérgicas) NEUROLOGISTA ORTOPEDISTA
Ass Graduado HU Coimbra / Médico Especialista pelo H.U.Coimbra
Fac Medicina UC Consultas de Neurologia
Exames: Electromiografia 271 211 368
Covilhã: Clínica Médica Serra da Estrela e Potenciais Evocados
Galerias de S. Silvestre - Piso 3 Telf: 960023455 968 731 860
Guarda: Clínica de Fisioterapia da Guarda CLIFIG - Rua Pedro Álvares Cabral -
GUARDA - Rua Batalha Reis, 2B, 1º
Av. Rainha D. Amélia, nº 6 - 271238581/96 Edifício Gulbenkian, s/n
6300-745 Guarda ( Edifício da Farmácia da Sé )
Coimbra: 239802700; 968574777 e 918731560

ADVOGADOS Diretor e Editor: Luís Baptista-Martins

António Ferreira, Paula Camilo Rua da Corredoura, 80 - R/C Dto - C • 6300-825 Guarda
Redação: Luis Martins (Chefe de Redacção) e Ana Eugénia Inácio.
Conselho Editorial: António Ferreira, Nuno Amaral Jerónimo, Cláudia Quelhas, João Canavilhas, José Carlos Alexandre,

& Associados Diogo Cabrita e Maurício Vieira.

Colunistas e Colaboradores: Albino Bárbara, Américo Brito, António Ferreira, António Costa, António Godinho,
Sociedade de Advogados, RL Cláudia Quelhas, Cláudia Teixeira, David Santiago, Diogo Cabrita, Fernando Pereira, Frederico Lucas, Hélder Sequeira,
Honorato Robalo, Joaquim Igreja, João Canavilhas, Joaquim Nércio, Jorge Noutel, José Carlos Lopes, José Pires

Telefone: 271 213 346 • Fax: 271 082 765
e_mails:
antonio.ferreira.adv@gmail.com • paula.m.camilo@gmail.com
Manso, Júlio Salvador, Marcos Farias Ferreira, Miguel Sousa Tavares e Norberto Gonçalves. Desporto: António
Pacheco, António Silva, Arlindo Marques, Daniel Soares, José Ambrósio, José Luís Costa e Miguel Machado. Cartoon:
Maurício Vieira. Paginação: Jorge Coragem Projeto Gráfico: Maurício Vieira. Departamento Comercial: Joana
Santos Impressão: FIG-Indústrias Gráficas, S.A. • Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra • Telefone 239 499 922
• Fax 239 499 981 • e-mail: fig@fig.pt Sede, Redação e Publicidade: Rua da Corredoura, 80 - R/C Dto - C • 6300-
825 Guarda N.I.P.C. – P-504847422. Nº de registo na ERC: 123436 Depósito Legal:146398/00 Tiragem desta

Rua Alves Roçadas, nº 27 A, 1º CM2

edição: 7.200 exemplares Periodicidade: Semanário Edição Internet: O Interior Propriedade: JORINTERIOR
- Jornal • O Interior, Ldª. Detentores de mais de 10% do capital da empresa: José Luís Carrilho Agostinho de

(ao lado da loja MANGO)

Almeida e Luís Baptista-Martins.
Estatuto Editorial: http://www.ointerior.pt/jornal/fichatecnica.asp

6300-663 Guarda
Guarda - Redacção/Publicidade: 271212153 www.ointerior.pt
publicidade@ointerior.pt

CLASSIFICADOS
Imobiliário Vende-se/Arrenda-se/Diversos
LOJA COMERCIAL na Guarda,
arrenda-se com 105 m2, junto ao
mercado municipal. BOM PREÇO.
Tel: 967871449, 271238382
Férias. Praia da Oura - Albu-
feira. T2. A 200 metros da praia.
Telef.289367024
VENDE-SE Casa c/ terreno, água
e árvores de fruto. Mizarela. Bons
acessos. Tlm. 965199646
STA CRUZ, Guarda: 5,69 ha - Cul-
tura - Água - Lameiro - Pastagem.
Vendo. Tlm. 964278087
Emprego
SENHORA desempregada, soz-
inha, séria e competente, procura
trabalho, nem que seja umas horas
de limpeza. Tlm. 968339121
JOVEM procura trabalho para umas
horas de limpeza, passar a ferro,
restauração, etc. Telem.: 964166861
PRECISA-SE Colaborador(a)
com formação em Design de In-
teriores / Relações Públicas, para
empresa sedeada na Guarda.
Marcação entrevista: 966907501
EXPLICAÇÕES Bio/Geo, ensino
personalizado - 1 ou 2 alunos (max).
Prof. com 20 anos de experiência.
Guarda-Gare. T. 914617113
OFERECE-SE Senhora desem-
pregada cuida de senhora idosa
e trabalhos domésticos. Zona da
Guarda ou Covilhã. Tlm. 911996779
CAVALHEIRO solteiro, reformado,
sem filhos, deseja encontrar compa-
nheira dos 50 aos 55 anos. Escrever
para Luís Duarte Rato, Travessa das
Moitinhas nº8, 6200-684 Teixoso
Diversos
CAVALHEIRO com 72 anos pro- EXECUTAM-SE trabalhos de con-
cura senhora com idade inferior. strução civil, pinturas, aplicação
Assunto sério. Preferência por de pladur, azulejos/mosaicos, en-
senhora com boa apresentação e tre outros. Contacto: 960136446
honesta, como eu sou. De Guarda
até Covilhã. Tenho casa mobilada, SENHORA procura cavalheiro,
carro e ordenado acima da média, dos 50 aos 50 anos. Assunto
entre outras coisas. Ainda ligado sério. Tlm.: 965210062
à vida profissional em Esculturas.
Contacto: 932263293
BANDA Mega Star - Grandes
Músicas - João Marques Almeida.
Tlm. 914889442/919546447 (24h)
 Quinta-feira • 12 de abril de 2018 • • 15

Sp. Covilhã vence Varzim

Ficha de Jogo
Árbitro: Humberto Teixeira (AF Porto)
Árbitros assistentes: Rui Amaral e Rui
Fernandes

