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ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA

ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA


DE SÃO LUÍS/MA

Assistência Jurídica Gratuita

TEREZINHA DE JESUS CASTRO DA SILVA, Brasileira, solteira,


técnica em segurança do trabalho, portadora de RG 66485096-0 (Doc. 01), inscrita
no CPF 663.672.983-04 (Doc. 01), residente e domiciliada à Avenida Nossa
Senhora da Vitória, nº 395, Bloco 06, Apto. 307, Residencial Carolina, Bairro Turú,
CEP: 65068-380, São Luís/MA (Doc. 02), por meio da advogada que esta
subscreve, com escritório profissional na Rua Josué Montello, Renascença II,
CEP: 65075-120, São Luís/MA, conforme procuração anexa (Doc. 03), onde
receberá intimações ou notificações, vem a presença de Vossa Excelência,
requerer a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

Em face de CARLOS ANTÔNIO ANDRADE, brasileiro, solteiro, inscrito


no CPF 767.332.893-34, portador do RG 172130930, residente e domiciliado na 4ª
Travessa Nossa Senhora das Graças, nº 36-B, Bairro Liberdade, CEP 650510-
000, São Luís – MA, pela motivação fática e jurídica, que passa expor.

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I. DA EXPOSIÇÃO FÁTICA

Primeiramente, cumpre esclarecer, que a autora fora proprietária do


veículo modelo VW/GOL, ano 2004/2004, de placa nº HPT 4307 desde o ano de
2008, e em meados de 2013 realizou a venda do veículo ao requerido, não
havendo contrato escrito, porém visando o princípio da boa-fé, fora pactuado o
acordo de compra e venda de forma verbal entre as partes, sendo também, o
acordo efetuado entre as partes no 3º CEJUSC, prova cabal da referida venda.
Tendo assumido a posse do veículo, fora repassado o documento
original ao requerido, e este responsabilizou-se de iniciar os trâmites
administrativos junto ao Departamento de Trânsito – DETRAN, a fim de consolidar
a efetiva transferência de titularidade do bem.
Ocorre que decorridos 03 (três) anos da venda do veículo, ainda não
fora realizada a transferência de titularidade do bem, o que incitou a requerente a
buscar meios extrajudiciais na tentativa de solucionar a questão, dirigindo-se ao
Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) e se dispondo a
uma tentativa pacífica de resolução do problema.
Em 22 de FEVEREIRO de 2017, realizou-se uma Audiência de
Conciliação, no 3º CEJUSC – CEUMA RENASCENÇA (doc. 04), entre Executado
e Exequente para fins de transferência de titularidade do veículo.
A requerente esclarece, também, que após a venda do referido veículo,
o requerido pagou todos os débitos referentes ao veículo no que concerne a IPVA
e multas que foram já emitidas após a referida venda.
Nesta, o requerido comprometeu-se prontamente em efetivar a
transferência da titularidade no prazo com termo final no dia 31 de março de 2017,
proposta esta que foi aceita pela requerente.
Ocorre que até a presente data e após inúmeras tentativas o acordo
não fora cumprido, mesmo diante da legalidade dos termos legalmente
avençados, expondo assim a necessidade da requerente em utilizar do

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instrumento judiciário para que se possa alcançar a uma solução na lide em


epígrafe, e por fim ver satisfeita esta transferência de titularidade

II. DA EXPOSIÇÃO JURÍDICA

1. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

A gratuidade judiciaria refere-se à isenção de todas as custas e


despesas judiciais e extrajudiciais relativas aos atos indispensáveis ao regular
andamento do processo até o seu provimento final. Englobando as custas
processuais e todas as despesas provenientes do processo, como expresso do
artigo 4º da Lei 1.060 de 1950, que rege sobre a concessão da Assistência
Judiciária gratuita:
Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária,
mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não
está em condições de pagar as custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.

O destinatário da gratuidade judiciaria são todos aqueles necessitados


economicamente, beneficiados com a isenção de pagamento das despesas
inerentes ao processo judicial para solução do litígio.
A Constituição Federal estabelece em seu art. 5º, inciso LXXIV, que “o
Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos”.
Assim, se coaduna o artigo 98 do Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade
da justiça, na forma da lei.

Motivo este pelo qual, a Requerente pleiteia os benefícios da justiça


gratuita, assegurado pela Constituição Federal e artigo 98 do CPC, tendo em vista

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não poder arcar com as despesas processuais, conforme declaração de


hipossuficiência (Doc. 05) em anexo.

2. DO PRAZO EM DOBRO PARA AS MANIFESTAÇÕES PROCESSUAIS

A requerente é assistida pelo Escritório Escola Professor Antenor


Mourão Bogéa, da Universidade CEUMA, logo, contemplado pelas mesmas
prerrogativas da Defensoria Pública relativo ao prazo em dobro para todas as suas
manifestações, consoante o §3º do artigo 186 do CPC:
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para
todas as suas manifestações processuais
[…]
§ 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática
jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e
às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de
convênios firmados com a Defensoria Pública.

Dessa forma, requer a concessão de prazo em dobro aos patronos da


requerente, para todas as suas manifestações, uma vez que é assistido por
Escritório de Prática Jurídica da Universidade CEUMA, que prestam serviços de
assistência judiciária gratuita.

3. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

No presente caso, a obrigação de fazer é de natureza infungível intuitu


personae, uma vez que somente o requerido poderá transferir o veículo para o seu
nome, levando-se em conta as qualidades específicas do obrigado. No sentido de
esclarecer essa situação, pode-se explanar o art. 815 do Código de Processo
Civil, que diz:
Art. 815. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o
executado será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar,
se outro não estiver determinado no título executivo.

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No que concerne a obrigação de transferir a titularidade do veículo após


venda, esta cabe ao comprador, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, senão
vejamos:

Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo


deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito do Estado dentro de
um prazo de trinta dias, cópia autenticada do comprovante de
transferência de propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena
de ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas
e suas reincidências até a data da comunicação.

De acordo com o disposto no artigo 123 do Código de Trânsito


Brasileiro:

Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de


Veículo quando:

§ 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário


adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo
Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais
casos as providências deverão ser imediatas.

O referido dispositivo atribui ao novo proprietário a responsabilidade de


registro da transferência da propriedade do veículo, sob pena de aplicação das
sanções previstas em seu artigo 233.
Foi pela autora, após a venda, cumpridas todas as formalidades legais
exigidas pela legislação vigente, não podendo o requerido
simplesmente eximir-se da responsabilidade de cumprir sua parte.
Entrementes, a autora fica à mercê de sofrer eventuais prejuízos
decorrentes de multas, cobranças de impostos, dentre outros.
O requerido tem o dever confessado, sendo, portanto, incontestável o
seu dever de adimpli-lo, motivo pelo qual assiste o pagamento voluntário ou como
no caso em comento a transferência da titularidade, como bem fundamenta o art.
829 do Código de Processo Civil:
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de
3 (três) dias, contado da citação.
§ 1o Do mandado de citação constarão, também, a ordem de
penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça
tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado, de tudo
lavrando-se auto, com intimação do executado.
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§ 2o A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente,


salvo se outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz,
mediante demonstração de que a constrição proposta lhe será
menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente.

Resta, portanto, comprovado que cabe ao comprador a transferência do


referido veículo, conforme se comprova no seguinte entendimento:
APELAÇÃO CIVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER. TRANSFERÊNCIA DE VÉICULO. ONUS DO
COMPRADOR. SENTENÇA ULTRA PETITA. EXCESSO EXTIRPADO. É
cediço que, em atenção ao princípio da adstrição, preconizado nos
artigos 128 e 460 do CPC, há limitação imposta à prestação jurisdicional,
devendo o magistrado, ao proferir a sentença, ater-se aos estritos termos
em que deduzidos a causa de pedir e o pedido. Viável a extirpação do
excesso cometido pelo decisor, no que tange a determinação de
"anotação dos pontos possivelmente existentes na CNH da autora em
relação ao veículo acima referido no prontuário do proprietário da
empresa requerida", não havendo falar em desconstituição in totum da
sentença. TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE E PAGAMENTO DE
IPVA. DEVER DO COMPRADOR. Verificado nos autos que o réu não
efetuou a transferência do registro da titularidade, junto ao DETRAN, do
veículo adquirido do autor, deve providenciar em dita transferência, nos
termos do art. 123 do CTN, bem como quitar os débitos originados
depois da transmissão da posse do automóvel para si. Sentença
confirmada, no ponto. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA.
(Apelação Cível Nº 70053593075, Décima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em
25/04/2013)(TJ-RS - AC: 70053593075 RS, Relator: Paulo Roberto Lessa
Franz, Data de Julgamento: 25/04/2013, Décima Câmara Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 14/06/2013)

III – DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer que Vossa Excelência se digne em:


I - DEFERIR o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do
artigo 98 do CPC, por se tratar de pessoa desprovida de recursos;
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II – JULGAR PROCEDENTE os pedidos, para fins de:


a) DETERMINAR que seja expedido o competente mandado,
determinando que o requerido efetive a transferência do veículo no prazo
estipulado por este juízo, observados as penas diárias que também deverão ser
arbitradas;
b) DETERMINAR a citação do requerido para tomar conhecimento da
presente ação para, querendo, no prazo legal contestá-la, sob as penas dos
artigos 334 e 344 do CPC;
c) DEFERIR a produção de todos os meios de prova em direito
admitidos, em especial a prova documental, o depoimento pessoal e a oitiva de
testemunhas.
Dá-se à causa, com arrimo no art. 291, do Código de Processo Civil, o
valor de um salário mínimo para meros efeitos fiscais.

Nestes termos
Pede-se e aguarda-se o deferimento

São Luís (MA), 04 de maio de 2017.

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Clara Tereza Barros Léda Carvalho
Advogada
OAB/MA nº 10.364

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Juliana Dias Ribeiro Thayse Costa de Jesus
Estagiária Estagiária
CPD: 024734 CPD: 026468

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DOCUMENTOS ANEXADOS:
Doc 01: Documentos Pessoais
Doc 02: Comprovante de Residência (FALTA COLOCAR)
Doc 03: Procuração
Doc 04: Termo de Audiência de Conciliação
Doc 05: Declaração de Hipossuficiência

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