Vous êtes sur la page 1sur 18

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS


CONTABILIDADE AMBIENTAL

ADRIANO SELA
ANDRÉ ALEXANDRE SCHWARZ
CHRISTIAN CARLOS ROWER
LAÉRCIO RAMOS DO PRADO
RAFAEL TASSONIERO

PROFESSOR: VILMAR OENNING

CHAPECÓ (SC), MAIO-2009


SUMÁRIO

1 CONTABILIDADE AMBIENTAL.....................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO NO BRASIL................................................................................4
3 INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE AMBIENTAL NAS EMPRESAS....................5
4 ESTUDOS DE CASOS - CUSTOS AMBIENTAIS...........................................................7
4.1 EMPRESA JAPONESA TANABE SEYIAKU...................................................................7
4.1.1 Introdução..........................................................................................................................7
4.1.2 MFCA – Material flow cost accounting............................................................................8
4.1.2.1 Histórico ......................................................................................................................8
4.1.2.2 Desenvolvimento do MFCA ..........................................................................................8
4.1.3 Estudo de caso – MFCA na Tanabe Seyiaku...................................................................10
4.1.4 Considerações finais........................................................................................................12
4.2 EMPRESA PETROBRAS S/A...........................................................................................13
4.2.1.1 Investimentos no Meio Ambiente ................................................................................13
4.3 INSTITUIÇÃO - UNOCHAPECO.....................................................................................15
4.3.1 Custos ambientais............................................................................................................15
REFERÊNCIAS....................................................................................................................18
1 CONTABILIDADE AMBIENTAL

Nas demonstrações contábeis evidenciam-se eventos e transações econômico-


financeiros que refletem a interação da empresa com o meio ambiente. (Ribeiro, 2005,39)
A contabilidade, ao considerar suas dimensões jurídica, econômica, organizacional e
social passa a ter como objetivo não apenas a avaliação econômica da entidade, mas também
suas responsabilidades sociais. O ambiente em que as entidades atuam pode ter mais
relevância para sucesso ou insucesso do que determinadas condições internas. (Ribeiro,
2005,40).
Paiva, 2003,17, conceitua:
A Contabilidade Ambiental pode ser entendida como a atividade de
identificação dos dados e registro de eventos ambientais, processamento e
geração de informações que subsidiem o usuário servindo como parâmetro
em suas tomadas de decisões.
Observa-se que a contabilidade ambiental tem por objetivo auxiliar os gestores no
processo decisório, e fornecer maior transparência nas ações ambientais das entidades.
Gastos ambientais:
Entende-se que podem ocorrer dois tipos de gastos: Os voluntários e os involuntários
Observa-se que os gastos voluntários são aqueles realizados espontaneamente pela
empresa, pelo fato de constituírem-se em uma prevenção antecipada de despesas futuras Nota-
se que os gastos involuntários são os desembolsos relacionados às imposições legais e
penalidades diversas resultando ou não em litígios (Paiva, 2003, 45).
Gastos de aquisição ou desenvolvimento de tecnologias antipoluentes apesar de
no curto prazo impactar no fluxo de caixa das entidades, pode transformar-se no futuro em
investimento, gerando fluxos positivos e rentabilidade. Pode citar como benefícios as
economias de custos, otimização de produtividade, redução do volume de gastos com
recuperação de áreas degradadas, multas e ressarcimento por danos ambientais provocados.
(Ribeiro 2005, 45).
Dessa forma evidencia-se que a empresa pode optar por um desembolso voluntário no
curto prazo esperando dessa forma evitar gastos involuntários futuros, refletindo em melhores
resultados econômicos, e por conseqüência em menores impactos ambientais.
2 DESENVOLVIMENTO NO BRASIL

