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Curitiba
2012
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Curitiba
2012
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RESUMO
ABSTRACT
Keywords: Weapons not latvian, law enforcement officers, security forces, lethality,
non-lethal instruments.
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LISTA DE ABREVIATURAS
Cal. – Calibre
Cmt – Comandante
CS – Ortoclorobenzalmalononitrilo
GA - Gauge
OC – Oleoresin Capsicum
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
1.1 PROBLEMA ...................................................................................................... 8
1.2 HIPOTESE ....................................................................................................... 8
1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 8
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 8
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 9
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 9
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 10
2.1 ARMAS NÃO LETAIS ..................................................................................... 10
2.1.1 Conceitos .................................................................................................... 10
2.1.2 Classificação ............................................................................................... 12
2.1.2.1 Antipessoal ............................................................................................... 12
2.1.2.2 Antimaterial .............................................................................................. 13
2.1.3 Armas e munições não letais disponíveis no mercado brasileiro ............... 14
2.1.3.1 Munições de Adentramento – Cal.12 ....................................................... 14
2.1.3.2 Munições de Impacto Controlado – Cal. 12 ............................................. 15
2.1.3.3 Munições de OC/CS – Cal.12 .................................................................. 15
2.1.3.4 Munições de Impacto Controlado – Cal. 36 GA ...................................... 16
2.1.3.5 Munições de Impacto Controlado – Cal. 37/38 mm ................................. 16
2.1.3.6 Munições de OC/CS – Cal. 37/38 mm..................................................... 17
2.1.3.7 Lançador de Munições não letais ............................................................ 18
2.1.3.8 Dispositivo Elétrico Incapacitante ............................................................ 18
2.1.3.9 Granadas Explosivas Indoor ................................................................... 19
2.1.3.10 Granadas Explosivas Outdoor ................................................................. 19
2.1.3.11 Granadas Lacrimogêneas Outdoor ......................................................... 20
2.1.3.12 Granadas Indoor e Outdoor ..................................................................... 21
2.1.3.13 Granadas Fumígenas Outdoor ................................................................ 22
2.1.3.14 Espargidores ........................................................................................... 22
2.1.4 Fundamentação para o emprego das armas não letais.............................. 22
2.1.4.1 Constituição da Republica Federativa do Brasil ....................................... 23
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho almeja apresentar a importância do uso das armas não
letais pelas forças de segurança pública e privada no Brasil no desempenho de suas
funções. O tema tem a abrangência de todas as forças de segurança, legalmente
autorizadas, pois se trata de um assunto que importa a todos, não sendo restrita a
nenhuma força, instituição ou unidade específica.
Na atividade de segurança, tanto o requisito quanto a qualificação e a
especialização são necessários para o exercício eficiente da atividade. O homem
que impedirá ou inibirá a ação criminosa, protegerá o seu semelhante e o
patrimônio, devendo, para isso, possuir características básicas, físicas e
psicológicas, necessárias para o exercício satisfatório de suas atividades, bem como
ser dotados das mais diversas armas e equipamentos.
Devido ao avanço tecnológico, houve também a possibilidade da evolução de
implementos na área de segurança, o que casou grande revolução nas atividades
operacionais no mundo inteiro. Alicerçado nesta premissa, foram criadas armas e
munições não letais, cujo principal objetivo é o de somar forças nas ações e
operações militares e policiais, viabilizando a restrição do emprego da força letal a
fim de encontrar soluções para os conflitos da sociedade.
1.1 PROBLEMA
O emprego das armas não letais pelas forças de segurança, traz vantagens
aos encarregados da aplicação da lei no atendimento de ocorrências?
1.2 HIPOTESE
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
No Brasil a sociedade em geral e o sistema de segurança publica vivem em
um dilema no que tange aos posicionamentos voltados a ação policial. Diante de tal
quadro a atuação policial deve ser pautada nos princípios da legalidade,
necessidade, proporcionalidade, conveniência e moderação. Logo existe a
necessidade que o profissional encarregado da aplicação da lei tenha habilitação e
ferramentas necessárias para a sua atuação dentro dos princípios do uso
diferenciado da força.