e sobe ao 12º lugar

Serranos foram eficazes num jogo muito disputado entre duas equipas do meio
da tabela da IIª Liga
O Sp. Covilhã regressou às
vitórias no sábado ao derrotar
o Varzim no Santos Pinto por
2-0 na 32ª jornada da IIª Liga.
Numa época muito irregular, os
comandados de José Augusto
ocupam o 12º lugar da geral com
onze vitórias, doze derrotas,
nove empates e 42 pontos.
As duas equipas protagoniza-
ram uma primeira metade muito
disputada e combativa na procura
do golo. Os poveiros, a jogar em
pressão alta e a dificultar a saída
da bola dos serranos logo na pri-
meira fase de construção, tiveram
mais posse e foram a equipa mais
rematadora, mas escassearam as
ocasiões flagrantes para marcar. A
melhor oportunidade do Varzim
aconteceu aos 19’. Servido por
Nelsinho, Jeferson, de cabeça,
obrigou Vítor São Bento a defesa
apertada. Contudo, foram os lo-
cais que abriram o ativo aos 31’,
na sequência de um livre cobrado
por Zarabi, Onyeka ganhou a bola,
assistiu Reinildo dentro da área
e o moçambicano emprestado
Zarabi foi um dos mais inconformados do Covilhã
pelo Benfica atirou rasteiro para
o fundo das redes. Os serranos
foram para o intervalo a ganhar.
O segundo tempo começou
com um remate de Macedo, por
cima, e aos 56’ o Covilhã podia
ter marcado o segundo, mas Rei-
nildo cabeceou rente ao poste
Filipe Pinto - Foto Académica
a finalizar um contra-ataque.
O Varzim respondeu com um
remate de Alberto, desviado por
Zarabi, e pouco depois também
E. Santos Pinto,
Covilhã
Sp. Covilhã.................. 2
Vítor São Bento, João Dias, Zarabi,
Joel, Paulo Henrique, Makouta,
Gilberto, Reinildo (Renato Reis, 90’),
Fatai, Índio (Raul Almeida, 56’) e
Onyeka (Adul Seidi, 77’)
Treinador: José Augusto
Varzim......................... 0
Paulo Vítor, Mário Sérgio, Nelson
Agra, Jeferson, Rui Coentrão, Alberto,
Estrela, Nelsinho, Ruan Teles, Macedo
(Diogo Ramos, 65’) e Stanley (Pintas-
silgo, 67’)
Treinador: Nuno Capucho
Golos: Reinildo (31’) e Raul Almeida
(63’)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para
Fatai (35’), Estrela (35’), Nelson Agra
(37’) e Zarabi (72’).
Marcelo tentou a sorte, sem
sucesso. Como quem não mar-
ca sofre, os locais ampliaram
a vantagem aos 63’ num erro
da defesa varzinista. Jeferson
perdeu a bola e o recém-entrado
Raul Almeida ganhou o esférico,
viu Paulo Vítor muito adiantado
e rematou de longe para a baliza
deserta fazendo o 2-0. O jogo
continuou muito dinâmico até
ao final, mas sem consequências
no marcador. Os serranos joga-
ram ontem com o Real Massamá
para a 33ª jornada.

CICLISMO PUB

Grande Prémio Beiras e

Serra da Estrela arranca
amanhã na Mêda
DR
Começa amanhã, na Mêda,
o IIIº Grande Prémio Internacio-
nal das Beiras e Serra da Estrela,
prova de classe 2.1 atribuída
pela União Ciclista Internacional
(UCI).
Até domingo, o pelotão de
140 ciclistas das categorias de
elites e sub-23, em representa-
ção de 20 equipas de Portugal,
Espanha, Holanda, Colômbia,
Estados Unidos, Kuwait, Rússia,
Japão e Sérvia, vai percorrer
as estradas da região em três
etapas com alguma dificuldade
e muita montanha. A primei-
ra conta 177,2 quilómetros e
vai ligar a Mêda a Figueira de
Castelo Rodrigo. No sábado, os
ciclistas terão pela frente 193,9
quilómetros entre o Sabugal e
Seia, numa tirada que terá três
subidas de segunda categoria.
O Grande Prémio termina no
domingo, na Guarda, após uns
exigentes 168,3 quilómetros
entre Gouveia e a cidade mais
alta. A meta estará instalada
junto ao Jardim José de Lemos
no final de uma jornada que
inclui uma subida à Torre, de
primeira categoria.
No pelotão alinham as prin-
cipais equipas portuguesas
(Efapel, Sporting/ Tavira, Rádio
Popular/ Boavista, W52/ FC
Porto, LA Alumínios e Loule-
tano), bem como os sub-23
da Liberty Seguros, Feirense e
Miranda/ Mortágua. A prova é
organizada pela Associação de
Municípios da Cova da Beira,
com o apoio da Fullsport, da
Comunidade Intermunicipal
das Beiras e Serra da Estrela e
do Turismo do Centro.
16 • • Quinta-feira • 12 de abril de 2018 Publicidade

VIDENTE
Com longos anos de experiência Tribunal Judicial da Comarca da Guarda
Ruado
Rua doCampo,
Campo,55––1º1ºDto
Dto- -6300-672
6300-672Guarda
Guarda Lic.NºNº2890
Lic. 2890––AMI
AMI Juízo de Competência Genérica de Pinhel
Palácio da Justiça • Av. Frederico Ulrich
Telefone: 271211730 -- 964126775
Telefone:271211730 967543140 www.predialdaguarda.pt
www.predialdaguarda.pt Trata inveja, mau olhado, espiritual, estudos, negócios, 6400-378 Pinhel
VENDE empresas, amor, problemas familiares, saúde, etc. Telef: 271410180 Fax: 271090239 Mail : pinhel.j udicial@tribunais.org.pt
ID:1140 Casa em Pedra P/reconstruir, c/logradouro e anexos……. .…..27.500€
Sempre pronto a dar resposta aos seus problemas. ANÚNCIO
ID:1211 T3 Guarda Óptima localização, cozinha, sala,3 quartos, 1wc.. 29.000€
Processo: 50/18.0T8PNH Interdição/Inabilitação Referência: 26001687
ID:0225 Lote Para construção de uma moradia isolada com 753m …. .48.000€
2
Saiba tudo sobre o seu futuro e o porquê que tudo Data: 09-04-2018
ID:0861 Casa Rustica Moradia p/restaurar, a cinco minutos, quintal..…55.000€
ID:0596 T4 Guarda Cozinha mobilada, lareira na sala, arrecadação… ..60.000€
corre mal em sua vida? Requerente: Ministério Público
ID:1119 T3 Centro Cozinha mobilada,3 quartos,2wc´s.Oportunidade.. ..60.000€ Não hesite, fale com quem sabe. Tenha FÉ: Requerido: Luís Filipe Ramos Cruz
ID:1197 T3 Guarda C/ lugar de garagem, sótão, lareira na cozinha…. ..69.000€
ID:1181 V3 Guarda Fracção de moradia, garagem p/2carros, quintal….69.900€
271238451 ou 969012923 Faz-se saber que foi distribuída neste Tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em
que é requerido Luís Filipe Ramos Cruz, estado civil: Solteiro, filho de Adérito Joaquim
ID:1227 Prédio Possibilidade de fazer 3 fracções independentes…...…75.000€ da Cruz e de Regina Preciosa dos Santos Ramos Cruz, nascido em 26-02-1999,
ID:0577 V3Guarda C/3,em fase de acabamentos,quintal.Oportunidade 75.000€
Restaurante natural de: Bogalhal [Pinhel]; nacional de Portugal, BI - 30397548, com residência em

