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Visão Sistemática da

Gestão Pública

ADMINISTRAÇAO PÚBLICA

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1
Definição de Administração
Pública

• Administração Pública é todo o aparelhamento do


Estado, preordenado à realização de seus serviços,
visando à satisfação das necessidades coletivas.
• Administrar é gerir os recursos públicos; significa não só
prestar serviços, executá-lo, como também dirigir,
governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um
resultado útil.
Administração Pública X
Administração Privada

• A administração pública difere de forma fundamental da


administração privada. Seu objetivo é atender de forma
continuada às necessidades mais essenciais da
coletividade, ela tem a obrigatoriedade de atender as
necessidades públicas.
• Na Administração Pública não há liberdade pessoal.
Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo
que a lei não proíbe, na Administração Pública só é lícito
fazer o que a lei autoriza.
Administração Pública

• A administração pública está intrinsecamente


relacionada ao serviço público e ambos estão ligados à
idéia de governo e de Estado. O Estado brasileiro, de
acordo com o artigo 18 da Constituição Federal, é
organizado como uma República Federativa sendo
composto por três níveis de governo: Governo Federal
(União), os Governos Estaduais e os Governos
Municipais. Compõem também a Federação o Distrito
Federal e os Territórios.
Administração Pública

• Os Estados e o Distrito Federal gozam de


autonomia perante a União, entretanto
não possuem soberania. Os Municípios
são dotados de autonomia administrativa,
uma característica peculiar da Federação
Brasileira. A Federação é caracterizada,
portanto, pela união indissolúvel de seus
entes federados.
Administração Pública

• As atribuições e competências dos


Estados Federados são definidas no
Capítulo III da Constituição Federal.
• As atribuições e competências dos
Municípios são definidas no Capítulo IV da
Constituição Federal.
• As atribuições e competências do Distrito
Federal e dos Territórios são definidas no
Capítulo V da Constituição Federal.
Administração Pública

• A estrutura administrativa de cada estado e município é definida


pelos próprios governos estaduais e municipais.
• As prefeituras e os governos estaduais tem seus serviços
organizados em Secretarias, com subordinação ao Prefeito ou ao
Governador do Estado.
• As Prefeituras também poderão prestar serviço público por meio de
Subprefeituras e Administrações Distritais.
• Os serviços de responsabilidade dos Governos Estaduais e
Municipais poderão ser realizados pela administração direta, pela
administração indireta ou ainda por particulares mediante
concessão a partir de processo licitatório.
Administração Pública

• A administração direta ou centralizada é constituída


dos serviços integrados na estrutura administrativa do
Gabinete do Governador e Secretarias de Estado, no
âmbito estadual, e, na administração municipal, no
Gabinete do Prefeito e nas Secretarias Municipais.
• A administração indireta ou descentralizada é aquela
atividade administrativa, caracterizada como serviço
público ou de interesse público, transferida ou deslocada
do Estado, para outra entidade por ele criada ou cuja a
criação é por ele autorizada.
Administração Indireta

• Autarquias
– Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade de
direito público interno, com patrimônio e receita próprios,
para executar atividades típicas da administração pública.
• Entidades Paraestatais
– Ente disposto paralelamente ao Estado, para executar
atividades de interesse do estado,mas não privativo do
Estado.
Entidades Paraestatais

• Empresas Públicas
– Entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente
governamental, criação autorizada por lei, para exploração
de atividade econômica ou industrial, que o governo seja
levado a exercer por força de contingência ou
conveniência administrativa.
• Sociedades de Economia Mista
– Entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com patrimônio próprio, criação autorizada por lei
para a exploração de atividade econômica ou serviço, com
participação do poder público e de particulares no seu
capital e na sua administração.
Entidades Paraestatais

• Fundações
– Instituídas pelo poder público são entidades dotadas de
personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio
próprio, criação autorizada por lei, escritura pública e estatuto
registrado e inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas,
com objetivos de interesse coletivo (geralmente de educação,
ensino, pesquisa, assistência social e etc) com a personificação
de bens públicos, sob o amparo e o controle permanente do
Estado.
• Serviços Sociais Autônomos
– Autorizados por lei, com personalidade de direito privado, com
patrimônio próprio e administração particular, com finalidade
específica de assistência ou ensino a certas categorias sociais
ou determinadas categorias profissionais, sem fins lucrativos.
Exemplos de Autarquias

• Autarquias Previdenciárias
– Instituto de Previdência do Estado de São Paulo
• Autarquias Profissionais
– Ordem dos Advogados do Brasil
• Autarquias Industriais
– Depto. Nacional de Estradas e Rodagens
– Depto. Estadual de Águas e Energia Elétrica
• Autarquias Especiais
– Banco Central do Brasil
– Comissão Nacional de Energia Nuclear
Teoria de Finanças Públicas

• A alocação de recursos determinada pelo


mercado livre é desejável?
• Existe espaço para que a intervenção do
estado melhore a vida das pessoas?
Para que Políticas Públicas?

• “Do nascimento à morte, nossas vidas são afetadas de


inúmeras maneiras pelas atividades do governo.
Nascemos em hospitais subsidiados, quando não
públicos... Muitos de nós recebemos uma educação
pública... Virtualmente todos nós, em algum momento
de nossas vidas, recebemos dinheiro do governo, como
crianças – por exemplo, através de bolsas de estudo –;
como adultos, se estamos desempregados ou
incapacitados; ou como aposentados; e todos nós nos
beneficiamos do serviço público”
• Joseph Stiglitz
Medida de Bem-Estar

• Excedente do Consumidor = Valor para o


comprador – Quantia paga pelo
comprador.
• Excedente do Produtor = Quantia recebida
pelo vendedor – Custo de produção.
• Excedente Total = Excedente do
Consumidor + Excedente do Produtor
• Excedente Total = Valor para
compradores – Custo de produção.
“ A reforma e modernização do estado, com
redefinição de suas relações com a sociedade, é
um processo eminentemente político”.
Uma nova gestão para a América Latina ( Clad, 1998)

Msc. Maria Aparecida Canale Balduino


Para que Políticas Públicas?