Uma vez o profissional estando bem equipado e treinado, e ainda, com a
percepção quanto a forma e a graduação da força a ser empregada, trás a sua
legalidade na atuação, atendendo assim instrumentos internacionais como o Código
de Conduta para Encarregados da Aplicação da Lei adotado pela Assembléia Geral
das Nações Unidas na sua Resolução 34/169, de 17 de dezembro de 1979, e os
Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo adotados pelo Oitavo
Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos
Delinqüentes, realizado em Havana, Cuba, de 27 de Agosto a 7 de setembro de
1999, bem como a questão dos direitos humanos, tão ansiados por uma sociedade
justa.
Dessa forma, a utilização das armas não letais permite os encarregados da
aplicação da lei resolverem as ocorrências de uma forma mais eficaz, racional e
humana, minimizando lesões corporais e perdas de vidas humanas.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1.1 CONCEITOS
Uma arma não-letal é um instrumento desenvolvido com o fim de provocar
incapacitação às pessoas atingidas, fazendo com que se interrompa um
comportamento violento, mas de forma que tal interrupção não provoque riscos à
vida desta pessoa em condições normais de utilização.
A definição através de palavras com sentidos antagônicos contribui para gerar
dúvidas quanto ao seu verdadeiro significado. Numa primeira análise, realizada de
forma superficial, podemos ser levados a pensar que se trata de uma série de
dispositivos e inventos sofisticados, que de alguma forma possibilitem a condução
de confrontos sem que existam mortes.
Antes de chegar a tal terminologia, outros termos foram utilizados numa
tentativa de traduzir a finalidade destas armas: “Less-Lethal” (armas menos que
letais) “Soft-Kill” (armas de morte suave), “Prelethal” (armas pré-letais), “Limited
Effects” (armas de efeito limitado), etc.
Apesar desta indefinição aparente, o termo globalmente aceito para
denominar este tipo de arma é o de “não letais” (non-lethal), uma vez que, mesmo
tendo consciência de que a utilização destas armas não é totalmente segura,
quando usada de forma incorreta, facilita a materialização do objetivo desejável, pois
nos proporciona uma ideia satisfatória para nos referirmos aos assuntos
relacionados à redução de mortes.
O DoD Directive 3000 (1996) define as armas não letais como se segue:
- Armas não letais são dispositivos projetados explicitamente, e
principalmente, para incapacitar pessoal ou material, enquanto minimizam
as fatalidades, os danos permanentes para pessoal, e danos indesejáveis à
propriedade e ao meio ambiente;
- Ao contrário das armas letais convencionais, que destroem seus alvos
principalmente por explosão, penetração e fragmentação, as armas não
letais não empregam meios de destruição física bruta, mas causam efeitos
para impedir o correto funcionamento do alvo (no caso de veículos ou
aeronaves, por exemplo);
- As armas não letais devem ter, pelo menos uma, ou preferivelmente
ambas as características seguintes:
- Ter efeitos relativamente reversíveis em pessoal ou material;
- Afetar o alvo de modos diferentes, quando dentro e fora da área de
sua influencia.
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Para Cook III (2012), Armas não-letais são definidas como "armas projetadas
para incapacitar pessoal, armas, suprimentos, ou equipamentos de tal modo que
seja improvável a morte ou a incapacitação grave e permanente do pessoal."
Sempre houve uma grande dificuldade ao tratar da temática do Uso da Força
e consequentemente das armas não letais, no que tange a unificação de conceitos
que regem a matéria. Assim sendo, desde a publicação da Portaria Interministerial
n° 4226, de 31 de dezembro de 2010, que estabelece Diretrizes sobre o uso da força
pelos agentes de segurança pública, alguns desses conceitos foram consolidados e
padronizados como meio de facilitar o entendimento uniforme por todos os
profissionais envolvidos, onde o termo “não letal” foi substituído pela a expressão
“menor potencial ofensivo”.
