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CENTRO UNIVERSITÁRIO 7 DE SETEMBRO – UNI7

LUIRTON JADSON ALMEIDA GURGEL

JARVIS - FERRAMENTA PARA O CONTROLE DE


DEMANDAS E AMBIENTES DE DESENVOLVIMENTO DE
SOFTWARE

FORTALEZA – 2018
LUIRTON JADSON ALMEIDA GURGEL
JARVIS - FERRAMENTA PARA O CONTROLE DE
DEMANDAS E AMBIENTES DE DESENVOLVIMENTO DE
SOFTWARE

Artigo apresentado à Universidade 7 de


Setembro como requisito principal para
conclusão da disciplina TCC II e obtenção do
título de Pós-Graduado em Arquitetura de
Sistemas para Internet.

Orientador: Prof. Fábio Henrique Barros, Esp.

FORTALEZA – 2018
JARVIS - FERRAMENTA PARA O CONTROLE DE DEMANDAS E
AMBIENTES DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE

Artigo apresentado à Universidade 7 de Setembro como requisito principal para


conclusão da disciplina TCC II e obtenção do título de Pós-Graduado em
Arquitetura de Sistemas para Internet.

LUIRTON JADSON ALMEIDA GURGEL

Artigo aprovada em: __ /___ /____

1° examinador: ________________________________________

2° examinador: ________________________________________

______________________________________________
Prof. Marum Simão Filho, MSc. (UNI7)
Coordenador do Curso
4

JARVIS - FERRAMENTA PARA O CONTROLE DE DEMANDAS E


AMBIENTES DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE

JARVIS - TOOL FOR THE CONTROL OF DEMANDS AND ENVIRONMENTS OF SOFTWARE


DEVELOPMENT - CENTRO UNIVERSITÁRIO 7 DE SEPTEMBER – CE

GURGEL, Luirton Jadson Almeida 1

BARROS, Fábio Henrique 2

RESUMO

Este artigo demonstra alguns dos problemas enfrentados no


desenvolvimento de software da Secretária de Finanças do Município de Fortaleza,
assim como a criação de um processo e a ferramenta JARVIS para o controle e
gerenciamento de seus sistemas. O JARVIS foi desenvolvido para auxiliar no
monitoramento dos sistemas, assim como centralizar todos os dados fornecidos
pelos outros sistemas como SVN, GIT, OTRS, Jenkins entre outros. Com esse
sistema, o GCS pode administrar e coletar informações para tomar as melhores
decisões, maximizando os benefícios e diminuído os riscos.
Palavras-chave: Sefin; JARVIS; Gcs; Software; Jenkins; Svn; Git; Otrs.

ABSTRACT

This article demonstrates some of the problems encountered in the software


development of Fortaleza Finance Secretary, as well as the creation of a process
and the JARVIS tool for the control and management of its systems. JARVIS was
developed to assist the monitoring of systems, as well as to centralize all data
provided by other systems such as SVN, GIT, OTRS, Jenkins and others. With this
system, the GCS can manage and collect information to make the best decisions,
maximizing the benefits and reducing the risks.
Keywords: Sefin; JARVIS; Gcs; Software; Jenkins; Svn; Git; Otrs.

___________
1 Bacharel do Curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário 7 de Setembro, luirton@gmail.com;
2 Especialista em Desenvolvimento de Sistemas com ênfase na arquitetura JEE, Universidade de Fortaleza,
fabio.hb@gmail.com;

Fortaleza – CE, fevereiro de 2018.