Moreira
ID:0229 Lote Para construção de uma moradia isolada com 550m …. 78.000€
2
domicilio: Rua do Ouro, N°. 3, Bogalhal, 6400-161 Bogalhal - Pinhel, para efeito de
ID:0829 T3 Duplex Cozinha c/lareira,3quartos,2wc´s,lugar de garagem 85.000€
ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.
ID:0122 T3 Centro Coz.mobilada, aquec.central, 2 wc´s, garagem….…99.000€
ID:0956B V4 Guarda C/4 quartos, sótão habitável, garagem, quintal... 179.900€ A Juiz de Direito,
ID:1229 V4 Guarda Cozinha c/lareira, 3wc´s, garagem, sótão quintal..190.000€
ID:1226 V3 Isolada Vivenda c/3 quartos, aquec. central, garagem... ...198.000€ Dr(a). Nádia Meneses Tavares Afonso
ID:0837 V4 Guarda C/2 pisos independentes, garagem, quintal……. ..210.000€
ARRENDA A Oficial de Justiça,
ID:0972C Escritório Guarda Centro Com 30m² e óptimas vistas………….150€ Aberto todos os dias
ID:1039 Escritório Com grande área e boa exposição solar………......…...200€
ID:1081B T3 Guarda Cozinha c/lareira,3 quartos,1wc´s,arrecadação……. ..200€
Prato do dia (semana): 7€ (Diária completa) Maria Manuela B. T. Sampaio
O Interior, nº 955 de 12/04/2018
ID:1212B T2 Guarda Cozinha mobilada, 2 quartos, sala,1wc, arrecadação.225€
ID:1108 T2 Centro Bem localizado,cozinha,despensa,2 quartos,sala,1wc..250€
Também: Polvo, Bacalhau, Cabrito, Leitão, Fígado
ID:1212D T3 Centro Coz.mobilada, marquise na sala,3 quartos,1 wc…. .…250€ entre outros, confeccionados na hora
ID:1043C T3 Guarda Coz. c /lareira,despensa,2wc´s,3 quartos, garagem.. .250€
ID:0326 T2 Guarda Cozinha, 2 quartos,1 c/ roupeiro, sala, 1wc, sótão…. ..260€
Sítio do Carrilhão - Arrifana 6300 Guarda Telef. 271 237 683
ID:0017 T2 Guarda Todo mobilado e equipado, 2 quartos, sala, 1wc….......260€ Tribunal Judicial da Comarca da Guarda
ID:1095 T3 Guarda Cozinha c/ lareira, roupeiros embutidos,2 wc´s,sótão. .275€
ID:0000 T3 Guarda Semi- mobilado,aquec.central, 3 quartos, sala, 2wc ….300€ Cartório Notarial de Setúbal Juízo de Competência Genérica de Pinhel
Palácio da Justiça • Av. Frederico Ulrich
ID:1042 T3 Guarda Próximo do Forninho,3 quartos, roupeiros,2wc´s…......330€ NOTÁRIA 6400-378 Pinhel
ID:0200 V3 Guarda C/aquec. central, totalmente remodelada e mobilada.. 450€ Maria Teresa Oliveira Telef: 271410180 Fax: 271090239 Mail : pinhel.j udicial@tribunais.org.pt
Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro n.º 21-D em Setúbal ANÚNCIO
Predial da Guarda, VENDE, ARRENDA E ADMINISTRA IMÓVEIS Certifico, para efeitos de publicação que no dia cinco de abril dois mil e dezoito, neste
desde 1998 – IMOBILIÁRIA DE CONFIANÇA - Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 93 do livro 332- A, de
Processo: 52/18.7T8PNH Interdição/Inabilitação Referência: 26001061
escrituras diversas, na qual: Data: 09-04-2018
Requerente: Ministério Público

VENDE-SE
Quinta com Casa, cerca de 12 ha
à beira do rio Mondego, perto das rotundas
da A25 e IP2 • Lageosa do Mondego
Contactos: 966473371 • 271926638
NOTÁRIO
José Carlos Travassos Relva
CERTIFICO que, por escritura de 09 de Abril de 2018, exarada a fls.54 e seguintes do
livro de notas para escrituras diversas número 372 - P, do Notário José Carlos Travassos
Relva, com instalações na Rua Mouzinho de Albuquerque, nº 8, na Guarda, MARIA
ONDINA LOPES BONIFÁCIO GONÇALVES, viúva, natural da freguesia de Avelãs de
Ambom, deste concelho e residente em Rocamondo, Guarda, com exclusão de outrem,
é dona e legítima possuidora do seguinte imóvel:
PRÉDIO RÚSTICO, constituído por terreno de batata e oliveiras, com a área de
quinhentos e setenta metros quadrados, sito em Carvalhal, em Recamando, na
União de Freguesias de Avelãs de Ambom e Rocamondo, deste concelho, (antes na
freguesia de Rocamondo, deste concelho, em virtude da agregação de freguesias),
a confrontar do norte com Artur Teles Dâmaso, do sul e poente com caminho e do
nascente com herdeiros de Abel Pinheiro, inscrito na matriz respectiva em nome de
António Rebelo - cabeça de casal da herança de - sob o artigo 1021, que proveio do
artigo 506 da extinta freguesia de Rocamando, com o valor patrimonial actual de 7,29
curos, o atribuído de cento e treze euros e sessenta cêntimos e omisso na competente
Conservatória do Registo Predial.
Que possui este bem em nome próprio, convicta de que lhe pertence há mais de
vinte anos, por o ter adquirido pelo ano de mil novecentos e oitenta e três, no estado
de solteira, maior, tendo posteriormente casado sob o regime da comunhão de
adquiridos com Joaquim Pinheiro Gonçalves, por compra verbal a Georgina de Jesus
Fonseca e marido António Rebelo, daquela freguesia de Rocamondo e desde então
e ininterruptamente o cultiva, colhendo os frutos e fazendo as obras de conservação
necessárias, posse que sempre exerceu, com conhecimento e à vista de toda a gente,
sem oposição de quem quer que seja, sendo, por isso uma posse pacífica, contínua,
pública e de boa fé, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo todavia, dado o modo
de aquisição, documentos que lhe permitam fazer prova do seu direito de propriedade.
Guarda, 10 de Abril de 2018.
Aníbal de Figueiredo Santos, divorciado, natural da freguesia da Pena, concelho
de Lisboa e Maria Gabriela da Costa Fernandes de Almeida, divorciada, natural da Requerido: António da Silva Santos
freguesia e concelho de Lousã, residentes na Rua Fernando Pessoa, nº 1, 2º andar, Faz-se saber que foi distribuída neste Tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em
Lousã, contribuintes números 187370800 e 174653786, justificaram a posse de direito que é requerido António da Silva Santos, estado civil: Solteiro, filho de José Pedro
de propriedade, invocando a usucapião de um Prédio Urbano, composto de dois dos Santos e de Ermelinda da Silva, nascido em 06-01-1954, natural de: Santa Eufémia
pisos para habitação com a área de coberta de setenta e seis metros quadrados sito [Pinhel]; nacional de Portugal, NIF -148417787, BI- 09068807 4zy1, com residência
na Quinta da Igreja, confronta a norte e Poente com Herdeiros de Josefa Tomas, Sul em domicílio: Bairro da Quintâ - 19, Santa Eufemia, 6400-631 Santa Eufemia - Pnh,
com Francisco António Nunes de Almeida e a nascente com Francisco Figueiredo,
freguesia de Valdujo, concelho de Trancoso omisso na Conservatória do Registo Predial
para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.
de Trancoso, inscrito na matriz sob o artigo 3 com o valor patrimonial e atribuído de A Juiz de Direito,
quatro mil e trinta euros.
Está conforme. Dr(a). Nádia Meneses Tavares Afonso
Cartório Notarial, Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 5 de abril de1018. A Oficial de Justiça,
Conta número 696
Maria Manuela B. T. Sampaio
A Notária
O Interior, nº 955 de 12/04/2018 O Interior, nº 955 de 12/04/2018
ADEGA COOPERATIVA DE MÊDA, CRL
CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA GERAL
Ao abrigo do parágrafo 2º do Art. 23 dos Estatutos da Adega Cooperativa de Mêda,
CRL, convoco a Assembleia Geral Ordinária, para reunir pelas 14 horas do dia 15 de
Abril de 20 18 (Domingo), na sede da Cooperativa, com a seguinte:
Ordem de Trabalhos:
1- Apreciação e votação do Relatório, do Balanço e Contas da Direção bem como do
parecer do Conselho Fiscal respeitante ao período de 2017;
2 - Apreciação e votação do Plano de Atividades e Orçamento para o exercício de 2018;
3 - Tomada de decisão sobre o processo 699/20 14-T, da Autoridade Tributária;
4 - Marcação de eleições;
5 - Outros assuntos de interesse para a Cooperativa.
Nota: Se à hora marcada (14H00) não estiver presente o número de sócios previsto
no parágrafo lº do Art. 26º, a Assembleia Geral, reunir-se-á com qualquer número de
cooperadores (parágrafo 2º do Art. 26º), uma hora depois (15H00). Filipe Pinto
Mêda, 20 de Março de 2018 Fotojornalista