2.1.2.1 Antipessoal
Tem a função de neutralizar e deter pessoas, controlar distúrbios civis,
restringir o acesso de área a pessoas ou retirar pessoas de instalações. Então a
arma não letal antipessoal é utilizada contra pessoas sem que provoque mortes ou
ferimentos graves, sempre como um meio de controle, contenção ou dispersão.
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Controle de distúrbios civis: Esta capacidade funcional baseia-se nos meios para
influenciar o comportamento de uma aglomeração hostil, como também na
capacidade de controlar uma turba, dois cenários bastante encontrados no Brasil.
Incapacitação de pessoas: Esta habilidade funcional aplicará uma forma de deter
certos indivíduos, tais como oponentes ocultos em uma multidão, de forma a não
atingir os indivíduos próximos a este. A incapacitação é alcançada quando se efetua
um disparo que resulte em qualquer inabilidade física (real ou mesmo apenas
percebida), ou redução na vontade de agir do oponente. Os efeitos devem ser
reversíveis e podem ser dirigidos a um grupo ou mesmo a indivíduos. Esta
capacidade também é o sustentáculo do uso de munições menos letais pelas
polícias, durante situações em que seja necessária a incapacitação imediata da
pessoa que esteja, com sua atitude, proporcionando riscos à vida. Ex. tentativa de
suicídio, cárcere privado, etc.
Restrição de acesso de área a pessoas: Esta capacidade pode incluir barreiras
físicas ou sistemas que causam desconforto para pessoas que entram em área
negada. Pode prover alternativas para minas terrestres antipessoal.
Retirada de pessoas de instalações: Esta capacidade funcional facilitará
operações militares ou policiais em terreno urbano, reduzindo os riscos de vítimas
não combatentes e de dano colateral. É o caso de desalojar oponentes homiziados
valendo-se, por exemplo, do emprego de gás lacrimogêneo, e não de uma granada
ou de explosivos.
2.1.2.2 Antimaterial
Na função antimaterial estas armas podem ser usadas para restringir o
acesso de veículos a determinadas áreas ou para incapacitação de veículos e
instalações.
Restrição de acesso de veículos a determinadas áreas: Esta capacidade será
usada principalmente para negar acesso a veículos em determinadas áreas. Podem
incluir barreiras físicas, sistemas que reduzem a trafegabilidade do terreno, ou
sistemas que fazem os veículos temporariamente inoperáveis dentro de sua zona de
influência.
Incapacitação de veículos e instalações: Esta capacidade funcional cobre um
largo espectro de tecnologias, inclusive sistemas que alteram as propriedades de um
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AM-402 Lançador Cal. 12: Foi desenvolvido para efetuar o lançamento das
munições do mesmo calibre, de fabricação da CONDOR: GL-101, GL-102, GL-103,
GL-104 AM-403, AM-403/A, AM-403/C, AM-403/E AM-403/M e AM-403/P;
AM-600 Lançador Cal. 37/38 mm: Foi desenvolvido para efetuar o disparo de toda
a linha de munições do mesmo calibre, de fabricação da CONDOR. Através de um
bocal de lançamento e de um cartucho lançador, pode lançar
granadas equipadas com acionador do tipo EOT (espoleta de ogiva de tempo) com
argola e grampo de segurança;
AM-637 e AM-637/N Lançadores Cal. 37/38 mm: Foram desenvolvidos para
efetuar o disparo de toda a linha de munições do mesmo calibre, de fabricação da
CONDOR ou de outros fabricantes. O lançador AM-637/N é dotado de uma chave
neutralizadora, que quando removida, trava o mecanismo de funcionamento,
impossibilitando seu uso, e quando inserida, reativa o armamento.