5

1. INTRODUÇÃO

Atualmente muitas empresas de desenvolvimento de software têm buscado


padrões que aumentem sua eficiência e qualidade de seus produtos. Metodologias
para gerenciar o desenvolvimento de software têm sido criadas por causa de um
longo ciclo de vida de um projeto, uma vez que uma grande quantidade de
informações é gerada, tais como requisitos do software, manuais, segurança,
tecnologias utilizadas, testes e outros, que no decorrer do ciclo de vida do projeto
sofrerão várias modificações por diversos motivos.
Visando a qualidade do software, em função dos itens iniciais e suas
modificações no decorrer do ciclo, procura-se garantir que todos os itens incluídos
no projeto, sejam totalmente mantidos sob controle, registrando todas as
alterações com a finalidade de garantir a recuperação dos dados quando
necessário.
Segundo [Pressman, 2006], gerência de configuração de software (GCS) é o
“conjunto de atividades projetadas para controlar as mudanças pela identificação
dos produtos do trabalho que serão alterados, estabelecendo um relacionamento
entre eles, definindo o mecanismo para o gerenciamento de diferentes versões
destes produtos, controlando as mudanças impostas, e auditando e relatando as
mudanças realizadas”. É uma forma de manter a qualidade e integridade do
software, controlando suas mudanças durante seu desenvolvimento.
O objetivo desse artigo é apresentar um problema de controle de mudanças
e demandas, juntamente ao funcionamento e aplicação prática da ferramenta
JARVIS desenvolvida pela “Secretaria de Finanças do Município de Fortaleza - CE
(SEFIN)” para dar suporte ao Controle de Demandas e Ambientes de
Desenvolvimento. A ferramenta foi desenvolvida a partir de um estudo de caso,
onde foram detectadas falhas no método antigo do gerenciamento e coleta de
informações. Espera-se discutir os resultados obtidos com a utilização dessa nova
ferramenta de um modo geral para a instituição, demonstrando as falhas do antigo
método da gestão de configuração e o novo modelo, os indicadores de demandas,
criação de branchs, publicação de novas versões, controle de ambientes e SVN
entre outros.
6

2. MODELOS E CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DE DEMANDAS E


CONFIGURAÇÃO

O desenvolvimento de um software é uma tarefa complicada, por isso para


facilitar sua construção são necessárias ferramentas para gerenciamento. Na sua
construção, existem alguns processos a serem seguidos como, o controle de
demandas, de requisitos, qualidade, tempo e outras. Estes processos são
necessários para reduzir sua complexidade. Este simples fluxo está relacionado à
construção de software, que visa ter uma otimização de tempo e um maior controle
da sua qualidade. GCS é um processo que objetiva a qualidade, controlando as
informações geradas por outros processos [Cunha, Prado, Santos 2004].
O gerenciamento de demandas da “SEFIN” surgiu a partir de uma falha no
processo de construção de novos sistemas, melhorias e correções em sistemas já
em produção e o controle de demandas que ocorria durante todo o processo. O
GCS controla a evolução e integridade do produto pela identificação de seus
elementos, gerenciando e controlando mudança, verificando, gravando e
reportando informação de configuração.
Algumas das atividades do GCS da “SEFIN” são controlar e acompanhar
mudanças, registrar a evolução do projeto, administrar demandas como projetos ou
pacotes, estabelecer a integridade do sistema. Estas atividades devem ser
planejadas inicialmente, provendo assim um plano a ser seguido durante todo o
processo de GCS [SWEBOK 2004, pg 108]. Algumas características e
considerações do processo de gerenciamento de configuração serão apresentadas
a seguir.

2.1. Controle e Acompanhamento de Mudanças

A atividade de controle objetiva gerenciar mudanças durante o ciclo de vida


do software, provendo a identificação de procedimentos a serem usados para
processar mudanças nas linhas de base, verificação de níveis de autoridade para
realizar mudanças especificados no plano, verificação dos tipos das mudanças
dentre outras tarefas [IEEE 1987, pg 26].
O acompanhamento de mudanças é realizando durante todo o
desenvolvimento, sendo registradas e avaliadas conforme sua prioridade. Com
7

base nessas informações, é possível solucionar problemas, versionando o código e


planejar melhor o escopo a cada nova iteração. Em seguida, à medida que o
desenvolvimento acontece, pode-se acompanhar o estado da solicitação até sua
implementação e lançamento de uma nova versão.

2.2. Registrar a evolução do projeto

Mudanças são sempre solicitadas, promovendo a evolução do projeto,


devendo sempre ser registradas por uma ferramenta ou em anotações, gerando
um histórico de evolução. Novas mudanças correspondem sempre a novas
configurações, sendo um conjunto de normas a serem seguidas que formam a
nova evolução em um determinado momento.
Uma das ferramentas para controlar e registrar mudanças é o controle de
versão, que vai além do simples registro do histórico das configurações, tendo
outras responsabilidades importantes: múltiplas edições sobre os arquivos, criação
de variações do projeto, comparação de versões, histórico detalhado dentre outras.
Ele é o elo entre o controle de mudança e a integração do projeto, sendo a parte
principal da GCS.