O Notário O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Rua Combatentes da Grande Guerra, nº41 • 6200-076 COVILHÃ

José Carlos Travassos Relva José Augusto Pinto Carvalho Telef. 275 336 805 • Telem. 919 487 978 • Telem. 964 196 950
O Interior, nº 955 de 12/04/2018 O Interior, nº 955 de 12/04/2018 E-mail: filipepintofoto@sapo.pt • fotoacademica@hotmail.com

Cupão de Anúncios Classificados

Envie o seu anúncio classificado para Jornal O Interior, Rua da Corredoura, 80 R/C Dto C • 6300-825 Guarda
Condições gerais dos classificados
Localização Identificação
do anúncio
1. Preencha o cupão com texto em maiúsculas,
deixando um espaço entre cada palavra. Nome: __________________________________________________________________
Grátis

2. O preço é acrescido de IVA à taxa legal em vigor. Imobiliário

*

3. É obrigatório o envio do número de contribuinte (NIF).

4. A identificação é um campo de preenchimento
Vende-se Aluga-se Morada: ________________________________________________________________
obrigatório. A falta de elementos pode implicar a não Trespassa-se Diversos
publicação do anúncio.
5. A “O Interior” reserva-se o direito de rejeitar a
Emprego Código Postal: ________ - _____ Localidade: ___________________________
Euros
2,50

publicidade que não esteja de acordo com a sua Oferece-se Precisa-se

orientação editorial.
6. A recepção de anúncios para cada edição Veículos Contribuinte nº: _________________ Contacto: ______________________
termina 72 horas antes da data da publicação. Vende-se Procura-se
7. Não se aceitam cópias, faxes ou emails deste cupão. Assinatura ________________________________ Data ___/___/______
Euros
4,00

Diversos
* Grátis até à 2ª publicação, a partir
da qual acresce um custo de 2 euros. Para esclarecimentos pode contactar-nos através do TELEFONE 271212153 ou para ointerior@ointerior.pt

Modo de Pagamento: O recibo ser-lhe-á enviado posteriormente

Transferência Bancária (forma mais rápida e vantajosa) Transferência Avulsa Transfira o valor em questão para o NIB indicado e junte
Autorização de pagamento: Exmos Senhores, por crédito na conta abaixo indicada, queiram proceder,
até nova comunicação aos pagamentos das subscrições que vos forem apresentadas pelo Jornal O Interior. IBAN: PT50 001000002256785000177 a este cupão o talão comprovativo da transferência.

Banco _____________ Balcão _____________ NIB _________________________ Data ___/___/______ Assinatura ________________________________________
Nome do Titular _______________________________________________________ Cheque / Vale Postal nº _____________________ Banco _________________
Data ___/___/______ Assinatura ________________________________________ Numerário