A contabilidade ambiental está cada vez mais presente nas organizações, mas muitas
delas usam o fator ambiental para se promover e com ações de marketing.
A contabilidade ambiental no Brasil surgiu por volta da década de 70, mas somente
nos últimos anos tem se dado uma maior importância devido às oscilações climáticas que
estão acontecendo com maior freqüência.
Segundo o universo ambiental, “a Contabilidade Financeira Ambiental passou a ter
status de um novo ramo da ciência contábil em fevereiro de 1998, com a finalização do
"relatório financeiro e contábil sobre passivo e custos ambientais" pelo Grupo de trabalho
Intergovernamental das nações Unidas de Especialistas em padrões Internacionais de
Contabilidade e relatórios (ISAR – United Nations Intergovernanmental Working Group of
Experts on International Standards of Accounting and
Reporting)”.http://www.universoambiental.com.br/novo/artigos_ler.php?
canal=4&canallocal=4&canalsub2=10&id=166
A contabilidade ambiental no Brasil ainda está no começo e a maioria das empresas
mostra somente o lado bom e não o lado que prejudicaram o meio ambiente.
Conforme o universo ambiental, “A Contabilidade do Meio Ambiente tem crescido de
importância para as empresas em geral, porque a disponibilidade ou escassez de recursos
naturais e a poluição do meio ambiente tornaram-se objeto do debate econômico, político e
social em todo o mundo”
Com o mundo inteiro voltado para ações ambientais das empresas torna-se cada vez
mais imprescindível a contabilidade ambiental para indicar quais empresas estão valorizando
o meio ambiente.
3 INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE AMBIENTAL NAS EMPRESAS.

A Contabilidade ambiental vem se inserindo nas empresas com intuito de demonstrar


os benefícios sociais da entidade. Ou seja, a contabilidade está passando a ter como objetivo
avaliar não só a evolução econômica da entidade, como também suas contribuições e
responsabilidades sociais/ambientais.
Atividades voltadas à preservação do meio ambiente, cada vez mais vem se tornando
de suma importância para as entidades, tendo em vista a relação de interdependência entre as
entidades e o meio ambiente. Além de realizar investimentos em infra-estrutura e demais
elementos essenciais à operacionalização das atividades, as entidades estão percebendo a
necessidade de investir na integridade do meio ambiente, para garantir sua própria
sobrevivência.
Oferecer benefícios ao meio ambiente, esta se tornando o comportamento
politicamente correto para a entidade conquistar “simpatia” perante a sociedade. As empresas
vem tornando o conjunto de demonstrações contábeis, como instrumento para tornar público
o desempenho e empenho da empresa quanto as suas ações voltadas a preservação do meio
ambiente.
A responsabilidade ambiental das empresas deveria voltar-se à eliminação e/ou
redução dos efeitos negativos do processo produtivo e à preservação dos recursos naturais,
principalmente, os não renováveis, por meio de adoção de tecnologias eficientes, juntamente
com o atendimento aos aspectos econômicos. Para proteger o meio ambiente, os
investimentos das empresas deveriam ir muito além do cumprimento das exigências legais,
como a instalação de equipamentos e tecnologias antipoluentes ou o envio de relatórios
periódicos sobre as suas atividades aos órgãos governamentais.
Ressalta-se que os custos ambientais da entidade podem ser classificados como custos
diretos e indiretos.
Os custos Diretos são aqueles cujos fatos geradores afetam o meio ambiente e cujo
impacto ambiental pode ser diretamente identificado, podendo ainda ser apropriados para um
produto, tipo de contaminação ou programa de prevenção de contaminação particular.
Os custos indiretos por sua vez, são os fatos geradores que afetam indiretamente o
meio ambiente cujo impacto não pode ser diretamente identificados uma ação poluidora de
responsabilidade da entidade, ou seja, são os que não têm vínculo causal direto com o
6

