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1 - ESTRUTURA CONCEITUAL

A Estrutura Conceitual, estipulada pelo CPC 00, define


um conjunto de conceitos e definições fundamentais para a
elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, ali
denominadas Relatórios Financeiros de Propósito Geral.
Inicialmente define que tais demonstrações são elaboradas e
apresentadas prioritariamente a usuários externos,
objetivando fornecer informações que sejam úteis à tomada
de decisões, não tendo o propósito de atender a finalidade
ou necessidade específica de nenhum deles. Governos, órgão
reguladores ou autoridades tributárias podem determinar
exigências de forma a atender seus interesses específicos,
sem no entanto alterar as demonstrações elaboradas com base
na Estrutura Conceitual.
Sua finalidade é dar suporte ao desenvolvimento da própria
contabilidade, bem como auxiliar profissionais e usuários
na elaboração e interpretação das demonstrações contábeis.
De forma sintetizada, pode-se afirmar que a Estrutura
Conceitual busca por meio de uma padronização, fornecer
credibilidade às Demonstrações Contábeis, unificando sua
forma de elaboração e interpretação. Para tanto, aborda o
objetivo da elaboração e divulgação do relatório contábil,
as características qualitativas da informação contábil, a
definição, mensuração e reconhecimento dos elementos
contábeis, e os conceitos de capital e manutenção de
capital.
Há de se ressaltar que a estrutura conceitual não é um
Pronunciamento Técnico propriamente dito, não definindo
normas e procedimentos técnicos específicos. Desta forma,
em casos de conflitos com qualquer Pronunciamento,
Interpretação ou Orientação, serão estas sempre seguidas,
se sobrepondo a Estrutura Conceitual.
A bem da verdade, a Estrutura Conceitual apresenta
como usuários primários das Demonstrações Contábeis
investidores existentes e em potencial, credores por
empréstimos e outros credores que pretendam comprar,
vender, manter participações, oferecer ou disponibilizar
créditos à entidade. Tudo isto porque estes não podem
solicitar diretamente a ela as informações de seus
interesses, necessitando então confiar nas informações
contidas em tais demonstrações. Estas demonstrações não tem
a obrigação de conter todas as informações que estes
necessitem, bem como não são elaboradas com propósito de se
chegar ao valor da entidade.
Mister se faz citar que a Estrutura Conceitual define
as características qualitativas que a informação contábil
deve conter. Isto por que se a intenção é que tais
informações sejam úteis, precisam elas então ser dotadas de
determinadas características de qualidade. De acordo com o
CPC 00, para ser útil, ela precisa ser relevante e
representar com fidedignidade o que se propões apresentar.
A utilidade da informação é melhorada se ela for
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comparável, verificável, tempestiva e compreensível. Desta


forma, as características qualitativas se dividem em
fundamentais e de melhoria. Por definição, características
qualitativas fundamentais são a relevância e representação
fidedigna.
RELEVANTE é aquela capaz de fazer diferença nas
decisões que possam ser tomadas pelos usuários. Para ser
considerada relevante, a informação contábil deverá possuir
valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. Preditivo, é
aquele valor que pode ser utilizado como base prever
futuros resultados. Valor confirmatório vem a ser um
feedback para avaliações prévias. Outro aspecto específico
da relevância é a materialidade, que indica se a omissão ou
distorção de determinada informação tem poder em
influenciar a decisão de seus usuários. Para que seja
representada com fidedignidade, a informação precisa ser
completa, neutra e livre de erros, não objetivando,
todavia, a perfeição. Completa, por conter toda informação
necessária, neutra, por ser desprovida de viés. Livre de
erro não significa que seja provida de total exatidão, e
sim que sua produção tenha sido corretamente efetuada, não
havendo erros na seleção e aplicação do processo
apropriado.
Já sobre as características qualitativas de melhoria,
podemos definir como comparabilidade, a característica
qualitativa que permite que os usuários identifiquem e
compreendam similaridades e diferenças entre ao menos dois
itens. Verificável é a informação a que ao ser analisada
possibilite que diferentes observadores cheguem a um
consenso quanto a realidade econômica de uma informação.
Tempestiva é a informação disponibilizada a tempo de
influenciar na tomada de decisão. Compreensível, é aquela
classificada, caracterizada e apresentada com clareza e
concisão. O CPC 00 prevê ainda que o custo há de ser uma
restrição a elaboração e divulgação das demonstrações
contábeis, devendo a Entidade analisar se os custos
envolvidos para sua geração são justificados pelos
benefícios gerados por sua divulgação.
De acordo com a Estrutura Conceitual, os elementos
diretamente relacionados com a mensuração da posição
patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o
patrimônio liquido. Ativo é definido como um recurso
controlado pela entidade como resultado de eventos passados
e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos
para a entidade. Passivo é uma obrigação presente da
entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se
espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes
de gerar benefícios econômicos. Já o Patrimônio Líquido é o
interesse residual nos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os seus passivos. Essas definições, porém,
não implicam em obrigatoriedade do reconhecimento de
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elementos como ativo ou passivo, haja vista necessidade


destes satisfazerem ainda as exigências necessárias ao
critério de reconhecimento. Tanto que Balanços Patrimoniais
podem incluir itens que não satisfaçam às definições
mencionadas. O CPC prevê ainda que com base em sua
definição, ser dispensável a propriedade, motivo pelo qual
arrendamentos mercantis caracterizam-se como ativos, e
observa que apesar de alguns possuírem, ativos não
necessariamente devam ser bens corpóreos, enquadrando-se na
definição direitos autorais e patentes.
Definição também se dá aos elementos de resultado, ou
seja, receitas e despesas, frequentemente utilizados como
medidas de performance. Por este lado, define-se como
RECEITAS os aumentos nos benefícios econômicos durante o
período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do
aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam
em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam
relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais. Neste conceito enquadram-se
também os ganhos. DESPESAS são os decréscimos nos
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou
assunção de passivos, que resultam em decréscimo do
patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com
distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.
A definição de despesa inclui também as perdas.
Para que sejam reconhecidos, e devidamente alocados em
Balanço Patrimonial ou Demonstração de resultado, os
elementos precisam atender a requisitos como por exemplo
ter custo ou valor que possa ser mensurado com
confiabilidade. Esta mensuração poderá se dar de quatro
formas:

(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos


montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo
valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data
da aquisição. Os passivos são registrados pelos montantes
dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos
montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão
necessários para liquidar o passivo no curso normal das
operações.
(b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes
em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos
se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem
adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos
pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não
descontados, que se espera seriam necessários para liquidar
a obrigação na data do balanço.
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(c) Valor realizável (valor de realização ou de


liquidação). Os ativos são mantidos pelos montantes em
caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos
pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são mantidos
pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes
em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se
espera serão pagos para liquidar as correspondentes
obrigações no curso normal das operações.
(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor
presente, descontado, dos fluxos futuros de entradas
líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no
curso normal das operações. Os passivos são mantidos pelo
valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas
líquidas de caixa que se espera serão necessários para
liquidar o passivo no curso normal das operações.
Destes, o mais comumente utilizado pelas entidades é o
custo histórico.
Por fim, traz o conceito de Capital e Manutenção do
Capital, esclarecendo que o conceito de Capital Financeiro
é o mais utilizado pelas entidades apesar da existência do
capital físico. Estes, darão origem aos conceitos de
Manutenção do Capital, que poderão ser também financeiro ou
físico.

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