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FACULDADE BRASILEIRA – MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

BRUNA FONTES DOS REIS


THAYSE DUTRA VALADÃO DE AZEREDO

PROJETO DE PESQUISA
A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO PREDIAL PREVENTIVA
EM EDIFÍCIOS HOSPITALARES – ESTUDO DE CASO
COMPARATIVO REFERENTE A DUAS EDIFICAÇÕES
HOSPITALARES DA GRANDE VITÓRIA

VITÓRA – ES
2017
BRUNA FONTES DOS REIS
THAYSE DUTRA VALADÃO DE AZEREDO

PROJETO DE PESQUISA
A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO PREDIAL PREVENTIVA
EM EDIFÍCIOS HOSPITALARES – ESTUDO DE
COMPARATIVO REFERENTE A DUAS EDIFICAÇÕES
HOSPITALARES DA GRANDE VITÓRIA

Projeto de pesquisa do Curso de


Graduação em engenharia civil
apresentado à Faculdade Brasileira –
MULTIVIX, como requisito parcial para
avaliação.
Orientador: Prof. Bruno Roberto de Oliveira
Costa.

VITÓRA – ES
2017
RESUMO

A manutenção de caráter preventivo vem ganhando cada vez mais espaço no


universo da engenharia e em qualquer uma de suas áreas de atuação. Ao longo dos
anos, percebeu-se que reparar pequenos problemas logo no início de sua aparição
tem maior efetividade e menor custo para a instituição, bem como a redução da
indisponibilidade do equipamento ou ambiente em questão. Somado a isso, a alta da
exigência dos consumidores tornou este processo um aliado quando o assunto é
qualidade de produtos e serviços.

Deste modo, o planejamento e a implementação de um programa de manutenções


preventivas periódicas se tornou parte das edificações no pós-obra, de modo a mantê-
las em bom estado de funcionamento e conservação, prevenindo possíveis falhas que
venham a surgir em decorrência do seu uso do seu desgaste natural. Além disso,
garante a qualidade da edificação prometida no projeto.

Diante deste cenário, o objetivo do nosso trabalho é apresentar não só a importância


da existência dos planos de manutenção preventivos em Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde (EAS) e da execução desta manutenção, como também
exemplificar como realizá-los.

Palavras-chave: Hospital. Manutenção Preventiva. Confiabilidade. Segurança.


Qualidade.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5

2 OBJETIVO ..................................................................................................................................... 7

2.1 Objetivo geral ........................................................................................................................ 7

2.2 Objetivos específicos ........................................................................................................... 7

3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 8

3.1 Importância da manutenção preventiva em edifícios hospitalares ............................... 8

3.2 Segurança do paciente ........................................................................................................ 9

3.3 Segurança financeira e imagem da instituição .............................................................. 10

3.4 Acreditações hospitalares nacionais e internacionais .................................................. 10

4 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................................ 12

4.1 Histórico da manutenção predial...................................................................................... 12

4.1.1 Problemas relacionados à falta de manutenção preventiva nas edificações


hospitalares ................................................................................................................................. 13

4.2 Manutenção preventiva ..................................................................................................... 14

5 REQUISITOS PARA UMA MANUTENÇÃO ADEQUADA ................................................... 16

5.1 Manutenabilidade ............................................................................................................... 16

5.2 Vida útil................................................................................................................................. 17

5.3 Confiabilidade e disponibilidade ....................................................................................... 18

6 NORMAS PERTINENTES AO TEMA ..................................................................................... 19

7 METODOLOGIA ......................................................................................................................... 20

8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ........................................................................................... 21

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 22


5

1 INTRODUÇÃO

Um imóvel é planejado e construído para atender seus usuários por muito tempo. Para
que esta expectativa seja concretizada, torna-se primordial a prática constante da
manutenção preventiva deste bem. Infelizmente, essa prática ainda não é muito
difundida no Brasil, ou seja, quando se fala em imóveis, poucos são os usuários que
realizam a manutenção preventiva tão adequadamente quanto o fazem para outros
bens, como automóveis, equipamentos eletrônicos etc. (CASTRO, 2007).

