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I Série
Número 20
BOLETIM OFICIAL
SUMÁRIO
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A exigência da competitividade na era da globalização O Ministério da Cultura é recriado, dando assim satis-
coloca à comunidade académica, científica e empresarial fação aos agentes e promotores da cultura e valorizando,
acrescidos desafios, justificando o reforço e a continuada deste modo, a politica de defesa do património, de apoio à
aposta no conhecimento. A inovação é hoje um factor cha- criação artística e de acesso de todos aos bens da cultura.
ve da competitividade, pelo que essa função deverá estar Além da sua missão tradicional, o Ministério da Cultura
associada às áreas do ensino superior e da ciência numa vai dar uma atenção especial às economias criativas (v.g.
tutela comum, criando-se o Ministério do Ensino Supe- actividades cinematográficas e audiovisuais).
rior, Ciência e Inovação que vai-se ocupar da matéria de As Comunidades Cabo-Verdianas são um traço es-
ensino superior, investigação científica, o desenvolvimen- trutural da História de Cabo Verde, sendo importante
to tecnológico e inovação em todos os sectores, bem como continuar a promover um aprofundamento da ligação às
a coordenação dos organismos públicos de investigação Comunidades, procurando também aproximar os cabo-
de titularidade estatal e promover a qualificação das verdianos às suas origens, de modo a defender e projectar
cabo-verdianas e dos cabo-verdianos. a imagem de Cabo Verde no mundo. Com este propósito,
O desenvolvimento da sociedade de informação fica recria-se o Ministério das Comunidades.
a cargo do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Na Chefia do Governo ficam, entretanto, situados
Inovação. vários sectores que a experiência aconselha a colocar
Pelo que respeita ao sector real da economia, a neces- na dependência política superior do próprio Primeiro-
sidade de, na actual conjuntura, não concentrar, num só Ministro ou de membros do Governo que a integram:
departamento, a tutela de todos os sectores económicos Comunicação Social, Reforma do Estado, Imigração,
não carece de especial justificação, dada a sua tradicional Género, Assuntos Parlamentares, empreendedorismo
dispersão departamental. social e a defesa do consumidor.
Entende-se que a reunião frequente do Conselho para Assim, o Ministro dos Assuntos Parlamentares vai
os Assuntos Económicos irá compensar a eventual falta ocupar-se, em especial, das relações com a Assembleia
de unidade e de coordenação de políticas que a não ligação Nacional, de modo a intensificar ainda mais o diálogo
a um único departamento poderá pressupor. entre o Governo e o Parlamento, tutelar o sector da co-
municação social e assegurar as relações do Governo com
O enquadramento das actividades económicas esgota- os grupos parlamentares e com as confissões e entidades
se, no essencial, no âmbito do Ministério das Infraestru- religiosas.
turas e da Economia Marítima, no Ministério do Turismo,
Indústria e Energia e no Ministério do Desenvolvimento O Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro tem a seu
Rural. cargo as politicas em matéria de defesa do consumidor
e da imigração.
O Primeiro-Ministro vai ocupar-se da matéria do de-
senvolvimento e promoção do crescimento da economia O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros
cabo-verdiana, incluindo as vertentes de promoção e ocupa-se da coordenação dos assuntos de relevância
apoio ao investimento, na medida em que irá exercer para acção governativa, a preparação, desenvolvimento
a superintendência sobre a Cabo Verde Investimentos. e seguimento do programa legislativo e o apoio imediato
ao Conselho de Ministros.
As actividades referentes às relações económicas e
comerciais internacionais ficam a cargo do Ministério Pelo seu carácter global, o sector da reforma política e
das Relações Exteriores, em estreita articulação com os da Administração Pública depende do Primeiro-Ministro,
ministérios sectoriais competentes. que acumula as funções de Ministro da Reforma do
Estado.