2.3. Administrar demandas

As administrações das demandas visam o controle de mudanças do


software, por coleta de informações e a geração de relatórios. Esta atividade tem
como objetivo o rastreamento do fluxo de evolução do software. O objetivo desta
atividade é basicamente reportar transações que ocorrem entre entidades
controladas pelo GCS [IEEE 1987, pg 30].
Além de reportar informações do estado corrente da configuração, a
informação obtida pela atividade de administração de estado pode servir como
base de várias medições de interesse ao gerenciamento, desenvolvimento e GCS,
por exemplo, o número de requisições de mudanças por item de configuração e a
média de tempo necessária para programar a mudança [SWEBOK 2004, pg 113].
8

2.4. Estabelecer a integridade do sistema

O objetivo da integração é verificar se a construção do sistema a partir dos


itens registrados em uma configuração é bem-sucedida. O processo de integração
do software provê a combinação de versões de itens de configuração, usando
dados apropriados de configuração em um programa executável para entrega ao
cliente ou a outra atividade do processo de desenvolvimento, tal como a atividade
de teste [SWEBOK 2004, pg 114].
Na prática, a integração pode ser feita de duas formas: manual comparando
as versões, e integrando o necessário ou através de scripts que automatizam a
construção, testes e também a coleta de métricas de qualidade. As ferramentas de
integração contínua acompanham o controle de versão e disparam os scripts cada
vez que uma nova configuração é registrada. A atividade de gerenciamento de
liberações empacota o produto da atividade de integração de software juntamente
com outros produtos do processo de desenvolvimento, como a documentação do
software e instruções de instalação e atualização [SWEBOK 2004, pg 115].

3. GESTÃO DE CONFIGURAÇÃO DE SOFTWARE NA SEFIN

Analisaremos o caso da Secretaria de Finanças do Município de Fortaleza


CE - SEFIN que, apesar de desenvolver seus sistemas de forma consistente,
percebia a dificuldade no gerenciamento de suas informações. Não havia muita
disponibilidade de relatórios, nem o controle eficaz de suas demandas. Mesmo que
todas as demandas fossem atendidas não havia como mensurar o custo e nem o
tempo que uma demanda levou para ser desenvolvida. Isso atendia às demandas
internas, porém, muitas vezes esse custo e tempo atrapalhavam outras demandas.
Na prática cada vez mais atrasaram os projetos ou melhorias, onde deveriam ser
concentrados os esforços para que os resultados pudessem ser atingidos, gerando
uma maior confiabilidade para os gestores.
A ferramenta JARVIS, foi desenvolvida pela SEFIN com o propósito de
corrigir essas falhas no processo de construção e manutenção de sistemas. O
desenvolvimento de um novo modelo e ferramenta tem o objetivo de estabelecer
um padrão de qualidade para os softwares que serão desenvolvidos e mantidos.
Ela auxilia os envolvidos na produção de software definido seus papéis, seus
9

processos, proporcionando assim um ambiente organizado e produtivo, utilizando


um melhor gerenciamento de atividades e tempo a serem executadas nas
operações que envolvem, de alguma forma, a melhoria ou desenvolvimento do
software.
Algumas considerações sobre o modelo antigo e novo da SEFIN, o porquê
de um software próprio, sobre a ferramenta JARVIS e um questionário são
apresentadas a seguir.

3.1. Modelo de GCS utilizada antes na SEFIN e seus problemas

O processo desenvolvimento, antes de ter uma ferramenta para gerenciar os


ambientes e ter controle das demandas, era bastante simples, com o fluxo das
seguintes etapas:
1. Análise de requisitos;
2. O desenvolvimento dos requisitos ou caso de uso;
3. Execuções de testes funcionais;
4. Caso sucesso nos testes era enviado para produção pelo
desenvolvedor;

Esse modelo possui vários problemas, tais como: status das demandas;
responsáveis por demanda; tempo de desenvolvimento; integrações de sistemas;
módulos usados pela demanda. Além de falta de relatórios, o mais grave era a falta
de geração de branchs, pois só existiam duas versões do sistema, a de
desenvolvimento e produção. Na figura 1, tem-se o fluxograma do funcionamento
do modelo antigo utilizando pela SEFIN:

Figura 1: Fluxo de trabalho com o novo modelo.