Uma edificação hospitalar é criada para atender seus usuários, que se encontram,
muitas vezes, em estado de saúde crítico, podendo dar entrada na maioria das
instituições a qualquer hora do dia, o que faz com que esta estrutura precise estar
sempre pronta para atendê-los. Uma instituição hospitalar também é lembrada por ser
um ambiente de alto fluxo de pessoas com diferentes patologias, e a excelência da
realização do seu papel se dá quando ela consegue devolver o indivíduo à sociedade
de forma sadia, eximindo a possibilidade de que o paciente saia do local com outras
enfermidades. Por este motivo, a edificação hospitalar precisa passar por uma série
de processos de desinfecção de suas instalações e ambientes a cada troca de
paciente. Isso garante que não haja contaminação cruzada, ou seja, de um para o
outro. Estas limpezas e desinfecções aceleram o desgaste das estruturas prediais,
remetendo novamente esta edificação à necessidade constante de manutenção
preditiva para o monitoramento destas estruturas e da manutenção preventiva para o
planejamento e execução da substituição destas estruturas.

Tudo isso para que não haja a inviabilização do uso de determinados ambientes
hospitalares, que representam boa parte do faturamento da instituição.

É importante citar que inúmeros problemas possivelmente surgidos durante a vida útil
de uma construção devem ser previstos durante a sua concepção, na fase ainda de
projeto. Dito isso, a escolha certa de materiais, de acordo com as normas vigentes,
com alta qualidade e de acordo com a atividade que o edifício irá receber, são
essenciais para garantir a durabilidade adequada, evitando futuros problemas.

Indubitavelmente, em algum momento da vida da edificação surgirão problemas em


suas partes devido ao uso da mesma, principalmente quando este for realizado de
6

forma inadequada. Assim surgirá a necessidade de devolver a estes ambientes as


condições de conforto e usabilidade a que se destina esta edificação. A partir disso
surge a necessidade de um programa de manutenção preventiva.

Manutenção é definida como a combinação de todas as ações técnicas e


administrativas com o objetivo de restaurar ou substituir um item ao estado o
qual possa exercer a função original, com grau satisfatório de desempenho.
(OTHMAN, 2007 apud INTERNATIONAL ELECTROMECHANICAL
COMISSION, 2006).
7

2 OBJETIVO
2.1 Objetivo geral

O objetivo deste trabalho é demonstrar, de forma qualitativa e quantitativa, a


importância da existência dos planos de manutenção preventivos em
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) e da execução desta manutenção,
além de analisar a viabilidade técnico-econômica dos mesmos.

2.2 Objetivos específicos

 Realizar uma revisão de literatura para embasamento do trabalho;


 Definir os ambientes e partes do edifício hospitalar que participarão do estudo
de manutenção preventiva;
 Realizar a coleta de dados para o estudo de caso com duas instituições
hospitalares da Grande Vitória;
 Compilar os dados e, com os resultados, demonstrar a necessidade do
programa de manutenções preventivas e seus benefícios.
8

3 JUSTIFICATIVA
3.1 Importância da manutenção preventiva em edifícios hospitalares

Instituições hospitalares têm por objetivo a prestação de serviços na área da saúde.


Seu ideal é realizar a promoção e o tratamento da saúde dos indivíduos com
qualidade, eficácia e eficiência.

A qualidade refere-se à aplicação das tecnologias e do conhecimento disponíveis para


realizar o corretamente os cuidados relacionados à saúde dos pacientes. Já a eficácia,
para instituições hospitalares, relaciona-se à realização do cuidado da melhor maneira
possível, visando melhorar as condições de saúde do paciente em relação às que ele
deu entrada na instituição. E, por fim, a eficiência, que é a combinação da eficácia
com a utilização do mínimo de recursos disponíveis, proporcionando a mesma
qualidade no cuidado a saúde daquele paciente.

Assim, o ambiente hospitalar precisa trabalhar baseado nos conceitos acima descritos
para prestar um atendimento a saúde adequado, e para isso suas instalações
precisam também atender a estes conceitos.

Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde são ambientes bastante complexos, não


só em sua estrutura, como também nas atividades nela desempenhadas. Todo este
ambiente deve estar preparado para receber pessoas que de alguma maneira estarão
debilitadas, necessitando de algum cuidado especial, para reestabelecer sua condição
de saúde. Por este motivo o funcionamento adequado dos ambientes dos EAS é de
suma importância para atender os procedimentos que neles ocorrem.

Grande parte dos procedimentos hospitalares ocorrem em caráter de emergência, o


que seria inconcebível solicitar àquele que busca o cuidado que aguarde devido a um
destes ambientes estar em reforma, sem ter outro ambiente já preparado para atendê-
lo. O correto é que este ambiente e suas manutenções sejam planejados para que
sua indisponibilidade também fosse planejada, e não de forma inadvertida, visando
sempre garantir o pronto atendimento e a segurança dos pacientes.
9

3.2 Segurança do paciente

Quando falamos em segurança do paciente primeiro é preciso exemplificar aos


leitores deste trabalho o que seria este conceito. Todo EAS tem riscos intrínsecos à
sua atividade, e uma simples falha pode levar à perda de uma vida. A segurança do
paciente está relacionada a garantir que o cuidado dentro do ambiente hospitalar seja
prestado de modo que o paciente não corra riscos desnecessários associados à
assistência que lhe será prestada até um mínimo aceitável, esta definição foi dada
pela organização mundial da saúde em 2009, como também este conceito é denotado
na Resolução RDC 36 de 25 de julho de 2013, a qual institui ações para a segurança
do em serviços de saúde. O Art. 8 desta norma fala sobre o plano de segurança do
paciente em serviços de saúde o (PSP) e no inciso XVII – promoção do ambiente
seguro que fala sobre a promoção do ambiente seguro. Para termos um ambiente
seguro, é necessário que haja profissionais treinados e capacitados, tecnologias de
qualidade, porém de nada adianta termos tudo isso se o meio ambiente não
possibilitar que os profissionais e os equipamentos possam atuar dentro de condições
seguras. Assim surge a necessidade de preparar e manter as áreas hospitalares
dentro da conformidade e disponibilidade esperadas, para garantir seu bom
funcionamento e consequentemente a segurança do paciente.

Como já dito anteriormente, estes os EAS são ambientes de alta complexidade e


precisam estar sempre prontos para atender urgências. No entanto, como estes
ambientes são constantemente utilizados, e, devido a estas situações de emergência
nem sempre podem ser utilizados da maneira adequada, eles acabam sofrendo uma
deterioração mais acelerada, exigindo assim um plano de manutenções adequado
para reestabelecer as suas condições de uso. A falta de tais manutenções e a
postergação das mesmas pode levar ao aparecimento de infiltrações, vazamentos,
mofos e, consequentemente, a proliferação de microrganismos patogênicos, que vem
de encontro à questão da segurança do paciente, pois uma sala contaminada com
este tipo de microrganismo não é adequada para realização de procedimentos de
saúde.

Assim verifica-se mais uma vez que o edifício hospitalar tem uma enorme relação com
o sucesso no cuidado de saúde, pois estes microrganismos alojados em ambientes
10

hospitalares podem vir a transmitir infecções àqueles que já estão com sua saúde
debilitada.

Assim entende-se que manutenção preventiva destes ambientes contribui para a


saúde e segurança do paciente, pois uma instituição que possui planos de
manutenção preventiva e uma equipe preparada para gerir essa manutenção
representa, sem dúvidas, um menor risco à segurança do paciente e tudo que a
envolve.

3.3 Segurança financeira e imagem da instituição

Assim como um programa de manutenção preventiva assegura o paciente, ele


também assegura a imagem da instituição e, consequentemente, sua segurança e
saúde financeira. Os inúmeros acidentes ocorridos em instituições hospitalares,
geralmente, são problemas relacionados à precariedade na manutenção de seus
recursos físicos e suas instalações, além das paralisações por que passam seus
equipamentos médico-hospitalares, trazendo enormes prejuízos para o
funcionamento do hospital e o atendimento da que dele necessita.