• “Do nascimento à morte, nossas vidas são afetadas de


inúmeras maneiras pelas atividades do governo.
Nascemos em hospitais subsidiados, quando não
públicos... Muitos de nós recebemos uma educação
pública... Virtualmente todos nós, em algum momento
de nossas vidas, recebemos dinheiro do governo, como
crianças – por exemplo, através de bolsas de estudo –;
como adultos, se estamos desempregados ou
incapacitados; ou como aposentados; e todos nós nos
beneficiamos do serviço público”
• Joseph Stiglitz
Ineficiência de Mercado

• Os mercados competitivos apresentam


desvio e ineficiência devido a cinco razões
básicas:
– Poder de mercado;
– Informação incompleta;
– Externalidades;
– Bens públicos; e
– Recursos comuns
Poder de Mercado

• Na existência de poder de mercado o


produtor determina a quantidade
produzida para qual a receita marginal
seja igual ao custo marginal e venderá
uma quantidade menor e por um preço
mais elevado do que em um mercado
competitivo.
Poder de Mercado

• No Brasil, com a privatização dos serviços


de utilidade pública – Telecomunicações e
Energia Elétrica – o governo criou a
Agência Nacional de Telecomunicações
(ANATEL) e a Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL), com o intuito de
regular as atividades destes setores, por
natureza pouco competitivos e que
prestam um serviço essencial à
população.
Informação Assimétrica

• É comum que alguma parte envolvida em


uma transação, geralmente o consumidor,
não possua informação completa sobre o
produto que está negociando. Nestes
casos o governo deve agir obrigando que
toda informação relevante a respeito de
um determinado produto seja conhecida
por todos os participantes do mercado.
Externalidades

• Uma externalidade ocorre quando alguma


atividade de produção ou consumo possui
efeitos indiretos sobre outras atividades
de produção ou de consumo que não
estejam diretamente refletidas nos preços
de mercado.
Externalidades

• O termo “externalidade” é empregado


porque os efeitos sobre os outros itens
(custos ou benefícios) são externos ao
mercado. Por exemplo, uma usina que
despeje seus poluentes num rio, tornando
sua água inadequada para consumo,
pesca ou natação das comunidades
próximas, estará produzindo
externalidades negativas (custos) para
elas.
Externalidades

• Na presença de uma externalidade


negativa da produção o custo social é
maior que o custo privado, de forma que a
“oferta social” fica a esquerda da oferta
privada. O resultado é que a produção do
mercado é maior do que a socialmente
desejável.
Externalidades

• Na presença de uma externalidade


positiva da produção o custo privado é
maior que o custo social, de forma que a
“oferta social” fica a direita da oferta
privada. O resultado é que a produção do
mercado é menor do que a socialmente
desejável.
Problema do Carona (Free-
Rider)
• Uma pessoa que se utiliza de um bem mas se recusa a
pagar por ele. Um exemplo é alguém que se recuse a
pagar uma taxa para a queima de fogos no final do ano
mas sempre assiste ao espetáculo.
• Devido ao problema do carona o setor privado não
consegue ofertar bens públicos em uma quantidade
socialmente desejável.
• O governo pode resolver o problema da provisão de
bens públicos produzindo estes bens e financiando os
custos por meio de tributação.
Recursos Comuns

• Tragédia dos comuns:


– Uma parábola que ilustra porque os recursos
comuns são mais utilizados do que seria
desejável do ponto de vista social.
• A solução para o problema de uso
excessivo de recursos comuns é descer
direito de propriedade. Caso não seja
possível o governo pode criar impostos
que diminuam o uso do recurso.
Resumo

• Em geral as alocações determinadas pelo


mercado são eficientes;
• Entretanto existem casos onde o mercado
falha em determinar a alocação
socialmente ótima;
• Nestes casos o governo deve agir ou
regulando o mercado ou ofertando
diretamente alguns bens.
Tipos de Tributos

• O Código Tributário Nacional define tributo em seu Art. 3 da seguinte


forma:
– Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
• Os tributos podem tomar a forma de impostos, taxas contribuições de
melhorias e contribuições sociais.
• Apesar de não aparecer como tributo nem na Constituição Federal
nem no Código Tributário Brasileiro as contribuições sociais são
consideradas como tributos por vários autores. Isto decorre da
importância crescente que estas contribuições passaram a ter no
Brasil.
Tributos

• Para poder funcionar regulando atividades


do mercado e ofertando bens públicos o
estado precisa de receitas. Estas receitas
são obtidas por meio de tributos.
• A implementação de um tributo deve
considerar dois aspectos fundamentais: a
neutralidade e a equidade.
MODELOS BÁSICOS DE
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO
PATRIMONIAL

ADMINISTRAÇÃO
BUROCRÁTICA

ADMINISTRAÇÃO
GERENCIAL
INTRODUÇÃO

No primeiro período do Estado de Direito, iniciado na


segunda etapa do Estado Moderno, instaurou-se o
chamado Estado de Direito Liberal, estruturado sobre os
princípios da legalidade, igualdade e separação de
poderes, todos objetivando assegurar a proteção dos
direitos individuais, nas relações entre particulares e entre
estes e o Estado; o papel do Direito era o de garantir as
liberdades individuais, já que se proclamava, com base
no direito natural, serem os cidadãos dotados de direitos
fundamentais, universais, inalienáveis.

O Estado de Direito Liberal, embora idealizado para


proteger as liberdades individuais, acabou por gerar
profundas desigualdades sociais, provocando reações em
busca da defesa dos direitos sociais do cidadão.
No segundo período do Estado de Direito, iniciado em
meados do século XIX, atribui-se ao Estado a missão de
buscar a igualdade entre os cidadãos; para atingir essa
finalidade, o Estado deve intervir na ordem econômica e
social para ajudar os menos favorecidos; a preocupação
maior desloca-se da liberdade para a igualdade.

O individualismo, imperante no período do Estado Liberal, foi


substituído pela idéia de socialização, no sentido de
preocupação com o bem comum, com o interesse público.
Isto não significa que os direitos individuais deixassem de ser
reconhecidos e protegidos; pelo contrário, estenderam o seu
campo, de modo a abranger direitos sociais e econômicos.
REFORMA GERENCIAL
Autonomização e Programas

AGÊNCIAS CONTRATO
EXECUTIVAS DE GESTÃO
PROMOVER
ÓRGÃOS DO AUTONOMIZAÇÃO PRODUTO
GOVERNO DOS ÓRGÃOS
GOVERNAMENTAIS AFERIAÇÃO
AGÊNCIAS
DE
REGULADORAS
RESULTADOS

PROGRAMAS
(UNIDADES COBRANÇA DE
PROBLEMAS AUTÔNOMAS DE GERENTES RESULTADOS
GESTÃO)
FORMAS DE PROPRIEDADE

• A divisão clássica do direito entre direito


público e direito privado sugere duas formas
de propriedade:

PÚBLICA

PROPRIEDADE

PRIVADA
FORMAS DE PROPRIEDADE
CONCEPÇÃO MODERNA

• No capitalismo contemporâneo, com o


aparecimento das atividades não-exclusivas de
Estado, as formas de propriedade são três:
PÚBLICA • Envolve o uso do poder de
ESTATAL Estado

• É de interesse público
• Não realiza lucro
PÚBLICA NÃO • Permite parceria ou co-
PROPRIEDADE gestão entre o Estado e a
ESTATAL sociedade civil
• Abre-se ao controle social
• Rege-se pelo direito privado

• Pertence a pessoas ou grupos


PRIVADA
• Realiza lucro
Quem Paga um Imposto sobre as
Vendas?

