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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS


FACULDADE DE ENGENHARIA
JOÃO MONLEVADE - MG

JOSÉ CARLOS DE ARAÚJO

MORFOLOGIA DAS ESTRUTURAS

João Monlevade
2012
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JOSÉ CARLOS DE ARAÚJO

MORFOLOGIA DAS ESTRUTURAS

Trabalho apresentado como


requisito parcial da disciplina
Teoria das Estruturas I, ministrada
pela docente Valéria, da
Universidade do Estado de Minas
Gerais, campus João Monlevade.

João Monlevade
2012
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3

2 VIGAS ...................................................................................................................... 4
2.1 Tipos de vigas ..................................................................................................... 4
2.1.1 Vigas biapoiadas ................................................................................................ 4
2.1.2 Vigas em balanço ............................................................................................... 5
2.1.3 Vigas com extremidade em balanço .................................................................. 5

3 PÓRTICOS............................................................................................................... 6
3.1 Tipos de pórticos ................................................................................................ 7
3.1.1 Pórtico plano bidimensional................................................................................ 7
3.1.2 Pórtico engastado livre ....................................................................................... 8
3.1.3 Pórtico triarticulado ............................................................................................. 8

4 ARCOS .................................................................................................................. 10
4.1 Tipos de arcos ................................................................................................... 11

5 TRELIÇAS ............................................................................................................. 13

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 16

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 17
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1 INTRODUÇÃO

A morfologia das estruturas, tema deste trabalho acadêmico, vem como


ferramenta importante para elucidar os meandros pelos quais podemos
visualizar mentalmente qualquer obra já iniciada ou em fase de projeto.

Dessa forma vamos elencar as estruturas em viga, em pórticos, em arcos e em


treliças, juntamente com suas aplicações mais comuns e suas principais
vantagens. Conhecer essa morfologia nos permite dinamizar projetos e agregar
valores arquitetônicos às obras de Engenharia Civil.
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2 VIGAS

Uma viga é um elemento de barra que tem por função vencer vãos,
trabalhando predominantemente os esforços de cisalhamento e de flexão.
Quando dispomos de um elemento estrutural projetado para suportar diversas
cargas em sua extensão, este elemento recebe o nome de viga. Estas vigas
são normalmente sujeitas a cargas dispostas verticalmente, o que resultará em
esforços de cisalhamento e flexão. Quando cargas não verticais são aplicadas
a estrutura, surgirão forças axiais, o que tornará mais complexa a análise
estrutural.

Quando se efetua o dimensionamento de uma viga, seja de qualquer material


como aço, madeira ou concreto, duas fases são definidas distintamente. A
primeira fase é o cálculo dos esforços da estrutura, ou seja, o cálculo de
momentos fletores e forças cortantes, ao qual a viga esta submetida aos vários
tipos de carregamento. A segunda fase é o dimensionamento da peça
propriamente dito, onde são verificadas quais as dimensões necessárias da
peça estrutural, que irá resistir aos esforços solicitados.

2.1 Tipos de vigas

2.1.1 Viga biapoiada

Vigas biapoiadas (Figura 1) estão entre as estruturas esbeltas mais simples e


comuns nas aplicações em problemas de engenharia. Seu comportamento
dinâmico não linear é satisfatoriamente bem conhecido e, de acordo com
Evensen (1968), a maioria dos estudos de vibrações não-lineares em vigas
trata daquelas simplesmente apoiadas. Ainda de acordo com Evensen (1968),
vigas sob essas condições de contorno apresentam soluções lineares e não-
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lineares de forma e tratamento mais simples que aquelas com outros tipos de
apoio. Isso viabiliza uma comparação entre modelos numéricos e modelos
analíticos ou semi-analíticos de forma mais detalhada e clara.

Figura 1: Viga biapoiada.


Fonte: http://www.cesec.ufpr.br/etools/firstapplets/faap/teoria1j.html

2.1.2 Viga em balanço

Consiste de uma viga que possui um apoio engastado, não sendo livre a sua
rotação. Podemos verificar na Figura 2 que toda a carga recebida é transmitida
a um único ponto de fixação.

Figura 2: Viga em balanço.


Fonte: http://www.cesec.ufpr.br/etools/firstapplets/faap/teoria1j.html

2.1.3 Viga com extremidade em balanço

Consiste de uma viga com extremidade em balanço (Figura 3), sendo


articulada em um apoio fixo e um apoio móvel.

