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João Araújo
Lisboa
13 de Novembro de 2010
Apontamentos
1 Erros frequentes
No que se segue identifico alguns dos erros mais frequentemente cometidos no
debate no fórum.
1
Se tenho os triângulos 4ABC e 4DEF , com AB = EF , ∠B = ∠E e
∠C = ∠F , apesar de ter dois ângulos e um segmento iguais, não posso
aplicar (ALA).
Se nos triângulos 4ABC e 4DEF temos AB = DE, ∠A = ∠E e ∠B =
∠D, não podemos dizer que por (ALA) temos 4ABC = 4DEF .
Apenas podemos dizer que por (ALA) temos 4ABC = 4EDF .
5. Razões de Semelhança. Houve muita confusão desnecessária sobre qual
o comprimento colocado no numerador e qual o colocado no denominador.
A resposta curta é esta: tanto faz desde que se saiba o que se está a fazer.
Eu tanto posso dizer Pombal fica a meio caminho entre Lisboa e Porto
como posso dizer A distância de Lisboa ao Porto é o dobro da distância
de Lisboa a Pombal. Afinal é meio ou é o dobro? Bom, é as duas coisas,
desde que se saiba o que se está a dizer.
Se temos um triângulo P , pequeno, e um triângulo M , maior, semelhantes,
a razão de semelhança k, das duas uma: ou é maior que 1 e nesse caso
permite passar de P para M (permite saber o comprimento dos lados de
M caso sejam conhecidos os comprimentos dos lados de P ); ou a razão de
proporcionalidade é menor que 1 e por isso leva-nos do maior para o mais
pequeno, ou seja, permite saber o comprimento dos lados de P caso sejam
conhecidos os comprimentos dos lados de M .
Se a razão de semelhança do menor para o maior é a/b, então a razão de
semlhança do maior para o mais pequeno é b/a.
6. Se 4ABC ∼ 4DEF com razão de semlhança k, isto significa que
(a) DE = kAB
(b) EF = kBC
(c) DF = kAC, e também
(d) ∠A = ∠D
(e) ∠B = ∠E
(f) ∠C = ∠F .
2
2 Resolução dos Exercı́cios do Módulo 1
1. a) Se tivermos BC = EF podemos aplicar (LAL) concluindo que os
triângulos são iguais.
Se tivermos ∠A = ∠D, podemos aplicar (ALA) e assim concluir que
os triângulos são iguais.
E se tivermos AB = DE, podemos concluir que os triângulos são
iguais? Não, não podemos porque isso exigiria um caso de igualdade
(ALL) que não existe.
E se tivermos ∠B = ∠E? Podemos concluir que os triângulos são
iguais? Não porque isso exigiria um critério (LAA) que não demos.
b) Sendo os dois triângulos equiláteros, têm os três lados iguais, ou seja,
AB = BC = AC e também DE = EF = DF . Uma vez que
AB = DE, temos AB = BC = AC = DE = EF = DF e portanto
podemos aplicar (LLL) concluindo que os triângulos são iguais.
2. a) Uma vez que k é maior que 1 e tendo em atenção que o triângulo
de vértices A, B, C é o mais pequeno, a única possibilidade é ter:
k = DE EF DF
AB = BC = AC . Daqui resulta:
kAB = DE, kBC = EF e kAC = DF .
Agora é só fazer contas:
DE = k × AB = 65 20 = 24.
EF = k × BC = 65 12.
DF = k × AC = 65 25 = 30.
b) Resposta: DE = 21, EF = 28
Resolução: vamos primeiro calcular a razão de semelhança do mais
pequeno para o maior (isto significa que os lados do maior ficam no
numerador e os lados correspondentes do menor ficam no denomina-
dor).
k = DF
AC .
35
k = 25 = 1, 4.
k = 1, 4 (razão semelhança).
Agora, como sabemos que DE = kAC, temos DE = 1, 4 × AB =
1, 4 × 15 = 21.
Analogamente, EF = 1, 4 × BC = 1, 4 × 20 = 28.
c) O enunciado atual diz assim:
O perı́metro de um triângulo é 18cm e dois dos lados de outro se-
melhante medem 4cm e 5cm. Sendo a razão de semelhança 3/2,
determine a medida do outro lado deste último triângulo.