Preço
Transferência ao Oferta com
10
consumidor imposto

Peso Oferta
6 Morto
5
4,5

Demanda
80 100
Quantidade
Quem Paga um Imposto sobre as
Vendas?

• A quantidade de imposto paga pelo


consumidor será tanto maior quanto
menor for a elasticidade preço da
demanda e maior for a elasticidade preço
da oferta. Nos casos-limite, o ônus será
totalmente transferido para o consumidor
quando a demanda for perfeitamente
inelástica e totalmente suportado pelo
produtor quando a oferta for totalmente
inelástica.
Elasticidade-Preço da Demanda

• A elasticidade-preço da demanda mede a


intensidade com que a quantidade
demandada responde a variações no
preço do bem.
Elasticidade-preço Variação percentual da qtde. demandada
da demanda =
Variação percentual do preço
Tributos e Distribuição de
Renda
• Distribuição Funcional: Quanto da renda
do setor privado assumirá a forma de
lucros e quanto de salários;
• Distribuição Pessoal: Que percentual da
renda ficará com cada percentil da
população;
• Distribuição Regional: Como se
distribuem os recursos entre as diversas
unidades federativas.
Estrutura do Poder Legislativo

• A estrutura do Poder Legislativo Federal é definida no


Capítulo I do Título IV da Constituição Federal.
• O Poder Legislativo a nível federal é exercido pelo
Congresso Nacional, sendo este composto pela Câmara
dos Deputados e pelo Senado Federal.
• A Câmara dos Deputados é composta por
representantes do povo, eleitos pelo sistema
proporcional em cada Estado, em cada Território e no
Distrito Federal.
• O Senado Federal é composto por representantes dos
Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo princípio
majoritário.
Estrutura do Poder Legislativo

• Cabe ao Congresso Nacional a


fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração
direta e indireta.
• A fiscalização deverá ocorrer em relação à
legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de
receitas.
• O Tribunal de Contas da União deverá
auxiliar o Congresso Nacional a realizar o
Tribunal de Contas da União

• As competências do Tribunal de Contas da União estão definidas


no Art. 71 da Constituição Federal, entre elas destacam-se:
– julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público.
– fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela
União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.
– aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que
estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao
dano causado ao erário
Poder Legislativo nos Estados

• O poder legislativo nos Estados é exercido pela Assembléia


Legislativa. O número de Deputados à Assembléia Legislativa
corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de
tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
• Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento
interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e
prover os respectivos cargos.
• Outras atribuições da Assembléia Legislativa são definidas pelos
Estados. As atribuições da Assembléia Legislativa de São Paulo
podem ser encontradas na página:
http://www.al.sp.gov.br/portal/site/alesp/menuitem.0774a36fcc9b5ea
4176679cd560041ca/
Poder Legislativo nos
Municípios
• Nos Municípios a função legislativa é
exercida pelas Câmaras Municipais. Esta
é composta por vereadores que são
eleitos a cada quatro anos.
• Além da função legislativa cabe à Câmara
Municipal fiscalizar a executivo municipal.
• O controle externo da Câmara Municipal
será exercido com o auxílio dos Tribunais
de Contas dos Estados ou do Município
ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios, onde houver.
AS FALHAS DE MERCADO
A existência de bens públicos;
A existência de monopólios naturais;
As externalidades;
Os mercados incompletos;
As falhas de informação;
A ocorrência de desemprego e inflação;
Superposição das falhas de mercado.
RAZÕES PARA A EXISTÊNCIA
DO GOVERNO

“O Governo surge como um fato natural da


evolução as sociedades humanas.”

“A existência do Governo é necessária para


guiar, corrigir e complementar o sistema de
mercado que, sozinho, não é capaz de
desempenhar todas as funções econômicas.”
FUNÇÕES BÁSICAS DA POLÍTICA
FISCAL DO GOVERNO

FUNÇÃO ALOCATIVA – referente ao fornecimento de bens públicos;

FUNÇÃO DISTRIBUTIVA – referente à distribuição de renda;

FUNÇÃO ESTABILIZADORA – objetiva um alto nível de emprego,


estabilidade dos preços e o crescimento econômico apropriado.
DEFINIÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO

CONCEITOS DE EQÜIDADE E PROGRESSIVIDADE


•Princípio do Benefício
•Princípio da Capacidade de Pagamento

CONCEITO DA NEUTRALIDADE

CONCEITO DA SIMPLICIDADE
TIPOS DE IMPOSTOS
IMPOSTO DE RENDA – incide sobre as remunerações, ou seja, salários, lucros,
juros, etc.
Ex: IRPF e IRPJ

IMPOSTO SOBRE O PATRIMÔNIO – incide quando da posse de ativos;


Ex: IPTU e IPVA.

IMPOSTO SOBRE AS VENDAS – impostos indiretos e conhecidos também como


impostos sobre consumo.
IVA – IMPOSTO SOBRE O
VALOR ADICIONADO
Imposto neutro;

Não afeta a competitividade;

Dificuldade de evasão;

Caráter auto-fiscalizador;

Bens de produção podem ser fácil e totalmente isentos.


O GASTO PÚBLICO
Há algumas funções que são típicas do Governo. Dentre
elas as mais importantes são:

Saúde
Educação
Defesa Nacional
Policiamento
Regulação
Justiça
Assistencialismo
TENDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO DO
GASTO PÚBLICO
O gasto público aumentou pronunciadamente ao longo do século XX.

