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A família monoparental, ou seja, aquela formada por apenas um dos pais e sua
prole, é, expressamente, prevista na Constituição da República de 1.988.
Todavia, ao contrário do casamento, da união estável e do concubinato, não
lhe é feita referência no Código Civil. Em vista disso, aplicam-se as regras
atinentes às relações de parentesco em geral.
“seu reconhecimento na Carta Magna foi uma evolução legislativa, com o fim
de adequar a realidade a este fenômeno tão significativo. Embora a legislação
ordinária não tenha acompanhado tal iniciativa, a proteção decorrente do texto
constitucional prova o interesse em combater a discriminação e o preconceito e
auxiliar a integração dos membros destas famílias à sociedade. (...) A
monoparentalidade, independente do lugar de sua manifestação, vem, em
geral, atrelada a uma queda do poder aquisitivo dessas famílias, ou mesmo, à
uma situação de pobreza. Este e outros problemas, decorrentes da
monoparentalidade podem ser transitórios ou não, mas enquanto existirem,
precisam de soluções. A partir do reconhecimento jurídico da família
monoparental pela Constituição Federal, o Estado se tornou responsável pela
proteção destas famílias, e conseqüentemente, pela busca de repostas para
tais problemas.” Santos (2009, p. 21-23)
Os atuais programas do governo podem até abranger tais famílias, mas por
não ser especificamente direcionado não atua como preservador desta
entidade, que possui uma estrutura familiar tão frágil. Os auxílios existentes,
atualmente, são a bolsa renda, bolsa família, etc, que não são exclusivamente
focados na melhoria do setor financeiro destas entidades familiares, são
políticas para a família em geral.
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 8ª Ed.rev. e atual. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.