Fonte: Elaborado pelo Autor
10

3.2. Novo modelo adotado pela SEFIN e sua ferramenta JARVIS

O novo modelo visa corrigir o fluxo do desenvolvimento, análise e


solicitações de demandas. Esse novo processo, tem um rigoroso controle, pois o
software passa por várias etapas para de fato ir para produção. Essas etapas são:

1. A abertura de um OTRS (sigla de Open-source Ticket Request


System, é um sistema de gerenciamento de incidentes livre e de código
aberto), que pode ser aberto tanto por um cliente ou analista, vindo a gerar a
demanda para uma fila, onde será analisado o problema e encaminhado
para o setor responsável, o analista de suporte distribuirá esses OTRS de
acordo com sua categoria, sendo demanda ou projeto;
2. A demanda cadastrada no OTRS é inserida no JARVIS por
categoria, projeto ou demanda e situação atualização imediata ou não,
assim os envolvidos como analistas e desenvolvedores desta demanda são
notificados, dando início a atividade;
3. Caso seja demanda, não é necessário criar um branch, será
realizada a correção no ambiente de manutenção, realizado os testes, é
solicitado à reintegração a produção pelo desenvolvedor responsável;
4. Caso seja um projeto ou evolução, será solicitada a abertura
de um branch, o JARVIS é responsável por criar todo o ambiente, o
repositório no SVN, um novo job no Jenkins, adicionar o projeto a uma
instância não usada do JBoss e notificar aos colaboradores sobre os
problemas, em caso de falha nos merges com a produção entre outros;
5. Depois de sua implementação, o sistema passa por testes,
logo após sua finalização, poderá ir para produção, sendo que as demandas
somente poderão ser implantadas as terças e quintas e projetos somente às
segundas;

Para esse novo processo, foi desenvolvida essa nova ferramenta, com o
propósito de corrigir falhas no processo de construção e manutenção dos seus
sistemas e atendendo ao novo fluxo. Na figura 2, tem-se o fluxograma do
funcionamento do novo modelo utilizando o JARVIS e a nova metodologia na
SEFIN:
11

Figura 2: Fluxo de trabalho com o novo modelo.


Fonte: Elaborado pelo Autor

3.3. A Ferramenta JARVIS e seu funcionamento

A ferramenta vem com o intuito de melhorar todo o gerenciamento do


processo e das demandas, solicitadas pela área de negócio. A seguir são
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mostradas algumas das telas da interface da ferramenta. Ao iniciar o sistema, após


efetuar o login, o usuário verá a tela apresentada na figura 3.
Nesta tela ele poderá selecionar no menu o que deseja trabalhar, também
são exibidos os dados sobre todas as demandas ou projetos, os status que se
encontram, quantidade de demandas em atraso, entre outras informações.

Figura 3: JARVIS - Tela inicial.


Fonte: Elaborado pelo Autor.

Selecionando o menu opções, demanda de manutenção, será apresentada


a tela de pesquisa de demandas juntamente com seus filtros. Ao pesquisar por
desenvolvedor será apresentado todas as demandas, conforme pode ser visto na
figura 4. Serão exibidas as informações do analista responsável, do demandante, a
data de início, o OTRS, quais aplicações estão envolvidas, o status e ações.
13

Figura 4: JARVIS - Tela de pesquisa de demandas de manutenção.


Fonte: Elaborado pelo Autor.

Ao clicar no botão “Nova demanda”, na tela de pesquisa, será redirecionado


para tela de cadastro de nova demanda exibida na figura 5.

Figura 5: JARVIS - Tela de cadastro de demandas.


Fonte: Elaborado pelo Autor.
14

Ainda na tela de pesquisa de demandas de manutenção, são exibidos


alguns botões com diferentes ações, onde poderá solicitar a confirmação ou
cancelar um commit. Ao clicar em solicitação será redirecionado para tela de
liberação de commit, onde somente os desenvolvedores ou os gestores de
configuração tem acesso exibido na figura 6. Nesta tela, o sistema comunica-se
com o SVN, liberando o acesso para commit de determinados OTRS e para os
módulos especificados.