Figura 3: Viga com extremidade em balanço.


Fonte: http://www.cesec.ufpr.br/etools/firstapplets/faap/teoria1j.html
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3 PÓRTICOS

Os pórticos são estruturas lineares planas constituídas por barras retas


articuladas entre si. São resultados da associação entre vigas e pilares de
estruturas maciças ou ocas.

Apesar de visualmente terem a mesma forma, o simples sistema de vigas


biapoiadas e os pórticos comportam-se de maneira bastante diferente e têm
usos também diferentes. O elemento vital para diferenciar um sistema do outro
é o tipo de vínculo utilizado na ligação entre viga e pilar.

O tipo de vínculo que une a associação entre vigas e pilares nos pórticos é
rígido, ou seja, o ângulo entre a viga e o pilar é mantido sempre e para
qualquer situação. Muito diferente acontece com o sistema de vigas biapoiadas
com vínculos de 1ª e 2ª ordens, em que os esforços de flexão produzidos pelas
cargas verticais sobre a viga são absorvidos apenas por ela.

Os pórticos têm grande aplicação no travamento de edifícios, principalmente os


elevados, em que as cargas horizontais dos ventos são bastante significativas.
Enrijecidos, ou associados com pórticos planos, são utilizados em edifícios
muito elevados em que somente a conexão rígida das vigas com os pilares não
pode conferir a rigidez necessária à estabilidade da estrutura.

Neste tipo de estrutura, os pórticos enrijecidos por contraventamentos, que são


barras diagonais que prendem um nó do pórtico ao outro, tornam-se
indeslocáveis. As diagonais acopladas aos pórticos funcionam de maneira mais
eficiente se forem feitas de estrutura metálica, podendo assim estar sujeitas
tanto à tração quanto à compressão.
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3.1 Tipos de pórticos

Existem diversos tipos de pórticos podendo-se fazer uma divisão em duas


categorias distintas:

a) Quanto à geometria: pórtico plano (bi-dimensional); pórtico espacial (tri-


dimensional).
b) Quanto à estaticidade: pórtico hipostático, pórtico isostático, pórtico
hiperestático.

Abaixo estão elencados os exemplos de pórticos isostáticos planos, que são a


base para a compreensão dos demais tipos supracitados.

3.1.1 Pórtico plano bidimensional

Este tipo de pórtico (Figura 4) está sustentado por dois apoios, sendo um deles
um apoio fixo e o outro um apoio móvel. Com estes dois apoios o pórtico
apresentará 3 (três) reações de apoio (RA, RD e HD) que são as três incógnitas
a serem encontradas. Estas três incógnitas podem ser encontradas através da
aplicação das três equações da estática, ou seja, SH = 0, SV = 0 e SM = 0.

Figura 4: Pórtico plano bidimensional.


Fonte: http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte04/Mod32/Curso1Mod32-02.htm
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3.1.2 Pórtico engastado livre

Recebe este nome por estar sustentado por um único apoio, um apoio
engastado (Figura 5). Com este apoio o pórtico apresentará 3 (três) reações de
apoio (RA, HA e MA) que são as três incógnitas a serem encontradas. Estas três
incógnitas podem ser encontradas através da aplicação das três equações da
estática, ou seja, SH = 0, SV = 0 e SM = 0.

Figura 5: Pórtico engastado livre.


Fonte: http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte04/Mod32/Curso1Mod32-02.htm

3.1.3 Pórtico triarticulado

Este tipo de pórtico está sustentado por dois apoios, sendo ambos fixos. Este
pórtico apresenta também uma articulação em uma de suas barras onde o
momento é nulo (ponto C). Com estes dois apoios o pórtico apresentará 4
(quatro) reações de apoio (RA, HE, RE e HE) que são as quatro incógnitas a
serem encontradas.
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Estas quatro incógnitas não podem ser encontradas somente com a aplicação
das três equações da estática, ou seja, SH = 0, SV = 0 e SM = 0. Além destas
há a necessidade de outra equação que, neste caso, leva em consideração a
articulação presente em uma das barras. Sabe-se que na articulação o
momento é nulo, portanto: SMarticulação = 0, completando assim a quarta
equação necessária para o cálculo das quatro reações de apoio (Figura 6).

Figura 6: Pórtico triarticulado.


