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NPJ - NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS

Av. Pres. Nereu Ramos nº 1.071 – Jardim do Moinho


Fone: (47) 3641-5521/3641-5541 - Mafra – SC CEP 89300-000

Mantenedora: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO CONTESTADO


Unidade Universitária de Mafra

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO


ESPECIAL DA VARA FEDERAL DA COMARCA DE MAFRA, SANTA
CATARINA.

ANGELA REITER, nacionalidade XXX, solteira,


desempregada, RG XXX, CPF 444.555.666-77,
absolutamente incapaz, representada neste ato por seus
pais, CARLOS REITER, brasileiro, casado, mecânico, RG
XXX, CPF 111.222.444-5, e MARIA REITER, brasileira,
casada, dona de casa, RG XXX, CPF 222.333.444.5,
residentes e domiciliados na Rua Oito de Setembro, nº.
134, bairro XXX, Mafra, Santa Catarina, CEP XXX,
endereço eletrônico vaiqda@jumail.com, vem
respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de
seu Advogado, OAB XXX, instrumento de procuração
anexo, com endereço profissional na Rua XXX, numero
XXX, bairro XXX, cidade XXX, estado XXX, CEP XXX,
endereço eletrônico XXX, onde recebe intimações, com
fundamento no art. 203, V da Constituição Federal e art.
20, § 2o da Lei 8.742/93, propor a presente:

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AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO


ASSISTENCIAL

Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL – INSS, pessoa jurídica de direito público inscrita
no CNPJ XXX, com sede na Rua XXX, número XXX,
bairro XXX, cidade XXX, estado XXX, CEP XXX, pelos
fundamento fáticos e jurídicos que passa a expor:

1. DA JUSTIÇA GRATUITA

A assistência jurídica integral e gratuita, sendo direito fundamental


de todos aqueles que dela necessitarem e comprovarem a insuficiência de
recursos, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal.

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos


que comprovarem insuficiência de recursos.

No presente caso, a requerente não possui condições de arcar


com o pagamento das custas e honorários, sem prejuízo do seu sustento
próprio ou auxílio da sua família, razão pela qual possui direito à concessão
dos benefícios da assistência judiciária gratuita.

2. DOS FATOS

A parte autora requereu, junto a Autarquia Previdenciária, o a


concessão de Amparo ao Portador de Deficiência, com o Número de Benefício
45/999888777, no dia 30/01/2017, entretanto o mesmo foi negado em âmbito
administrativo, por entender o INSS que a Requerente não possui incapacidade
para a vida e para o trabalho.
Ocorre que, a Requerente é portadora de retardo mental
moderado, deficiência esta enquadrada na CID 10 F 71.1, a qual acarreta em

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comprometimento significativo de seu comportamento, requerendo vigilância ou


tratamento continuo.
Destaca-se ainda que a Requerente, alem de solteira, reside em
uma casa simples juntamente com seus pais, ambos idosos e desempregados,
não recebendo nenhum rendimento mensal, vivendo da ajuda de familiares e
vizinhos.
Por estes motivos, a concessão do beneficio pretendido se faz
necessário.

3. DOS DIREITOS

Tendo em vista que a parte Requerida é uma autarquia do


Governo Federal, cabe preliminarmente observar o disposto junto ao art. 109, I
da Constituição Federal:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:


I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Assim, conforme demonstra o dispositivo acima, fica claro que a


competência para julgar a presente demanda cabe a Justiça Federal.
A pretensão da Requerente em receber o benefício assistencial
se encontra assegurado junto ao art. 203, V de nossa Constituição Federal:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
[...]
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir
meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua
família, conforme dispuser a lei.

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Assim sendo, conforme demonstra o dispositivo acima, entende-


se que o fato de a pessoa ser portadora de deficiência, já o garante o beneficio
assistencial.
Como se não bastasse, visando a garantia do beneficio
assistencial, o art. 20, § 1º e § 2o da Lei 8.742/93 dispõem que:

Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um


salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
(sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios
de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo
requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um
deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e
enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o
mesmo teto.
§ 2o Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada,
considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o
qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas.