Com o propósito de chamar a atenção para a impor-
tância que têm, no quadro do sector produtivo, as pescas O Governo compreende, para além do Primeiro-Minis-
e os demais sectores de actividades ligadas ao mar – in- tro, 17 (dezassete) Ministros, sendo que se acumulam
vestigação oceanológica, portos, transportes marítimos, os cargos de Ministro da Reforma do Estado, Ministro
turismo náutico e de realçar um fio condutor que une Adjunto e da Saúde, Ministro da Presidência e da Defesa.
todas essas actividades, que é o mar, criou-se o Ministério O número de Secretários de Estado continua em três.
das Infraestruturas e da Economia Marítima. Assim;
A este departamento são confiadas, ainda, missões, No uso da faculdade conferida pelo n.º 4 do artigo 187º
aliás tradicionais, nos domínios da construção e Infra- e n.º 1 do artigo 204º, ambos da Constituição, o Governo
estruturas e dos transportes aéreos e das comunicações. decreta o seguinte:
Há vantagens, em termos de operacionalidade e de CAPITULO I
eficiência, na gestão integrada de uma carteira de obras Estrutura governamental
públicas extensa para a dimensão de Cabo Verde que vai
Secção I
ser executada ao longo desta VIII Legislatura.
Composição
Experimenta-se pela primeira vez a concepção políti-
Artigo 1º
ca profundamente moderna da integração das áreas do
ambiente, recursos hídricos e ordenamento do território Composição do Governo
num só departamento, com a designação de Ministério O Governo é constituído pelo Primeiro-Ministro, pelos
do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território. Ministros e pelos Secretários de Estado.
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Artigo 2º b) Orientar e coordenar a acção de todos os
Ministros Ministros, sem prejuízo da responsabilidade
directa dos mesmos na gestão dos respectivos
1. Integram o Governo os seguintes Ministros:
departamentos governamentais; e
a) Ministro da Reforma do Estado;
c) Apresentar aos demais órgãos de soberania ou
b) Ministro Adjunto do Primeiro Ministro; do poder político, em nome do Governo, as
c) Ministro da Saúde; propostas por este aprovadas, bem como
solicitar àqueles órgãos quaisquer outras
d) Ministro das Finanças e do Planeamento; diligências requeridas pelo Governo.
e) Ministro da Presidência do Conselho de Ministros; 2. Compete ainda ao Primeiro-Ministro presidir ao
f) Ministro da Defesa Nacional; Conselho de Concertação Social e à Comissão Interminis-
terial para a Sociedade de Informação (CIISI), coordenar
g) Ministro das Relações Exteriores;
e orientar a acção dos Serviços de Informações da Repú-
h) Ministro dos Assuntos Parlamentares; blica (SIR) e exercer poderes de superintendência sobre
i) Ministro da Administração Interna; a Cabo Verde Investimentos (CI), o Centro de Políticas
e Estratégias e o Núcleo Operacional para a Sociedade
j) Ministro da Justiça; de Informação (NOSI).
k)Ministro das Infraestruturas e da Economia 3. O Primeiro-Ministro pode delegar em qualquer
Marítima; membro do Governo, com faculdade de subdelegação, a
l) Ministro do Desenvolvimento Social e Família; competência que lhe é conferida por lei.
m) Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento 4. A competência atribuída por lei ao Conselho de
do Território; Ministros, no âmbito dos assuntos correntes da Adminis-
tração Pública, pode ser delegada no Primeiro-Ministro,
n) Ministro da Juventude, Emprego e Desenvol-
com a faculdade de subdelegar em qualquer membro do
vimento dos Recursos Humanos;
Governo.
o) Ministro do Turismo, Indústria e Energia;
5. O Primeiro-Ministro assegura o relacionamento do
p) Ministro da Educação e Desporto; Governo com a Autoridade Reguladora das Aquisições
q) Ministro do Desenvolvimento Rural; Públicas.
Artigo 5º
r) Ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação;
Substituição
s) Ministro das Comunidades; e
1. O Primeiro-Ministro, nos seus impedimentos e au-
t) Ministro da Cultura. sências, é substituído pelo Ministro por ele indicado ao
2. O Ministro da Saúde e o Ministro da Defesa Nacional Presidente da República.
desempenham os cargos, em regime de acumulação, de 2. A indicação a que se refere o número anterior segue,
Ministro Adjunto e de Ministro da Presidência do Con- preferencialmente, a ordem estabelecida no artigo 2º.
selho de Ministros, respectivamente.
3. Na falta da indicação ou em caso de vacatura, com-
Artigo 3º
pete ao Presidente da República designar o Ministro para
Secretários de Estado substituir o Primeiro-Ministro.