FUTEBOL DISTRITAL
Trancoso e Mêda lutam pela liderança
da Iª Divisão
Manteigas ganhou 3-1 ao último Guarda Unida
Trancoso e Sp. Mêda conti-
nuam taco-a-taco na luta pelo
primeiro lugar do Distrital da Iª
Divisão da AF Guarda quando
faltam disputar quatro jornadas.
As duas equipas lideram o
campeonato em igualdade pon-
tual (47 pontos) e no domingo
venceram os respetivos jogos. O
Desportivo recebeu e derrotou
o Sp, Sabugal (11º) por 1-0 e o
Sp. Mêda teve a tarefa mais difícil
para ganhar 3-2 ao Aguiar da
Beira (4º). Os cabicancas foram
ultrapassados pelo Figueirense
(3º), que venceu em casa o Vila
Cortês do Mondego (8º) por
3-0. Contudo, qualquer deslize
dos dois primeiros pode ser
aproveitado por figueirenses e
aguiarenses, que têm os mesmos
43 pontos e estão a quatro da
liderança. Menos hipóteses tem
o Gouveia (5º), que derrotou o
Estrela Almeida (9º) por 2-1 no
FUTSAL
Casal de Cinza vence
Supertaça Distrital
O GCR Casal de Cinza ven-
ceu no sábado a Supertaça Dis-
trital da AF Guarda ao derrotar
o ACD do Soito por 7-4.
O encontro decorreu no
pavilhão municipal de Celorico
da Beira. O Soito, equipa do con-
celho do Sabugal, é o campeão
distrital em título e o Casal de
Cinza (Guarda), venceu a Taça
Distrital e terminou o campeo-
nato na segunda posição.
Identificação:
Nome: ____________________________________________________________________________________________________________________________
Morada: ________________________________________________________________________________
NIF: ________________________ Telefone/Telemóvel: __________________________________________________ Email: ________________________________________________________________
Modo de Pagamento:
Transferência Avulsa
IBAN: PT50 001000002256785000177
Data ___/___/______ Assinatura ________________________________________
Transfira o valor da Assinatura para o NIB indicado e junte a este cupão o talão comprovativo da transferência.
Cheque / Vale Postal nº _____________________ Banco _________________
Numerário
Farvão, enquanto o Manteigas
(6º) veio à capital de distrito der-
rotar o lanterna vermelha Guarda
Unida Desportiva (14º) por 3-1.
Nos restantes jogos, o Soito
(7º) ganhou 2-0 na receção ao
Vila Franca das Naves (13º) e o
Vilanovenses (12º) conseguiu
um empate a zero em São Romão
(10º). No domingo joga-se a 23ª
jornada com os encontros Man-
teigas-Trancoso, Sp. Sabugal-Sp.
Mêda, Vilanovenses-Figueirense,
Aguiar da Beira-Soito, Vila Cortês
Mondego-Gouveia, Estrela Al-
meida-Guarda Unida Desportiva
e Vila Franca Naves-São Romão.
Última jornada decide
segundo lugar na IIª
Divisão
Com o título entregue na
IIª Divisão, os perseguidores do
Celoricense defrontaram-se no
SG
domingo, na penúltima jornada
da prova, a 13ª. Mas o jogo entre
o Sp. Vilar Formoso e o Foz Côa
terminou empatado sem golos e
deixou tudo na mesma.
A equipa da fronteira segue
no segundo lugar e tem quase
garantido o regresso à Iª Divisão,
isto se não perder na última
jornada e o Foz Côa (3º, a dois
pontos) ganhar. Nos restantes
jogos, o campeão Sp. Celoricen-
se fez a festa em casa com uma
vitória por 3-0 sobre o Casal de
Cinza (8º e último), enquanto o
Pala (6º) conseguiu um empate
(3-3) em Freixo de Numão (5º)
e o Paços da Serra (4º) recebeu
e venceu a ADC Castelos (7º) por
2-1. O campeonato secundário
da AF Guarda termina no domin-
go com os jogos Pala-Sp. Vilar
Formoso, ADC Castelos-Freixo
de Numão, Casal Cinza-Paços da
Serra e Foz Côa-Sp. Celoricense.
DR
Código Postal: _________ - ______ Localidade: _____________________________________________
Enviar para: Rua da Corredoura 80, R/C Dto C • 6300-825 Guarda
Assinatura __________________________________________________ Data _____/_____/________
O Jornal O Interior compromete-se a adoptar as medidas de segurança necessárias para garantir a salvaguarda dos dados
pessoais / empresas dos assinantes contra a sua eventual utilização abusiva ou contra o acesso não autorizado.
O contrato de assinatura renovar-se-á por iguais e sucessivos períodos de tempo (seis/12 meses), até que qualquer das partes
denuncie a desistência por meio de comunicação escrita com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Quinta-feira • 12 de abril de 2018 •
ANDEBOL
Guarda Unida perde em São Bernardo
O Guarda Unida perdeu no
sábado, em Aveiro, com a equipa
B do São Bernardo por 37-31 e
atrasou-se na zona 2 do Nacio-
nal de juvenis da IIª Divisão.
Os guardenses registaram
a segunda derrota consecutiva
da segunda fase da prova numa
série liderada pelo 1º de Maio
(Marinha Grande), que ainda
não perdeu qualquer jogo e
soma 18 pontos. Já o Guarda
Unida permanece no quarto
FUTSAL
Académica derrota Guarda 2000
O Guarda 2000 perdeu 4-1
na receção à Académica SF, no
sábado, em jogo da terceira jor-
nada da primeira fase da Taça
Nacional de Futsal Feminino.
Num pavilhão de São Mi-
guel com muito público, a
equipa da cidade mais alta não
teve argumentos para contra-
riar a formação que lidera a
série D da competição com duas
vitórias. Após este jogo, as guar-
denses, que contam uma vitória
ATLETISMO
Bruno Paixão e Lurdes Monteiro
vencem Cerejeiras em Flor
Bruno Paixão (Beja Atlético
Clube) e Lurdes Monteiro (CP
Mangualde) venceram no domin-
go o Grande Prémio de Atletismo
Cerejeiras em Flor, organizado
pelo Grupo Convívio e Amizade
(GCAD) nas Donas (Fundão).
Nos homens, o corredor
alentejano venceu destaca-
damente os 10 mil metros do
percurso entre o Fundão e as
Donas, com Cristiano Pereira
(CP Mangualde) a terminar
em segundo e Paulo Gomes
(Guilhovai) a fechar o pódio.
Nas senhoras Lurdes Monteiro
suplantou a concorrência na
distância de 8.500 metros. Nos
restantes escalões a covilhanense
Cupão de Assinatura
NACIONAL (Anual (25e)............ .
ESTRANGEIRO (Anual (30e).....
• 17
lugar com 12 pontos, fruto de
três vitórias e três derrotas. O
campeonato prossegue no sába-
do, dia em que os jovens atletas
da cidade mais alta recebem no
Pavilhão de São Miguel a Aca-
demia de Andebol de São Pedro
do Sul, segundo classificada
com 14 pontos. Inalcançável na
liderança da lista dos melhores
marcadores continua o guar-
dense Edi Vicente, que já tem 81
golos marcados em seis jogos.
DR
e uma derrota nas partidas reali-
zadas, ocupam o segundo lugar
do grupo e no dia 21 deste mês
voltam a jogar em casa com o
NS Pombal, que derrotaram 6-2
na primeira jornada. Recorde-
se que nesta primeira fase são
apuradas duas das três equipas
participantes de cada série. Caso
consiga passar, o Guarda 2000
participará, até 16 de junho,
num dos grupos de acesso ao
Nacional da Iª Divisão.
Laura Taborda (Sporting) e Antó-
nio Barata venceram em juniores,
Joel Sardinha (GCA Donas) ga-
nhou a corrida dos juvenis e Sara
Amaral (GCA Donas) e Cristiano
Torrado (individual) venceram
nos iniciados. Por sua vez, Leonor
Carreira (Estrela CA) e Ricardo
Gomes (CP Mangualde) foram os
primeiros a cortar a tem em in-
fantis, enquanto Luciana Mendes
(Estrela CA) e Rui Alves (Terras
de Barro, Telhado) ganharam
em benjamins. Já Sérgio Santos
e Fernando Matos, ambos das
Donas, levaram a melhor em
veteranos A e B, respetivamente.
A prova contou ainda com uma
caminhada e uma estafeta.
18 • • Quinta-feira • 12 de abril de 2018