• Esforço de guerra

• Fatores demográficos

• Urbanização

• Crescimento do PIB per capita

• Aumento do preço dos serviços


PANORAMA MUNDIAL
Panorama Mundial

• Inglaterra;
• Estados Unidos
• Ásia
• América Latina
Tipos de Reforma

• Reforma Administrativa;
• Modernização Administrativa;
• Reforma do Estado;
• Reforma do Aparelho do Estado;
Por que
precisamos de
uma nova gestão
pública?
• O mundo está mudando;
• O Estado está mudando;
• As organizações e sua gestão estão
mudando;
• As pessoas estão mudando;
Estado Democrático;
Avanço da Tecnologia;
O MUNDO ESTÁ MUDANDO……
da sociedade industrial
para a sociedade do conhecimento

O ESTADO ESTÁ MUDANDO…..


de provedor direto
para promotor, orquestrador e regulador
Mudanças

• A crise do Estado;
• A 1ª geração das reformas do Estado;
• Os caminhos da Nova Gestão Pública:
– Modernização da Gestão:
• Tecnologia de Gestão;
• Tecnologia da Informação e Comunicação(TIC);

Construção de uma Nova Institucionalidade


Pública
Funções Contemporâneas do Estado

• Alocação:
– arrecadação/orçamento
– prestação de serviços
• Distributiva: Governabilidade
– assegurar distribuição
– compensar imperfeições
Governança
• Estabilização:
– econômica
– política
AS ORGANIZAÇÕES E SUA GESTÃO
ESTÃO MUDANDO…..
das burocracias mecanicistas
aos modelos gerenciais
•procedimentos versus resultados;
•centralização e padronização versus
flexibilidade;
•captura por interesses versus foco no
cliente;
•insulamento versus transparência e controle
social;
A Emergência da Nova Gestão Pública:
1. Motivações teóricas:
– Neoinstitucionalismo econômico: escolha
pública,
principal/agente, custos de transação etc;
– Gestão contemporânea;
2. Experiências paradigmáticas:
– Grã Bretanha, Nova Zelândia, Austrália
– Estados Unidos
3. Influências:
– programas de privatização;
– cooperação internacional;
– consultorias;
Que Nova Gestão Pública?
• Corrente neo-pública:
– reforça conceito de cidadania;
– reforçar valores da coisa pública nos
servidores (eficácia, eficiência e ética);
– reconhecer novos direitos como garantia
dos cidadãos;
– ter como horizonte a satisfação do cidadão
(simplificação, redução de tempos etc);
– focar na universalidade e igualdade;
– incrementar qualidade e quantidade de
serviços;
Que Nova Gestão Pública?

• Corrente neo-empresarial:
– de provedor a intermediador nas “vendas”;
– adoção de linguagem e conceitos do setor
privado;
– visão do cidadão reduzida a cliente;
– fragmentação da administração a unidades
menores e autônomas;
– distanciar a AP do direito público;
Os Princípios
(1/2)

• O foco no cidadão/cliente;
• Orientação para resultados:
– Planejamento estratégico;
– Indicadores de desempenho;
• Ênfases no controle social (transparência e
accountability):
– Conselhos;
– Orçamento Participativo;
– Governo Eletrônico;
• Contratualização e flexibilização da gestão
Os Princípios
(2/2)

• Valorização e desenvolvimento das pessoas:


– Remuneração variável;
– Capacitação( Escola de Governo);
– Flexibilização do regime jurídico;
Câmara Municipal

• Cabe a Câmara Municipal regulamentar o


vencimentos dos vereadores, respeitados
os limites impostos pelos incisos VI e VII
do Art. 29 da Constituição Federal.
• O Art. 29-A da Constituição Federal,
incluído pela Emenda Constitucional nº 5
de 2000 estabelece os limites para os
gastos das Câmaras Municipais.
Licitação

• A licitação é um instituto extremamente formal,


de rigor excessivo. É através dele que a
Administração Pública efetuará concessões,
permissões, obras e aquisições. É um ato
estritamente vinculado à Lei 8666/93.
• O parágrafo único do art. 1.º da Lei 8666/93
estabelece que são obrigados a lançar mão desse
instituto os órgãos da administração direta, os
fundos especiais, as Autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios
Princípios da Licitação

• Igualdade
– veda o estabelecimento de condições que impliquem preferência em
favor de determinados licitantes, em detrimento dos demais. Garante,
assim, a igualdade aos participantes do processo na seleção da
proposta mais vantajosa.
• Legalidade
– a licitação deverá ser processada e julgada em estrita observância à
lei. Assim, o licitante que se sinta lesado pela inobservância da norma
pode impugnar judicialmente o processo.
• Impessoalidade
– o processo de licitação deve ter julgamento impessoal, sem
favorecimentos. Deve a Administração, em suas decisões, pautar-se
por critérios objetivos, sem levar em consideração as condições
pessoais do licitante ou as vantagens por ele oferecidas, salvo as
expressamente previstas na lei ou no instrumento convocatório.
• Moralidade
– para processar e julgar as propostas, a administração deve possuir um
comportamento não apenas lícito, mas também consoante com a
moral, os bons costumes e os princípios de justiça e eqüidade.
Princípios da Licitação
• Publicidade
– deve haver divulgação do processo para o conhecimento de todos
os interessados. Além disso, os atos da administração praticados
nas várias fases do processo, devem ser abertas aos
interessados, para assegurar a todos a possibilidade de fiscalizar
sua legalidade.
• Probidade Administrativa
– trata-se de um dever do agente. Deve-se processar e julgar a
licitação de maneira honesta, de acordo com os interesses da
Administração Pública, possuindo um comportamento consoante
com as regras de boa administração e com a idéia comum de
honestidade no seu modo de proceder.
• Vinculação ao Instrumento Convocatório
– o edital constitui a regra da licitação. A Administração Pública, no
processamento e julgamento da licitação, deve estar estritamente
vinculada ao edital, não podendo descumprir suas normas e
condições, sob pena de nulidade do processo.
• Julgamento Objetivo
– a licitação deve ser julgada nos termos do edital, sem qualquer
discricionariedade por parte do agente. O julgamento das
propostas deverá ser objetivo, de acordo com os critérios
previamente estabelecidos no ato convocatório e conforme os
fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar
sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle
Fases da Licitação

