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SALA DE AULA j

Com estes exemplos, obser-


vamos que o aluno vivencia na
prática os conteúdos a serem tra-
balhados em sala de aula. Cabe
ao professor organizar o registro
das idéias e ampliar o conheci-
mento que os conteúdos propõem
e os alunos não dominam, de
acordo com o raciocínio lógico do
saber sistematizado.
A matemática não é fruto da
criação arbitrária do homem, ela
é ciência, produto do pensamento
humano, gerado a partir da ne-
cessidade de superar as contin-
gências impostas pela prática so-
cial através dos tempos.
O trabalho com a matemáti-
ca, no processo ensino-aprendiza-
gem, deve partir das situações
reais, ligadas às experiências do
aluno, para que o mesmo possa
relacionar os conhecimentos ad-
quiridos na escola com o fazer
das atividades do cotidiano, li-
gando as situações novas às já es-
tudadas.

a) A estrutura

o USO da Matemática
Pois a matemática é formada
por estruturas lógicas de co-
nhecimentos. Quando o aluno
compreende a organização bá-

no dia-a-dia do aluno sica das estruturas matemáti-


cas mais simples, está apto pa-
ra aprender as estruturas mais
Relacionar temas de aula à situação real complexas.

• APARECIDO QUINAGLlA
ros, atributos, relação biunívoca, Ao dominar a operação 2 + 3,
Licenciado em Ciências/PR etc. Os móveis e utensílios do- terá base para compreender a
mésticos, bem como o terreno, a operação 37 +26 (com reser-
O aluno jovem ou adulto, nas casa e as repartições da casa, pos- va). A estrutura matemática
suas experiências diárias, viven- suem formas geométricas. Ao deve ser explorada pelo pro-
cia situações-problemas, as quais medir os lados do terreno, para fessor, para que o aluno de-
resolve, utilizando raciocínio ma- cercá-lo, o aluno está calculando senvolva mais o raciocínio ló-
temático próprio. o perímetro; para ladrilhar uma gico e menos a: memorização.
cozinha, calcula-se a área da mes- O aluno deve ser incentivado a
Exemplos: A partir do horá-
rio de chegada no trabalho, prevê ma' F expressar com suas próprias
azendo compras, efetua
a hora de levantar e o tempo que operações com números, medi- palavras o seu pensamento e
será gasto para sua higiene, ali- das, calcula juros, porcentagens, raciocínio, facilitando, assim,
mentação, deslocamento, etc., estabelece comparações, etc. a aprendizagem da turma.
calculando, assim, as noções de . A dona de casa, quando pre-
tempo e espaço. para as refeições, utiliza o litro, o b) A seqüenciação
Ao organizar os seus objetos, quilo, o grama, etc., trabalhando A estrutura matemática tem
reúne-os por características, está com sistema de medidas e fra- uma seqüência lógica. Alguns
operando com conjunto"s, nÚIne- ções. conteúdos são pré-requisitos
outubro a dezembro de 1987 REVISTA DO PROFESSOR
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SALA DE AULA

de outros. É preciso que o alu- raciocínios exatos, mais a cla- bilidades em todas as áreas de es-
no domine número e numeral, reza e a concisão que dão à tudo.
para trabalhar com as opera- matemática a propriedade de
ções fundamentais. Em um ser ciência exafa. E é essa exa- e) A escrita
mesmo conteúdo, as dificuldq,- tidão que possibilita à mate- Com a criança, a escrita mate-
des devem ser graduadas. E mática seguir seus pr6prios mática é feita imediatamente
preciso que o aluno domine passos, para adquirir concei- ap6s a compreensão da noção.
subtração sem recurso, para tos, resultados corretos e che- Com o adulto, a compreensão
trabalhar subtração com re- gar a esse resultado, seguindo de muitas noções matemáti-
curso. mais de um caminho. cas ocorre sem que ele neces-
Para que o aluno adquira: pre- site registrá-las, por isso, de-
c) A linguagem ve-se começar o trabalho com
A matemática usa símbolos cisão nos símbolos, termos e o registro das noções mais
para representar as idéias conceitos, cálculos e respos-
tas; raciocínio na resolução de simples.
quantitativas, assim como a
comunicação e expressão uti- problemas; perseverança na No ensino da matemática, de-
liza símbolos para representar obtenção de resultados; criati- ve ser dada mais ênfase à idéia
os sons. A linguagem mate- vidade na elaboração de exer- matemática do que à termino-
mática deve ser clara, os ter- cícios e situações problemas; logia e simbolismo. Maior im-
mos definidos e as representa- análise e crítica dos resultados portância ao significado do
ções concisas, possibilitando, obtidos, é preciso que seja in- que se faz e os porquês, em
assim, hábitos de precisão tan- centivado às inovações, refle- ~ez de regras e esquemas.
to na linguagem, como no uso xões e hábitos de estudo. E melhor dizer aos alunos
de conceitos e raciocínio. d) Os métodos de ensino "pensem sobre isto" do que
O mais importante para o alu- O método indutivo - é o pro- '~é assim que se faz".
no é o raciocínio 16gico. cesso de raciocínio que parte E mais importante o processo
Exemplo: Na propriedade as- do específico para o geral. usado para obtenção do resul-
sociativa da adição, a termino- tado do que o pr6prio resulta-
logia "Propriedade Associati- O método dedutivo - é o pro- do.
cesso de raciocínio que parte O incentivo à criatividade, a
va", bem como os símbolos do geral para o específico.
"Parênteses", são os me:qos iniciativa e a exploração é me-
importantes para o aluno. E a Os métodos de ensino da ma- lhor do que a mera repetição e
objetividade 'e a segurança temática propiciam aos alunos imitação.
que se tem nos resultados, os atividades que desenvolvem ha- A compreensão da matemáti-
ca retira o aluno da mecaniza-
ção.
f) A avaliação

~~+~.f=3
No início de um curso, o diag-
n6stico das experiências ante··
riores do aluno dirá quais os

o ~>~
conceitos já dominados e por
onde começar o trabalho.
Durante o curso, no processo
O ensino-aprendizagem, o pro-
fessor trabalha com os alunos
O O hábito de verificação, da au-
O tocbrreção, encorajando-os ao
pensamento crítico, propician-
do, assim, a avaliação do alu-
no.
A aprendizagem deve ser dife-
renciada, ampla e flexível, a
ponto de adaptar-se aos inte-
resses, necessidades e dificul-
dades do aluno. ®
REVISTA DO PROFESSOR outubro a dezembro de 1987
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