Integram o Governo os seguintes Secretários de Estado: Artigo 6º
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3. Os Ministros podem delegar nos Secretários de Es- b) O Hospital Central Dr. Baptista de Sousa (HBS);
tado ou nos titulares de altos cargos públicos ou pessoal e
dirigente e equiparado deles dependentes, a competência c) O Centro Nacional de Desenvolvimento Sanitário
que a lei lhes confere. (CNDS).
Artigo 8º
4. O Ministro da Saúde dirige superiormente o Hospital
Princípio da articulação Regional Santiago Norte – Serviço Autónomo.
Os Ministros articulam-se entre si sempre que necessá- Artigo 12º
rio, regra geral por iniciativa do Ministro organicamente
Ministro das Finanças e do Planeamento
competente em razão da matéria, e em especial com
aqueles que intervêm numa mesma área por inerência 1. O Ministro das Finanças e do Planeamento propõe,
das políticas e acções dos seus ministérios respectivos. coordena e executa as políticas em matéria de gestão das
finanças do Estado nos domínios do orçamento, sistema
Artigo 9º
fiscal, tesouro, património e privatização, bem como em
Ministro da Reforma do Estado matéria do planeamento e desenvolvimento regional.
1. O Ministro da Reforma do Estado propõe, coordena, 2. O Ministro das Finanças e do Planeamento ainda,
acompanha e avalia a execução: propõe a política financeira do Estado nos domínios mone-
tário, cambial e creditício, ouvido o Banco de Cabo Verde.
a) De medidas referentes à reforma do Estado nas
diferentes valências da agenda da Reforma do 3. Cabe ao Ministro das Finanças e do Planeamento:
Estado, incluindo os domínios de expansão das a) Assegurar a tutela financeira do sector
liberdades, da consolidação da democracia, empresarial do Estado e o exercício da função
do reforço da cidadania, da organização accionista do Estado;
e funcionamento do sistema político e da
b) Definir as orientações das empresas participadas
organização territorial do Estado; e pelo Estado e acompanhar a sua execução, em
b) De políticas em matéria de reforma, organização, articulação com os Ministros responsáveis
funcionamento dos serviços, gestão e pelos sectores interessados;
qualificação dos recursos humanos da c) Definir as bases gerais da política de
Administração Pública. desenvolvimento regional visando o
2. O Ministro da Reforma do Estado preside o Conselho desenvolvimento económico e social do País, em
articulação com os restantes departamentos
Nacional para a Reforma do Estado e superintende a
governamentais responsáveis;
Unidade de Coordenação da Reforma do Estado (UCRE).
d) Implementar a política de desenvolvimento
3. O Ministro da Reforma do Estado dirige superior- regional e acompanhar as suas repercussões
mente a estrutura responsável pelas Casas do Cidadão. a nível sectorial e regional:
Artigo 10º
e) Exercer em relação às empresas do sector
Ministro Adjunto do Primeiro - Ministro empresarial do Estado outras competências
1. O Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro coadjuva que lhe são atribuídas por lei, nomeadamente
directamente o Primeiro-Ministro e desempenha as fun- designar os representantes do Estado nas
ções que lhe sejam delegadas pelo Conselho de Ministros Assembleias Gerais, nos Conselhos de
Administração e nos Conselhos Fiscais, nas
e pelo Primeiro-Ministro.
sociedades de capitais públicos ou em que o
2. O Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro propõe, Estado tenha participação, em articulação
coordena e executa as políticas em matéria de defesa do com os Ministros responsáveis pelos sectores
consumidor e da imigração. em causa;
3. O Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro exerce f) Centralizar as relações de Cabo Verde com as
poderes de superintendência sobre o Instituto Cabo-ver- organizações financeiras internacionais, em
diano para a Igualdade e Equidade do Género (ICIEG). estreita articulação com o Ministério das
Relações Exteriores;
Artigo 11º
g) Exercer as funções de Ordenador do Fundo
Ministro da Saúde
Europeu de Desenvolvimento;
1. O Ministro da Saúde propõe, coordena e executa
h) Designar para o cargo de governador, em
as políticas em matéria de saúde e de reabilitação de representação de Cabo Verde no Fundo
portadores de deficiência. Monetário Internacional, o Governador do
2. O Ministro da Saúde propõe e executa, em coorde- Banco de Cabo Verde; e
nação com o Ministro das Relações Exteriores, medidas i) Assegurar a adopção e implementação do sistema
de política, acções e programas de planeamento e gestão nacional de planeamento, com o objectivo
das relações de Cabo Verde com a Organização Mundial de enquadrar, harmonizar e orientar a
de Saúde (OMS). formulação das políticas públicas bem como
a elaboração, administração e avaliação
3. O Ministro da Saúde exerce poderes de superinten-
do plano estratégico nacional e demais
dência sobre: planos nacionais, sectoriais e regionais de
a) O Hospital Central Dr. Agostinho Neto (HAN); desenvolvimento económico e social.
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4. O Ministro das Finanças e do Planeamento, asse- do presente artigo, assegura a articulação e a compatibi-
gura, nos termos da lei, as relações do Governo com o lização das políticas, instrumentos e medidas de política
Banco de Cabo Verde, com respeito integral pela auto- a executar pelos ministérios e outras entidades públicas
nomia deste na execução da política monetária e cambial em matéria de segurança nacional, designadamente
do Governo, bem como com o Tribunal de Contas, sem realizando as arbitragens e transmitindo as orientações
prejuízo da independência deste. gerais que se mostrarem necessárias sobre as referidas
5. O Ministro das Finanças e do Planeamento exerce, políticas, instrumentos e medidas de política.
em articulação com o Ministro do Desenvolvimento Social 5. O Ministro da Defesa Nacional propõe e executa, em
e Família, poderes de orientação geral sobre o Instituto coordenação com o Ministro das Relações Exteriores, a
Nacional de Previdência Social (INPS) em matéria de participação de militares em missões internacionais de
gestão financeira, no quadro das políticas macroeconó- paz ou de segurança colectiva.
mica e financeira. Artigo 15º
6. O Ministro das Finanças e do Planeamento exerce Ministro das Relações Exteriores
poderes de superintendência sobre o Instituto Nacional
de Estatística (INE). 1. O Ministro das Relações Exteriores propõe, coordena
e executa a política das relações externas de Cabo Verde,
Artigo 13º
nas vertentes da diplomacia, das funções consulares, da
Ministro da Presidência do Conselho de Ministros
cooperação internacional para o desenvolvimento, em
1. O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros matéria de assuntos globais e da integração regional,
coadjuva o Primeiro-Ministro na presidência do Conselho bem como a política das relações económicas e comerciais
de Ministros e na coordenação do trabalho governamental internacionais, de conformidade com as directrizes do
e assume as funções de porta-voz do Governo. Governo e em aplicação do princípio de unidade de acção
com o exterior;
2. O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros,
além de outras funções que lhe sejam delegadas pelo Con- 2. O Ministro das Relações Exteriores assegura a coor-
selho de Ministros ou pelo Primeiro-Ministro, coordena a denação da gestão global das relações externas de Cabo
preparação e a organização do trabalho governamental e Verde, assim como centraliza as relações de quaisquer
a sua tramitação, bem como o seguimento e a avaliação entidades públicas cabo-verdianas com as representações
das decisões tomadas pelo Governo. e as missões diplomáticas e consulares de Cabo Verde
3. O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros junto de outros Estados ou de organismos internacionais
coordena a divulgação das acções e medidas do Governo e com as missões diplomáticas e consulares e as repre-
e organiza a forma e o modo de intervenção pública do sentações de organismos internacionais acreditadas em
mesmo. Cabo Verde.
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Indústria e Energia, a definição da orientação estratégica (CILSS), com a Organização das Nações Unidas para
relativamente às entidades do sector empresarial do a Alimentação e Agricultura (FAO), com o Programa
Estado no domínio do comércio, do turismo, da indústria Alimentar Mundial (PAM), com o Fundo Internacional
e energia, ou em que o Estado detenha a maioria das para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e com outros
participações nos sectores antes indicados. organismos internacionais especializados em matéria
de agricultura, alimentação, meteorologia e geofísica.
4. O Ministro do Turismo, Indústria e Energia preside
ao Conselho Nacional do Turismo. 3. O Ministro do Desenvolvimento Rural exerce poderes
de superintendência sobre:
5. O Ministro do Turismo, Indústria e Energia exer-
ce poderes de superintendência, conjuntamente com o a) O Instituto Nacional de Engenharia Rural e
Ministro da Cultura, sobre o Instituto da Propriedade Florestas (INERF); e
Intelectual. b) O Instituto Nacional de Investigação e
6. O Ministro do Turismo, Indústria e Energia assegura Desenvolvimento Agrário (INIDA).
o relacionamento do Governo com a Agência de Regulação 4. O Ministro do Desenvolvimento Rural assegura o
e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares relacionamento do Governo com a Agência Nacional de
(ARFA) e com a Agência de Regulação Económica (ARE) Segurança Alimentar (ANSA).
Artigo 24º
Artigo 26º
Ministro da Educação e Desporto Ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação
1. O Ministro da Educação e Desporto propõe, coordena 1. O Ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação
e executa as políticas em matéria da educação pré-escolar propõe, coordena e executa as políticas em matéria de en-
e do ensino básico, secundário e técnico, da educação sino superior, investigação científica, o desenvolvimento
extra-escolar, do desporto e bem assim, da acção social tecnológico e inovação em todos os sectores e sociedade
escolar. de informação, bem como a coordenação dos organismos
2. O Ministro da Educação e Desporto, em estreita públicos de investigação de titularidade estatal.
ligação com o Ministro do Ensino Superior, Ciência e 2. O Ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação,
Inovação, o Ministro das Relações Exteriores e o Ministro em estreita ligação com o Ministro das Relações Exte-
da Cultura, centraliza e coordena as relações de Cabo riores, com o Ministro da Educação e Desporto e com o
Verde com a UNESCO, na área da educação. Ministro da Cultura, centraliza e coordena as relações de
3. O Ministro da Educação e Desporto preside ao Con- Cabo Verde com a UNESCO, na área da ciência.
selho Nacional de Educação e ao Conselho Nacional do 3. O Ministro do Ensino Superior, Ciência e Cultura
Desporto. exerce poderes de superintendência sobre a Universidade
4. O Ministro da Educação e Desporto dirige supe- de Cabo Verde.
riormente o Fundo Nacional de Desenvolvimento do 5. O Ministro do Ensino Superior e Ciências dirige
Desporto. superiormente a Comissão Nacional de Cabo Verde para
5. O Ministro da Educação e Desporto é vice-presidente a UNESCO (CNU).
da Comissão Nacional de Cabo Verde para a UNESCO Artigo 27º
(CNU). Ministro das Comunidades
6. O Ministro da Educação e Desporto exerce superin- 1. O Ministro das Comunidades propõe, coordena e exe-
tendência sobre: cuta políticas relativas às comunidades cabo-verdianas
a) A Fundação Cabo-verdiana de Acção Social e estabelecidas no estrangeiro.
Escolar; 2. O Ministro das Comunidades acompanha, em
b) O Instituto Pedagógico (IP); e articulação com o Ministério das Relações Exteriores,
as relações de entidades públicas cabo-verdianas com
c) A Radiotelevisão e Tecnologias Educativas associações ou organismos comunitários cabo-verdianos
Informacionais. no exterior, devendo, para o efeito, cada uma dessas en-
Artigo 25º tidades fornecer-lhe informação regular sobre o estado
Ministro do Desenvolvimento Rural das referidas relações.
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2. Os GIT são constituídos por Ministros e Secretários g) O Director Geral dos Serviços de Informações da
de Estado neles podendo participar, quando convocados República; e
para o efeito pelos respectivos presidentes, titulares de
h) Os responsáveis pelos sistemas de autoridade
altos cargos públicos e outros funcionários com estatuto
marítima e aeronáutica.
de pessoal dirigente.
4. O Primeiro-Ministro pode convocar reuniões especia-
3. Os GIT são presididos por um Ministro designado
lizadas do Conselho de Segurança Nacional em matéria
pelo Primeiro-Ministro e estabelecem as suas próprias
de informações.
regras de funcionamento interno.
5. O Procurador-Geral da República tem assento no
4. Os GIT apresentam relatórios regulares ao Primeiro-
Conselho de Segurança Nacional, para os efeitos do dis-
Ministro nos termos por este determinado.
posto no n.º 2 do artigo 225º da Constituição.
Artigo 46º
6. O Primeiro-Ministro, quando o considerar conve-
Conselho de Segurança Nacional niente, pode convidar a participar nas reuniões outras
1. O Conselho de Segurança Nacional é o órgão inter- entidades com especiais responsabilidades na prevenção
ministerial de consulta e coordenação em matéria de e repressão da criminalidade ou na pesquisa e produção
segurança nacional e informações. de informações relevantes para a segurança interna.
2. O Conselho de Segurança Nacional assiste o Pri- 7. O Conselho de Segurança Nacional elabora o seu
meiro-Ministro no exercício das suas competências em regimento e submete-o à aprovação do Conselho de
matéria de segurança interna e informações e compete- Ministros.
lhe, nomeadamente: Artigo 47º
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2. No prazo de 60 dias a contar da data da publicação que integram o sector empresarial do Estado e os insti-
do presente diploma devem ser submetidos a Conselho de tutos públicos, do qual deve constar, nomeadamente, a
Ministros os projectos de diploma que consagrem, para indicação dos membros do Governo responsáveis pelo
cada ministério, as alterações que se revelem necessárias exercício dos respectivos poderes de tutela e superin-
e decorram da nova estrutura Orgânica do Governo. tendência, ou relativos ao exercício da função accionista.
3. As alterações na estrutura Orgânica resultantes do Artigo 53º
presente diploma são acompanhadas pelo consequente Disponibilização de serviços através da Internet e do Service
movimento de pessoal, sem dependência de qualquer Center da Casa do Cidadão
formalidade e sem que daí resulte perda de direitos 1. As entidades da administração directa e indirecta
adquiridos. do Estado, bem como as empresas públicas dependentes
4. Os direitos e as obrigações, incluindo as posições dos membros do Governo previstos no presente diploma
contratuais, o acervo documental e o património, de que devem disponibilizar todos os seus serviços acessíveis
eram titulares os departamentos, serviços ou organismos através da Internet, no Porton di nos Ilha (www.porton-
objecto de alterações por força do presente diploma são dinosilha.cv), e do Service Center da Casa do Cidadão
automaticamente transferidos para os novos departa- na linha verde 8002008, no prazo de 24 meses a contar
mentos, serviços ou organismos que os substituem, sem da data de entrada em vigor do presente diploma, criando
dependência de qualquer formalidade. assim condições para o cidadão se autenticar uma única vez.
5. As transferências de património previstas no número 2. O disposto no número anterior não prejudica a dis-
anterior são formalizadas mediante inventários e guias ponibilização dos serviços acessíveis através da Internet
de entrega assinados pelo Director Geral do Património em outros sítios.
de Estado e da Contratação Pública e pelos responsáveis Artigo 54º
dos serviços administrativos transmitentes e recipientes
Cessação da comissão de serviço e de funções
dos bens objecto de transferência.
Artigo 50º 1. Cessam automaticamente as comissões de serviço
do pessoal dirigente dos ministérios ora extintos e dos
Disposições orçamentais
serviços que transitam de departamento governamen-
1. Os encargos relativos aos serviços ou organismos tal, devendo, porém, os respectivos titulares actuais
que transitam, no todo ou em parte, para departamentos continuar em exercício de funções até serem, nos termos
diferentes continuam a ser processados por conta das da lei, confirmada a sua comissão ou efectivada a sua
verbas que lhes estão afectas. substituição nos departamentos governamentais a que
tenham passado a pertencer.
2. Os encargos com os gabinetes dos membros do Gover-
no reestruturados pelo presente diploma são satisfeitos 2. O pessoal afecto aos extintos Ministérios em regime
por conta das verbas dos gabinetes objecto de reestrutu- de comissão de serviço ou outra modalidade temporária
ração com atribuições correspondentes. regressa, nos termos da lei, ao respectivo quadro de ori-
3. Os encargos com os gabinetes dos membros do Go- gem, se outro destino legal lhe não for expressamente
verno criados pelo presente diploma são assegurados com dado.
recurso às verbas anteriormente afectas aos gabinetes Artigo 55º
que prosseguiam as respectivas atribuições. Transição de pessoal
4. O Ministro das Finanças e do Planeamento deve A transição e, em geral, a mobilidade de pessoal resul-
providenciar a efectiva transferência ou reforço das ver- tantes da estrutura Orgânica estabelecida pelo presente
bas necessárias ao funcionamento dos novos gabinetes diploma são formalizadas mediante listas nominais apro-
dos membros do Governo dos correspondentes gabinetes vadas por despacho conjunto dos membros do Governo
extintos ou integrados noutros departamentos. responsáveis pelas áreas envolvidas, do Ministro das
Artigo 51º Finanças e do Planeamento e do Ministro da Reforma do
Parecer prévio do Ministro das Finanças e do Planeamento e
Estado, sem que daí resulte perda de direitos adquiridos.
do Ministro da Reforma do Estado Artigo 56º
1. Todos os actos do Governo que envolvam aumento de Exercício de poderes
despesas ou diminuição de receitas são obrigatoriamente
Até à entrada em vigor dos Decretos-leis que aprovem
sujeitos ao parecer prévio do Ministro das Finanças e do
as Orgânicas dos ministérios criados pelo presente diplo-
Planeamento.
ma, os respectivos ministros podem, estando em causa
2. Os actos que implicam a organização dos serviços, ra- atribuições cuja prossecução seja da sua responsabili-
cionalização das estruturas, gestão dos recursos humanos dade, exercer poderes de direcção, superintendência ou
e a melhoria de atendimento são obrigatoriamente sujeitos tutela sobre serviços e organismos integrados noutros
ao parecer prévio do Ministro da Reforma do Estado. ministérios e aos quais estejam actualmente cometidas
Artigo 52º essas atribuições.
Empresas e institutos públicos Artigo 57º
Revogação
O Governo deve publicitar através de meios electróni-
cos e manter actualizado o elenco das empresas públicas É revogado o Decreto-Lei n.º 16/2010, de 17 de Maio.
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Artigo 58º Sublinha-se assim, particular relevância a criação de
Produção de efeitos instrumentos facilitadores de uma comunicação actual,
abrangente e participativa, que sirva de veículo de diálogo
O presente diploma produz efeitos desde 21 de Março
entre o IPICV, outras instituições e a sociedade civil.
de 2011, considerando-se ratificados os actos que tenham
sido praticados desde aquela data e cuja regularidade Assim,
dependa da sua conformidade com aquele.
O Governo da República de Cabo Verde, pelo Ministro
Visto e aprovado em Conselho de Ministros. do Turismo, Indústria e Energia, e da Cultura manda:
José Maria Pereira Neves - Maria Cristina Lopes Almei-
Artigo 1.º
da Fontes Lima - Cristina Isabel Lopes da Silva Monteiro
Duarte - Jorge Homero Tolentino Araújo - Jorge Alberto Criação
da Silva Borges - Rui Mendes Semedo - Marisa Helena
do Nascimento Morais - José Carlos Lopes Correia - José A presente Portaria aprova a criação do Boletim de
Maria Fernandes da Veiga - Felisberto Alves Vieira - Sara Propriedade Intelectual.
Maria Duarte Lopes - Janira Isabel Fonseca Hopffer Artigo 2.º
Almada - Humberto Santos de Brito - Fernanda Maria
de Brito Marques - Eva Verona Teixeira Ortet - António Objecto
Leão de Aguiar Correia e Silva - Maria Fernanda Tavares
São objecto de publicação no Boletim de Propriedade
Fernandes - Mário Lúcio Matias de Sousa Mendes
Intelectual a divulgação de actividades e estudos concer-
Promulgado em 7 de Junho de 2011 nentes a matéria que trata o IPICV.
