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T1 – Poluição de rios
A poluição constitui grave ação para o meio ambiente e, consequentemente, para o homem. Os
males que causa aos solos, às águas e às populações são muitas vezes irreversíveis. (3 linhas)
Em países como o Brasil, a maioria das cidades não dispõe de lixeiras suficientes nas ruas,
avenidas e outros espaços públicos. A situação se agrava quando se percebe que, mesmo naquelas
que se excetuam desse quadro, grande parte da população não tem ainda a educação adequada
para usufruir desses recursos. É comum ver calçadas e terrenos baldios cheios de lixo e ruas sujas,
com bueiros obstruídos por resíduos; bem como lixões nas zonas periféricas. Nesse contexto, os
resultados não são só o incômodo do mau-cheiro nem a poluição visual, mas também o alto índice
de doenças infecciosas e respiratórias. (10 linhas)
Nos países de todo o mundo, outro quadro agrava a poluição: a excessiva emissão de gases,
pela qual são responsáveis principalmente os veículos e as indústrias. Essa emissão agrava o
aquecimento global, altera os climas, prejudica a agricultura e, consequentemente, reduz a produção
de alimentos. O planeta se transforma devido a ela, pois derretem-se as geleiras, aumenta o nível
dos oceanos, reduzem-se a fauna e a flora, alteram-se a cadeia e a teia alimentares. Mais uma vez, é
o homem que sofre as consequências ruins de suas próprias ações. Já se discute a previsão do
tempo que lhe resta para viver sobre a Terra em condições salutares. (10 linhas)
São necessárias, portanto, ações urgentes e efetivas contra a poluição. Além do investimento na
logística urbana, do rigor indispensável para se fazer respeitar o ambiente e da opção por energias limpas,
entre outras, urge a educação das sociedades. Estados, organizações privadas e públicas e representantes
populares precisam, juntos, empenhar-se por essas causas. (6 linhas)
T2 – Promessa de erradicação da miséria na Rio+20, mas falta de metas e de prazos para isso
As duas primeiras ações para a erradicação dessas mazelas são a criação de novos fundos
nacionais e internacionais para o combate à miséria e a transferência de grupos como os subsaarianos para
espaços produtivos. Em lugares em que ainda seja possível a produção de alimentos, deve ser dado apoio
econômico e técnico para o desenvolvimento agrícola e social, promovendo a permanência de seus
ocupantes e até atraindo para esses lugares os excessos do contingente urbano. (7 linhas)
A inclusão social é o maior desafio do Brasil, visto que o alcance desse objetivo exige bastantes
esforços do Estado e da sociedade, afinal não é fácil garantir a todos os brasileiros o acesso ao trabalho e à
renda, à educação, à saúde, à moradia, à segurança, entre outros direitos. Isso não deve porém,
desestimular-nos desse fim. (6 linhas)
Ações para incluir socialmente esses e outros grupos precisam ser ampliadas e devem neutralizar
as razões de exclusão. Governos, instituições públicas e privadas, sejam filantrópicas ou não, devem ser
estimulados a contribuir com a inserção de todos na sociedade. Os cidadãos também podem contribuir com
a discussão e implantação de meios para esse fim. (6 linhas)
Nas ruas, os menores sofrem violências constantes, fragilizam-se e adoecem. São até mesmo
explorados sexualmente. A promiscuidade é o seu contexto. As relações que estabelecem entre si são de
disputa de poder de áreas, mas, algumas vezes, percebem-se entre eles ações solidárias, em uma espécie
de preservação do outro como a de si mesmo. Jorge Amado, em seu romance “Capitães da Areia”, retrata
com maestria esse mundo dos menores. O personagem Pedro Bala é o líder de um grupo de crianças que
sofrem, que se marginalizam, mas que se acolhem umas às outras, pois não têm família nem abrigo. (10
linhas)
Ao mesmo tempo em que essa obra mostra a marginalização da criança que mora nas ruas, mostra
sua humanidade, e isso nos desperta o desejo de transformar essa realidade. O primeiro passo é o
reconhecimento da origem do problema. Os menores infratores são esquecidos da sociedade e do
Estado. Este costuma apenas providenciar o recolhimento dessas crianças a instituições que em
nada as faz ascender. Aquela apenas as evita, pois as teme. (8 linhas)
A ação estatal deveria ser outra. A nossa Constituição preceitua a proteção a todos. O Estado deve
garantir moradia, educação, saúde, acesso à educação, à cultura e ao lazer aos menores desassistidos.
Para isso, precisa investir em colaboradores que deem atenção especial a esses menores e melhorar a
forma de assisti-los. À sociedade, cabe sensibilizar-se e exigir essa conduta. (6 linhas)
O usuário de drogas, mesmo que o seja somente do álcool, cujo consumo é considerado lícito,
tende a tornar-se inconveniente ao convívio social, problemático no ambiente de estudo e trabalho e
até no familiar. Altera seu comportamento, sofre crises emocionais constantes e passa a representar
uma ameaça às demais pessoas, tornando-se agressivo e, muitas vezes, vindo a delinquir em
roubos, em assaltos ou mesmo em assassinatos, principalmente quando precisa adquirir dinheiro
para o consumo de entorpecentes. (9 linhas)
Entre essas medidas, está não só ampliar o número de clínicas especializadas no atendimento aos
dependentes e às suas famílias, mas também ofertar uma educação preventiva contra o problema. Não se
pode esquecer, também, que é indispensável o firme combate ao tráfico de drogas e que essa e as outras
ações se mantêm e se intensificam com a colaboração e a firme reivindicação das sociedades aos seus
governos. (7 linhas)
T3 _ O jovem agressor – pobre, desempregado, sem educação / O jovem vítima – tem renda e escolaridade
mais elevadas e boa moradia.
A violência urbana é tratada no Brasil como um problema que a Polícia deve resolver. Assim, as
medidas efetuadas para sua solução são o aumento do contingente policial, a compra de viaturas e de
outros equipamentos, a formação de agentes e a construção de presídios. Se não se combaterem, porém,
as causas do problema, teremos que multiplicar essas ações a cada ano. (6 linhas)
A sociedade brasileira patrocina hoje, por meio de parte de seus impostos, a manutenção de milhares
de presidiários e da estrutura responsável por eles, pela tentativa de prevenção da violência e pela punição
dos que a praticam. Os gastos são vultosos, mas, as ações que eles garantem são ineficazes, pois ocorre o
contrário do que se espera: cresce o número de assaltos e de outros crimes, e o que resta à mantenedora
do sistema é resguardar-se do problema, insegura e descrente de sua solução. (9 linhas)
O insucesso de todo o processo de combate à violência urbana no Brasil deve-se ao descaso por
suas causas. O que motiva o problema é a miséria, a falta de oportunidades para a educação e o
trabalho, mas parece não haver ciência disso. O indivíduo miserável, principalmente o jovem, desprovido
das condições mínimas de bem-estar, é vítima fácil da criminalidade, optando por ela como sua forma de
sobrevivência e até mesmo de conforto e luxo. (8 linhas)
É coerente, portanto, que se erradique a violência urbana com a luta contra a miséria, a ignorância e
o ócio. São indispensáveis políticas públicas de inclusão que concedam aos financeiramente
desfavorecidos educação de qualidade, formação para o trabalho e acesso à renda. O Estado, os setores
público e privado e a sociedade devem unir forças para empreender essas políticas. Se assim não ocorrer,
crescerá ainda mais a violência urbana no Brasil. (7 linhas)