Assim, a lei supramencionada assegura a concessão do benefício


assistencial a pessoa portadora de deficiência que possua impedimento de
longo prazo e que comprove a impossibilidade de prover seus próprios meios
de subsistência ou tê-la provida pela sua família.
O eminente Ministro Gilmar Mendes, entende que a concessão do
beneficio assistencial, também visa assegurar uma postura de justiça perante a
sociedade:

“A incidência da regra traduz falha no dever, criado pela Carta, de


plena e efetiva proteção dos direitos fundamentais, resultante da
eficácia positiva de tais direitos, cuja concretização é condição
essencial à construção de uma sociedade mais justa e, portanto,
civilizada.”

Neste sentido, a Requerente preenche todos os requisitos que


autorizam a concessão do beneficio pleiteado, uma vez que a mesma alem de
possuir retardo mental moderado, o qual acarreta significativamente em seu
comportamento, o seus pais, com os quais reside, se encontram

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desempregados, sobrevivendo da ajuda de alguns familiares e vizinhos, como


já exposto.
Ainda, como se não bastasse, o entendimento jurisprudencial é
claro quanto a concessão do beneficio assistencial em casos que seja
comprovada a impossibilidade de sustento próprio e o estado de
miserabilidade:

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL.


DEFICIENTE MENTAL. ESTADO DE MISERABILIDADE
COMPROVADO. TUTELA ESPECÍFICA. 1. Incontroverso que a parte
autora é incapaz para o trabalho e para a vida independente e
comprovado o estado de miserabilidade, é de ser reformada a
sentença para conceder o benefício assistencial desde a data do
requerimento administrativo. 2. Determina-se o cumprimento imediato
do acórdão naquilo que se refere à obrigação de implementar o
benefício, por se tratar de decisão de eficácia mandamental que
deverá ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da
sentença stricto sensu previstas no art. 461 do CPC, sem a
necessidade de um processo executivo autônomo (sine intervallo).
(TRF-4 - AC: 1080 PR 2008.70.01.001080-5, Relator: JOÃO
BATISTA PINTO SILVEIRA, Data de Julgamento: 13/04/2010,
SEXTA TURMA, Data de Publicação: D.E. 19/04/2010)

Isto posto, verifica-se que a Requerente possui todos os requisitos


legais que o garantem o direito ao beneficio assistencial, quais sejam a
deficiência mental e a impossibilidade de prover sua subsistência ou contar
com a renda de seus familiares para esta.
Assim, é de direito que seja concedido a Requente o beneficio
assistencial garantido junto a LOAS.

4. DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO

Tendo em vista que a Requerente é portadora de deficiência


mental, enquadrada na CID 10 F 71.1, requer prioridade na tramitação do
presente processo, com base no art. 69A, II da Lei 9.784/99.

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5. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO.

Conforme estabelece o art. 334, § 5o do Código de Processo Civil,


a Requerente apresenta desinteresse na realização da audiência de
conciliação e mediação.

6. DOS PEDIDO

Diante o exposto, requer:

a) A citação do Requerido, para querendo, apresentar suas contrarrazões,


com base no art. 239 do CPC;

b) O julgamento da demanda com total procedência, condenado o INSS a


conceder o Benefício Assistencial – LOAS a Requerente, pagando as
parcelas vencidas (a partir da data de seu requerimento administrativo
junto ao INSS no dia 30/01/2017) e vincendas, corrigidas desde o
respectivo vencimento e acrescidas de juros legais até a data do efetivo
pagamento;

c) O recebimento dos benefícios da justiça gratuita, por não possuir


condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo ao sustento
próprio, com base no art. 5º, LXXIV da CF;

d) A condenação do réu em custas e honorários advocatícios, conforme


art. 827 do CPC.

Protesta por todos os meios de prova em direito admitidas. Em


especial a prova testemunhal, documental e pericial.

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Dá-se à causa o valor de R$ 21.614,45 (valor salário mínimo


acrescido de correção monetária desde a data do requerimento junto ao INSS
+ 12 parcelas vincendas).

Termos em que pede deferimento.

XXX, XXX de XXX de XXX

ADVOGADO XXX
OAB/XX XXXX

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