AM-640 e AM-640/N Lançadores de Munições 40 mm: Foram desenvolvidos para
efetuar o disparo de toda a linha de munições de baixa velocidade no calibre 40 mm
X 46 mm de fabricação CONDOR ou outros fabricantes. O lançador AM-640/N é
dotado de uma chave neutralizadora, que quando removida, trava o mecanismo de
funcionamento, impossibilitando seu uso, e quando inserida, reativa o armamento.
DSK-700 Spark: Emite pulsos elétricos que atuam sobre o sistema neuromuscular,
causando desorientação, fortes contrações musculares e queda do indivíduo,
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GL-120 CS/I-REF Cold Spray Grenade CS: Atua por saturação de ambientes
através da geração contínua de sprays lacrimogêneo (CS).
GL-120 OC/I-REF Cold Spray Grenade OC: Atua por saturação de ambientes
através da geração contínua de sprays de pimenta (OC).
GL-311/I-REF Granada Lacrimogênea de Emissão Instantânea: Atua por
saturação de ambientes através da geração instantânea de uma intensa nuvem de
CS em pó.
GL-312/I-REF Granada de Pimenta de Emissão Instantânea: Atua por saturação
de ambientes através da geração instantânea de uma intensa nuvem de OC em pó.
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2.1.3.14 Espargidores
Foram desenvolvidos para utilização na defesa pessoal, no controle de
distúrbios e combate à criminalidade.
3 METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica é o passo inicial na construção efetiva de um
protocolo de investigação, quer dizer, após a escolha de um assunto é necessário
fazer uma revisão bibliográfica do tema apontado. Essa pesquisa auxilia na escolha
de um método mais apropriado, assim como um conhecimento das variáveis e na
autenticidade da pesquisa.
Assim sendo, pode-se dizer que a pesquisa foi bibliográfica, pois através de
fontes como livros, apostilas, monografias, sites da internet, buscou-se uma imagem
única do tema pesquisado para que pudesse alcançar uma sustentação mais forte
acerca do assunto.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO
No primeiro momento foi apresentado os conceitos e classificações das armas
não letais, conhecendo assim o seu emprego de modo geral, após foi exposto os
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5 CONCLUSÃO
De uma forma resumida e sequencial foi exposto as características técnicas e
legais das armas não letais, onde é possível perceber que o seu emprego é
primordial para os encarregados da aplicação da lei. Isso fica mais claro ainda
quando salientamos aos mais variados tipos de ocorrências em que podem ser
empregadas, ou seja, desde as mais rotineiras as mais complexas. como por
exemplo, a intervenção policial em uma briga familiar, o controle de distúrbio civil,
brigas de torcidas, ocorrências envolvendo suicidas, intervenção em rebeliões no
sistema prisional, resgate de reféns, operações de força de paz, etc.
Os benefícios do uso das armas não letais são expressivos principalmente na
questão dos direitos humanos, pois quando corretamente usadas a probabilidade de
morte é mínima.
As armas não letais dentro da doutrina do uso diferenciado da força, é sem
dúvida a opção mais segura, principalmente para o profissional envolvido,
resguardado sua integridade física e evitando futuros processos, por morte ou lesões
corporais.
É difícil acreditar que um profissional responsável em garantir a ordem em
uma sociedade, bem como a incolumidade física destas pessoas, não recebem
treinamentos e todos os equipamentos necessários para o exercício de suas
atividades, seja por descaso dos governantes, que não disponibilizam verbas ou por
empresários que não investem devido os custos de tais equipamentos, e ainda a
falta de interesse do próprio agente.
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6 REFERÊNCIAS
BINDER, Josias Daniel Peres. O Uso de Tecnologias Não Letais pela Polícia
Militar de Santa Catarina. Florianópolis: 2006. TCC.
LEE, Joseph W., FIELY, Davi P., MCGOWAN, Mauro T. Armas não – letais
Tecnologias, Potencial e Aspectos Legais e Políticos, Disponível
em http://www.airpower.au.af.mil/apjinternational/apj-p/1995/4tri95/pmcgowan.html.
Acesso em 16/11/2012.
http://www.onu.org.br/