• Edital
– primeira fase da licitação, onde são estabelecidas as regras.
Cumpridas todas as exigências da fase externa do edital, os
interessados vão se habilitar a fornecer o que a Administração Pública
pretende, entregando a ela suas propostas. O art. 27, da Lei 8666/93
estabelece as exigências para a habilitação, dispondo sobre a
documentação necessária para a participação no certame.
• Julgamento
– apresentados os documentos e obedecidas as exigências, haverá o
julgamento das propostas, de acordo com o aspecto subjetivo (análise
dos documentos) e objetivo (qualificação técnica do produto e
capacidade do participante de fornecê-lo). Nos casos de exclusão de
participantes, eles tem direito à apresentação de recursos, conforme
dispõe o art. 109, da Lei 8666/93.
• Homologação
– verificado o vencedor da licitação, a Administração Pública homologará
o resultado.
• Adjudiação
– a Administração Pública assume o compromisso de adquirir o produto
Modalidades de Licitação

• Concorrência
– É a modalidade de licitação utilizada para aquisições de
grande porte e que se realiza com ampla publicidade
para assegurar a participação de quaisquer interessados
que preencham os requisitos previstos no edital (art. 22,
parágrafo 1.º).
– A publicidade, nos termos do art. 21, Lei 8666/93, é
assegurada pela publicação do aviso do edital, no
mínimo uma vez.
– A universalidade significa a possibilidade de participação
de quaisquer interessados que, na fase inicial de
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos
mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto (art. 22, parágrafo 1.º, Lei
8666/93).
Modalidades de Licitação

• Tomada de Preços
– É a modalidade de licitação utilizada para
aquisições de médio porte e que se realiza entre
interessados previamente cadastrados ou que
preencham os requisitos para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data do recebimento das
propostas, observada a necessária qualificação
(art. 22, parágrafo 2.º, Lei 8666/93).
• Concurso
– É a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico, mediante a instituição de
prêmio ou remuneração aos vencedores (art. 22,
parágrafo 4.º, Lei 8666/93).
Modalidades de Licitação

• Convite
– É a modalidade de licitação utilizada para aquisições de pequeno
porte e que se realiza entre, no mínimo, três interessados do
ramo pertinente a seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e
convidados pela unidade administrativa, e da qual podem
participar também aqueles que, não sendo convidados, estiverem
cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu
interesse com antecedência de 24 horas da apresentação das
propostas (art. 22, parágrafo 3.º, Lei 8666/93). É a única
modalidade de licitação em que a lei não exige publicação de
edital, já que a convocação se faz por antecedência, por meio da
chamada carta-convite.
• Leilão
– É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a
venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a
alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem possa
oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação (art. 22,
parágrafo 5.º, Lei 8666/93).
Dispensa e Inexigibilidade

• A dispensa pode ocorrer, por exemplo, em casos de


extrema urgência, para o atendimento de situações de
calamidade pública, ou grave perturbação da ordem.
• A inexigibilidade pode ocorrer, por exemplo, nos casos de
contratação de pessoa conhecida do meio artístico, ou
ainda nos casos em que a aquisição de materiais,
equipamentos ou gêneros só possam ser fornecidos por um
produtor, dada a exclusividade do produto.
• A diferença básica entre os dois casos está no fato de que,
na dispensa, há possibilidade de competição que justifique
a licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que fica
inserida na competência discricionária da administração.
Nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade de
competição, porque só existe um objeto ou uma pessoa
que atenda às necessidades da Administração Pública; a
licitação é, portanto, inviável.
Penalidades

• A não observância dos dispositivos da Lei


8666/93 acarretas penas que vão desde
Sanções Administrativas a pena de
Detenção.
• Uma listagem completa destas punições
encontra-se no Cap. 4 da Lei 8666/93. As
penas são descritas nos artigos 89 a 99.
Exercício de Sala

• Liste e explique três justificativas econômicas para a existência de um


governo.
• O que são externalidades? Por que a existência de externalidades
negativas na produção faz com que a quantidade de mercado seja
maior que a socialmente ótima? Como o governo pode agir para
corrigir este problema?
• Defina excedente do produtor, excedente do consumidor e excedente
total. Com o auxílio de um gráfico mostre como a implementação de
um imposto afeta o excedente total.
• Explique os conceitos de equidade e neutralidade na aplicação de um
tributo. Por que o imposto de renda é dito atender o critério de
equidade mas não o de neutralidade?
• Represente graficamente a cunha fiscal sobre os salários. Por que
mudanças na legislação trabalhista podem reduzir (ou aumentar) a
cunha fiscal?
• De tempos em tempos empresários da FIESP pedem a redução da
cunha fiscal sobre a taxa de juros. Explique o que eles desejam.
• Explique os conceitos de equidade e neutralidade na aplicação de um
tributo. Por que o imposto de renda é dito atender o critério de
equidade mas não o de neutralidade?
Unidade II

Planejamento Público
Gasto Público

• Tipos de Classificação do Gasto Público


– Pela finalidade do gasto.
– Pela natureza do dispêndio.
– Pelo agente encarregado da execução do
gasto.
• Quanto à finalidade, os gastos são normalmente
classificados em funções, programas e subprogramas,
dependendo do grau de agregação adotado. A
classificação das despesas por funções é necessária para
efetiva implantação da técnica do orçamento-programa,
que objetiva aumentar a eficiência e a eficácia na
programação dos dispêndios governamentais.
Gasto Público

• Função: maior nível de agregação das diversas áreas de


despesa que competem ao setor público.
• Subfunção: Partição da função, visando agregar
determinado subconjunto de despesa do setor público. Pode
ser combinada com funções diferentes daquelas a que esteja
vinculada na forma do Anexo da Portaria nº 42/99 do MOG.
• Programa: Instrumento de organização da ação
governamental que visa à concretização dos objetivos
pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos
no plano plurianual.
Gasto Público

• A classificação quanto a natureza do gasto é feita a


partir de quatro categorias:
– Custeio;
– Investimento;
– Transferências;
– Inversões Financeiras;
• A classificação das despesas por categoria econômica
inspira-se no esquema estabelecido na Contabilidade
Nacional e objetiva dimensionar a participação do
dispêndio governamental nos principais agregados da
análise macroeconômica.
Classificação da Despesa por
Categoria Econômica

• Despesas Correntes
– Pessoal e Encargos Sociais
– Juros e Encargos da Dívida
– Outras Despesas Correntes
• Transferências a Estados, DF e Municípios
• Benefícios Previdenciários
• Outras
• Despesas de Capital
– Investimentos
– Inversões Financeiras
– Amortização da Dívida
– Outras Despesas de Capital
Gasto Público