crónica
Júlio Sarmento *
POLÍTICA
Jorge Noutel *
crónicaPOLÍTICA
A fraqueza O exterior, o interior e o vazio no meio
do regime Este jornal em que escrevo referiu-se na edição pas-
sada à possibilidade do distrito da Guarda vir a perder um
o monstro que os suga, que é a saúde privada dos grandes
grupos económicos.
deputado nas próximas eleições legislativas. Tudo em con- Entretanto, naquilo que parece ser um outro país, anun-
Na atual conjuntura política parece
sequência da redução contínua de cidadãos recenseados ciam-se investimentos de milhões, pagos pelos contribuintes,
haver uma teologia que dispensa, em várias
neste círculo eleitoral. Ou seja, nas legislativas de 2019 para dar emprego a um reduzido número de trabalhadores
emergências, a necessidade de formular um
os eleitores só poderão, se a lei se mantiver, eleger três com salários de miséria, enquanto o executivo desvia dinhei-
pensamento coerente e estratégico exigível
dos quatro deputados atuais. De imediato, os deputados ros que deveriam servir para diminuir o fosso entre regiões
face aos interesses da comunidade.
eleitos pelo PS, Santinho Pacheco, e pelo PSD, Carlos mais pobres e mais ricas da União, investindo-o por razões
O discurso vazio e redondo vai entre-
Peixoto, vieram a terreiro admitir a quase inevitabilidade de comodato político nas regiões mais ricas do país!
tendo a falta de propostas e escondendo a
do facto e lamentar-se do mesmo, sem explicarem quem O que está em causa já não é o Fundo de Coesão, mas
ausência de valores, de competências e de
ganha o deputado que vamos perder. o Fundo Ambiental, o tal que disponibiliza meio milhão de
capacidade, que assegurem o triunfo e o
Em vez de aceitarem pelo menos alguma responsabili- euros para os festivais de música ficarem mais verdes. O
sucesso das políticas.
dade pelo pouco ou nenhum trabalho desenvolvido em prol Governo resolveu pegar nesses dinheiros, nomeadamente
O debate político, quando não encontra
de uma região que perde economia e habitantes a um ritmo naqueles do que antigamente era o Fundo de Carbono, e
firmeza na justeza de argumentos para afir-
alucinante, aquilo que mais parece preocupá-los é a previsível comprar carruagens de metro.
mar as convicções de cada um, exprime a
redução na disponibilidade de cargos políticos locais. É em Troca-se a “descarbonificação” da economia pela macro-
sua paixão ideológica, concedendo a mesma
momentos destes que nos questionamos sobre as medidas cefalia centralista, investindo aonde estão os votos e também
cidadania à palavra e ao palavrão, à crítica de
concretas propostas por estes nossos representantes eleitos a riqueza. As economias que poderiam gerir o problema
opiniões e ao insulto de quem opina, vulga-
para inverter o ciclo de despovoamento e envelhecimento dos fogos, a conservação da biodiversidade e a criação de
rizando e enfraquecendo o legitimo combate
demográfico do distrito. emprego nas regiões mais pobres, ficam a ver navios. O
político pelo abuso da demagogia e da falta
Em todas as áreas do índice de desenvolvimento a região governo prefere investir em Lisboa em vez de financiar os
de autenticidade.
perde. Fecham-se escolas, estações de correios, agências serviços de ecossistema, perseguindo depois judicialmente as
À pobreza do discurso alia-se a fraqueza
bancárias, tribunais, extensões de saúde. Agora, corremos vítimas desta opção com ameaças de coimas se não limparem
do regime, que coloca no primeiro plano das
até o risco de começarem a desaparecer as especialidades terrenos! Trata-se de uma verdadeira opção política, com o
inquietações gerais o interesse privado do
hospitalares! silêncio cúmplice de quase todos os partidos, com exceção
partido, dos amigos e da família, em omissão
Há três dias atrás, uma estação de televisão revelou ao do PCP. A verdade é que todos os outros temem, acima de
dramática da ética, dos valores democráticos
país que a Oftalmologia do nosso hospital tem apenas um tudo, perder os muitos mais votos dos utilizadores do metro
e até, por vezes, do próprio Estado de Direito.
especialista ao serviço e um tarefeiro a fazer cinco horas de Lisboa e Porto…
Caracteriza ainda os regimes fracos, a
semanais. A nossa Cardiologia vai pelo mesmo caminho. Com as coisas neste ponto, quem se atreve a manter-se
liturgia que passa o tempo a queixar-se da he-
A Ortopedia, também. Na Covilhã e em Castelo Branco as na região ou a vir para cá quando tudo falta? Apenas os que
rança recebida, cada um dizendo-se vergado
especialidades podem até ser as mesmas ou outras, mas não conseguem ou não têm para onde sair, e os desesperados
pela dificuldade e naturalmente absolvido da
o panorama é idêntico. É toda a Beira Interior que está em para quem a vida foi madrasta noutras paragens. E, já agora,
sua incapacidade e dos seus erros. Acontece
perigo de ser despromovida sem apelo nem agravo. E com os espaços comerciais dos grandes grupos económicos,
que os povos recebem a herança sem bene-
os nossos políticos de boca calada! Tudo porque aquilo que formatados para sugarem o dinheiro a quem ainda o tenha.
fício de inventário e aí se encontra o ativo
existe é um monstro que está a sugar serviços do SNS e a O resto, em linguagem comum, são rotundas, eventos e
e o passivo de todas as épocas e todas as
negar condições de acesso à saúde a toda a população. O festas. Ou movimentos pelo interior, promovidos por quem
gerações. Não vale a pena pretender esquecer
SNS está com falta de profissionais porque o Estado alimenta antes ajudou a dar cabo dele…
a natureza das coisas embora seja evidente
que a simples tentativa é reprovável.
No balanço geral encontramos mais mo-
tivo de orgulho do que de mágoa e a história
se encarregará de a registar sem omissão. É
naturalmente lamentável que nos tenhamos
de vergar à dureza dos factos e se não possa
superar essa mediocridade, para encontrar
processos e cidadãos que sirvam melhor o
interesse comum, num mundo diferente e Verão do nosso
mais livre e participado.
O regime exprime também a sua fraqueza
quando todo o projeto político se reduz a um
opinião
Fernando Pereira descontentamento
ajuste de contas, a uma aula de ideologia, Acabou o período determinado pelo governo para que se para as TV’s clamarem contra determinado tipo de árvores,
transformando as etiquetas políticas no pri- fizessem as limpezas das áreas circundantes das casas. Vem esquecendo-se que as pessoas do interior vivem sobretudo
meiro dos problemas. Os valores e a cultura o tempo de fiscalizar e multar os prevaricadores. da floresta, afinal a que lhe permite fazer face a despesas tão
de uma sociedade evoluída e esclarecida Esta intervenção na floresta mais não foi que um eu- comezinhas como comer, pagar água, luz, gás, escola dos
não podem ficar dependentes de uma lógica femismo, pois nas florestas nada aconteceu de especial a filhos, medicamentos, etc.
de oportunidades e conveniências pessoais. não ser o corte da lenha queimada, o que irá fazer com que As populações das zonas de floresta não podem ser
Sobrepor ao interesse comum a lógica de seguramente a área ardida este ano seja muitíssimo inferior transformadas em “vigilantes de um qualquer jardim
interesses individuais é abrir a porta ao à do ano passado. botânico”, pois talvez as pessoas não saibam que direta
nepotismo que vive da invenção de novos Irão aparecer os balanços com os sorrisos habituais a ou indiretamente representam 11% do PIB português.
carismas pessoais, da humilhação de alguns salientarem o trabalho coordenado de todos, não se poupando Convenhamos que é algo não negligenciável para os
e da gritante injustiça de muitos. a autoelogios, e a darem a imagem de grande empenho no tudólogos que enxameiam os canais de TV, falando de
São os regimes fracos que vivem desta combate continuado aos incêndios e a um maior ordenamento florestas, futebol, inundações, guerras púnicas ou qualquer
teologia, do rancor, do ressentimento, do florestal, como gostam de dizer os dignitários do eixo Terreiro assunto que lhes sirva para aparecerem e manterem a sua
dedo em riste, da difamação, da perseguição, do Paço - S. Bento, quando se contorcionam para tropeçar notoriedade construída e perpetuada pela pobreza em que
a todos os que ousem discordar, da descul- numa camara ou num microfone. se está a tornar a comunicação social, principalmente o
pabilização permanente, olhando o passado O que importa mesmo é que as populações sejam pro- audiovisual.
como acidente e o presente como ocasião, tegidas, e que as poucas pessoas que resistem a viver no Já agora, convém lembrar que há muito espaço florestal
servindo-se da política como estribo da sua interior consigam deixar de ter os sobressaltos do Verão já dependente do Estado e das autarquias que permanece ao
ambição pessoal. que o país decisor passa no Algarve ou noutras paragens abandono, e que talvez não seja mau de todo cumprirem o
mais longínquas as suas férias. que fazem cumprir aos privados.
* Antigo líder da Distrital do PSD da Guarda Não vou fazer como certas pessoas, que despercebendo Aguardemos que não tenhamos outro “Verão do nosso
e ex-presidente da Câmara de Trancoso o que é o fator produtivo, vêm com indisfarçável histeria descontentamento”.
 Quinta-feira • 12 de abril de 2018 • • 19

opinião

Porque é que a Marilyn Monroe

opinião
José Carlos Lopes
nunca passa de moda?
Abandonadas Porque há coisas que nunca passam de moda.
Nas povoações por onde passo à cadência de cada pedalada, Joana Dente* e coloridos e, para quem goste, bandoletes, lacinhos
observo sempre construções adiadas ou abandonadas e logo me ou flores no cabelo.
assaltam pensamentos que agora vos exponho. As pin-ups continuam Se os termos vintage e retro ainda se confundem
Essas vivendas de arquitetura “quatro paredes e telhado” que a ser, na atualidade, uma na sua cabeça, pense assim:
se ficaram pelos blocos de cimento, em muitas terrinhas encra- forte tendência no mundo retro. Estas mulheres que • Vintage = peças de outras décadas (que
vadas no interior profundo e agora desertas, contam histórias marcam pelo ar clássico, pela pele com propensão pertenceram, por exemplos, aos seus avós ou aos
que eu invento mas que podem bem ser reais: uma falência dos para ser clara, os lábios bem vermelhos e a postura seus bisavós);
proprietários, uma mudança de ideias, uma emigração forçada, inegavelmente provocadora Vasco Inglez • Retro = peças lançadas
um desentendimento conjugal, um falecimento do futuro inquilino, são também adjetivadas como atualmente mas com aparência
um problema de partilhas, uma impossibilidade de legalização, sex symbols, exibicionistas, antiga.
etc. Muitas razões possíveis, mas sempre o mesmo desfecho – o sensuais, eróticas… Independentemente das
abandono. A verdade é que as silvas que espreitam para o interior Quem não gosta? variantes, estes estilos são
pelas janelas vazias, o musgo nas juntas dos blocos de cimento, as Muita gente. ímpares! São, aliás, uma per-
telhas partidas, a betoneira ferrugenta e os restos de materiais de E daí? feita releitura de tendências
construção á volta contam histórias de uma mudança de planos. Segundo stylists e jorna- passadas e inegáveis símbolos
Muito provavelmente ninguém mais lhes irá dar continuidade e listas de moda, o estilo retro de distinção e bom gosto. Para
ficarão “ad eternum” como testemunhos deprimentes de tempos é muitas vezes designado por quem goste, queira comprar
longínquos em que a decadência financeira e populacional nessas “vintage inspired” porque, ten- ou, simplesmente, queira saber
localidades se instalou ou outra razão válida qualquer. dencialmente, as criações retro mais sobre este tópico, sugiro
Mas também existem edificações que foram finalizadas e, procuram reproduzir peças que, quando em Lisboa, visitem
entretanto, abandonadas. São exemplo disso as casas revestidas antigas que continuam a ter a Pop-Closet, A Outra Face da
a marmorite verde e vermelha. Memórias bacocas do orgulho dos qualidade e valor, resgatando, Lua e a Às de Espadas. Se, por
nossos emigrantes pelo país que os quis ver pelas costas, são para tal, belos padrões e cortes acaso, estão a programar uma
o arquétipo da missão de cada emigrante do século passado: elegantes do período do qual viagem a Paris, reservem uma
trabalhar para juntar dinheiro para fazer uma casa no local eles têm origem (décadas de tarde para deambular nas fri-
que os viu partir. Foi sempre, para eles, reconfortante ver as 20 a 70). peries e comprar roupa a peso
cores da bandeira de Portugal plasmadas nas casas que tantos O estilo retro é lindo, tem nas magníficas lojas da região
sacrifícios pessoais lhes exigiram, ao regressarem após um ano um toque de romântico e está do Marais (3ème e 4ème), na
de trabalho fora de portas. Mas no dealbar do século XXI esses super na moda. zona do Centro Pompidou, ou
regressos cheios de saudade começam a rarear quer seja pela De acordo com as regras deste estilo, os padrões na Rue de la Verrerie, onde a variedade de escolha é
morte por velhice ou doença desses emigrantes ou pela opção mais usados são as bolinhas (variando de tamanho absolutamente indescritível e a original inimaginável.
de gozarem as reformas nos países que os acolheram. Os que consoante se goste de chamar mais ou menos à aten- Acompanhadas pela sonoridade francesa, sugiro a
já não vêm ficam, porque os descendentes não se identificam ção) e as flores pequeninas e delicadas (que, depois Free P’Star, a Kiliwatch e, a minha favorita, a Kiloshop.
com o país de origem dos seus progenitores e muito menos de muito usadas no passado, voltaram em força ao Pessoalmente, não tenho um estilo vincado. Não
com uma aldeia perdida num monte onde o tempo parou ou mundo da moda). A cintura alta é também uma marca sou Geek, Glam, Clássica, Casual… Sou um pouco de
porque os netos são agora a sua orgulhosa ocupação e vir à deste estilo, assim como o comprimento das saias e tudo, portanto, sou também um pouco Retro – quando
terrinha, perder tempo precioso, deixou de fazer sentido. Por dos vestidos, geralmente até ao meio da canela. calha –, pois gosto de me sentir como a Marilyn: uma
isso, estas casas de arquitetura estrambólica estão a ficar Para completar um look retro combinam-se cola- mulher única, original, exclusiva e criativa!
reféns duma lenta e inexorável decadência. Contam histórias res e pulseiras de pérolas com sabrinas, pumps ou uns
de abandono e no seu interior pontuam mobílias cheias de charmosos scarpins de bico redondo. Lembremo-nos @pitangaboss
caruncho, com muito poucas horas de uso ao longo de dé- ainda de que este estilo pede óculos de sol grandes Jurista / Makeup Artist / Fashion Stylist
cadas, e canalizações ferrugentas. Nas “abandonadas”, os

DO LEITOR
aracnídeos que se esgueiraram pelas frinchas são os únicos
inquilinos e estendem belíssimas construções de seda que ESPAÇO
dominam o espaço. PÚBLICO
Outro tipo de “abandonadas” são as antigas escolas primá-
rias. Aquelas que não tiveram a sorte de serem reconvertidas em
sedes de juntas de freguesia ou de um qualquer clube de caça Direito de resposta
e pesca, são agora testemunhas silenciosas dos tempos áureos
Em virtude da notícia sobre as eleições da 7. Aliás, após a notícia, contactei de imediato
em que se desdobravam turmas porque a malta em idade escolar
Comissão Politica Concelhia do PSD de Trancoso, todos os elementos que são mencionados na V. no-
era na ordem das largas dezenas. Mas esses tempos acabaram
publicada n’O INTERIOR de 5 de abril de 2018, na tícia que desmentiram qualquer imposição/exigência
há muito, os professores foram recolocados há muitos anos e os
qual é feita referência ao meu nome, João Rodrigues, feita da minha parte, pelo que desconheço qual será
poucos jovens em idade escolar que ainda resistem nestes lugares
venho exigir e exercer o direito de resposta, o que faço a fonte que transmitiu ao jornal que terei efetuado
reúnem-se agora em centros escolares a dezenas de quilómetros
da seguinte forma: qualquer exigência.
de casa, sendo obrigados a levantarem-se com as galinhas e a
1. Não corresponde à verdade a notícia publicada 8. Tal fonte não é um militante do PSD! É sim
deitarem-se muito depois delas.
na última edição do jornal O INTERIOR, de 5 de abril alguém com interesses próprios, que se mostram
Por fim os polidesportivos à entrada de cada terra. Esses
de 2018, quanto às eleições para a Comissão Politica prejudiciais quer ao PSD, quer ao PSD de Trancoso,
“baluartes da modernidade” e pujança juvenil que eram obra
Concelhia do PSD de Trancoso. quer a Trancoso, quer à minha posição, bem como
obrigatória para cada autarca que se prezasse, vêem-se agora
2. Sempre existiu a minha vontade na apresenta- do meu filho.
esventrados pelas ervas, sujos e ferrugentos, cheios de saudades
ção de uma lista de consenso. 9. Aliás quanto a este, João Rafael Oliva de Fi-
da juventude que muitos nem chegaram a ver. Rodeia-os um si-
3. Nunca, em momento algum, fiz qualquer im- gueiredo, e não João Rafael Ribeiro como referido pelo
lêncio de morte e uma morte pela vegetação arbustiva e arbórea
posição, seja quanto a nomes seja quanto a lugares, vosso jornal, tem todo o meu apoio e no momento em
que acabará por tomá-los totalmente.
ao Partido Social Democrata ou a qualquer pessoa. que decidir ser candidato, ou tomar qualquer decisão a
Todos estes abandonados têm um denominador comum:
4. Pelo contrário, quer agora, quer durante os que nível seja, é capaz e não necessita de autorização
esperam por povo que já não volta. É a sina do interior num
40 anos da minha militância, sempre me dediquei de de ninguém, nem irá pedir para ser candidato ao lugar
país bipolar e inclinado para o Atlântico. Agora que o distrito
corpo e alma ao Partido Social Democrata. que entender.
se prepara para perder mais um deputado, será menos uma voz
5. Por esse motivo tentei e reuni diversas versas (…)
potencialmente ativa para propor medidas, naquela “central de
com diversos elementos de forma a ultrapassar e 13. Acresce a isto reservo-me o direito de acio-
negócios” chamada Parlamento, de forma a tentar inverter esta
conseguir a união do PSD em Trancoso. nar todos os meios legais ao meu dispor para repor
situação. Será menos um a fazer pelo interior, menos um a remar
6. A notícia e a fonte utilizada pelo jornal não quer, a minha honra e a minha palavra, que foi posta em
contra a corrente, embora não me pareça que esses deputados
nada mais nada menos, que voltar a enfraquecer e, tal causa nesta notícia.
da nação, muitos deles paraquedistas impostos pelas estruturas
como aconteceu nas últimas eleições, a prejudicar o
de Lisboa, alguma vez o tenham feito.
PSD de Trancoso. João Rodrigues, Trancoso