Publique-se. Artigo 3.º
O Presidente da República, PEDRO VERONA RO-
Conteúdo
DRIGUES PIRES
Referendado em 8 de Junho de 2011 Constitui conteúdo de publicação no Boletim de Pro-
priedade Intelectual:
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
––––––o§o––––––– a) Os avisos de pedidos de registo;
MINISTÉRIO DO TURISMO, INDÚSTRIA b) As alterações ao pedido inicial;
E ENERGIA, E MINISTÉRIO DA CULTURA
c) Os avisos de declaração de caducidade;
––––––
Gabinete dos Ministros d) As concessões e as recusas;
Portaria n° 24/2011 e) As renovações e revalidações;
de 13 de Junho
f) As declarações de intenção de uso e de provas de uso;
Considerando necessário potencializar a sua política
de comunicação/publicação, baseada na divulgação das g) As declarações de renúncia e as desistências;
actividades que têm vindo a desenvolver em vários do-
h) As transmissões, concessões de licenças de
mínios pelo IPICV, prevista nas alínea l) do artigo 4.º
exploração e alteração de identidade, de sede
dos seus estatutos, conjugado com a alínea d) do artigo
ou residência dos titulares;
22.º do mesmo, nomeadamente no que diz respeito à
Propriedade Industrial, Direitos de Autor e Conexos, en- i) As decisões finais de processos judiciais sobre
quanto mecanismo de modernização e fortalecimento da propriedade intelectual;
estrutura empresarial nacional, para facilitar e promover
a constituição da propriedade sobre a criação da mente j) Outros actos e assuntos que devam ser levados
humana e o desenvolvimento de um sector intelectual ao conhecimento do público.
nacional, competitivo e inovador.
Artigo 4.º
Tendo em conta:
Publicação
● O papel crucial da propriedade intelectual,
enquanto instrumento estratégico para o O Boletim de Propriedade Intelectual é editado e pu-
desenvolvimento científico e tecnológico e blicado periodicamente, digitalmente no sítio do IPICV
para o crescimento sustentado e sustentável e em formato papel.
da economia, estimulando e protegendo os
Artigo 5.º
esforços na inovação;
● A importância do desenvolvimento de políticas Entrada em vigor
dirigidas à criação de condições favoráveis para O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
uma adequada protecção, exploração e defesa dos da sua publicação.
direitos privativos de propriedade intelectual;
● O reforço da capacidade de resposta do Instituto Gabinetes dos Ministros do Turismo, Indústria e Energia,
da Propriedade Intelectual de Cabo Verde e da Cultura, na Praia, aos 27 de Maio de 2011. – Os Mi-
aos desafios que a dinâmica do sistema de nistros, Humberto Santos de Brito - Mário Lúcio Matias
propriedade intelectual apresenta. de Sousa Mendes.
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B O L E T I M OFICIAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001 Av. Amílcar Cabral/Calçada Diogo Gomes,cidade da Praia, República Cabo Verde.
C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09
Email: incv@gov1.gov.cv
Site: www.incv.gov.cv
AVISO ASSINATURAS
Para o país: Para países estrangeiros:
Por ordem superior e para constar, comunica-se que não serão aceites
quaisquer originais destinados ao Boletim Oficial desde que não tragam Ano Semestre Ano Semestre
aposta a competente ordem de publicação, assinada e autenticada com
selo branco. I Série ...................... 8.386$00 6.205$00 I Série ...................... 11.237$00 8.721$00
Sendo possível, a Administração da Imprensa Nacional agradece o II Série...................... 5.770$00 3.627$00 II Série...................... 7.913$00 6.265$00
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Os prazos de reclamação de faltas do Boletim Oficial para o Concelho Os períodos de assinaturas contam-se por anos civis e seus semestres. Os números publicados antes
da Praia, demais concelhos e estrangeiro são, respectivamente, 10, 30 e de ser tomada a assinatura, são considerados venda avulsa.
60 dias contados da sua publicação.
AVULSO por cada página ............................................................................................. 15$00
Toda a correspondência quer oficial, quer relativa a anúncios e à
assinatura do Boletim Oficial deve ser enviada à Administração da PREÇO DOS AVISOS E ANÚNCIOS
Imprensa Nacional. 1 Página .......................................................................................................................... 8.386$00
A inserção nos Boletins Oficiais depende da ordem de publicação neles
1/2 Página ....................................................................................................................... 4.193$00
aposta, competentemente assinada e autenticada com o selo branco, ou,
na falta deste, com o carimbo a óleo dos serviços donde provenham. 1/4 Página ....................................................................................................................... 1.677$00
Não serão publicados anúncios que não venham acompanhados da Quando o anúncio for exclusivamente de tabelas intercaladas no texto, será o respectivo espaço
importância precisa para garantir o seu custo. acrescentado de 50%.