• Em termos agregados, a distribuição por


categoria de gasto depende da
distribuição da despesa por finalidade. Em
princípio , quanto maior a parcela das
despesas públicas destinadas a produção
de bens públicos (ou semelhantes), maior
a despesa com pessoal no total do
orçamento. Uma participação mais
elevada do investimento costuma estar
associada a uma ênfase em programas de
melhoria e expansão da infraestrutura
econômica.
Despesa Não-Financeira do Governo
Federal (% do PIB)

1969 média 90/94 média 95/98


Bens Públicos 13,18 17,97 18,06
Seguridade Social 40,33 43,08 53,03
Saúde e Educação 14,22 21,72 17,31
Infra-estrutura Econômica 27,32 2,50 2,33
Política Fiscal

• A arrecadação e o gasto do governo, além


de viabilizar projetos importantes e corrigir
externalidades, afetam a produção de
uma determinada economia. Este é o
aspecto macroeconômico das finanças
públicas. O uso da tributação e do gasto
para afetar a economia como um todo é
chamado de política fiscal.
Déficit Nominal

• O déficit nominal corresponde ao total de


gastos do governo menos o total
arrecadado. O déficit nominal pode ser
calculado pelo método “acima da linha” ou
“abaixo da linha”, quando é calculado pelo
último método costuma ser chamado de
Necessidade de Financiamento do Setor
Público (NFSP).
Cálculo do Déficit Nominal

• Método “acima da linha”: Consiste no


cálculo do déficit por meio dos fluxos de
receitas e despesas.
• Método “abaixo da linha”: Consiste no
cálculo do déficit por meio da variação na
dívida pública.
Déficit Primário

• O déficit primário é obtido a partir do


déficit nominal. Seu cálculo exclui as
despesas e receitas financeiras. Como o
governo brasileiro paga mais juros do que
recebe o déficit nominal é maior que o
primário.
• Nos últimos anos as contas brasileiras
apresentam superávit primário e déficit
nominal.
19
95

-10
-5
10
15
20
25

0
5
19 01
95
19 06
95
19 11
96
19 04
96
19 09
Déficit Nominal
Déficit Primário
97
19 02
97
19 07
97
19 12
98
19 05
98
19 10
99
19 03
99
20 08
00
20 01
00
20 06
00
20 11
01
20 04
01
20 09
02
20 02
02
20 07
02
20 12
03
20 05
03
20 10
04
20 03
04
20 08
05
20 01
05
20 06
05
11
Resultado do Setor Público no Brasil
Déficit Operacional

• O déficit operacional é igual ao déficit


primário acrescido do pagamento de juros
reais. Este conceito foi muito usado no
Brasil nos períodos de inflação elevada.
Gasto Público e Demanda Agregada

• Quando o governa aumenta seus gastos ocorre um


aumento da despesa total que causa um deslocamento
para direita da demanda agregada.
• De acordo com os economistas keynesianos o
deslocamento da demanda agregada causa um
aumento da produção, pelo menos no curto prazo.
Economistas das escolas clássica e novo-clássica
acreditam que o deslocamento da demanda agregada
apenas aumenta o nível geral de preços.
• Na perspectiva keynesiana um ajuste fiscal tende a
reduzir o PIB, pelo menos no curto prazo. Na
perspectiva clássica um ajuste fiscal tende a liberar mais
recursos para o setor privado e pode aumentar o PIB.
Determinação do Produto e do Preço

OA OA
P P P

OA

DA’ DA’ DA’


DA DA DA
Q Q Q
Caso Clássico Caso Caso Keynesiano
Keynesiano Extremo
Déficit Público e Taxa de Juros

• Quando o governo gasta mais do que


arrecada, o déficit orçamentário resultante
reduz a poupança nacional.
• Isto reduz a oferta de fundos emprestáveis
a disposição das firmas e das famílias.
Déficit Público e Taxa de Juros

Taxa Nova oferta


de
juros Oferta

Demanda

Fundos
emprestáveis
Inflação e Déficit Público

• Para financiar seus gastos sem aumentar


os impostos nem vender títulos no
mercado o governo pode imprimir moeda.
• A “receita” obtida com a impressão de
moeda é chamada senhoriagem.
• Imprimir moeda para financiar gastos
causa inflação. A inflação pode ser vista
como um imposto sobre as pessoas que
guardam dinheiro.
Curva de Laffer para o Imposto
Inflacionário

Arrecadação
Máximo de arrecadação
do Imposto Inflacionário

Inflação
Inflação e Déficit Público

• Efeito Oliveira-Tanzi
– O aumento da inflação reduz o valor real da
arrecadação de outros impostos devido a
existência de uma defasagem entre o fato
gerador do imposto e a sua coleta.
• Efeito Patinkin
– Taxas de inflação altas ajudam a reduzir o
déficit público devido a queda do valor real
dos gastos públicos.
Leis Orçamentárias (C.F. art.
165)
• Plano Plurianual (PPA): Estabelece o
planejamento de médio prazo (quatro
anos).
• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO):
Faz a ligação entre o plano e o orçamento
do ano.
• Lei Orçamentária Anual (LOA): Trata-se
do orçamento propriamente dito, com a
previsão de toas as receitas e despesas
do ano.
Leis Orçamentárias

• Até o dia 31 de agosto do primeiro ano de mandato presidencial, o


Poder Executivo envia o projeto do PPA ao Congresso Nacional, que
vigorará de seu segundo ano de mandato até o fim do primeiro ano
de mandato do próximo Presidente da República.
• O projeto da LDO é encaminhado ao Congresso até 15 de abril de
cada ano. Entre outras atribuições, essa lei estabelece metas e
prioridades para a elaboração do orçamento, limita as despesas de
capital e estabelece as políticas de aplicações das agências
financeiras oficiais para o ano seguinte.
• O Poder Executivo envia o projeto de LOA ao Congresso Nacional
até 31 de agosto de cada ano, acompanhado de mensagem em que
se analisam a macroeconomia e a situação fiscal do país. Esse
projeto de lei engloba o orçamento fiscal, o orçamento da
seguridade social e o orçamento de investimento de empresas que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com
direito a voto.
Processo Orçamentário