processo e a gestão ambiental, tais como treinamento ambiental, manutenção de


registros e apresentação de relatórios.
Ainda quanto à classificação dos custos ambientais, os mesmos podem ser
classificados como Custos Externos e Custos Internos.
Os Custos Externos são os custos que podem incorrer como resultado da produção ou
existência da empresa. São difíceis de medir em termos monetários e geralmente estão fora
dos limites da empresa. São exemplo de custos externos, os danos que são pagos a outros,
como conseqüência de eventos ambientais, como danos causados na propriedade de outros,
danos econômicos a outros e danos aos recursos naturais.
Já os custos internos são aqueles que estão relacionados diretamente com a linha de
frente da empresa, e incluem os custos de prevenção ou manutenção e são fáceis de serem
identificados.
A entidade que possui uma contabilidade de custos funcionando de forma efetiva
poderá visualizar qual é o seu lucro ambientalmente correto, o significa que a entidade poderá
avaliar se possui capacidade de gerar resultados econômicos positivos, respeitando o meio
ambiente, ou seja, sem causar poluição. Para isso, na Demonstração do Resultado do
Exercício, deveria ser possível identificar o lucro apurado que não causou nenhum dano
ambiental.
De acordo com Tinoco e Kraemer (2004 p.152) “a utilização da Contabilidade de
Gestão Ambiental pode proporcionar grandes reduções de custos na gestão de resíduos, dado
que os custos de manuseio e de deposição de resíduos são relativamente fáceis de definir e de
imputar a produtos específicos”.
Desta forma, os custos ambientais seriam alocados somente aos produtos que os
geraram, não distorcendo os custos e conseqüentemente a lucratividade dos demais produtos
da entidade.
Tinoco e Kraemer (2004) destacam a importância do Custeio Baseado Nas Atividades
na redução dos custos empresariais. Segundo os autores, nos sistemas de custos tradicionais,
os custos ambientais dos processos são contabilizados como custos indiretos de fabricação e
rateados aos produtos, sendo que esse critério pode distorcer os custos de formação de cada
produto, os preços de venda e, por conseqüência afetar a continuidade da empresa.
O Custeio Baseado nas Atividades é de suma importância para as empresas, pois com
ele, é possível identificar o valor dos custos corresponde a cada produto, permitindo melhor
acompanhamento dos custos de formação de cada produto, bem como definir a formação do
preço de venda com base em custos reais.
7

4 ESTUDOS DE CASOS - CUSTOS AMBIENTAIS

Dentro do que foi proposto para o presente trabalho abaixo descrevemos alguns
exemplos de custos ou gastos ambientais ocorridos em algumas empresas que utilizam
recursos ambientais, sendo uma empresa japonesa TANABE SEYIAKU, atualmente ligada
Mitsubishi Tanabe Pharma, a empresa PETROBRAS e a uma instituição de ensino
UNOCHAPECO- mantida pela FUNDESTE

4.1 EMPRESA JAPONESA TANABE SEYIAKU

4.1.1 Introdução

A principal crítica aos métodos tradicionais de gerência contábil reside no fato que
eles falham ao não incluir informações suficientes sobre impactos ambientes em relatórios
para suporte a tomada de decisões. Milne apud Onishi et al. (2008, p. 395)
Neste sentido, várias técnicas de contabilidade gerencial ambiental foram
desenvolvidas ao longo da década de 90 e nos últimos anos. Com exemplo cita-se o Custos do
Ciclo de vida (Life-cycle costing), Contabilidade de Custos Total (Full cost accounting),
Avaliação Total de Custos (Total cost assessment) e o Balanced scorecard para a
sustentabilidade (Balanced scorecard for sustainability). Onishi et al. (2008, p. 395).
O Japão é um país que tem se destacado na adoção de políticas ambientais. O
Ministério do Meio-Ambiente e o Ministério da Economia, Comércio e Industrial vem
acompanhando a adoção de políticas experimentais que venham a reduzir os impactos
ambientes em empresas de pequeno, médio e grande, porte, e as certificações ISO14001,
sobre sistemas de gerenciamento ambiental.
Uma das ações adotadas pelo ministério da economia, comércio e indústria foi a de
promover, em 1999, a adoção, por parte das empresas citadas, um sistema de gerenciamento
8

ambiental, que incluía o uso do MFCA – Material Flow Cost Accounting, ou em


tradução literal, Contabilidade de custos dos fluxos de materiais.
Kokubu et al. apud Onishi et al., (2008, p. 396) conduziu uma pesquisa em 2003 sobre
o uso de dados de custos ambientais em empresas japonesas. Como resultado, identificou que
a maioria das empresas que efetuavam o registro dos custos, apenas o utilizam com o fim de
demonstração para stakeholders externos, sem no entanto utilizá-los como material gerencial
interno para tomada de decisão.

4.1.2 MFCA – Material flow cost accounting

4.1.2.1 Histórico

MFCA foi desenvolvido na Alemanha por Strobel e Redmann, entre 2001 e 2002,
como uma técnica para gerência contábil ambiental. Na seqüência, o Ministro da Economia,
Comércio e Indústria do Japão expressou urgência no sentido fosse iniciado o uso do MFCA
em algumas empresas, em caráter experimental. Várias empresas nessa ocasião foram
escolhidas para integrar o projeto, dentre elas a Tanabe Seiyaku Co. Ltd.
A maior parte das empresas que passaram a adotar esta metodologia, fizeram apenas
como um custo especial, com finalidades de estudo, em incorporar os resultados ao seu
sistema de informações corporativo. Entretanto, algumas empresas o integraram aos seus
sistemas de controle, e passaram a utilizar os dados obtidos de forma contínua
Em 2004, segundo Kokubu apud Onish et al. (2008, p. 397) a implantação do MFCA
na citada companhia obteve notório sucesso.

4.1.2.2 Desenvolvimento do MFCA

O conceito original do método foi expresso por seus criados. MFCA é segundo Strobel
e Redmann, um sistema que mede o fluxo de materiais e estoques em fábricas, em termos
quantitativos e monetários.
9

Conforme pregado pela metodologia, os custos de produção podem ser


divididos em três categorias: custo de materiais, custo do sistema, custo de entrega e
desperdícios. Os custos de materiais são aqueles provenientes da compra de matérias primas.
Os custos do sistema são os originados pelo transporte de materiais dentro da planta, e
incluem o custo da mão-de-obra e a depreciação das máquinas. O custo de entrega e
desperdícios refere-se a custos de transporte fora da empresa, e inclui os custos de pacotes e
embalagens, custo do combustível de veículos e cargas para depósitos de lixo. Estes custos
são incorridos baseados no fluxo de materiais físicos de produtos acabados para venda e
geração de descartes (desperdícios e emissões) para gerar o mapa de fluxos e a matriz de
fluxo de custos.
Os desperdícios e emissões não agregam valor à empresa. Strobel e Redmann apud
Onishi et al. (2008) também afirmam que os custos de materiais compõem um considerável
percentual dos custos totais de produção e uma parcela consideráveis desses custos provêem
de perdas de materiais. Um aspecto notável do MFCA é que os desperdícios, que foram
previamente mensurados em aspectos quantitativos, agora são avaliados como custos também.

Imagem 1: Mapa conceitural do MFCA


Fonte: Mitsubishi Tanabe Pharma. Tradução nossa. Disponível em <http://www.mt-
pharma.co.jp/shared/show.php?url=../e/company/csr-report/report25.html>
10

Em métodos tradicionais de custeio, a ênfase é o de efetuar a apropriação


dos custos de materiais corretamente de acordo com o processo. A quantidade de material
desperdiçado no processo de fabricação é menos importante. Este se deve ao fato que o custo
de matérias-primas que acabam desperdiçados ficam escondidos nos custos do produto, e a
empresa não consegue identificar desta forma os benefícios da redução de desperdícios. Sob
este ponto de vista, é difícil de acreditar que uma empresa inicie ações concretas para redução
de desperdícios na produção ao menos que saiba o quanto de benefício estas propostas podem
acarretar.
Ao mensurar o custo do desperdício, algo que sistemas de custos tradicionais não o
fazem, o MFCA ajuda na elaboração de ações concretas para melhorias no processo produtivo
que reduzam tais desperdícios. Esta redução, não apenas reduz o impacto ambiental mas
também reduz os custos totais. Os resultados são benéficos tanto para o meio ambiente como
também refletem no resultado financeiro-econômico da empresa.
O MFCA atualmente está atraindo a atenção internacional. Foi introduzido como a
principal técnica de gerência ambiental pelas Nações Unidas e pela Confederação
Internacional de Contadores.
Como já citado no intróito, o Japão estimula o seu uso em empresas daquele país.
Existe uma tendência de que a Coréia do Sul inicie também o desenvolvimento de ações com
intuito de estender o uso naquele país.

4.1.3 Estudo de caso – MFCA na Tanabe Seyiaku

Atualmente, o caso de maior sucesso na implantação e operacionalização do MFCA é


da empresa japonesa Tanabe Seyiaku, atualmente ligada Mitsubishi Tanabe Pharma. Eles
integraram o sistema MFCA com o EPR da SAP para obter informações em tempo real.
Trata-se de uma companhia farmacêutica listada na Bolsa de valores de Tóquio, com
sua matriz em Osaka. Ela iniciou a publicação um relatório ambiental no ano de 2000 e o
relatório contábil-ambiental em 2001.
Na Tanabe Seyiaku, em cada etapa do processo industrial, os desperdícios ou perdas
são mensurados tanto quantitativamente quanto em termos monetários. Enquanto os
principais materiais “deslizam” pela linha de produção até o departamento de embalagem, o
11

mapa de fluxos demonstra que consideráveis custos de materiais são


desperdiçados em cada departamento.
A Tabela 1 demonstra uma matriz de fluxo de materiais consolidado para Ano fiscal
de 2000 da companhia, que evidencia os custos de produção em três categorias (Custo de
materiais, Custos de sistema, Custos de entrega e desperdícios), conforme apregoado pelo
MFCA, e expresso neste trabalho no tópico 2.2.
Tabela 1: Matriz de fluxo de materiais. Período (04/2000-03/2001). Em milhares de ¥.
Custo de produção Custo de Custos de Custos de entrega e Total
materiais sistema desperdícios
Produtos 371.748 1.296.134 0 1.667.883
Perdas de materiais 586.761 628.345 157.836 1.372.942
Materiais desperdiçados (346.210) - (157.836) (504.046)
nas perdas
Total 958.509 1.924.480 157.836 3.040.825
Fonte: Onishi et al (2008, p. 404).

Após a coleta destas informações, e baseado nelas, a empresa pode evidenciar o


montante de desperdício na unidade fabril de Onoda, e decidiu investir em instalações
ambientais, no montante de 66 milhões de ienes em maio de 2003. Continuando a utilização
do MFCA, a empresa evidenciou que apenas após um ano dos investimentos, foi possível
recuperar o investimento realizado baseado nas melhorias de processos industriais nos
tratamentos dos desperdícios de materiais. Além disso, uma planta de incineração de materiais
pode ser desativada gerando redução de custos operacionais, além do ganho ao meio
ambiente, pela redução de emissão de CO2. Onishi et al. (2008, p. 404).
No seu relatório ambiental do ano fiscal de 2007, a empresa demonstrou que haviam
22 casos de medidas de proteção ambiental implementadas no referido ano, que podiam ser
avaliados em termos de recursos ambientais e em termos monetários. Segundo o próprio
relatório, em termos de resultados de proteção ambiental, a empresa evitou a emissão de 346.9
toneladas de CO2 revisando a freqüência de ventilação do seu sistema de ar-condicionado.
Também houve a redução de outros 196.2 toneladas de CO2 pela ativação de instalações para
tratamento de efluentes de água e sólidos industriais.
Pela reutilização de recursos, usando água condensada lançada diretamente nas
caldeiras, houve a economia de 1.864 toneladas de água. Disso tudo, resulta uma economia
efetiva de 59 milhões de ienes.
12

A Imagem 2 demonstra os efeitos da proteção ambiental, e a Imagem 3 os


efeitos econômicos advindos da proteção ambiental.

Fonte: Mitsubishi Tanabe Pharma. Disponível em <http://www.mt-pharma.co.jp/shared/show.php?


url=../e/company/csr-report/report25.html>
Imagem 2 - Efeitos da proteção ambiental.

Fonte: Mitsubishi Tanabe Pharma. Disponível em <http://www.mt-pharma.co.jp/shared/show.php?


url=../e/company/csr-report/report25.html>
Imagem 3 – Efeitos econômicos da proteção ambiental.

Cabe ponderar que o método de custeio vem ganhando notoriedade mundial. Como
citado anteriormente, o governo japonês e a ONU vem acompanhando o desenvolvimento
deste modelo de gestão de custos ambiental, e financiam projetos para sua implementação em
empresas.

4.1.4 Considerações finais


13

O MFCA por si só não reduz impactos ambientais. Ele tem o caráter de


demonstrar q quantidade de desperdício de materiais nas cadeias produtivas, e por fim o valor
monetário destes materiais em separado, que em métodos de custeio tradicionais estariam
sendo agregados como custo estritamente dos produtos acabados.
Essa sua característica o torna apto a cumprir duas funções importantes: primeiro, de
informar à comunidade aspectos quantitativos de suas ações ambientais, como tratamento de
dejetos industriais, redução da emissão de gases, reaproveitamento de água, além é claro dos
impactos de suas plantas e operações ao meio-ambiente; e segundo, o de prover os gestores do
negócios com informações de uso dos custos de materiais nas plantas industriais,
evidenciando desperdícios.
A redução dos desperdícios para ganhos financeiros, bem como o de consumo de
recursos para ganhos ambientais dependem do desenvolvimento de ações da empresa no
combate às causas dos desperdícios, ou na introdução de novos processos que visem
racionalizar o seu consumo ou que o façam de modo mais efetivo, ou que reaproveitem
recursos dantes tratados como resíduos. A efetividade das ações completa-se com a
mensuração contínua de causas e resultados, para aperfeiçoamento contínuo de processos.

4.2 EMPRESA PETROBRAS S/A

4.2.1.1 Investimentos no Meio Ambiente

Atualmente todas as empresas que extraem recursos do Meio Ambiente, possuem uma
responsabilidade na temática do desenvolvimento sustentável que pode ser atingida através de
investimentos diretamente ligados a esse meio, em se tratando da empresas Petrobras, não é
diferente, observa-se através de uma breve analise dos balanços sociais dos anos de 2007 e
2008 e o primeiro trimestre de 2009, nota-se que esta empresa realizou investimentos em
2007 a importância foi de R$ 1,976 bilhão em 2008 foi de R$ 1,7 bilhões e no primeiro
trimestre de 2009 esse investimento já atingiu R$ 387.862 Mil . Dentro do processo de
investimento com gastos ambientas pode-se destacar, os gastos ambientais relacionados com a
produção/operação da empresa; gastos com projetos de recuperação de áreas degradadas, de
reflorestamento etc.; gastos com equipamentos e sistemas de poluição, e ainda com
14

patrocínios, dentro do tema patrocínio destaca-se recuperação e conservação de


ambientes relacionados com corpos hídricos; implementação da gestão integrada de recursos
hídricos; promoção e pratica de uso dos recursos hídricos, biodiversidade marinha e também
em outros eventos relacionados.
Nos aspectos ambientais de seus processos operacionais, incluem melhoria na gestão
das emissões atmosféricas, redução do teor de contaminantes nos efluentes do consumo de
água e energia, entre outros. Também se destacam a melhoria da qualidade e o
desenvolvimento de novos produtos, como biocombustíveis e fontes de energia alternativas,
além dos investimentos em pesquisa e tecnologia para aperfeiçoar o desempenho ambiental de
processos e produtos.
Para exemplificar melhor os referidos investimentos descrevemos na tabela
abaixo a descrição dos Gastos com o Meio Ambiente 2007, 2008 e 1º Trim.2009.
Total dos gastos e investimentos em Meio Ambiente em MIL, comparado com o
Resultado Operacional da Empresa
Tabela 1
Descrição / Ano R$ MIL Resultado
–Investido Operacional % Sobre o RO
Ações de Proteção Ambiental - 2007 1.976.426 35.977.804 5,49 %
Ações de Proteção Ambiental - 2008 1.700.000 48.204.798 3,52 %
Ações de Proteção Ambiental – 1º Tr. 2009 992.172 8.439.487 11,75 %
Fonte: www.petrobras.com.br. Elaborado nossa.

Observa-se que os investimentos realizados em Ações de Proteção Ambiental,


representam um pequeno percentual se comparado com o Resultado Operacional da Empresa
nos referidos anos da Analise.

Total dos gastos e investimentos em Meio Ambiente em MIL, comparado com o


Resultado Liquido da Empresa

Descrição / Ano R$ MIL – Resultado


Investido Liquido % Sobre o RL
Ações de Proteção Ambiental - 2007 1.976.426 170.577.725 1,16 %

Ações de Proteção Ambiental - 2008 1.700.000 215.118.536 0,79 %


Ações de Proteção Ambiental – 1º Tr. 2009 992.172 30.471.839 3,256 %
Fonte: www.petrobras.com.br. Elaboração nossa.
15

Nota-se que os investimentos realizados em Ações de Proteção Ambiental,


representam um pequeno percentual se comparado com o Resultado Liquido da Empresa nos
referidos anos da Analise.

4.3 INSTITUIÇÃO - UNOCHAPECO

4.3.1 Custos ambientais

O presente estudo foi desenvolvido em uma instituição de ensino superior denominada


UNOCHAPECÓ mantida pela FUNDESTE localizada na cidade de Chapecó-SC.
Devido a exigências de estar em conformidade com a lei a UNOCHAPECÓ possui
contrato com a Servioeste Soluções Ambientais empresa para recolhimento de resíduos de
laboratório Biotério.
Com o objetivo prestar serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação
final dos resíduos de serviços de saúde, com qualidade, higiene e segurança, proporcionando
uma melhoria na saúde pública, qualidade de vida e bem estar da comunidade com a
preservação do meio ambiente, a Servioeste está passando algumas dicas a seguir:

• Destine o lixo corretamente, o que é RSS no saco branco leitoso;


• Lixo que não é contaminado em sacos pretos de lixo comum;
• Recicle todo o lixo de seu ambiente, lembre-se RSS você paga para
coletar;
• Perfuro cortantes, em caixas apropriadas para armazenamento;
• Produtos quimicos em local apropriado;
• Remédios vencidos deverá ser coletada à parte, nunca dentro do saco
leitoso;
• Todo o material deverá ter a simbologia de produto infectante;
• Todo o material coletado deverá ser armazenado dentro das bombonas
próprias;
16

• A Servioeste somente coleta produtos do Grupo A, E e B,


como vem a seguir:

Culturas e estoques de microorganismos, descartes de vacinas, resíduos de laboratórios de


manipulação genética, inoculação mista de culturas.
Armazenamento: Saco branco leitoso, conforme normas técnicas.
Tratamento: Incineração ou autoclavagem.

Carcaças, peças anatômicas e vísceras de animais submetidos a processo de


experimentação com inoculação de microorganismos.
Armazenamento: Saco branco leitoso, conforme normas técnicas
Tratamento: Incineração

Peças anatômicas humanas, feto (até 500 gramas ou inferior a 25 cm)


Armazenamento: Saco branco leitoso, conforme normas técnicas.
Tratamento: Incineração

Kits de linhas arteriais, endovenosas, filtros de ar, sobras de amostras de laboratórios


(fezes, urina e secreções), tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, peças anatômicas
(órgãos e tecidos, bolsas transfusionais).
Armazenamento: Saco branco leitoso, conforme normas técnicas.
Tratamento: Incineração

Órgãos, tecidos, materiais resultantes de indivíduos ou animais, com


suspeita de contaminação com príon (agente etiológico de encefalites transfusionais).
Armazenamento: Devem ser utilizados dois sacos vermelhos, conforme normas técnicas
Tratamento: Incineração

Grup Produtos hormonais e antimicrobianos, citostáticos, antineoplásticos, imunossupressores,


antinetrovirais, medicamentos controlados pela portaria MS nº 344/98.
oB , Medicamentos Vencidos
Quími
Grupo E Agulhas, lâminas de bisturi e barbear, escalpes, ampolas de vidro, lancetas,
utensílios de vidro.
Perfuro Armazenamento: Coletores específicos para perfuro cortantes, conforme normas técnicas.
Cortantes Tratamento: Incineração ou Autoclavagem.

Para facilitar o entendimento demonstram-se acima os grupos de produtos que


passam por um processo de reciclagem. Abaixo consta uma tabela que simplifica os devidos
custos e gastos com o processo ambiental
Tabela 1
Descrição Quantidade Custos por Coleta- R$
Grupo A/E 300 Litros 350,00
Grupo A2 205 Kg 717,50
17

Total 1.067,50

Observa-se que os dados acima coletados representam uma parcela de custos ou gastos
ambientais e a sua ocorrência é mensal, devido á produção dos dejetos serem constantes
verifica-se a necessidade da realização de coleta freqüentes nos laboratórios da
UNOCHAPECO.
REFERÊNCIAS

Análise dos Custos/Gastos Ambientas da Petrobras – Disponível em


www.petrobras.com.br acessado em 10/ 05/2009

Instituição de Ensino-Os Dados Coletados através de contato com o Setor Contábil


da UNOCHAPECO, em 09/05/09.

Mitsubishi Tanabe Pharma. Introducing Material Flow Cost Accounting (MFCA) in


our push to simultaneously achieve reduction in our environmental burden and cost
reductions. Disponível em <http://www.mt-pharma.co.jp/shared/show.php?
url=../e/company/csr-report/report25.html

ONISHI, Yasushi; KOKUBU, Katsuhiko; NAKAJIMA, Michiyasu. Implementing


Material Flow Cost Accounting in a Pharmaceutical Company. In Environmental
Management Accounting for Cleaner Production. Eco-efficiency in industry and science. Vol.
24. Springer.

Paiva, Paulo Roberto de. Contabilidade Ambiental: Evidenciação dos gastos


ambientais com transparência e focada na preservação. São Paulo, Atlas, 2003.

Ribeiro, Maisa de Souza. Contabilidade Ambiental São Paulo, Saraiva, 2005.

Vous aimerez peut-être aussi