Figura 6: JARVIS - Tela de pesquisa de projetos.


Fonte: Elaborado pelo Autor.

Selecionado no menu opções, demanda de projeto, iremos ser


apresentados à tela de pesquisa de demandas de projeto, juntamente com seus
filtros que seguem o mesmo padrão da tela de pesquisa de manutenção. Ao
pesquisar por desenvolvedor serão apresentados todos os projetos que o mesmo
estiver trabalhando, como pode ser visto na figura 7. Diferentemente da tela de
manutenção, serão exibidas informações sobre o projeto, como nome do branch,
15

desenvolvedores que estão trabalhando, quais módulos e aplicações serão


afetadas com o projeto, servidores para testes, status, entre outras. Na coluna de
ações, somente será exibido o pedido de reintegração aos analistas responsáveis
pelo branch.

Figura 7: JARVIS - Tela de pesquisa de projetos.


Fonte: Elaborado pelo Autor.

Outra funcionalidade importante é a tela de informações sobre a ocupação


dos servidores, que pode ser acessada ao selecionar o menu opções, ocupação.
Nele serão exibidos todos os servidores disponíveis de todas as aplicações, bem
como o domain controller, host, status (indica se está livre ou não), identificador de
demandas informando qual branch está alocada, bancos de dados acessados por
cada aplicação e informações do servidor de aplicação. Nessa tela é possível
observar que é feita toda a integração com o servidor de aplicação JBoss, como
exibido na figura 8.
16

Figura 8: JARVIS - Tela de ocupação dos servidores.


Fonte: Elaborado pelo Autor.

3.4. Porque um software próprio e não um de mercado?

Atualmente, existem poucos softwares de gestão de configuração que sejam


integrados com alguns sistemas, mas não fazem toda integração e gerenciamento
necessário, como é o caso do Jenkins que se integra com o SVN e Mantis. No
caso da SEFIN, são utilizadas várias aplicações para gerir todo o fluxo de
desenvolvimento, alguns deles são: OTRS, Jenkins, Maven, Nexus, SVN, Git,
Active Directory do Windows, entre outras.
O JARVIS faz toda integração com estes softwares, atendendo ao fluxo
definido de como devem prosseguir as demandas, já os outros softwares
pesquisados, não atenderam aos requisitos de negócio. Além disso, também
possuem limitações, pois não poderiam ser customizado devido suas licenças e
assim não atendem às necessidades existentes.
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3.5. Quais as funcionalidades do JARVIS e quais os ganhos obtidos com


seu uso?

O JARVIS tem como principal finalidade auxiliar os envolvidos na produção


de software, integrando todos os sistemas, centralizando assim todas as
informações, fazendo o controle de demandas para evolução ou melhoria do
sistema, acompanhado o status das solicitações, seguindo os fluxos e assim
proporcionando um ambiente organizado e produtivo.
Além de contar com toda a integração e centralização de informações, a
ferramenta também tem o controle das atividades, a criação de branchs, a
liberação de acessos ao SVN, ocupações dos servidores de teste, todos os
sistemas em produção com seus status, integração com o Jenkins, integração
entre branchs notificando caso tenha ocorrido sucesso ou falha nos merges,
relatórios detalhados sobre demandas e projetos, as versões que estão em
produção juntamente às modificações feitas e o controle de todos os módulos e
suas dependências. A seguir será exibido na figura 9 o diagrama de integração do
JARVIS.

Figura 9: JARVIS - Diagrama de integração.


Fonte: Elaborado pelo Autor.
18

Com o JARVIS, a SEFIN teve um ganho em toda a parte gerencial, pois


agora é possível mensurar o tempo das atividades, quais recursos estão
disponíveis, quais solicitações estão atendidas e pendentes e todo o contexto dos
ambientes.