Unidades Congresso
Órgãos
Orçamentárias Nacional
Setoriais

Presidente da
SOF
República
Classificação dos Processos
Orçamentários

• Processo Hierárquico: O ministro das


finanças possui poder sobre os demais
ministros e os parlamentares não podem
alterar o total de gastos, apenas sua
distribuição.
• Processo Colegiais: Existe igualdade
entre os ministros setoriais e o ministro
das finanças. No Legislativo, os
parlamentares poderiam aumentar o total
dos gastos e o déficit público.
História do Planejamento no Setor
Público Brasileiro

• Plano SALTE: Adotado em 1947 no governo do


presidente Eurico Dutra. Foi o pioneiro do planejamento
público no Brasil. Priorizava as áreas de Saúde,
Alimentação, Transporte e Energia (esta a razão do
nome). Previa financiamento dos gastos com recursos
da Receita Federal e com empréstimos externos.
• Plano de Metas: Implementado no governo do
presidente Juscelino Kubitschek. Avançava na idéia de
submeter o desenvolvimento do país a ação do estado.
Tinha como alvos os setores de energia e transporte, a
indústria intermediária, as indústrias produtoras de
equipamentos e a construção de Brasília.
História do Planejamento no Setor
Público Brasileiro
• I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND): Implementado no
início dos anos 70 pelo governo Médici marcou o período conhecido
como Milagre Brasileiro. Caracterizava-se pelos grandes projetos
de integração nacional e pela expansão das fronteiras de
desenvolvimento.
• II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND): Elaborado no
governo Geisel tinha como foco a indústria de base e a busca de
autonomia em insumos básicos. Mostrava clara preocupação com a
questão energética, estimulando a pesquisa em energias
alternativas (e.g. energia nuclear e programa do álcool) e realizando
a construção de novas hidrelétricas. A crise do petróleo que ocorreu
no final dos anos setenta inicia um longo período de estagnação na
economia brasileira e marca o fim dos grandes programas de
planejamento do desenvolvimento.
A Constituição de 1988 e o PPA

• A Constituição de 1988, em seu artigo 165,


estabelece que, por iniciativa do Poder Executivo,
deve ser elaborado o Plano Plurianual (PPA).
• O PPA deve estabelecer, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as despesas relativas a
programas de duração continuada.
• A vigência do PPA inicia-se no segundo ano do
mandato presidencial e termina no primeiro ano
do mandato seguinte.
A Constituição de 1988 e o PPA

• PPA 1991 – 1995: Elaborado apenas como forma de obedecer a


Constituição, não apresentou características marcantes quanto ao
planejamento público.
• PPA 1996 – 1999: Introduziu novos conceitos no planejamento
federal, entre eles os eixos de integração e desenvolvimento
(referência espacial das políticas de desenvolvimento) e o conceito
de projetos estruturantes.
• PPA 2000 – 2003: Sua marca registrada é o conceito de gestão por
resultados. Adotou o programa como unidade de gestão, integrou
plano, orçamento e gestão, e estabeleceu critérios para
gerenciamento e avaliação de desempenho nos programas
federais.
• PPA 2004 – 2007: Este PPA ainda encontra-se em execução e,
portanto, não pode ser avaliado. Para detalhes a respeito deste
PPA clique aqui.
• Conheça os PPAs a partir de 1996
Orçamento Programa

• Na primeira fase do planejamento público (1940 – 1980) o foco


estava em grandes programas de desenvolvimento. Na segunda
fase (1988 até hoje) a questão central é a gestão dos recursos
públicos.
• A necessidade de garantir que os gastos públicos tenham a maior
eficiência possível exige o uso de novos métodos de decisão
orçamentária. Tais métodos, conhecidos como “orçamento-
programa” juntamente com o uso de métodos privados de
gerenciamento contribuem para um melhor uso dos recursos
públicos.
• A principal característica do orçamento-programa, que o distingue
dos chamados métodos tradicionais, é a ênfase no objetivo do
gasto, em vez de preocupação com a categoria do dispêndio.
Orçamento Programa

• A necessidade de garantir que os gastos públicos


tenham a maior eficiência possível exige o uso de novos
métodos de decisão orçamentária. Tais métodos,
conhecidos como “orçamento-programa” juntamente
com o uso de métodos privados de gerenciamento
contribuem para um melhor uso dos recursos públicos.
• A principal característica do orçamento-programa, que o
distingue dos chamados métodos tradicionais, é a
ênfase no objetivo do gasto, em vez de simples
preocupação com a categoria do dispêndio.
Exigências para Implementação do
Orçamento Programa

• Avaliação e comparação dos diferentes programas


desenvolvidos pelo governo em termos de sua
contribuição para os objetivos nacionais;
• Determinação de como os objetivos preestabelecidos
podem ser atingidos com um mínimo de dispêndio de
recursos;
• Projeção das ações governamentais para um horizonte
de tempo superior ao período usual de um ano; e
• Revisão dos objetivos, programas e orçamentos à luz da
experiência passada e de modificações na conjuntura.
Razão Custo Benefício

• O critério da razão custo/benefício


consiste na comparação do valor presente
dos benefícios com o valor presente dos
custos.n Bt
 R  razão custo - benefício
t

t  0 (1  it )
t
B  benefícios totais no ano t
Rt  n
t

C  custos totais no ano t


Ct

t

n  período de duração do objeto do gasto


t  0 (1  it )
t
i  taxa social de desconto
t
Razão Custo Benefício

• Em geral projetos que apresentam uma


razão custo-benefício maior do que um
são considerados como justificáveis.
Problemas com Análise Custo-
Benefício

• Como identificar e medir custos e benefícios?


• Qual a taxa apropriada para descontar estimativas
futuras de custos e benefícios no cálculo dos
respectivos valores atuais?
• Como estabelecer o período em que se fazem notar os
custos e os benefícios dos projetos?
• Como agregar custos e benefícios de vários projetos
complementares, tendo em vista estender a análise no
nível de programas executados pelo governo?
Orçamento Programa e PPA

• Ao implementar o orçamento-programa
tornou-se essencial avaliar com mais
cuidado as características dos programas
contidos no PPA.
• Desta forma os programas são divididos
em ações, que por sua vez, dividem-se
em projetos e atividades.
• As Orientações para Elaboração do PPA
2004/2007 do Governo do Piauí
exemplificam bem a lógica de
funcionamento do PPA.
PPA, LDO e LOA