Fonte: http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte04/Mod32/Curso1Mod32-02.htm
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4 ARCOS

Denomina-se arco a estrutura formada por barra cujo eixo é uma curva única
(Figura 7). O uso do arco surge com as civilizações da Antiguidade embora o
Antigo Egito, a Babilônia, a Grécia Antiga e a Assíria o tenham restrito a
construções no sub-solo, nomeadamente em estruturas de drenagem e
abóbadas. Por outro lado a sua arquitectura exterior é sobretudo caracterizada
por uma tipologia onde se conjuga o uso da coluna com a viga horizontal.

São mais tarde os romanos os responsáveis pela utilização do arco em grande


escala, erigindo, pelo alcance de maiores vãos, edifícios de dimensões
monumentais. É nesta altura que se propaga o arco de volta perfeita, semi-
circular e assente em pilares, e que será também uma das características do
estilo românico e do Renascimento.

No estilo gótico difunde-se um novo gênero de arco que se crê já ter sido
anteriormente utilizado pelos assírios, o arco quebrado. Este arco é composto
por dois segmentos de circunferência com centros distintos dando lugar a uma
forma cristalina que faculta ao arco uma maior força e possibilita vãos mais
altos.

Também na arquitetura islâmica é comum o uso do arco especialmente por


motivações decorativas onde sobressaem o arco de ferradura e diversos arcos
decorativos com a inserção de lóbulos rendilhados. Mais a Oriente, a China
usava já desde dinastias antigas o arco aplicado à construção de pontes. Ao
longo do tempo vão sendo adaptadas e fundidas diversas tipologias formais do
arco nos diversos movimentos ecléticos da arquitetura.
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Figura 7: Montagem de um arco.


Fonte: http://www.engenhariacivil.com/comportamento-experimental-de-arcos-de-alvenaria-
reforcados-com-frp

4.1 Tipos de Arcos

Um arco pode adotar diversas tipologias formais que variam consoante o


número de centros e a sua localização, forma das aduelas, decoração, etc.
Além das diferenças formais individuais também podem-se encontrar arcos em
grupos e diferentes combinações, como por exemplo, sobreposições de arcos
em dois andares e interseções consecutivas de arcos. Seguem-se alguns
exemplos:

a) Arco em ferradura (ultrapassado): a curva prolonga-se para baixo do centro,


ou seja, o diâmetro do arco é superior à largura do vão (Figura 8). Uma
variante é o Arco de ferradura apontado.

Figura 8: Arco em ferradura..


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(arquitectura)
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b) Arco lanceolado: como o nome indica de forma similar à extremidade de


uma lança (Figura 9).

Figura 9: Arco lanceolado.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(arquitectura)

c) Arco peraltado (ultra-semicircular): elevado, em que a curva começa a uma


certa distância da imposta, ou seja, o valor da flecha é superior ao valor do
raio (Figura 10).

Figura 10: Arco peraltado.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(arquitectura)
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5 TRELIÇAS

Denomina-se treliça, o conjunto de elementos de construção (barras redondas,


chatas, cantoneiras, I, U, etc.), interligados entre si, sob forma geométrica
triangular, através de pinos, soldas, rebites, parafusos, que visam formar uma
estrutura rígida, com a finalidade de resistir a esforços normais apenas.

A denominação treliça plana deve-se ao fato de todos os elementos do


conjunto pertencerem a um único plano. A sua utilização na prática pode ser
observada em pontes, viadutos, coberturas, guindastes, torres, etc.

Dois métodos de dimensionamento podem ser utilizados para as treliças:

a) Método dos Nós ou Método de Cremona;


b) Método de Ritter ou Método das Seções (analíticos e usados com maior
freqüência).

Estruturalmente, uma treliça tem que seguir três condições:

1ª As barras que constituem a estrutura ligam-se entre si por meio de


articulações sem atrito;
2ª As cargas e as reações aplicam-se somente nos nós da estrutura;
3ª O eixo de cada uma das barras coincide com a reta que une os centros das
articulações de suas extremidades.