20 • • Quinta-feira • 12 de abril de 2018
rua da corredoura, 80 - R/C Dto - C 6300-825 Guarda
Redacção/Publicidade: 271212153 • www.ointerior.pt • publicidade@ointerior.pt • ointerior@ointerior.pt
MUNICÍPIOS
Celorico, Fornos, Fundão e Seia
com dívidas acima do limite legal
O Conselho de Finanças Pú-
blicas considera que os municí-
pios de Celorico da Beira, Fornos
de Algodres Fundão e Seia con-
tinuam com valores da dívida
acima do limite legal previsto.
O relatório sobre a “Execução
orçamental da Administração
Local 2017”, divulgado na semana
passada, revela que a dívida total
dos municípios melhorou em
quase 500 milhões de euros em
2017, mas 27 continuam acima
do limite legal previsto. A Lei das
Finanças Locais estabelece que
a dívida total do município (que
inclui a dívida de entidades parti-
cipadas pelo município) não pode
ultrapassar, em 31 de dezembro
de cada ano, 1,5 vezes a média da
receita corrente líquida cobrada
nos três exercícios anteriores.
Segundo o Conselho de Finanças
Públicas, entre as 27 autarquias
que ultrapassaram esse limite,
Celorico da Beira tem um rácio
da dívida entre «150 e 225 por
cento». Com rácio da dívida entre
LUZES, CÂMERA,
REFEIÇÃO!
TODOS OS DIAS
Para mais informações consulte o regulamento
Câmara de Fornos de Algodres
225 e 300 por cento estão sete
municípios, entre os quais Fundão
e Seia. Já com dívida total superior
em três vezes a média da receita
corrente líquida entre 2014 e
2016 (rácios de 300 por cento),
ou seja, em rutura financeira,
estão cinco edilidades, nomeada-
mente Fornos de Algodres.
A autarquia presidida por
Manuel Fonseca já contestou as
conclusões do relatório. «Houve
uma altura em que a Câmara de
Fornos de Algodres estava em
rutura financeira e não conseguia
7,5
Limite diário de vales: 10
guarda.lavieshopping.pt
opinião
AR
pagar as dívidas que foram con-
traídas pelo executivo anterior,
mas que atualmente tem um
quadro financeiro que lhe permite
fazer face a todos os compromis-
sos. Tem neste momento uma
taxa de endividamento bastante
elevada e um quadro financeiro
que não é o melhor, mas não tem
problemas com pagamento a for-
necedores, uma vez que paga no
prazo limite máximo de 30 dias»,
disse o autarca, recordando que
o município teve que recorrer ao
Fundo de Apoio Municipal (FAM).
PUB
publicida
bilhete postal
dcabrita@iol.pt
Diogo Cabrita
Discursos cultos e
resultados medíocres
Imaginemos que uma narrativa culta tem um resultado medíocre.
Estamos no território das normas e das construções discursivas para
uma vida melhor e mais segura. Ninguém pode contestar uma missão
desta nobreza. O que digo hoje é exatamente que pode e deve. Há
inúmeras decisões de instituições europeias e nacionais que criam e
legislam sobre imprecisões construídas em meias verdades. Por ve-
zes uma sequência de raciocínios arrasta uma recomendação absolu-
tamente bacoca e não refletida. Imaginemos exemplos de uma cultura
baseada na negação dos costumes. Limpamos há décadas com lixívia
(hipoclorito de sódio) e com este produto atingimos durante décadas
um valor muito expressivo de restrição de crescimento de bactérias,
morte de fungos. A lixívia mata o vírus da sida também. A lixívia é
barata, não está regulada por indústria farmacêutica e foi usada
séculos em tratamento de feridas e erradicação do pseudomonas. A
narrativa culta decidiu destruir a lixívia procurando-lhe cada incerteza,
cada pequenina imperfeição e não optou por diluir, melhorar a sua
aplicação, formar os ignorantes que a usam em excesso, explicar
às empregadas de limpeza que bastam dez mililitros para fazer os
mesmos efeitos numa escadaria. O chão não precisa ser beijado e
portanto carece de higiene e não de assépsia. Deste modo a lixívia
foi quase banida das instituições de saúde em prol de caríssimos
produtos desinfetantes de que não se sabe o amanhã, em prol de uma
indústria feroz que vive dos gastos dos Estados e das imprecisões e
falta de rigor de amadores colocados a mandar. Por detrás de toda
esta gente há instituições que criam diarreias de orientações e de certezas
com consequências avassaladoras nos orçamentos e na capacidade do
Estado de se regular. Existe aqui compadrio com negócio? Por vezes
parece que sim. Uma das narrativas cultas recentes que quase todos
acreditamos como importante e necessária é a colocação de aparelhos
de cardioversão em tudo o que é lugar público. Outra foi a vacina da gripe
das aves. Com estas medidas gastaram-se milhões de euros que podiam
ser utilizados na redução da pobreza. E tiveram avaliação? Houve alguém
responsabilizado por estas normas que trouxeram milhões de euros para
a via pública? As verdades incultas, as “pós verdades”, não são mais
que conjeturas arrancadas a imprecisões e a dados não comprovados
que bem emoldurados parecem frases irrefutáveis e caros ao povo e à
sua infinita ignorância atrevida.
PUB