Reparem que o primeiro triângulo tem perı́metro 18 e o segundo
triângulo tem dois lados a medir 4 e 5, respetivamente. Isto signi-
fica que o terceiro lado mede menos de 9 (dado que num triângulo
qualquer, a medida de cada lado tem de ser inferior à soma dos ou-
tros dois lados). Ou seja, o perı́metro do segundo triângulo é menor
que 4 + 5 + 9 = 18. Portanto a primeira conclusão é que o segundo
triângulo é mais pequeno que o primeiro. Sendo a razão de semlhança
3/2 (que é maior que 1), concluı́mos que esta é a razão de semelhança
3
do menor (o segundo) para o maior (o primeiro). Consequentemente,
a razão de semelhança do maior para o menor é 2/3. (Porquê? Por-
que se a razão de semelhança do menor para o maior é a/b, então a
razão de semelhança do maior para o menor é b/a).
Como o primeiro tem perı́metro 18 e a razão de semelhança do pri-
meiro para o segundo é 2/3, concluı́mos que o segundo triângulo tem
perı́metro (2 × 18)/3 = 12. E como o segundo triângulo tem dois
lados de comprimento 4 e 5, concluı́mos que o lado em falta no se-
gundo mede x, dado por 4 + 5 + x = 12. Daqui resulta 9 + x = 12
ou seja x = 3.
d) Para resolver este exercı́cio precisamos primeiro de calcular a razão de
semelhança. Como os perı́metros medem 22 e 33 a razão, do primeiro
para o segundo, será 33/22 (ou seja, 3/2). Se a base do menor mede
6, então a base do maior mede 6 × (3/2) = 9. Agora, denotando por
x a medida do lado do triângulo maior (que desconhecemos), temos
x + x + 9 = 33. Ou seja, 2x = 33 − 9 = 24 e daqui resulta x = 12.
e) Sejam P e S dois triângulos isósceles semelhantes com razão de seme-
lhança 3/5, de P para S. Como a razão é menor que 1, temos que S
é mais pequeno que P . Como a base do menor triângulo é 6, a base
do maior será (6 × 5)/3 = 10. Assim, temos que a base de P mede
10 e os outros dois lados medem 15. Logo, o perı́metro do maior
triângulo (P ) é 10 + 15 + 15 = 40.
O perı́metro do menor será k40 = 40 × (3/5) = 120/5 = 24.
3. a) Na sua formulação atual, esta pergunta está assim:
No 4ABC temos ∠B = 75 e ∠C = 45. Quanto devem medir os
ângulos ∠D, ∠E e ∠F num triângulo 4DEF para que 4ABC ∼
4DEF .
Para termos ∆ABC ∼ ∆DEF , é necessário ter ]A = ]D, ]B =
]E = 75 e ]C = ]F = 45.
Como ]A = ]D e ]A = 180 − ]B − ]C = 180 − 75 − 45, temos
]A = 60 e assim ]D = 60.
b) Não. Dois triângulos para serem semelhantes têm que ter dois ângulos
iguais. Mas como a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180,
se dois triângulos têm dois ângulos iguais, então o terceiro ângulo
também é igual.
Logo nunca poderemos ter ]A 6= ]D. Se assim fosse, terı́amos ]B =
]E e ]C = ]F . Acontece que 180 = ]A + ]B + ]C. Por outro
lado, 180 = ]D + ]E + ]F = ]D + ]B + ]C.
Assim ]A + ]B + ]C = ]D + ]B + ]C o que implica ]A = ]D,
o que contradiz a hipótese de ]A 6= ]D.
c) O ]D é igual ao ]C e como o ]A é comum aos 2 triângulos, podemos
aplicar (AA) e concluir que os dois triângulos são semelhantes.
Qual a razão de semelhança? Nós sabemos que AC = AE + EC =
10 + 6 = 16. Sabemos também que 4ADE ∼ 4ACB. Logo, a razão
AC
de proporcionalidade do menor para o maior será k = AD = 16
8 .
Queremos saber DE. Como 4ADE ∼ 4ACB, resulta que CB =
kDE. Uma vez que k = 2 e CB = 18, temos DE = CB 2 = 18/2 = 9.
4
Queremos também saber AB. Como 4ADE ∼ 4ACB, resulta que
AB = kAE. Uma vez que k = 2 e AE = 10, temos AB = 2×10 = 20.
d) Como o lado menor (de cada triângulo) mede 9 e 12, respectivamente,
a razão de semelhança (do menor para o maior) é 12/9=1.33.
Assim, os lados do triângulo maior serão 1, 33×9, 1, 33×15 e 1, 33×21.
EF
e) Primeiro calculamos a razão do primeiro para o segundo: k = BC =
9
8 = 1.125.
Para sabermos AC, fazemos
9 DF 6 48
AC = DF ⇒ AC = 9 = 9 =
8 8 8
9