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EDIÇÃO:
MAQUETIZAÇÃO E ILUSTRAÇÕES:
SESSÃO 1
Conceitos, organização e equipamentos
PROGRAMA
ObjetivoS ESPECÍFICOS
2.
Tipos de encarceramento São três os tipos de encarceramento que podem resultar de um acidente:
• Encarceramento mecânico;
• Encarceramento físico tipo I;
• Encarceramento físico tipo II.
Fig. 1.
Ilustração iconográfica dos
três tipos de encarceramento.
4.
A organização das operações de socorro é determinante na qualidade do Organização das
socorro prestado e divide-se em: operações de socorro
• Organização do local do acidente (teatro de operações);
• Organização da equipa de desencarceramento.
Fig. 2.
Ilustração iconográfica dos elementos
da equipa de desencarceramento.
5.
A utilização de equipamento de desencarceramento requer treino adequado. Equipamento de
O conhecimento geral do manuseamento e características do equipamento desencarceramento
permite rentabilizá-lo e operar em segurança.
O equipamento de desencarceramento agrupa-se da seguinte forma:
− Equipamento hidráulico;
− Equipamento pneumático;
− Equipamento mecânico.
PROGRAMA
ObjetivoS ESPECÍFICOS
Fig. 3.
Fases do método SAVER®.
2.
Fase 1 - Reconhecimento O reconhecimento inicia-se na receção do pedido de socorro, na qual se
procura identificar:
• Localização do acidente;
• Veículos (número e tipo);
• Vítimas (número e lesões aparentes);
• Riscos presentes.
Ter em atenção que, para veículos em posições diferentes, devem ser utilizados
métodos e equipamentos diferentes. Por outro lado, na aplicação do material
de estabilização, garantir que a sua aplicação não interfere na operação de
salvamento.
A estabilização progressiva procura garantir a completa estabilização durante
a operação de salvamento. São exemplos:
• Verificar a estabilização durante as operações;
• Estabilizar um veículo capotado;
• Estabilizar uma carga durante e após a sua movimentação.
5.
Fase 4 - Cuidados A fase de cuidados pré-hospitalares visa manter a vítima na mesma ou em
pré-hospitalares melhor condição do que aquela em que se encontrava no início da operação
de socorro.
Atuar na fase de cuidados pré-hospitalares envolve:
• Efetuar a avaliação da vítima (ABCDE);
• Estabelecer prioridades;
• Efetuar os protocolos adequados à condição clínica da vítima.
Fig. 4.
Avaliação da vítima.
7.
A extração de vítimas é uma fase que requer a coordenação de um médico ou Fase 6 - Extração
de técnico de emergência pré-hospitalar mais diferenciado. É essencial que as
vítimas não sejam extraídas antes de serem prestados os cuidados necessários
à sua estabilização.
A extração de uma vítima implica a comunicação permanente entre a equipa e
o chefe. As ordens para movimentar a vítima devem ser definidas previamente,
nomeadamente quanto à direção da movimentação e ao espaço que a vítima vai
percorrer. É necessário garantir que toda a equipa compreendeu as indicações
antes de movimentar a vítima.
Na extração podem ser utilizadas as seguintes opções:
− Extração controlada;
− Extração rápida;
− Extração imediata.
Fig. 5.
Tipologias de extração.
8.
Fase 7 – Avaliação e treino A avaliação deve ser efetuada, preferencialmente no local com todos os
intervenientes, salientando-se:
• O que correu bem;
• O que fazer de forma diferente;
• Lições para o futuro.
9.
Método SAVER aplicado
®
Os veículos pesados de mercadorias, classificam-se da seguinte forma:
aos veículos pesados • Camião (com ou sem reboque);
• Semirreboque (trator e galera);
• Veículos especiais (ex: transporte de cavalos, transporte de ferro, gruas).
Pilar A
Barra de reforço Coluna de direção
Pilar B
Barra de reforço
Para-choques
Degrau
Fig. 6.
Estrutura do veículo pesado
de mercadorias.
SESSÃO 1
Estabilização de veículos
PROGRAMA
ObjetivoS ESPECÍFICOS
Fig. 7.
Sistemas de segurança
2.
Estrutura dos veículos Nos veículos ligeiros podem identificar-se as seguintes partes:
ligeiros
Fig. 8.
Estrutura de veículo ligeiro. Fonte: adaptado de ©Volvo Car Group
4.
Os vidros que equipam os veículos podem ser do tipo laminado ou do tipo Componentes dos veículos
temperado.
Para manusear os vidros, utilizam-se as seguintes técnicas:
• Quebrar (punção quebra vidros);
• Remover (cortando as borrachas);
• Cortar (serras adequadas).
5.
Segurança na ação É essencial que o pessoal utilize o equipamento de proteção individual (EPI),
incluindo capacete, proteção ocular, botas e luvas de trabalho sobre luvas de
latex.
Quem estiver no interior do veículo deve ser resguardado com a proteção
maleável. Por outro lado, a proteção rígida deve ser sempre colocada entre o
objeto a cortar e quem estiver dentro do veículo.
6.
Estabilização de veículos A estabilização do veículo visa assegurar que a equipa ou a vítima não
sofrem lesões durante a operação de desencarceramento. Antes de efetuar
a estabilização é necessário garantir que está disponível equipamento
suficiente.
Na estabilização de veículos deve-se ter em atenção os seguintes pontos
mínimos de estabilização:
• Veículo assente nas quatro rodas: quatro pontos de estabilização;
• Veículo tombado lateralmente: quatro pontos de estabilização;
• Veículo capotado: seis pontos de estabilização.
7.
Na estabilização dos sistemas passivos de segurança, deve ser tido em conta Estabilização de sistemas
o seguinte: passivos de segurança
• Não colocar nada nem ninguém entre o airbag não ativado e a vítima;
• Ter atenção ao sistema de energia auxiliar, desligando a bateria quando
possível;
• Ter atenção à desativação de todos os dispositivos elétricos e à ativação do
sistema de alarme;
• Manter as seguintes distâncias mínimas de segurança na abordagem
inicial:
– Passageiro: 90cm;
– Volante: 60cm;
– Lateral: 30cm.
• Desligar os equipamentos de comunicações;
• Aplicar a proteção do airbag;
• Avisar aquando da utilização de ferramentas hidráulicas em locais
estratégicos.
8.
Com a “leitura” do acidente pretende-se determinar quais as possíveis lesões Abordagem às vítimas
da vítima como resultado das forças e movimentos envolvidos e baseia-se na encarceradas “Leitura”
cinemática e na mecânica do movimento. Na “leitura” do acidente deve do acidente
considerar-se:
• Pré-impacto;
• Impacto;
• Pós-impacto.
9.
Mecânica do movimento
“Um corpo em repouso permanecerá em repouso e um corpo em movimento
permanecerá em movimento a não ser que seja atuado por uma força exterior”
Isaac Newton
10.
Colisão nos acidentes A energia libertada numa colisão é inicialmente absorvida pela estrutura do
rodoviários veículo. Se a quantidade de energia libertada for superior à capacidade de
absorção das zonas de deformação do veículo, o resultado é a invasão do
habitáculo. Quanto maior for a invasão do habitáculo, maior é a quantidade
de energia transmitida à vítima.
Na verdade, são quatro as colisões sofridas pela vítima:
• 1.ª colisão: veículo / vítima contra o obstáculo;
• 2.ª colisão: vítima contra o interior do veículo;
• 3.ª colisão: órgãos internos contra a estrutura óssea;
• 4.ª colisão: contra reação ao impacto.
11.
Indicadores de gravidade A gravidade de uma colisão pode ser identificada através dos seguintes
indicadores:
• Colisão a velocidade inferior a 35 km/h, sem cinto de segurança;
• Colisão a velocidade superior a 45 km/h, com cinto de segurança;
• Veículo afastado a mais de sete metros para além do ponto de colisão;
• Invasão do habitáculo pelas rodas ou motor;
• Deformação do volante;
• Deformação do habitáculo:
– Mais de 35 cm do lado da vítima;
– Mais de 50 cm do lado oposto;
• Recuo do eixo dianteiro do veículo;
• Marca no para-brisas (estrela), causada pela vítima;
• Cabelos e/ou sangue no espelho retrovisor;
12.
O conceito de “período de ouro” refere que o tempo útil para o tratamento Prestação de socorro
definitivo na unidade hospitalar varia de vítima para vítima, de acordo com as à vítima encarcerada
lesões apresentadas.
A atuação pré-hospitalar é crucial neste processo. A avaliação e estabilização
da vítima não deve exceder os 10 minutos.
Na prestação de socorro à vítima encarcerada, devem ser seguidos os seguintes
procedimentos:
• Verificar as condições de segurança;
• Avaliar o estado de consciência;
• Garantir a permeabilização da via aérea e estabilizar a coluna cervical;
• Pesquisar se a ventilação está presente e é adequada, se necessário
administrar oxigénio;
• Pesquisar sinais de circulação, controlar qualquer hemorragia externa grave
e pesquisar sinais evidentes de choque;
• Avaliar o nível de consciência;
• Expor a vítima, considerando a possibilidade de hipotermia.