Quando atendidas essas condições, as diversas barras da treliça são


solicitadas apenas por forças normais. Porém, não é isso o que se vê na
prática, já que as articulações sempre vão oferecer uma resistência ao giro das
barras, introduzindo momentos fletores nelas. Contudo, essa resistência é
muito menor se comparada às forças normais aplicadas nos nós.
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Quanto ao peso próprio desse tipo de estrutura, a flexão por ela causada é
muito pequena. Desse modo, costuma-se desprezar essa flexão e substituir
essa carga distribuída ao longo da barra por duas cargas concentradas e de
mesma intensidade nas extremidades da barra.
As treliças planas são aplicadas em várias partes estruturais de uma
edificação. Mas destacamos aqui as treliças para coberturas e para pontes:

A treliça é uma solução estrutural simples. Na teoria de projeto, os membros


individuais de uma treliça simples são sujeitos somente a forças de tração e
compressão e não a forças de flexão, Portanto, na maioria das vezes, as vigas
de uma ponte treliçada são delgadas. As treliças são compostas de várias
pequenas vigas que juntas podem suportar uma grande quantidade de peso e
vencer grandes distâncias. Na maioria dos casos, o projeto, construção e
erguimento de uma ponte treliçada são relativamente simples.

Contudo, uma vez instaladas, as treliças ocupam uma grande quantidade de


espaço em relação ás pontes de vigas, e em alguns casos podem servir de
distração para os motoristas.

Como as pontes de viga, há as treliças que são simples e contínuas. O


pequeno tamanho dos elementos individuais da treliça (Figura 11) a tornam
uma ponte ideal para lugares onde grandes partes e seções não podem ser
transportadas nem erguidas e onde grandes guindastes e equipamentos
pesados não podem ser usados. Visto que a treliça é inteiramente um
esqueleto estrutural, a estrada pode passar tanto por cima como por dentro da
treliça permitindo um espaço livre embaixo da ponte, algo que não seria
possível em outros tipos de pontes.

Figura 11: Treliças em pontes.


Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-1/pontes/Viga%20Trelicada.htm
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A Figura 12 mostra o nítido contraste da ponte com o seu entorno devido


basicamente à sua cor, um amarelo brilhante. Durante os períodos da
primavera este espetáculo torna-se ainda mais fascinante, pois se mistura com
os amarelos, vermelhos e laranjas das árvores.

Figura 12: Ponte em local de difícil acesso.


Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-1/pontes/Viga%20Trelicada.htm
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como frisado na introdução deste trabalho, a pesquisa relacionada ao tema


será de grande valia para nosso desenvolvimento no decorrer do curso e para
a vida profissional. Conhecer a morfologia das estruturas e suas aplicações nos
confere mais exatidão nas tomadas de decisão, no que se refere à elaboração
de projetos e sua melhor execução.
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REFERÊNCIAS

EVENSEN, Thomas Thiis – Archetypes of urbanism, a method for the


esthetic design of cities, Ed. Universitersforlaget, Oslo 1968.

LIMA, Luciano Rodrigues Ornelas de. Treliças. Disponível em: <


http://www.labciv.eng.uerj.br/rm4/trelicas.pdf
Acesso em 12 Ago 2012.

OLIVEIRA, Daniel V. Engenharia Civil.com. Comportamento experimental de arcos


de alvenaria reforçados com FRP. Disponível em: <
http://www.engenhariacivil.com/comportamento-experimental-de-arcos-de-alvenaria-
reforcados-com-frp
Acesso em 12 Ago 2012.

SOUZA, André. Estruturas metálicas. Treliças. Disponível em: <


http://grupo2metalica.no.comunidades.net/index.php?pagina=1601237184_04
Acesso em 12 Ago 2012.

PUC-PR. Tipos de pórticos isostáticos planos. Disponível em: <


http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte04/Mod32/Curso1Mod32-02.htm
Acesso em 12 Ago 2012.

PUC-RIO. Vigas biapoiadas. Disponível em: < http://www.maxwell.lambda.ele.puc-


rio.br/11327/11327_4.PDF
Acesso em 12 Ago 2012.

TOMASTEC. Tipos de pórticos. Disponível em: <


http://www.tomastec.com.br/porticos.php
Acesso em 12 Ago 2012.

UFPR. Teoria das Estruturas 1. Vigas. Disponível em: <


http://www.cesec.ufpr.br/etools/firstapplets/faap/teoria1j.html
Acesso em 12 Ago 2012.

UFSC. Diferentes tipos de pórticos. Pórticos. Disponível em: <


http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2006-2/porticos/historico.htm
Acesso em 12 Ago 2012.

WIKIPEDIA. Arco (Arquitetura). Disponível em: <


http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(arquitectura)
Acesso em 12 Ago 2012.

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