3.4 Acreditações hospitalares nacionais e internacionais

A acreditação hospitalar é um processo voluntário em que um órgão acreditador


reconhece uma organização que atende a determinados critérios como uma
instituição competente para executar suas funções. Este processo consiste em uma
avaliação externa à instituição para verificar se seus processos asseguram a
assistência ao paciente e garantem o correto trabalho de seus profissionais.

Elas surgiram concomitante ao processo de globalização e competitividade do


mercado. Isso se deu devido a necessidade das instituições hospitalares se
destacarem umas das outras e mostrarem seu padrão de qualidade para que os
clientes e usuários destas edificações pudessem dar uma maior credibilidade a tais
instituições.

O processo de Acreditação Hospitalar no Brasil surgiu em 1995, junto com a criação


do Programa de Garantia do Aprimoramento da Qualidade em Saúde (PGAQS).
11

Três anos depois, em 1998, foi publicado o primeiro manual discutindo tal assunto, o
Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Posteriormente, foi constituída a
Organização Nacional da Acreditação (ONA).

O processo de acreditação internacional iniciou-se por volta de 1951, com a Joint


Comission International. Trata-se do órgão acreditador de segurança em saúde de
maior renome dos Estados Unidos.

Atualmente, tem-se no Brasil 577 Hospitais acreditados nacionalmente, sendo deste


total 15 apenas no estado do Espírito Santo. Para além do território nacional, apenas
81 hospitais brasileiros são acreditados por órgãos internacionais, estando apenas
uma instituição no Espírito Santo.

Com relação à manutenção preventiva e à conservação e segurança dos ambientes


hospitalares, os processos de acreditação são bastante enfáticos. Hoje, para uma
instituição hospitalar conseguir alcançar um alto nível de qualidade e ser um Hospital
acreditado, precisa atender a tais requisitos. Ou seja, sem um programa de
manutenções implementado não é possível ser um hospital acreditado. (MENDES,
2015).
12

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Histórico da manutenção predial

É antiga a preocupação com a manutenção e reparo das edificações, mas a


importância e priorização destas atividades vêm se intensificando na vida moderna
(ANTUNES, 2004).

A origem da palavra “manutenção” historicamente surgiu em conjunto aos militares,


com o sentido de “manter”, nos locais de guerra, a tropa, armamento e equipagem
bélicos em condições de batalha. Enquanto isso, na década de 1950, na França e nos
Estados Unidos, “manutenção” tem relação com expressão utilizada na indústria, no
significado de preservação.

A manutenção de edificações, como atualmente é compreendida, é uma novidade


quando comparada ao tempo no qual as edificações vêm sendo construídas nas
cidades. Mesmo nos países europeus, que são mais antigos, ainda é moderna a ideia
de manutenção predial. (SEELEY, 1987).

Desde então, esse grupo se firmou como uma das mais importantes fontes de
pesquisa na área. Já no Brasil, o interesse por tal área iniciou-se por volta da década
de 70, com a criação da NBR 5674, em 1977.

Mesmo possuindo diversas lacunas, a criação da norma estimulou a elaboração de


trabalhos técnicos na conservação, já que, no final da década de 1980, diversos
autores publicaram trabalhos sobre este tema, como, por exemplo, CREMONINI
(1989), DAL MOLIN (1988), HELENE (1988), IOSHIMOTO (1988) e LICHTENSTEIN
(1986).

Estes apresentam essencialmente estudos sobre durabilidade de materiais e


componentes, bem como a ocorrência de patologias e causas correspondentes.
(CASTRO, 2007).

Em 2001 foi criada a Norma de Inspeção Predial pelo IBAPE/SP para complementar
as informações faltantes na NBR 5674 em relação a execução da manutenção de
edificações e gestão patrimonial.
13

Além das normas supracitadas, outra muito importante para o tema em questão é a
NBR 14037 - diretrizes para a elaboração do Manual de Uso e Operação das
Edificações - que foi de extrema valia para a regularização e melhoria da manutenção
predial no Brasil.

