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Produção
Processo fermentativo
Padronização e bioensaio
Formulação
Comercialização
Separação de toxinas
Misturar bem
Formulação
Ensaio e Formulação
Com inseticida químicos, a produção pode ser bem controlada, pois a normalização
desses produtos pode ser expressa em porcentagem de ingredientes ativos, já que os
mesmos são quimicamente definidos e seus efeitos bem determinados. Já os produtos de Bt
poderão conter até três princípios ativos (esporos, cristal e exotoxina) necessitando de
bioteste: contagem de esporos e bioensaios com insetos, para determinar a potência do
produto. A contagem de esporos ou de cristais como único método, não tem relação com a
atividade de toxina, uma vez que o processo de obtenção pode modificar a atividade dos
componentes tóxicos.
O caldo fermentativo deve ser estabilizado antes de ser utilizado, de forma a não
perder a potência. Assim, a remoção de fragmentos celulares e compostos intermediários da
fermentação podem “desativar” o composto tóxico, é feita através de lavagens e
centrifugações sucessivas da biomassa com soluções de pH controlado (entre 7 e 8)
permitindo a limpeza e estabilização das unidades tóxicas.
Os bioensaios de padronização podem ser realizados segundo protocolos da
Organização Mundial de Saúde (OMS) ou do Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA). Com o surgimento de variedades ativas contra outros insetos, as normas
de resistro estão revisadas, sendo que se observa nos rótulos atualmente as Unidades
Internacionais acompanhadas da % em peso do ingrediente ativo (esporos + cristais).
Aplicação
De maneira simplificada, o efeito inseticida ocasionado por Bacillus thuringiensis inicia-se
quando um inseto suscetível ingere os cristais dessa bactéria. Esses cristais são
compreendidos por pró-toxinas as quais, após a ingestão, são solubilizadas pelo pH alcalino
do trato intestinal do inseto. Uma vez ativos, os fragmentos de pró-toxinas se ligam em
receptores específicos encontrados no epitélio do inseto. Como conseqüência disso, ocorre
a deformação das células epiteliais do intestino médio. Uma vez que o funcionamento do
intestino médio é interrompido, ocorre uma redução do pH do fluido intestinal do inseto
conjuntamente com uma liberação de nutrientes, os quais criam condições para a
germinação dos esporos e a multiplicação das células vegetativas da bactéria. O Bacillus
thuringiensis então invade os tecidos larvais do inseto que eventualmente interrompe sua
alimentação e morre. Devido ao processo infeccioso, o inseto se torna mais suscetível a
invasões microbianas secundárias que podem acelerar a sua morte. O ciclo infeccioso é
concluído quando o cadáver do inseto é consumido e a bactéria garante a sua perpetuação
no ambiente na forma de esporo.
Diversos insetos-praga podem ser controlados pelo Bacillus thuringiensis destacando-se:
Trichoplusia ni (lagarta-mede-palmo), Anticarsia gemmatalis (lagarta-da-soja),
Pseudoplusia includens (lagarta-falsa-medideira) e Tuta absoluta (traça-do-tomateiro).
Conclusão
CDU 632(81)
4. http://www.aviculturaindustrial.com.br/site/dinamica.asp?
id=6841&tipo_tabela=noticias&categoria=clipping, acessado em 28/11/2008.
5. http://www.cenargen.embrapa.br/cenargenda/pdf/bioinseticidaa.pdf , acessado em
28/11/2008.
6. http://www.cria.org.br/eventos/simposioCRB/presentations/r_monerat.pdf, acessado
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7. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
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Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Tecnologia e Geociências
Departamento de Engenharia Química
Produção de Bioinseticidas