3.6. Questionário

Para coletar as informações, sobre o custo e resultados obtidos, foi


utilizamos um questionário com questões abertas, aplicadas de forma oral, ao
arquiteto e desenvolvedor da ferramenta, funcionários da SEFIN.
A necessidade de obter informações de forma mais abrangente tem como
objetivo esclarecer os resultados e detalhes que fazem parte da utilização da nova
ferramenta, segundo GIL (2007, p. 129).

Há quanto tempo o JARVIS está em uso?

- O JARVIS foi desenvolvido a pouco mais de 1 ano, sendo que o seu uso
está a pouco mais 6 meses.

Quem são os usuários que utilizam a ferramenta?

- Os analistas de requisitos, desenvolvedores, gerentes de projeto, analistas


de testes, alguns auditores e gerentes das células de desenvolvimento e análise.

Quais informações são extraídas através do JARVIS?

- Utilizamos informações referentes ao desempenho dos envolvidos nos


projetos ou melhorias nos sistemas, além do detalhamento dos ambientes, como
por exemplo, quais demandas entraram em produção determinado dia e quais os
responsáveis por tal atividade, projetos já finalizados, quantas demandas de
correção entraram por dia, quais ambientes estão livres, quantas branchs em
desenvolvimento entre outras.
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Como você pode mensurar os benefícios obtidos com o uso do


JARVIS?

- Podemos utilizar como parâmetro de avaliação principal o tempo


necessário para obter as informações. Antes do JARVIS, uma análise de
demandas postas em produção levaria horas, pois o controle era somente através
de ticket e uns registros no SVN não tinham como saber em qual versão do
sistema foi à modificação, pois não tínhamos branchs, somente dois ambientes
onde um era o desenvolvimento e outro a produção, sendo que várias correções
eram feitas na própria produção.
- Atualmente os relatórios são quase instantâneos, graças a isso temos uma
análise detalhada de todas as melhorias feitas, quais sistemas foram afetados por
tais mudanças e se a integração entre os sistemas usados pela SEFIN teve
problemas ao realizar os merges. Também temos como analisar diariamente os
problemas ocasionados pelos merges, bugs, sem haver necessidade de uma
intervenção direta nos sistemas, pois antes teríamos que parar todos os sistemas e
fazer a volta de versões manualmente, algo que o JARVIS já faz de forma
automática. Portanto, podemos dizer que tivemos um ganho de desempenho de
pelo menos 50% nos controles e velocidades de obtenção de informações para
podermos tomar uma decisão, permitindo-nos reagir de forma rápida em casos de
problemas ou até mesmo no desenvolvimento. Existiam demandas aberta há muito
tempo e não era tomada nenhuma decisão se seriam desenvolvidas ou não. Isso
fez com que atividades fossem gerenciadas e o seu desenvolvimento acelerando,
mantendo sempre todas as solicitações atendidas a tempo.

Como você pode mensurar os custos do seu desenvolvimento?

- Sobre o custo do desenvolvimento, podemos dizer que poucos recursos


foram utilizados, pois em seu tempo livre, os desenvolvedores eram convidados a
trabalhar em ideias que fizessem com que a SEFIN controlasse melhor os
processos ou até mesmo o atendimento ao público. Levando em consideração um
software pago, e que deveria atender aos fluxos definidos, poucas ferramentas
fazem toda a integração que o JARVIS faz.
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Em termos de retorno financeiro, qual o retorno percebido com a


utilização do JARVIS?

- Não há como falar claramente o retorno, pois trabalhamos, mas em relação


a tempo, mesmo assim poderia dizer que o custo com uma ferramenta comprada
seria maior que o custo gasto com o desenvolvimento do JARVIS pela própria
SEFIN, levando em consideração que os próprios colaboradores o desenvolveram
em tempo livre.