4.1.1 Problemas relacionados à falta de manutenção preventiva nas edificações


hospitalares
4.1.1.1 Deterioração

Segundo Gaspar e Brito (2005), a degradação é a perda de eficácia do material de


responder as exigências, ao longo do tempo, devido aos agentes de deterioração, a
natureza do material e, em certos casos, à própria maturação deste. As várias formas
de manifestações patológicas existentes, em geral, não se originam somente por uma
causa. Normalmente são resultantes da ação simultânea de diversos fatores
promotores de degradação.

O Fator de Degradação pode ser definido na visão de Bauer (2013) por todo agente
que interfira de maneira negativa o desempenho de um edifício ou parte dele, podendo
incluir nestes fatores as intempéries, agentes biológicos, esforços, incompatibilidades
e fatores de uso.

Esse problema pode ser acelerado em alguns casos, sobretudo se houver um déficit
ou inexistência de uma manutenção preventiva adequada, ao longo do ciclo de vida
da estrutura.

4.1.1.2 Falhas construtivas

Nem todos os equipamentos médico-hospitalares demandam instalação, porém,


alguns setores, como o setor de Esterilização de Material, comumente chamado de
CME (Central de Material Esterilizado), apresentam 95% dos equipamentos
dependem de instalação. Uma instalação falha de um destes equipamentos pode
gerar indisponibilidade de parte deste setor, que é de apoio a todas as demais áreas
do hospital.

Quando, em um setor como este, há parada de equipamentos devido a problemas na


infraestrutura, ocorre também um prejuízo à instituição, tanto no viés financeiro quanto
14

à sua imagem perante seus clientes e usuários, pois acaba por gerar um maior custo
e atraso nos procedimentos

4.2 Manutenção preventiva

Manutenção Preventiva se baseia em um conjunto de cuidados ou providências antes


do surgimento de problemas, a fim de evitá-los, permitindo a utilização de um bem até
o fim de sua vida útil e o planejamento da sua substituição antes de uma quebra ou
interrupção de serviço. (KARMAN,1994:24-27).

A manutenção preventiva é uma manutenção programada, que pode ter sua


periodicidade de programação baseada na vida útil descrita nos manuais técnicos dos
materiais utilizados, ou até mesmo baseada no histórico de falhas destes itens. O ideal
deste processo é reduzir o número de falhas apresentadas e prolongar sua vida útil
por meio de um plano de manutenções devidamente elaborado, executado e
acompanhado por seus envolvidos e responsáveis. Além disso, é a partir desse tipo
de manutenção que se realiza a verificação periódica e a substituição de peças ou
materiais antes que sua vida útil chegue ao fim, visando evitar a indisponibilidade do
equipamento ou espaço, o que assegura, também, seu adequado funcionamento.

Segundo Martins (2008), a manutenção preventiva retrata uma série de atividades que
visa evitar falhas nas instalações, como o comprometimento do seu desempenho. Ela
depende diretamente de dados referentes a edificação, que são fornecidos pelos
fabricantes, como históricos de manutenção e avaliações do estabelecimento por
meio vistorias periódicas de inspeção predial.

A NBR 5674:2012 indica que a Manutenção Preventiva é caracterizada por serviços


cuja realização seja programada previamente, com prioridade na demanda dos
usuários, hipótese da durabilidade esperada dos sistemas, elementos das edificações
vigentes, importância e urgência, além de relatórios de verificações periódicas sobre
o seu estado de degradação.

Além de programar e executar o plano de manutenção preventiva, é de extrema


importância a realização do registro adequado desta manutenção, não só para criar
evidências de que estas foram executadas, como também para que haja um histórico
de manutenção que permita avaliar o desempenho de determinado equipamento,
15

material ou ambiente, permitindo, inclusive, a alteração da periodicidade ou a


otimização da manutenção de acordo com este histórico gerado.
16

5 REQUISITOS PARA UMA MANUTENÇÃO ADEQUADA

5.1 Manutenabilidade

As Normas Brasileiras definem manutenabilidade como

“Capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condições de


executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas,
quando a manutenção é executada sob condições determinadas e mediante
procedimentos e meios prescritos.” (NBR 5462/94)

Com base na definição apresentada, podemos compreender a mantenabilidade como


a capacidade de realizar a manutenção em um bem a fim de tornar viável o exercício
das funções para as quais foi projetado. Em um edifício, os fatores que influenciam tal
característica são, basicamente, de ordem física. Ou seja, as características físicas
podem facilitar ou prejudicar a manutenção do empreendimento.

De acordo com Ferreira (2010), a importância da mantenabilidade deve ser analisada


pelos projetistas em duas fases do imóvel, que são a concepção e projeto.
Na fase de concepção são traçadas as diretrizes do projeto, evidenciando os seus
aspectos gerais, tais como o padrão da construção, número de unidades, quantidade
de pavimentos, dentre outros. Várias decisões feitas nessa etapa resultarão na maior
ou menor facilidade de praticar a manutenção, melhorando ou piorando o nível de
mantenabilidade do imóvel.

Enquanto isso, na etapa de projeto ocorre a escolha dos materiais de construção e de


acabamento. Essas decisões podem alterar significativamente a mantenabilidade da
edificação. O uso de materiais adequados ao clima e finalidade do empreendimento é
de vital importância para se manter um alto nível de mantenabilidade.

Com isso, pode-se perceber que é necessária uma visão mais ampla do conceito de
manutenção, a fim de garantir uma boa mantenabilidade.
17

5.2 Vida útil

A durabilidade de uma construção é indicada pelos valores de vida útil, ou seja, o


intervalo de tempo em que a construção é capaz de desempenhar as funções que
lhes estão destinadas ao longo do seu ciclo de vida sem que a estrutura apresente
degradação dos materiais, em resultados das condições ambientais, que conduzam a
redução da segurança estrutural inicial. Os quadros abaixo explicitam as informações
supracitadas:

Natureza Classe
Agentes mecânicos Gravíticos
Força e deformações impostas ou restringidas
Energia cinética
Vibrações e ruídos
Agentes eletromagnéticos Radiação
Eletricidade
Magnetismo
Agentes térmicos Níveis extremos ou alterações bruscas de temperatura
Agentes químicos Água e solvente
Agentes oxidantes
Ácidos
Bases
Sais
Quimicamente neutros
Agentes biológicos Vegetais e microbiais
Animais
Quadro 1: Fatores de degradação que afetam a vida útil dos materiais e componentes de construção
Fonte: Costa, 2011 (adaptado da ISO 6241:1984)

Sistema VUP mínima (em anos)


Estrutura 40
Vedação vertical externa 40
Vedação vertical interna 20
Cobertura 20
Hidrossanitário 20
Pisos internos 13
FIGURA II – Vida útil de projeto (VUP) para diferentes sistemas da edificação de acordo com a NBR
15.575.
Fonte: ABNT NBR 15575
18

5.3 Confiabilidade e disponibilidade

Eixos indicadores possuem uma relação intrínseca de causa e efeito entre si. Essa
relação é evidente, ao considerarmos que quanto mais confiável é o sistema, menor
a probabilidade da necessidade de uma ação de manutenção devido a uma falha,
aumentando assim a disponibilidade do mesmo.

A NBR- 5462/1994 define confiabilidade como a capacidade de um item desempenhar


uma função específica sob condições e intervalo de tempo pré-determinados. Já a
disponibilidade está relacionada ao tempo em que a ferramenta, sistema ou instalação
está disponível para operar ou em condições de produzir.

Pode-se concluir, portanto, que a confiabilidade é a capacidade expressa pela


possibilidade de operar corretamente durante um determinado período de tempo
preestabelecido em circunstâncias ambientais e de operação específicas, enquanto a
disponibilidade é o intervalo de tempo que o equipamento estará apto para operar, em
tempo aleatório, refletindo assim a capacidade de utilização de um item.

Esses elementos são fortemente afetados pela periodicidade da manutenção


realizada. Logo, a seleção do tipo de manutenção adotado dependerá do resultado
esperado.
19

6 NORMAS PERTINENTES AO TEMA

Faz-se necessário, também, destacar a importância de termos uma equipe de


manutenção especializada para que haja o devido atendimento às normas vigentes
específicas da área Hospitalar, tal qual a RDC 50 da Anvisa, que dispõe sobre o
Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de
projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, bem como a normas
brasileiras que delineiam o ramo da Engenharia Civil, como a NBR 14037:1997 –
Diretrizes para a elaboração do Manual de Uso e Operação das Edificações –, a NBR
5674:2012 – Manutenção de Edificações – e a NBR 15575:2013 – Norma de
Desempenho.
20

7 METODOLOGIA

Esta pesquisa consistirá em um estudo de caso. E para que sejam colhidas as


informações para a realização deste estudo foram selecionadas 02 instituições
Hospitalares da grande Vitória com em média 150 leitos, uma delas apresenta
procedimento de manutenção preventiva implementado, enquanto a outra está isenta
de tal procedimento.

A proposta visa descrever os hospitais a serem pesquisados, a estrutura e


organização, além de realizar a aplicação de entrevistas e questionários a
profissionais da área hospitalar. Após a aplicação nos estabelecimentos de saúde
escolhidos para estudo, serão feitas as análises, bem como a proposição de alteração
ou até mesmo criação de um programa de gestão de manutenção, em função de suas
próprias características físico-funcionais, a fim de se buscar uma maior eficiência no
uso e disponibilidade dos ambientes.

O levantamento dos dados será realizado por meio do preenchimento de um check


list, que será disponibilizado pelas autoras deste projeto à instituição a qual o estudo
será aplicado.

Ao receber tais informações, primeiramente serão realizadas as caracterizações das


amostras de dados recebidas e elas serão compiladas e tratadas de maneira
estatística, por meio de histogramas, comportamento gráfico e análise de custo
benefício, a fim de demonstrar a necessidade dos planos de manutenção.
21

8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Descrição das atividades Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Definição do tema e pesquisa
Apresentação do tema
Elaboração do artigo de revisão de
literatura
Elaboração da metodologia
Elaboração do pré-projeto
Entrega do pré-projeto
Realização da coleta de dados
Realização do estudo de caso
Entrega do TCC
22

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5674: Manutenção de


Edificações. Rio
de Janeiro, 2012.

____. NBR 14037: Manual de operação, uso e manutenção das edificações. Rio de Janeiro, 1997

____. NBR 5462: Confiabilidade e mantenabilidade. Rio de Janeiro, 1994.

____.NBR 15575: Edificações Habitacionais. Rio de Janeiro, 2013.

COSTA, Mariana. Gestão Estratégica de Manutenção: um oportunidade de melhorar o resultado


operacional. Juiz de Fora, 2013.

CRM-ES, Entidades médicas denunciam a instalação do caos no Hospital Infantil de Vitória.


Disponível em:
<http://www.crmes.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21390:2016-10-11-21-26-
14&catid=3:noticias&Itemid=462> Acesso em 1 de maio de 2017.

FENAM. Blitz do SIMES flagra situação precária no Hospital São Lucas. Disponível em:
<http://www.fenam.org.br/noticia/3312>. Acesso em 1 de maio de 2017.

Folha Vitória. Quatro hospitais multados por conta de microbactéria no Espírito Santo.
Disponível em: <http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2009/08/quatro-hospitais-sao-multados-
por-conta-de-micobacteria-no-espirito-santo.html> Acesso em 1 de maio de 2017.

ROCHA, Hildebrando. Importância da manutenção predial preventiva. Disponível em:


<http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/104/105> Acesso em 1 de maio de
2017.

SANCHES, Iara Del´Arco; FABRICIO, Marcio Minto. Importância do projeto na manutenção de


HIS. Disponível em: < http://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/arquitec/Iara/Importancia.pdf >. Acesso
em 1 de maio de 2017

VILLANUEVA, Marina Miranda. A importância da manutenção predial preventiva para o bom


desempenho da edificação. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2015.

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