• A LDO é o elo entre o PPA e a LOA. Uma das principais


funções da LDO será a de selecionar dentre os programas
incluídos no PPA aqueles que terão prioridade na execução
do orçamento subseqüente.
• A elaboração do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
(PLDO) deverá ser realizada pelo Poder Executivo e
submetida à apreciação e aprovação do Poder Legislativo.
• No caso de municípios, o prazo de encaminhamento e
aprovação da LDO deve contar na Lei Orgânica do Municipal
(LOM). Caso não esteja previsto nenhum prazo na LOM, o
Executivo poderá encaminhá-la a qualquer tempo, desde que
se garanta um prazo razoável para sua apreciação e
aprovação e não se comprometa a elaboração orçamentária.
Lei de Diretrizes Orçamentárias

• A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e


prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento. (Constituição Federal, Art.
165)
• Além de dispor sobre estes tópicos, a LDO deverá conter dois
Anexos, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais. O
Art. 63 da Lei de Responsabilidade Fiscal faculta aos Municípios
com menos de 50 mil habitantes elaborar os referidos anexos
apenas a partir de 2005.
• Exemplos da LDO para o Município do Rio de Janeiro, inclusive os
anexos, podem ser encontrados aqui.
Lei Orçamentária Anual
• O Orçamento Anual (estabelecido pela LOA) visa concretizar os objetivos e metas
propostas no PPA, segundo as diretrizes estabelecidas pela LDO.
• A proposta de LOA compreende os três tipos distintos de orçamento da União, a
saber:
– Orçamento Fiscal: compreende os poderes da União, os Fundos, os Órgãos, Autarquias,
inclusive as especiais e Fundações instituídas e mantidas pela União; abrange, também, as
empresas públicas e sociedades de economia mista em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto e que recebam desta quaisquer recursos que
não sejam provenientes de participação acionária, pagamentos de serviços prestados,
transferências para aplicação em programas de financiamento atendendo ao disposto na alínea "c"
do inciso I do art. 159 da CF e refinanciamento da dívida externa.
– Orçamento de Seguridade Social: compreende todos os órgãos e entidades a quem compete
executar ações nas áreas de saúde, previdência e assistência social, quer sejam da Administração
Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
compreende, ainda, os demais subprojetos ou subatividades, não integrantes do Programa de
Trabalho dos Órgãos e Entidades mencionados, mas que se relacionem com as referidas ações,
tendo em vista o disposto no art. 194 da CF
– Orçamento de Investimento de Empresas Estatais: previsto no inciso II, parágrafo 5º do art. 165
da CF, abrange as empresas públicas e sociedades de economia mista em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Exemplo de LOA

– LOA do Município do Rio de Janeiro;


• Texto do Projeto de Lei
• Metas Fiscais
– LOA do Município de Foz do Iguaçu;
– LOA do Estado de São Paulo;
– LOA da União
• Página do Senado Federal
• Página da Câmara dos Deputados
– Um guia para elaboração da LOA pode ser encontrado
aqui.
– Diretrizes para Elaboração da Lei Orçamentária de 2004.
Plano Diretor do Município

• O Política de Desenvolvimento Urbano, executada pelo


poder público municipal, é implementada no Capítulo II
do Título VII da Constituição Federal (Art. 182 e Art.
183).
• Seu objetivo é ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais das cidades e garantir o bem-estar de
seus habitantes.
• O instrumento para a Política de Desenvolvimento
Urbano é o Plano Diretor dos Município.
• Veja aqui o Plano Diretor do Município de Maceió
Problemas com a Elaboração do
Plano Diretor

• Segundo o Prof. Roberto Braga da


UNESP os Planos Diretores tem
apresentado problemas em decorrência
de dois pontos básicos:
– A lei, ao obrigar as prefeituras a realizar um
plano diretor, não conscientizou os agentes
públicos da importância do planejamento.
– Os planos são elaborados por pessoas
estranhas à administração pública local.
FORMAS DE PROPRIEDADE

• A divisão clássica do direito entre direito


público e direito privado sugere duas formas
de propriedade:

PÚBLICA

PROPRIEDADE

PRIVADA
FORMAS DE PROPRIEDADE
CONCEPÇÃO MODERNA

• No capitalismo contemporâneo, com o


aparecimento das atividades não-exclusivas de
Estado, as formas de propriedade são três:
PÚBLICA • Envolve o uso do poder de
ESTATAL Estado

• É de interesse público
• Não realiza lucro
PÚBLICA NÃO • Permite parceria ou co-
PROPRIEDADE gestão entre o Estado e a
ESTATAL sociedade civil
• Abre-se ao controle social
• Rege-se pelo direito privado

• Pertence a pessoas ou grupos


PRIVADA
• Realiza lucro
APARELHO DO ESTADO
Concepção Moderna
PRESSUPÕEM O EXERCÍCIO DE PODER DO Arrecadação Tributária
ESTADO DE REGULAMENTAR, FISCALIZAR E Segurança Pública
FOMENTAR Controle Ambiental, etc

Agências Mandato de Diretores


e Independência do
ATIVIDADES Reguladoras Governo
EXCLUSIVAS
DO ESTADO
Agências
REDESENHO Executivas
DO APARELHO
DO ESTADO
Contrato de Gestão

ATIVIDADES
Organizações
NÃO-
EXCLUSIVAS Sociais

Educação
SÃO DE INTERESSE PÚBLICO, MAS PODEM SER Saúde
DELEGADAS OU PRODUZIDAS POR TERCEIROS COM O
Meio Ambiente
APOIO E SUPERVISÃO DO ESTADO
Desenvolvimento em C & T, etc
FORMA DE FORMA DE
ATIVIDADES
PROPRIEDADE ADMINISTRAÇÃO
DE
ESTADO Estatal Pública Privada Burocrática Gerencial
Não-Estatal

EXCLUSIVAS

NÃO-EXCLUSIVAS Publicização

PRODUÇÃO PARA Privatização


O MERCADO
REFORMA DO ESTADO
BRASIL

• Constituição de 1988;
• Estado Democrático
• Plano Real;
• Ajuste Fiscal
REFORMA DO ESTADO
BRASIL

• Plano Diretor da Reforma


• Cadernos MARE
• Emenda Constitucional N°19
• Emenda Constitucional N° 20
BRASIL
Pontos Principais

• Princípio da Eficiência;
• Controle de Resultados;
• Controle Social;
• Núcleo Estratégico do Estado
• Agências Reguladoras,
• Agências Executivas
BRASIL
Pontos Principais da Reforma

• Organizações Sociais;
• Contrato de Gestão;
• Carreiras Exclusivas de Estado;
• Gestores Públicos
• Escola de Governo
• Emprego Público;

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