3.7. RESULTADOS

Após a implantação da ferramenta na SEFIN, percebeu-se o aumento na


produtividade, pois teve ganho de tempo na criação de ambientes para
desenvolvimento, obteve-se controle dos programadores onde é analisado o tempo
de cada demanda, pois, relatórios que antes eram montados para avaliar cada
situação, agora estão disponíveis de forma automatizada.
Além do fácil acesso às informações essenciais, houve também um
aumento na confiabilidade das informações, uma vez que na etapa de implantação
da ferramenta, todas as fontes de dados e consequentemente todos os dados são
validados, garantindo a informação.
Logo abaixo será exibido na tabela 1 às funcionalidades do JARVIS e os
ganhos com a ferramenta o e novo modelo de trabalho:

Algumas Funcionalidades Ganhos


Integração com sistemas auxiliares Auxílio na produção de software,
Relatórios sobre status, histórico de
(Jenkins, OTRS, Svn, Git, Jboss).
demandas e projetos.
Centralização das Informações. Controle das atividades.
Controle das demandas e evoluções. Ocupação dos desenvolvedores.
Criação de branch junto com toda Custo e tempo no desenvolvimento.
integração (servidor de teste, jobs do
jenkins, merges automáticos).

Tabela 1: Tabela de Funcionalidades e Ganhos


Fonte: Elaborado pelo Autor.
21

4. CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo apresentar os problemas enfrentados


SEFIN no processo de construção de seus softwares, a solução que foi o
desenvolvimento de uma ferramenta chamada de JARVIS, para gerenciar e
controlar a gestão de configuração de software. Mostrar na prática, o uso da
ferramenta, a mudança do fluxo de desenvolvimento para o novo modelo, assim
exibindo para os leitores como funcionava e como ficou o desenvolvimento na
SEFIN.
Foram identificados pontos no fluxo antigo, onde não havia controles de
gerenciamento do sistema. Assim, estes foram adaptados para que pudessem
tornar o processo de desenvolvimento de software se mais produtivo. Esses pontos
foram identificados a partir das dificuldades encontradas no processo, que foram
contornadas com a criação do JARVIS. Ao longo do texto, foram descritos alguns
aspectos no processo antes e depois da ferramenta, que merece uma melhor
reflexão no contexto, por mostrarem maiores preocupações que não existiam
antes.
Através das respostas obtidas pelo questionário, foram avaliados de forma
positiva os resultados obtidos, comparando o cenário antes e depois de implantar a
ferramenta, pois o tempo para obter as informações de controle, bem como para a
aplicação de medidas para aperfeiçoar os resultados foi reduzido
consideravelmente, conforme era esperado nos estudos que viabilizaram a
implantação.
Com isso, foi concluído que tanto o novo processo como a ferramenta
JARVIS foram vantajosas, permitindo obter um maior controle sobre seus sistemas
e problemas, captação de informações corretas e disponíveis em tempo hábil,
assim como a tomada de decisão tanto pelo sistema de forma automática como
pelo GCS ou pela área responsável.

5. TRABALHOS FUTUROS

A nova metodologia e o JARVIS ainda não se integram com os sistemas da


SEFIN, um deles e o SIT, sistema de integração territorial, ele usa outras
22

tecnologias e uma delas é o GIT, como controle de versão, assim será feito
integração com o GitLab para ser feito esse controle em mais um sistema.
Serão também atribuídas novas funcionalidades ao JARVIS, como um
painel central onde todos poderão acompanhar suas demandas, o status, o tempo
de trabalho caso esteja em atraso; O usuário para trabalhar em determinado
sistema precisará de autorização; Testes de integração com sistemas externos em
docker; finalizar a integração com o OTRS após a reintegração da branch ou
demanda, notificar os envolvidos e finalizar o ticket do OTRS de forma automática.
Melhorar o gerenciamento do JBoss, não só associar uma branch a um servidor,
mais ter o controle de filas, de conexões com o banco, entre outras.

REFERÊNCIAS

Cunha, J. R. D. D. C.; Prado, A. F.; Santos, A. C. dos. Uma Abordagem para o


Processo de Gerenciamento de Configuração de Software, Revista Eletrônica
de Sistemas de Informação (RESI), São Paulo, v. III, 01 nov. 2004.

IEEE - The Institute of Electrical and Electronics Engineers, IEEE Guide to


Software Configuration Management, ANSI/IEEE std 1042-1987, 1987.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed – 8ª


reimpre. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

PRESSMAN, R. S. Software Engineering: a practitioner's approach. Mc. Graw


Hill Higher Educational, 6a. Edição. 2006

[SWEBOK 2004] Guide to the Software Engineering Body of Knowlegment,


2004. Disponível em http://www.swebok.org/htmlformat.html. Acesso em
21/08/2007.

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