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LICENCIAMENTO AMBIENTAL
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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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A regulamentação genérica do licenciamento no Brasil é dada pela Resolução 237/97 do CONAMA. Ela é a mais
importante que tem, inclusive para fins de provas de concursos.
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física ou jurídica, para localizar, insta lar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras
dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
A primeira delas é a licença prévia (LP) que aprova um projeto reconhecendo sua viabilidade
ambiental e sua localização.
É a primeira licença que será concedida pelo órgão ambiental ao empreendedor que, a partir
daí, deverá cumprir exigências para poder conseguir a próxima licença (condicionantes). A segunda
modalidade é a licença de instalação (LI). O seu conteúdo é liberar a implantação do empreendimento.
Ele pode ser construído, sem que possa entrar em funcionamento. Encerrada a construção e
cumpridas todas as condicionantes, o empreendedor pedirá a licença de operação (LO).
A licença ambiental necessariamente possuirá prazo de validade, que irá variar conforme a
modalidade de licença, podendo ser prorrogada de acordo com fundamentação adequada.
A licença prévia tem prazo de validade de até cinco anos (#DESPENCAEMPROVA), não
podendo ter lapso de tempo inferior ao necessário para a elaboração dos programas técnicos, ao
passo que a licença de instalação não poderá ter validade superior a seis anos. Já os prazos da licença
de operação variarão entre quatro e dez anos, a critério do órgão ambiental, sendo que a sua
renovação deverá ser requerida com a antecedência mínima de 120 dias de seu vencimento, ficando
automaticamente renovada até a manifestação do ente licenciante.3
Outra característica dessas licenças ambientais é que tais concessões pressupõem a realização
de um estudo de impacto ambiental.
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#DESPENCAEMPROVA
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Deve-se relembrar, mais uma vez, a inexistência do direito adquirido a poluir, razão pela qual
a licença é considerada rebus sic stantibus. Vejamos as principais hipóteses de revisibilidade da licença
ambiental:
Estabelece uma espécie de sustação ou de sobrestamento de atividade até
que ocorra a adequação à legislação ambiental ou às condicionantes
Suspensão ambientais impostas pelo órgão ambiental.
A Suspensão é hipótese de retirada temporária.
A Anulação, Cassação e Revogação são hipóteses de retirada definitiva.
Ocorre nos casos de omissão ou falsa descrição de informações relevantes
Anulação que servirem para fundamentar a expedição da licença. Assim, pode-se
dizer que se trata de irregularidade na concessão da licença, que
desconsiderou os preceitos legais.
Cassação Trata-se de irregularidade posterior à concessão da licença ambiental, em
razão do pelo descumprimento das condicionantes ou da legislação
ambiental
Revogação Superveniência de graves riscos para o meio ambiente e para a saúde
pública.
#APROFUNDAMENTO
Licença simplificada
Como vimos, a regra no licenciamento ambiental é que cada licença ambiental seja expedida
ao final de cada etapa do processo administrativo, visto que cada tipo de licença se propõe a
finalidades específicas, ou seja, primeiro é concedida a licença prévia, depois a licença de instalação e
por fim a licença de operação.
Com relação às atividades de menor porte ou de menor potencial ofensivo, o órgão
ambiental poderá estabelecer um procedimento simplificado para essas atividades
independentemente da fase em que se encontrarem, tendo em vista o §2° do art. 12 da Resolução n.
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237/97 do CONAMA prever que “Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as
atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverão ser
aprovados pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente”.
#RESUMO #COLANATESTA
É concedida na fase preliminar do projeto, estabelecendo a sua
Licença Prévia – LP viabilidade ambiental e os requisitos a serem atendidos nas
próximas fases.
Possui prazo de validade de até 05 (cinco) anos.
Licença de Instalação – LI Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade.
Possui prazo de validade de até 06 (seis) anos.
Autoriza que o empreendimento ou atividade seja finalmente
Licença de Operação – LO colocado em prática.
Possui prazo de validade que varia entre 04 (quatro) e 10 (dez)
anos.
Licença Simplificada Autoriza o funcionamento de atividades e empreendimentos de
pequeno potencial de impacto ambiental em uma única etapa.
#LINKSMENTAIS
Podemos resumir as principais características da licença ambiental em:
a) Diferentes modalidades;
b) Prazos de validade diferenciados;
c) Pressupõem prévio Estudo de Impacto Ambiental;
d) Não incorporam o patrimônio jurídico do outorgado.
Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos
processos de licenciamento.
§ 3o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica
emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a
competência supletiva referida no art. 15.
Art. 14, § 4o A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência
mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença,
ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental
competente.
Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de
licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:
Determinado ente político, como apontado acima, só pode licenciar se tiver um órgão
capacitado e um conselho do meio ambiente. Apesar de afirmar-se que ambos são necessários, a lei,
em todos os incisos menciona a presença de um ou outro.
Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio
técnico, científico, administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação.
Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da
atribuição nos termos desta Lei Complementar.
#RESUMO
No inciso XIV do art. 7º da LC 140/2011 foram listadas as competências federais, que são
desenvolvidas através do IBAMA. No art. 9º, também em seu inciso XIV, foram listadas as
competências para o licenciamento municipal. Quanto aos estados, temos uma competência residual.
O que não for de competência federal ou municipal será licenciado pelos estados. O Distrito Federal,
como lhe é comum, acumula as competências estaduais e municipais. Feita esta introdução, passemos
à análise específica dos casos de competências. É interessante sempre buscar a lógica para os casos
definidores de competência, já que o rol de critérios e de atividades é muito extenso e de difícil
memorização.
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#PROCURADORIAS #DEOLHONALEI #JÁCAIUEMPROVA – Art. 5º, LC 140: O ente federativo
poderá delegar, mediante convênio, a execução das ações administrativas a ele atribuídas nesta Lei
Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a
executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente.4
Aqui foi adotado o critério da dominialidade dos bens públicos federais já que as terras
indígenas são bens públicos afetados ao usufruto vitalício dos índios. Até mesmo eles precisarão de
licenciamento ambiental quando forem realizar atividades que possam causar impactos ambientais.
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Ressalta-se mais uma vez a importância da leitura do texto da Lei.
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Porém, em um caso apenas o legislador não adotou este critério, sendo este justamente o da
área de proteção ambiental (APA), não se adotando para ela o critério do ente político instituidor. Se a
União criar uma dessas, não necessariamente será o IBAMA o órgão responsável pela concessão de
licenciamento de atividade realizada naquele local. O critério é outro, fixado em outro artigo, analisado
infra. Ela foge à regra geral, pois ela é a unidade de conservação mais frequente no Brasil.
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da
Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade
ou empreendimento;
Este dispositivo traz uma hipótese aberta, de forma que, no futuro, poderemos ter outras
competências federais além dessas elencadas no inciso h. A comissão tripartite nacional pode propor à
Presidência da República que, através de um decreto, preveja outros casos de competência federal
considerando o porte, o potencial poluidor e a natureza da atividade ou do empreendimento.
Não custa lembrar que, somente aqueles municípios dotados de órgãos devidamente
estruturados e capacitados para o licenciamento, e que contem com um conselho municipal do meio
ambiente (a lei fala em “ou”) poderão realizar a atividade de licenciamento. Vamos as suas hipóteses:
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XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei
Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia
definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte,
potencial poluidor e natureza da atividade; ou
Esta primeira hipótese de competência municipal leva em consideração o critério do impacto
ambiental. São aqueles empreendimentos cujos impactos ambientais não ultrapassem as fronteiras do
município de forma que, possuindo este órgão ambiental capacitado, bem como conselho municipal
do meio ambiente, ele será competente para realizar o licenciamento, desde que haja a avaliação do
conselho municipal. Novidade trazida por esta lei foi a avaliação que deve ser feita por estes
conselhos, de acordo com o critério de porte, potencial poluidor e natureza da atividade, para declarar
se o órgão é capacitado ou não para determinado licenciamento.
Aqui, deve ser feita a mesma observação que foi apontada acima para a União.
1.8.3. Competências dos Estados:
Como sendo uma entidade federativa híbrida, contará com competências estaduais e
municipais. Vide art. 10:
Art. 10. São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8º e 9º.
Essas são as unidades de conservação mais comuns espalhadas pelo território brasileiro, não
se adotando para elas o critério da entidade instituidora. Os critérios adotados para elas são alguns
daqueles que já foram vistos como se verifica no art. 12 da Lei Complementar 140/11:
De acordo com o Supremo, não poderá, o Poder Judiciário, entrar na questão da viabilidade
da licença ambiental, no seu MÉRITO. Esse caso chegou ao STF quando da discussão das obras de
transposição do Rio São Francisco:
Se não é possível considerar o projeto como inviável do ponto de vista ambiental, ausente
nesta fase processual qualquer violação de norma constitucional ou legal, potente para o deferimento
da cautela pretendida, a opção por esse projeto escapa inteiramente do âmbito desta Suprema Corte.
Dizer sim ou não à transposição não compete ao Juiz, que se limita a examinar os aspectos
normativos, no caso, para proteger o meio ambiente. 6. Agravos regimentais desprovidos. (ACO-MC-
AgR 876).
DIPLOMA DISPOSITIVO
Constituição Federal Artigo nº 225
Lei nº 6.938 Artigo nº 10
Resolução 237 – CONAMA Leitura Integral
LC 140/2011 Art. 1 ao 17
3. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
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Esse material é uma fusão das seguintes fontes: