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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS – CAMPUS SOROCABA

Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade - CCTS

Departamento de Física, Química e Matemática

Laboratório de Física 4

Docentes: Professor Dr. Johnny Vilcarromero

Relatório 9 – Interferência e difração

Discentes:

Ailton Moraes (637076)


Jean Vitor Leite Cardoso (633380)

22/06/2017
1. Objetivos e Introdução
1.1 – Objetivos

Determinar o comprimento de onda de uma luz monocromática. Estudar


o comportamento ondulatório da luz, por meio da interferência no processo da
difração por uma fenda, orifício ou objetos micrométricos.

1.2 – Introdução

Ao realizar-se um movimento periódico em todas as direções, produz o


que se chama de frente de ondas, processo que pode ser visto na superfície da
água ao atirar-se uma pedra. A luz, segundo Christian Huygens, se comportaria
da mesma forma. Em uma frente de onda qualquer, há pontos onde surgirão
novas frentes de ondas secundárias, que irão divergir se propaganda na
mesma velocidade. Este é o chamado princípio de Huygens [1].
A difração é a propriedade da luz sofrer desvios ao atravessar alguma
borda. As imagens formadas são confusas do ponto de vista corpuscular para a
luz. O encurvamento sofrido pela luz produz um padrão de traços claros e
escuros, que são escritos considerando uma frente de onda [1,2].
Este efeito só pode ser observado para fendas com aberturas próximas
ao comprimento de onda lançado [2]. Os efeitos podem ser vistos na figura
1.2.1, assim como a obtenção das relações matemáticas.
Na imagem é
possível visualizar que o
ângulo θ’ pode ser
aproximado a θ, assim
estabelecendo duas
relações possíveis, uma
envolvendo o seno de θ’
que é mostrada na equação
1.2.1. Se y denota a
distância para um ponto
Figura 1.2.1 – Relações geométricas para a formação
luminoso, logo a distância dos traços no experimento de fenda simples.
percorrida a mais pela linha
tracejada inferior deverá ser um número inteiro de comprimento de onda. A
outra relação é a da tangente do ângulo θ, dada pela relação da distância y por
D. Isolando-se o ângulo obtém-se a equação 1.2.2.
𝑎𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 𝑚𝜆 Equação 1.2.1
𝑦
𝜃 = arctan⁡(𝐷) Equação 1.2.2

Uma grade de difração ou rede de difração consiste de uma camada fina


de vidro com diversos riscos, estes podem ser feitos em processo holográfico
ou com uma ponta de diamante. Seu efeito é notado quando colocado um feixe
de luz branca sobre a rede, dessa forma o espalhamento da luz ocorre
conforme a equação 1.2.1 novamente, porém amplificado. É possível notar que
para diferentes comprimentos de onda haverá diferentes angulos, sendo para a
luz vermelha. que tem o maior comprimento de onda, o maior desvio angular
[3].

A matemática envolvida para as grades será a mesma para a fenda,


pela equação 1.2.1 e 1.2.2, porém ao invés de utilizar-se de a como largura da
fenda, utiliza-se d como o espaçamento entre as grades de difração. Sendo
assim é possível estabelecer o número de redes por mm pela equação 1.2.3
[2].

1
𝑁=𝑑 Equação 1.2.3

A difração de Fraunhoffer é um caso específico onde a luz atravessa um


orifício de diâmetro próximo ao comprimento de onda. A imagem obtida é de
diversos aneis que se alternam em claros e escuros. Para obter-se o diâmetro
do anel utiliza-se a mesmas equações, porém multiplicada por um fator de
1,22, relacionado aos valores de intensidade perdido pela borda circular do
orifício. A equação para o diâmetro é mostrada na equação 1.2.4 [2].

𝜆
𝐷 = 1,22𝐿 𝑦 Equação 1.2.4
2. Materiais e Métodos
2.1 – Materiais

Tabela 2.1.1 – Materiais utilizados no experimento


Banco óptico
Fonte de luz policromática
Fonte de luz monocromática (laser)
Fendas simples
Régua milimetrada
Trena
Rede de difração
Folha de papel branca

2.2 – Métodos

Atividade 1

Primeiramente foi verificado com o laser e com a fonte de luz


policromática o fenômeno de difração, utilizando apenas a luz e o paquímetro
para verificar a formação dos traços de difração em um anteparo.

Montou-se então o esquema conforme a figura 2.2.1, variou-se a


distância entre o anteparo e a fenda três vezes e realizou-se a medida da
largura produzida pela difração. Foram feitas medidas para duas fendas
simples diferentes, sendo uma mais larga e outra mais fina.

Figura 2.2.1 – Aparato utilizado no experimento. Fonte [2]


Atividade 2

Fixando-se a distância do laser para a fenda em 20 cm, montou-se o


mesmo esquema da figura 2.2.1. No lugar da fenda simples colocou-se um fio
de cabelo e em seguida, uma folha de papel com um orifício feito por uma
agulha. O anteparo foi colocado a uma distância aproximada de 3,00 m.

Realizou-se três medidas para diferentes distâncias e larguras do feixe.


Para o orifício mediu-se o raio do anel gerado pelo mínimo de difração em
torno do máximo central.

Atividade 3

A terceira atividade teve por objetivo analisar o comportamento de uma


rede de difração. O aparato utilizado foi o mesmo, porém onde utilizou-se a
fenda simples em 1, o fio de cabelo e o orifício em 2, colocou-se a rede de
difração. Foi analisado o comportamento no anteparo e novamente anotou-se
três valores diferentes para a distância entre o anteparo e a rede, além da
distância m1 entre os pontos de difração.

Atividade 4

Por fim, substituiu-se a fonte de luz laser por uma fonte de luz
policromática. Utilizando-se ainda da rede de difração, colocou-se o anteparo
para aproximadamente 40 cm da rede. Verificou-se a dispersão da luz branca e
mediu-se a distância entre o ponto onde de luz branca, para a luz vermelha,
verde e azul.
3. Resultados e discussão
Atividade 1
Foi observada a difração produzida para o paquímetro apenas quando
este possuía uma abertura menor que 0,2 mm, que é a menor medida feita.
Percebeu-se também que quanto menor ficava a fenda produzida pelo
paquímetro, maior e mais nítida se tornava a imagem da difração.
Isso se deve ao fato da difração ser um fenômeno que ocorre apenas
em condições específicas. Uma delas é que a fenda deve ter dimensões
próximas a do comprimento de onda da luz que a atravessa. Muito menor que
o feixe produzido por esta.
Quando a luz atravessa a fenda, ela tende a ocupar todo o espaço. Com
um anteparo é possível visualizar imagens, uma linha tracejada, pois a luz se
propaga como uma frente de onda e então, irá percorrer caminhos distintos
para chegar ao anteparo. A frente de onda poderá chegar em fase formando
um traço luminoso, ou defasadas onde ocorre uma interferência destrutiva e
não há luz, esse é o processo chamado de difração.
Analisado o comportamento e montado o aparato. Realizou-se as
medidas para a largura da figura, contou-se quantas franjas luminosas tinham a
partir da central e determinou-se a distância da fenda ao aparato. Os valores
medidos e calculados estão na tabela 3.1, sabendo que o comprimento de
onda da luz verde é de 532 nm, informado nas especificações do laser.
Tabela 3.1 – Valores medidos e calculados para atividade 1.
Distância entre Distância entre
as franjas as franjas Largura calculada Largura calculada
Distância entre o
(mm) (mm) para fenda de para fenda de
anteparo e a fenda
0,075 (mm) com 0,400 (mm) com
(mm) Fenda de Fenda de m=3 m=8
0,075 mm 0,400 mm
2342,0±0,5 61,0±0,5 27,0±0,5 0,0614±0,0005 0,367±0,007
2257,0±0,5 62,0±0,5 20,0±0,5 0,0576±0,0005 0,493±0,013
2168,0±0,5 46,0±0,5 20,0±0,5 0,0755±0,0008 0,460±0,012
Largura da fenda média ± σ 0,065±0,009 0,440±0,065

Percebe-se que os valores calculados obtiveram um erro considerável


em relação aos valores de referência. Para a primeira fenda de 0,075 mm
houve um desvio percentual de 13,3%. Enquanto para a segunda de 0,400 mm
o desvio foi de 10,0%. Quanto maior a largura da fenda, maior o número de
traços luminosos e menor o espaçamento entre eles, até uma largura em que
todo os traços convergem para o mesmo centro e a luz tem sua propagação
retilínea.
Para melhorar os resultados seria possível aumentar a distância entre a
fenda e o anteparo. Mesmo utilizando-se de uma distância próxima de 2
metros, é muito difícil realizar as medidas das distâncias entre os traços, sendo
esta última muito pequena, quando o anteparo está próximo da fenda.

Atividade 2
Nesta atividade buscou-se estimar uma medida para a largura de um fio
de cabelo. Em seguida mediu-se os valores necessários para calcular o
diâmetro de um orifício. O laser ficou a uma distância aproximada de 20 cm
para o fio de cabelo e depois para o orifício. Na tabela 3.2 pode-se visualizar os
valores medidos para o fio de cabelo e para o orifício, assim como os valores
calculados. Para comparar os resultados foi medido com o micrômetro o valor
para a espessura do cabelo e da agulha utilizada para o orifício.
Tabela 3.2 – Valores medidos e calculados para atividade 2.
Distância Distância
Distância entre o Largura do fio Distância entre
entre as entre as Diâmetro do
anteparo e o fio de cabelo o anteparo e o
franjas franjas (raio) orifício (mm)
de cabelo (mm) (mm) orifício (mm)
(mm) (mm)
3000,0±0,5 24,0±0,5 0,066±0,001 2640,0±0,5 3,0±0,5 0,571±0,095
2755,0±0,5 22,0±0,5 0,067±0,002 2387,0±0,5 2,0±0,5 0,775±0,194
2553,0±0,5 21,0±0,5 0,065±0,002 2269,0±0,5 2,0±0,5 0,736±0,184
Largura média do fio de
0,066±0,001 Diâmetro médio do orifício ± σ 0,694±0,108
cabelo ± σ

A espessura medida com o micrômetro para o cabelo foi de


(0,070±0,005) mm, dessa forma o erro percentual obtido foi de 5,9%. O
processo de difração para a obtenção da largura de um fio de cabelo é
bastante preciso. Se levar em consideração o erro associado as medidas
realizadas, nota-se que a incerteza para o segundo é maior que a do primeiro.
Para a espessura da agulha obteve-se (0,700±0,005) mm, o desvio
percentual em relação ao diâmetro do orifício foi de apenas 0,8%. Para este
caso, no entanto, a incerteza associada a medida feita pelo laser é muito maior
que a incerteza do micrômetro, sendo então o segundo mais preciso.
A imagem formada pelo orifício foi de vários anéis sobrepostos, sendo
um claro outro escuro, alternadamente, explicado pela teoria ondulatória da luz
como interferências construtivas e destrutivas. Este experimento não pode ser
explicado pela teoria corpuscular da luz, já que esta afirmava que deveria se
formar um ponto iluminado apenas.
No fio de cabelo, novamente a luz sendo interpretada como uma frente
de onda, é possível explicar os padrões de interferência, formando uma
imagem semelhante ao transpassar uma fenda. A frente de onda é cortada
pelo cabelo, formando duas novas frentes de ondas, em que uma interfere na
outra. Quando estas chegam no anteparo há locais onde ocorreu interferências
construtivas (faixas luminosas) e outras destrutivas (faixas escuras).

Atividade 3
As redes de difração têm um comportamento um pouco diferentes das
fendas e do fio de cabelo. Foi possível observar que elas convergem em
apenas alguns pontos, isso ocorre porque a frente de onda inicial é dividida em
muitas outras, onde cada uma interfere na outra, sendo muito mais difícil obter
um ponto onde todas possuam uma interferência construtiva.
Foi realizada a medida da distância entre a rede de difração e o
anteparo, e também a distância entre dois pontos luminosos. Feitas para três
redes diferentes de 80 fendas/mm, 100 fendas/mm e 1000 fendas/mm. Os
valores para esta atividade podem ser vistos na tabela 3.3.
Tabela 3.3 – Valores medidos e calculados para atividade 3.
Comp.de Rede de
Dista. do Rede de Dista.dos
Período da rede d difração Desvio
anteparo a difração pontos onda (mm) calculada N Percentual
rede (mm) (fendas/mm) (mm) (nm) (fendaa/mm)
2320,0±0,5 80 100,0±0,5 539±3 (1,235±0,006) E-02 2640,0±0,5 2,2
2320,0±0,5 100 120,0±0,5 517±2 (1,029±0,004) E-02 2387,0±0,5 7,8
2320,0±0,5 1000 1340,0±0,5 546±2 (9,744±0,003) E-04 2269,0±0,5 2,6

Nota-se pela tabela que os desvios percentuais foram baixos para o


cálculo da rede de difração. O método pode ser considerado preciso, pois as
distâncias utilizadas foram grandes, sendo mais fácil determinar o valor exato
com a régua e com a trena.
Para o valor do comprimento de onda, obteve um valor médio de (534±15)
nm, levando-se em consideração o valor teórico de 532 nm obteve-se um
desvio percentual de 0,4%. Sabendo-se a quantidade de linhas por milímetro
de uma rede de difração, é possível determinar o comprimento de onda, para
uma determinada cor.

Atividade 4
Utilizando a fonte de luz policromática, fixou-se o anteparo a uma
distância de (320,0±0,5) mm da rede de difração, para este experimento
utilizou-se a rede de 1000 fendas/mm. Foi medido o valor do centro iluminado
para três cores diferentes, azul, verde e vermelho.
A medida para essas cores e os valores do comprimento de onda
calculados podem ser vistos na tabela 3.4.
Tabela 3.4 – Valores medidos e calculados para atividade 4.
Distância do anteparo Distância dos Posição Comprimento de
Cores
a rede (mm) pontos (mm) angular θ (rad) onda  (µm)
320,0±0,5 Azul 165,0±0,5 0,516±0,002 0,493±0,002
320,0±0,5 Verde 225,0±0,5 0,703±0,002 0,647±0,001
320,0±0,5 Vermelho 250,0±0,5 0,781±0,002 0,704±0,001

Os valores encontrados para os comprimentos de onda estão de acordo


com a faixa prevista [3], apenas para a luz verde que o valor ficou acima do
esperado estando mais para a faixa do vermelho. Algum equívoco ocorreu na
medição da distância de (225,0±0,5) mm.
Em todas as atividades teve-se um certo cuidado para realizar as
medições, porém ainda sim obteve-se desvios significativos, como no caso da
atividade 4. Isto pode ser explicado pela dificuldade em realizar medições no
escuro e de comprimentos pequenos. Sendo propriamente erros grosseiros.
A espectroscopia utiliza-se métodos semelhantes para identificar o
comprimento de onda emitido por um material, já que este emite faixas bem
definidas de radiação eletromagnética.
4. Conclusões
O experimento realizado, do ponto de vista pedagógico, serviu para
ilustrar como funciona a difração. Mostrando alguns resultados não descritos
pelo princípio de Fermat. Os valores calculados nas quatro atividades
obtiveram-se resultados satisfatórios, com desvio percentual sempre inferior a
15%. Na última atividade, no entanto, o valor para o comprimento de onda da
luz verde ficou fora do intervalo previsto, contando então com algum erro de
medida.

5. Referências Bibliográficas
[1] HEWITT, Paul G. Física Conceitual 11ª ed. Bookman, 2011.
[2] Prática 09 – Interferência e Difração. UFSCar Sorocaba. Disponível em:
<http://www.sor.ufscar.br/graduacao/fils/mce/arquivo/pagina8/pratica-9-
interferencia-difra%C3%A7%C3%A3o.doc> Acesso em: 13 jun. 2017.
[3] FEYNMAN, Richard P. LEIGHTON, Robert B. SANDS, Matthew. Lições
de Física de Feynman. Volume 1, edição definitiva. Bookman, 2008.
[4] Só física. Cor e Frequência. Disponível em:<
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Refracaodaluz/cor_e_freque
ncia.php> Acesso em: 16 jun. 2017.

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